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domingo, fevereiro 10, 2013

“CULTURAS JUVENIS EMERGENTES” - PAPA BENTO XVI


O Santo Padre reiterou que a Igreja renova a sua fé nos jovens e os vê como um ponto de referência para seu trabalho pastoral.
A plenária do Pontifício Conselho deste ano tem como tema “culturas juvenis emergentes”, abordando a relação entre a Igreja e o mundo juvenil. Com relação a esta temática, o Pontífice lembrou que há um clima de instabilidade que toca as esferas cultural, política e econômica, sendo que esta última é marcada pela dificuldade dos jovens em encontrar um emprego.
Diante de situações como estas, segundo disse o Papa, a fragilidade e a marginalidade acabam resultando, por exemplo, nos fenômenos da dependência das drogas e a violência.

"Todavia, há fenômenos decididamente positivos. A generosidade e coragem de tantos jovens voluntários que dedicam seus melhores esforços para o outro necessitado, a sincera e profunda experiência de fé de tantos jovens garotos e garotas que alegremente dão testemunho da sua participação nos esforços da Igreja para construir, em muitas partes do mundo, sociedades capazes de respeitar a liberdade e a dignidade de todos, começando com os pequenos e mais indefesos. Tudo isso nos conforta e nos ajuda a desenhar uma imagem mais precisa e objetiva das culturas juvenis".  
"As culturas juvenis, como um resultado, “emergem” no sentido de que exibem uma profunda necessidade, um pedido de socorro ou mesmo uma “provocação” que não pode ser ignorada ou negligenciada, seja pela sociedade civil ou pela comunidade eclesiástica. Eu tenho frequentemente expressado, por exemplo, minha preocupação e a de toda a Igreja com a chamada “emergência educativa”, que certamente é uma dentre outras “emergências” que afetam diferentes dimensões da pessoa e relações fundamentais e que não podem ser respondidas de forma evasiva e banal". 
 Com tema: os jovens. Bento XVI recebeu os participantes da Plenária do Pontífício Conselho da Cultura e estavam na audiência, na Sala Clementina, os membros do grupo "The Sun".


"Penso, por exemplo, nas dificuldades crescentes no campo de trabalho ou o esforço que é necessário para permanecer fiéis às responsabilidades que assumimos ao longo do tempo. Um empobrecimento, não somente econômico e social, mas também humano e espiritual poderia seguir, para o futuro do mundo e de toda a humanidade: se os jovens não mais têm esperança, se eles não mais progridem, se eles não mais se inserem em dinâmicas históricas com a sua energia, sua vitalidade, suas habilidades para antecipar o futuro, nós encontraríamos uma humanidade voltada para si mesma, sem confiança e uma perspectiva positiva para o futuro".

"Apesar de estarmos conscientes de muitas situações problemáticas, que também afetam a área da fé e os membros da Igreja, nós renovamos a nossa fé nos jovens, para reafirmar que a Igreja vê sua condição, sua cultura, como um essencial e inevitável ponto de referência para seu trabalho pastoral. Por esta razão, eu gostaria de retomar algumas significantes passagens da Mensagem que o Concílio Vaticano II dirigiu aos jovens, como base para reflexão e inspiração para as novas gerações. Primeiro foi dito: “A Igreja olha para vocês com confiança e amor ... Ela possui o que constitui a força e o encanto da juventude, isto é, a habilidade de alegrar-se com o que está para começar, para doar-se sem reservas, para renovar a si mesmo e partir para novas conquistas”.

"O Venerável Paulo VI dirigiu este apelo para os jovens do mundo  'é em nome desse Deus e de Seu Filho, Jesus, que nós exortamos vocês a abrir seus corações para as dimensões do mundo, a escutar o apelo de seus irmãos, a colocar a sua energia juvenil a seu serviço. Lutem contra todo egoísmo. Recusem-se a dar livre curso aos instintos de violência e ódio que geram guerras e todo seu cortejo de misérias. Sejam generosos, puros, respeitosos e sinceros, e construam com entusiasmo um mundo melhor do que os seus antepassados tiveram'".


Eu também quero reafirmá-lo com força: a Igreja tem confiança nos jovens, ela espera neles e em suas energias, ela precisa deles e da sua vitalidade, para continuar a viver a missão confiada por Cristo com renovado entusiasmo. Espero sinceramente, portanto, que o Ano da Fé seja, mesmo para as jovens gerações, uma preciosa oportunidade para redescobrir e fortalecer nossa amizade com Cristo, que  traz alegria e entusiasmo para transformar profundamente culturas e sociedade.


Queridos amigos, obrigado pelos esforços que vocês generosamente colocam a serviço da Igreja, e pela sua especial atenção para com os jovens, sobre vós eu cordialmente concedo minha Benção Apostólica.