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segunda-feira, janeiro 28, 2013

A MAIOR "MARCHA PELA VIDA" DA HISTÓRIA DOS EUA


A Marcha pela vida, que marcou os 40 anos da aprovação da lei Roe x Wade - julgamento que legalizou o aborto nos EUA - aconteceu cinco dias após a posse do presidente Barack Husseim Obama, notório defensor do aborto. Estima-se que mais de 600 mil manifestantes tenham participado da Marcha, que contou com o apoio de inúmeras instituições, inclusive com o do Santo Padre Bento XVI.
MAIS DE 600 MIL MANIFESTANTES NA MARCHA PELA VIDA
A Marcha pela Vida foi precedida por uma Solene Vigília na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, com duas multitudinárias Missas. A primeira, que deu início a toda uma noite de oração, foi presidida pelo Cardeal Sean O'Malley, Secretário de Atividades Pró-vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e concelebrada por quatro Cardeais, 42 bispos 3 395 sacerdotes. Além disso, 80 diáconos, 520 seminaristas e 13 mil fiéis se uniram a solene liturgia. Uma segunda Santa Missa foi celebrada ao final da Vigília, e foi presidida pelo Bispo de Dallas, Dom Kevin Ferrell.
NO CONTROLE E PROIBIÇÃO DA VENDA DE ARMAS
O Cardeal O'Malley aproveitou sua homilia para fomentar a esperança dos milhões de cidadãos que clamam pela proteção do direito à vida desde a concepção. O prelado comparou a luta pró-vida com aquela dos que lutaram pelo fim da escravidão e destacou as múltiplas ações que foram realizadas sem desfalecer em favor da vida nas quatro últimas décadas. "O aspecto mais motivante é que os americanos mais jovens são mais pró-vida do que nunca", destacou.
A TRAGÉDIA DA ESCOLA SANDY HOOK, MANIFESTAÇÃO PARA O CONTROLE DA VENDA DE ARMAS DE FOGO
"O Evangelho da vida é imperativo para os discípulos de Cristo", expressou o Cardeal O'Malley. "Deus nos urge a ser defensores da vida em meio da cultura da morte". 
O também Arcebispo de Boston lamentou que muitas pessoas justifiquem o aborto como um "mal necessário" e exortou aos católicos a apoiar as mães que atravessam circunstâncias difíceis em sua gravidez. O trabalho pró-vida deve estar encaminhado a "mudar os corações das pessoas, e ajudar aos americanos a entender que o aborto é mal e não é necessário". O prelado concluiu convidando os fiéis a comunicarem a verdade com civilidade, empatia e claridade. "Ser compassivo com o Evangelho da vida trata se de criar uma nova civilização com amor.
Sob baixa temperatura e neve, os pró-vida percorreram várias ruas até finalmente chegarem à Corte Suprema dos Estados Unidos. Portando cartazes e proferindo preces espontâneas, as centenas de milhares de pessoas expuseram claramente o seu sim à vida. 
Apesar dos números, a causa abortista vem perdendo força a cada ano. A Revista Time, na sua edição de 04/01, publicou uma enorme matéria sobre a derrocada da agenda abortista nos EUA. Conforme a reportagem, “em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que em muitos lugares desde a década de 1970”. Além disso, segundo um artigo do professor de Ciência Política da Universidade Michigan, Michael J. New, a respeito da cobertura da imprensa americana sobre os 40 anos da aprovação do aborto - publicado na revista National Revew - a mídia americana não teve como esconder o pessimismo sobre a causa do aborto, especialmente devido à falta de engajamento dos jovens. De acordo com jornais como The New York Times e Washington Post, a juventude americana está cada vez mais pró-vida. A própria Nancy Keenan, importante feminista já aposentada, admitiu a preocupação quanto ao futuro do chamado movimento “pró-escolha” devido ao desinteresse dos jovens pela causa.
Embora a mídia de outros países, como a brasileira, tenha dado pouca atenção à Marcha pela Vida realizada nos EUA, o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Ignacio Carrasco de Paula, acredita que essa manifestação estadunidense tenha uma importância fundamental para luta contra o aborto nas demais nações. De acordo com o prelado, eventos como estes que “estão a favor da vida humana desde a concepção até a morte natural, converteram-se em uma importante referência histórica para outros católicos ao redor do mundo”. De fato, o movimento pró-vida tem crescido em inúmeros outros países. Prova disso foram as majestosas marchas contra o casamento gay realizadas na França no começo do mês e as marchas contra o aborto na Irlanda, tidas como as maiores manifestações populares dos últimos 20 anos.
Ao final da Marcha, o presidente do Movimento Pró-vida americano, Chris Smith, fez um forte discurso dirigido ao presidente Barack Obama. “Saiba disso”, disse Smith a Obama, “o movimento pró-vida é composto de pessoas nobres, zelosas, inteligentes e altruístas. É extremamente poderoso, não violento, cheio de fé, luta pelos direitos humanos e está crescendo em apoio popular, intensidade, compromisso e esperança. Somos a geração que vai abolir a lei do aborto”, encerrou o ativista pró-vida.

“UNO-ME À DISTÂNCIA A TODOS OS QUE SE MANIFESTAM PELA VIDA, E REZO PARA QUE OS POLÍTICOS PROTEJAM AO NÃO-NASCIDO E PROMOVAM A CULTURA DA VIDA"

DECLAROU O PAPA BENTO XVI
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Fonte: ACI Digital - gaudiumpress.org - Portal Ecclesia - g1.globo.com – padrepauloricardo.org