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sexta-feira, maio 31, 2013

VISITAÇÃO DA SANTA VIRGEM MARIA


Tradicionalmente celebrada a 2 de Julho, a festa foi antecipada pelo novo calendário para o dia 31 de Maio, ficando assim entre a Solenidade da Anunciação (25 de Março) e o Nascimento de João Batista (24 de Junho). Depois da Anunciação, Maria foi visitar a prima Isabel, partilhando com ela a alegria que experimentava perante as “maravilhas” n´Ela operadas pelo Senhor. Impele-a também a essa visita a sua caridade feita disponibilidade e discrição. Para Lucas, Maria é a verdadeira Arca da Aliança, a morada de Deus entre os homens. Isabel reconhece esse fato e reverencia-o. Toda a visitação de Maria é um acontecimento de Jesus.

Sofonias 3, 14-18ª
Rejubila, filha de Sião, solta gritos de alegria, povo de Israel! Alegra-te e exulta com todo o coração, filha de Jerusalém!O Senhor revogou as sentenças contra ti, e afastou o teu inimigo. O Senhor, rei de Israel, está no meio de ti. Não temerás mais a desgraça. Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: “Não temas, Sião! Não se enfraqueçam as tuas mãos! O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa, pelo seu amor te renovará. Ele dança e grita de alegria por tua causa, como nos dias de festa”.

O reinado de Josias (séc. VI a. C.) foi marcado por permanentes infidelidades de Israel a Deus. O povo, esquecendo a Aliança com Deus, fazia alianças humanas e deixava-se levar pelas modas, cedendo ao culto de deuses estrangeiros. Perante esta situação, Sofonias ergue a voz para proclamar “o dia terrível de Javé” em que o pecado dos povos, também de Judá, seria manifestado e julgado. Mas o profeta sabe que o juízo de Deus é sempre um convite à conversão. Assim, abre uma perspetiva de luz e de esperança. A “filha de Sião” deve alegrar-se com a perspetiva desse dia, o dia messiânico, dia de misericórdia e de um amor novo entre Deus e o seu povo. A presença de Deus entre o seu povo será motivo de renovada esperança, porque Deus é “poderoso salvador” 


Lucas 1, 41-56
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor". Maria disse, então: "A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. 

O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre". Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.

Maria e Isabel acolhem em si a ação de Deus. Maria acolhe-a de modo ativo, dando o seu consenso. Isabel acolhe-a de modo passivo. Ambas experimentam a ação poderosa do Espírito Santo. Isabel tem no ventre o Precursor. Graças a essa presença, pode já indicar, na Mãe, o Filho e proclamar bendita Aquela que “acreditou” (v. 45). Maria responde ao cântico de Isabel com o Magnificat, que revela a ação poderosa de Deus nela, aquela ação que realiza as promessas feitas a Abraão e à sua descendência. O Magnificat é a primeira manifestação pública de Jesus, ainda escondido, mas atuante naqueles que, como Maria, o acolhem na fé e com amor.


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CORPUS CHRISTI 2013


Embora a Igreja celebre a Eucaristia sem cessar, a Festa de Corpus Christi nos recorda a grandeza deste grande mistério: a Eucaristia renova a presença de Jesus, que sendo grande, se fez pequeno em favor da humanidade.
EVANGELHO – Lc 9, 11b-17
Naquele tempo, estava Jesus a falar à multidão sobre o reino de Deus e a curar aqueles que necessitavam. O dia começava a declinar. Então os Doze aproximaram-se e disseram-Lhe: “Manda embora a multidão para ir procurar pousada e alimento às aldeias e casais mais próximos, pois aqui estamos num local deserto”.
Disse-lhes Jesus: “Dai-lhes vós de comer”.
Mas eles responderam: “Não temos senão cinco pães e dois peixes…
Só se formos nós mesmos comprar comida para todo este povo”. Eram de fato uns cinco mil homens. Disse Jesus aos discípulos: “Mandai-os sentar por grupos de cinqüenta”.
Assim fizeram e todos se sentaram.
Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou sobre eles a bênção. 
Depois partiu-os e deu-os aos discípulos, para eles os distribuírem pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e ainda recolheram doze cestos dos pedaços que sobraram.
ESTE É O MEU CORPO 
A Eucaristia, instituída por Jesus durante a celebração da Páscoa com seus discípulos, foi colocada como um marco na vida da comunidade, de forma a não deixar cair no esquecimento os eventos de sua vida, morte e ressurreição. 

A Páscoa cristã, mediante a Eucaristia, seria perenizada na contínua memória da vida de Jesus. Esta memória iria convocar os discípulos para a imitação do Mestre, visando conformar a vida atual da comunidade cristã com a vida de Jesus. 
O contexto pascal da ceia revestiu de simbolismo pascal os elementos da Eucaristia.
O pão transformado em corpo de Cristo estaria, doravante, destinado a ser alimento da caminhada do novo povo de Deus, na sua longa marcha pelos desertos do mundo.
 O vinho transformado em sangue de Cristo sacramentalizaria a predileção e a proteção divinas de que era objeto a comunidade cristã, como acontecera com o antigo Israel.
Os discípulos, reunidos em torno de Jesus, seriam a semente da humanidade nova, redimida pelo sangue do novo cordeiro. 
Eles estavam sendo convocados a ser, na história, um sinal de que Deus ama a humanidade e não cessa de manifestar, com gestos, este seu amor. 
O antigo líder, Moisés, estava sendo definitivamente substituído pelo Filho Jesus, na condução do verdadeiro Israel. A Eucaristia torna, pois, a vida da comunidade cristã um êxodo contínuo rumo à casa do Pai.

Oração
Senhor Jesus, possa a Eucaristia recordar-me sempre que pertenço ao povo redimido por ti e a caminho da casa do Pai.



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domingo, maio 26, 2013

SANTÍSSIMA TRINDADE

HOJE, CELEBRAMOS A SOLENIDADE DO MISTÉRIO CENTRAL DA NOSSA FÉ, DO QUAL TUDO PROCEDE E PARA O QUAL TUDO SE DIRIGE.  

O mistério da unidade de Deus e, simultaneamente, a sua subsistência em três Pessoas iguais e distintas. Pai, Filho e Espírito Santo: a unidade na comunhão e a comunhão na unidade. É muito conveniente que nós, os cristãos estejamos conscientes, neste grande dia, de que este mistério está presente nas nossas vidas: desde o Batismo —que recebemos em nome da Santíssima Trindade— até à nossa participação na Eucaristia, que se realiza para glória do Pai, pelo Seu Filho Jesus Cristo, graças ao Espírito Santo. E é o sinal pelo qual nos reconhecemos como cristãos: o Sinal da Cruz, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A missão do Filho, Jesus Cristo, consiste na revelação do Pai, do qual é imagem perfeita, e no dom do Espírito, também revelado pelo Filho. A leitura do Evangelho, hoje proclamada, no-lo mostra: o Filho tudo recebe do Pai em perfeita unidade: "Tudo que o Pai tem é meu", e o Espirito recebe do Pai e do Filho o que Ele é. "Por isso, eu vos disse —disse Jesus— 'que ele receberá do que é meu para vos anunciar'" (Jo 16,15). E noutra passagem deste mesmo discurso (15,26): "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim".

Aprendamos esta grande e consoladora verdade: A Santíssima Trindade, longe de se colocar à parte, distante e inacessível, vem até nós, habita em nós e transforma-nos em seus interlocutores. E isto por meio do Espirito, que assim nos guia até à verdade total (cf. Jo 16,13). A incomparável "dignidade do cristão", da qual S. Leão Magno fala várias vezes, é esta: possuir em si mesmo o mistério de Deus e, então, ter já na terra a própria “cidadania” no céu, quer dizer, no seio da Santíssima Trindade.

Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santificador. Deus foi misericordioso para conosco.

EVANGELHO (JOÃO 16,12-15)
NAQUELE TEMPO, DISSE JESUS A SEUS DISCÍPULOS: "TENHO AINDA MUITAS COISAS A VOS DIZER, MAS NÃO SOIS CAPAZES DE COMPREENDER AGORA. QUANDO ELE VIER, O ESPÍRITO DA VERDADE, VOS GUIARÁ EM TODA A VERDADE. ELE NÃO FALARÁ POR SI MESMO, MAS DIRÁ TUDO QUANTO TIVER OUVIDO E VOS ANUNCIARÁ O QUE HÁ DE VIR. ELE ME GLORIFICARÁ, PORQUE RECEBERÁ DO QUE É MEU PARA VOS ANUNCIAR. TUDO QUE O PAI TEM É MEU. POR ISSO, EU VOS DISSE QUE ELE RECEBERÁ DO QUE É MEU PARA VOS ANUNCIAR."

Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Meditação a partir da II Leitura de São Paulo aos Romanos 5, 1-5

São Paulo sente, como Jesus Cristo, a glória e a fecundidade do sofrimento. “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6,14). É a cruz interior e exterior, assumida com alegria pela Igreja e pelo mundo: “Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo em minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,34). Esta felicidade de sofrer por Cristo deseja-a também de coração para os seus filhos aos quais pede “...que continuem a viver vida digna do evangelho de Cristo.. e que em nada vos deixais aterrorizar pelos vossos adversários...pois vos foi concedida, em relação a Cristo, a graça não só de crerdes nele, mas também de por ele sofrerdes” (Fl 1,27-29).

Mas esta felicidade profunda do sofrimento está ligada com a firmeza da esperança. E a esperança, por sua vez, extrai a sua força do amor do Pai manifestado em Cristo Jesus (Rm 8,39) e comunicado a cada um pelo Espírito Santo que nos foi concedido.
A esperança exige fortaleza para superar as dificuldades, para assumir a cruz com alegria, para conversar a paz e comunicá-la, para caminhar com serenidade para o martírio. Nunca foi virtude de fracos ou privilégio de insensíveis, ociosos ou covardes. A esperança é forte, ativa e criadora. A esperança supõe o difícil, o que é árduo, embora possível. Não existe esperança do fácil ou evidente.
Os tempos difíceis exigem fortaleza. Em dois sentidos: como firmeza, constância , perseverança, e como compromisso ativo, audaz e criador. Para mudar o mundo com o espírito das bem-aventuranças, para construir a paz, é necessária a fortaleza do Espírito... “receberei uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”(At 1,8) .

Nos tempos difíceis existe uma tentação fácil contra a esperança: começar a pensar inutilmente nos tempos passados ou verificar passivamente que a tempestade vai passar, sem que se faça nada para que surjam os tempos novos. A esperança é uma virtude essencialmente criadora: por isso, no fim, quando tudo estiver feito.

A SANTÍSSIMA TRINDADE É A FACE DE DEUS QUE JESUS NOS REVELOU.
 Deus é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A cada pessoa é atribuída uma ação característica. O Pai envia o Filho com uma missão salvífica, em relação à humanidade. O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho para que esteja com os discípulos, em sua missão de testemunhar o Reino do Pai. O Filho tem sua existência totalmente enraizada no Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai e realizar, com perfeição, a sua obra. O Espírito Santo revela aos discípulos o que ouviu de Jesus. Terminada sua missão terrena, o Filho voltou para junto do Pai, ao passo que o Espírito Santo continua a dinamizar, na história, a obra do Filho.

Quando o cristão é batizado no nome da Trindade, o modo de ser de Deus lhe é apresentado como modelo de vida. A perfeita comunhão existente entre as pessoas da Trindade deve tornar-se o ideal de comunhão dos cristãos. Igualmente, a capacidade de agir de forma integrada, sem concorrências nem sobreposição de um sobre o outro.

A diversidade não é empecilho para que aconteça a comunhão trinitária. As pessoas divinas não precisam abrir mão de suas individualidades para que a Trindade aconteça. A comunhão se faz a partir do diferente, na acolhida e no respeito pelo Outro. Este é o caminho que a comunidade cristã terá de tomar, se quiser deixar-se modelar pela Trindade.





quarta-feira, maio 22, 2013

A CRUZ DA JUVENTUDE por Dom Fernando Arêas Rifan

 NESTE DOMINGO, CHEGARAM FESTIVAMENTE À NOSSA CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES OS SÍMBOLOS DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

 A cruz e o ícone de Nossa Senhora, oferecidos aos jovens pelo Papa Beato João Paulo II, símbolos que percorrem o mundo todo para dar incentivo para a próxima mega-concentração juvenil que ocorre periodicamente nos diversos continentes, como a que terá lugar no mês de julho no Rio de Janeiro.
Estes símbolos serão levados às diversas paróquias da Diocese de Campos e da nossa Administração Apostólica com o mesmo objetivo de preparação para a próxima Jornada Mundial.
As Jornadas Mundiais da Juventude foram propostas pelo Papa João Paulo II em Roma no ano de 1985, Ano Internacional da Juventude. Como disse o mesmo Papa, “o principal objetivo das Jornadas é fazer da pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem, para que ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações.
Uma Jornada da Juventude oferece ao jovem uma experiência viva de fé e comunhão, que o ajudará a enfrentar as questões profundas da vida e a assumir com responsabilidade o seu lugar na sociedade e na comunidade eclesial”.
O símbolo da Cruz será para os jovens uma excelente e contínua lembrança do cristianismo: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”, disse João Paulo II.

“Vós sois a esperança da Igreja e do mundo. Vós sois a minha esperança” disse o mesmo Papa aos jovens.
 São chamados a serem heróis, e a Cruz irá sempre lembrar-lhes o heroísmo de Cristo e a necessidade de abraça-la no seu seguimento: “Não tenhais medo de caminhar ao longo daquela vereda que o Senhor foi o primeiro a percorrer.
 Com a vossa juventude, imprimi no terceiro milênio, que agora tem início, o sinal da esperança e do entusiasmo típico da vossa idade. Se permitirdes que a graça de Deus atue em vós, e se corresponderdes à seriedade no vosso compromisso quotidiano, fareis deste novo século um tempo melhor para todos”
“Nessa cruz, vemos a nossa redenção, vemos a vitória do amor sobre o ódio, vitória da paz sobre a guerra, sobre a violência, vemos a ressurreição. Olhando para a cruz, vejo o quanto custei caro. Olhando para o espelho, vejo o quanto eu me vendo barato para o pecado” (Pe. Antônio Vieira).
Que a passagem da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora recorde aos nossos jovens o conselho que lhes deu Bento XVI: “Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a própria experiência. 
A Igreja necessita de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade...”.

Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

terça-feira, maio 21, 2013

SANTA RITA DE CÁSSIA

SANTA DOS IMPOSSÍVEIS E ADVOGADA DAS CAUSAS PERDIDAS EXEMPLO DE VIRTUDE EM TODOS OS ESTADOS DE VIDA PELOS QUAIS PASSOU. SUA INTERCESSÃO É TÃO PODEROSA, QUE SE TORNOU ADVOGADA DE PESSOAS COM PROBLEMAS INSOLÚVEIS. DEDICAÇÃO E AMOR A DEUS TALVEZ SEJAM AS QUALIDADES QUE MAIS DEFINAM O CARÁTER DE SANTA RITA DE CÁSSIA; ESSA MULHER HUMANÍSSIMA AGUENTOU COMO POUCOS A “TRAGÉDIA DA DOR E DA MISÉRIA, MORAL E SOCIAL”.

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora.
Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento. 

Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas.
Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida.

Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração.
Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.

Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1457.
No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

SANTIFICAÇÃO E CORPO INTACTO
No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1990, canonizada. O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje. Qualquer pessoa pode contemplá-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo.

BÊNÇÃO DAS ROSAS
"Ò Deus, criador e conservador do gênero humano, supremo doador das graças espirituais, que concedeis generoso a salvação: dai a vossa benção a estas rosas, que nós, os devotos de santa Rita, vos apresentamos, pedindo que abençoeis. Por elas sejam curadas todas as enfermidades das pessoas que a usarem, trouxerem consigo, conservem em casa ou em qualquer lugar, e devotamente as guardarem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do espírito santo. Amém.

MENSAGENS DE SANTA RITA
Não existem livros, cartas ou diários escritos por Santa Rita. A sua mensagem provém de sua vida simples e heróica. Santa Rita é uma grande evangelizadora. Ela não anuncia a si mesma, mas ao Senhor Jesus e a força do seu Mistério Pascal de cruz e Ressurreição. Santa Rita é a manifestação vigorosa do Espírito Santo, que fala e age também na Igreja e no mundo de hoje.

ÀS MULHERES
Santa Rita, antes de mais nada, quer transmitir sua mensagem às mulheres de todas as idades e condições, porque ela conhecer pessoalmente os papéis femininos de filha, esposa, mãe, viúva e religiosa.

Santa Rita anuncia à mulher, o evangelho da liberdade, liberdade der ser ela mesma, de defender a própria dignidade e a de quem é mais fraco.
Ela proclama o evangelho da interioridade, porque sem esta, não existe liberdade, e as coisas passageiras podem facilmente seduzir e escravizar o coração.
Santa Rita encarna o evangelho do serviço, porque somente quem perde a própria vida por amor a encontra verdadeiramente.

AOS CÔNJUGES
Santa Rita anuncia aos esposos o evangelho da fidelidade ao próprio cônjuge. Ela proclama o evangelho do perdão, porque quem erra anda errante e somente será ajudado se não for condenado por nós.

AOS PAIS
Aos pais, Santa Rita anuncia o evangelho da coerência, porque, de fato, só se é educador pelo exemplo.
Ela anuncia o evangelho da confiança, para que, a família, egoisticamente, não se feche ao futuro e não destrua a vida.
Ela proclama o evangelho da oração, porque abrir-se a Deus, significa construir a própria família sobre a rocha.

AOS JOVENS
Santa Rita se dirige aos jovens de hoje como uma mãe aos próprios filhos.
Ela anuncia aos jovens o evangelho da esperança, porque a vida tem sentido, porque Deus nos ama e não nos deixa sozinhos. Ela proclama o evangelho da obediência, porque somente partindo da humildade se constroem grandes coisas. Santa Rita anuncia aos jovens o evangelho da generosidade, porque com esforço próprio pode-se superar a lógica do ódio e da violência.

A QUEM SOFRE
A quem sofre Santa Rita anuncia o evangelho da proximidade do Deus Crucificado, Consolador e Salvador.
Ela proclama o evangelho da fortaleza em carregar a própria cruz junto a Cristo.
Santa Rita encarna o evangelho da compaixão, porque sofre com quem sofre e socorre todo sofrimento com a sua poderosa intercessão.

AOS CONSAGRADOS
À pessoa consagrada (religiosos e religiosas) Santa Rita anuncia o evangelho da alegria que surge da doação total a quem vale muito mais do que o cêntuplo: o Senhor Jesus.
Ela proclama aos consagrados o evangelho da comunhão, porque na tensão em configurar-se a Cristo "não mais exista homem ou mulher, e todas as divisões sejam superadas".
Enfim, a todas as pessoas que encontra, Santa Rita anuncia o evangelho da paz universal, para que sejamos todos sempre irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai.

ORAÇÃO DE SANTA RITA DE CÁSSIA
(Santa Rita é invocada em especial para causas impossíveis)

Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. 

Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.


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domingo, maio 19, 2013

PENTECOSTES 2013


O Espírito de Deus desafia-nos a falar a linguagem do amor, compreensível a todos. Batizados no único Espírito, com a diversidade de dons formamos um só corpo e assumimos o compromisso com o projeto de Jesus.
Atos dos Apóstolos 2,1-11
Quando chegou o dia de Pentecostes,
os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu,
um rumor semelhante a forte rajada de vento,
que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e pousou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua.
Atônitos e maravilhados, diziam: “Não são todos galileus os que estão a falar?

Então, como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!" proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus”.

“VINDE, ESPÍRITO DIVINO, E ENCHEI COM VOSSOS DONS OS CORAÇÕES DOS FIÉIS; E ACENDEI NELES O AMOR COMO UM FOGO ABRASADOR!”
SENHOR VEM DAR-NOS SABEDORIA
Senhor vem dar-nos Sabedoriaque faz ter tudo como Deus quis e assim faremos da Eucaristia o grande meio de ser feliz. 

Dá-nos, Senhor, o Entendimento que tudo ajuda a compreender para nós vermos como é alimento o pão e o vinho que Deus quer ser.

 Senhor, vem dar-nos a Divina Ciência que, como o eterno, faz ver sem véus e Tu vês por fora. Deus vê a essência, pensas que é pão, mas é nosso Deus. 

 Dá-nos, Senhor, o Teu Conselhoque nos faz sábios para guiar, homem, mulher, jovem e velho, nós guiaremos ao Santo Altar.

 Senhor, vem dar-nos a Fortaleza a santa força do coração, só quem vencer vai sentar-se à mesa. Para quem luta Deus quer o pão.

Dá-nos, Senhor, filial Piedadea doce forma de amar enfim  para que amemos quem, na verdade. Aqui amou-nos até o fim.

Dá-nos, enfim, Temor sublime de não amá-los como convém o Cristo-Hóstia, que nos redime o Pai celeste, que nos quer bem.


DÁ-NOS, SENHOR, ESSES DONS, ESSA LUZ E NÓS VEREMOS QUE PÃO É JESUS!  





sábado, maio 18, 2013

93 ANOS DO NASCIMENTO DE UM GIGANTE: JOÃO PAULO II


Em 1º de maio de 2011 o papa João Paulo II foi proclamado beato por Bento XVI na maior beatificação da história da Igreja. O milagre que o levou à glória dos altares foi a cura de maneira inexplicável para a ciência da religiosa francesa Marie Simon Pierre, que sofria do mal de parkinson.
 Karol Wojtyła, que nasceu a 18 de Maio de 1920, líder mundial da Igreja Católica durante 27 anos, o que representa o terceiro maior pontificado da história, apenas superado pelos papas São Pedro (34 anos) e pelo Papa Pio IX (31 anos).

O Papa João Paulo II foi o único eslavo e polaco a liderar a Igreja, até à sua morte, e quebrou o domínio italiano, que se mantinha desde o Papa holandês Adriano VI, em 1522.
Aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX, Karol Wojtyła assumiu uma função preponderante no fim do comunismo na Polonia e na Europa, além de ter contribuído decisivamente para a melhoria das relações entre a Igreja Católica e diferentes religiões.
Ao longo do seu pontificado, visitou 129 países, beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos (mais do que todos os seus antecessores juntos, em cinco séculos).

Morre a 2 de abril de 2005, em virtude de complicações do estado de saúde, já débil, pela idade e em virtude do agravamento da doença de Parkinson, da qual padecia. O Papa Bento XVI, que o sucedeu, proclamou Karol Wojtyła beato a 1 de maio de 2011, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
UMA RELÍQUIA DO BEATO JOÃO PAULO II ESTARÁ PRESENTE NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (JMJ) QUE SE REALIZARÁ DE 23 A 28 DE JULHO PRÓXIMO, NO RIO DE JANEIRO.

Parte do sangue do idealizador das Jornadas Mundiais da Juventude está guardada numa ampola, num livro prata, em um relicário próprio, e estará disponível para a veneração dos fiéis. A relíquia do Papa Wojtyla será exposta durante os principais eventos da JMJ.

A relíquia de João Paulo II chegará ao Brasil no dia 7 de julho e permanecerá no país até 13 de outubro deste ano.
Ela ficará exposta para veneração na Catedral do Rio de Janeiro. Haverá  um trabalho pastoral pós-jornada com a presença da relíquia.

A relíquia de João Paulo II não será a única presença nesse evento juvenil. O Setor de Preparação Pastoral do COL está trabalhando para levar também ao Brasil as relíquias do Beato Pier Giorgio Frassati, de Santa Teresa de Lisieux, da Beata Chiara Luce Badano, do Beato Federico Ozanam, e do brasileiro Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, todos eles patronos e intercessores da JMJ Rio2013.


Rádio Vaticano

jp2.org.br
Canção Nova




quinta-feira, maio 16, 2013

CATEDRAL NOTRE DAME RESTAURA SINOS DESTRUÍDOS PELA REVOLUÇÃO FRANCESA


Nessa mesma data, 850 anos atrás, na presença do Papa Alexandre III, o bispo D. Maurício de Sully colocava a primeira pedra para a construção daquela grandiosa catedral dedicada a Nossa Senhora.

Os sinos originais foram destruídos barbaramente pela Revolução Francesa em 1792, com exceção de um, batizado com o nome “Emanuel”.

No século XIX, Napoleão III mandou preencher com sinos de menor qualidade e carentes de afinação o vazio, a ponto de os especialistas dizerem que se tratava do pior conjunto de sinos da Europa.

Por ocasião de sua bênção ritual os sinos recebem nomes que são gravados no seu bronze. O “Emanuel” foi doado há mais de 300 anos pelo rei Luis XIV e pesa 13 toneladas.

“ESPÍRITO PÓS-CONCILIAR” OPUNHA-SE AOS SINOS
Embora se dispusessem do desenho dos sinos originais e das partituras dos carrilhões, quem os faria? Haveria ainda mestres que continuassem o antigo ofício nascido na Idade Média?

A maior dificuldade à existência de sinos provém da oposição de um falso miserabilismo e pseudo espírito de pobreza, em decorrência do qual as igrejas deixaram de tocar os sinos, símbolos de sua riqueza, de seu domínio e poder religioso.

Em alguns casos eles foram substituídos por gravações eletrônicas dessacralizantes e artificiais.

Neste terceiro milênio, após décadas de incansável pregação progressista contra a venerável imagem da Igreja hierárquica, rica e sacral, haveria alguém que quisesse financiar os novos sinos da catedral de Notre Dame?

Apesar de em princípio nenhuma objeção progressista ter consistência para o católico, décadas de propaganda do chamado “espírito pós-conciliar” espalharam uma atmosfera de descrença e respeito humano em relação a hábitos sacralizantes e louváveis como o toque de sinos.
ENTUSIASMO DOS FIÉIS
Em Villedieu-les-Poèles, cidadezinha da Normandia, uma fundição tradicional — a Cornille Havard — ainda utilizava os velhos métodos de produção dos sinos, técnicas ancestrais que remontam à Idade Média e que poderiam dar vida a réplicas fiéis.

Quando se soube do projeto, um entusiasmo que raiava à loucura empolgou mestres e operários, segundo Paul Bergamo, presidente da fundição.

A emoção, a alegria e a veneração tomaram conta de Villedieu-les-Poèles quando um dos sinos, já sobre a carreta, foi tocado em homenagem aos fundidores. O veículo partiu em meio aos aplausos dos populares.

Por sua vez, a Fundição Real Eijsbouts, da Holanda, encarregou-se de fazer o bourdon (sino de tamanho excepcional), batizado “Marie”, cujos custos foram cobertos com doações de particulares.

A chegada dos novos sinos a Paris, no dia 31 de janeiro de 2013, foi uma apoteose. As autoridades montaram uma arquibancada para o povo que queria vê-los.
Na realidade, durante uma viagem de mais de 300 km, o transporte dos sinos deu origem a uma série de acontecimentos: na autoestrada, as pessoas aguardavam sua passagem de cima das pontes.

Em Paris, o serviço de segurança teve trabalho especial por causa da multidão — aliás, ordeira e respeitosa — que assistia os braços mecânicos descerem os imensos sinos. “Emanuel”, o venerável bourdon do rei Luis XIV, o único dos sinos que escapou da sanha dos revolucionários, recebeu seus futuros “irmãos” de campanário tocando sozinho.

Eles só foram exibidos a partir da bênção solene, ocorrida no dia 2 de fevereiro.

Os sinos se fizeram ouvir pela primeira vez em 23 de março, véspera do Domingo de Ramos, ainda em fase de teste.

O primeiro toque oficial foi o “Grand Solemnel” no Domingo de Páscoa, diante de uma multidão emocionada e entusiasmada.

— “O som dos sinos simboliza a presença de Deus na cidade — comentou um parisiense —, porque seu som é como o próprio Deus: é a suma beleza”.

— “Com o som dos sinos é todo o Universo que se põe em movimento”, acrescentou uma senhora presente na catedral.
— Faith Fuller, turista de São Francisco (EUA), não pôde conter as lágrimas: “Isto representa 850 anos de história de uma catedral fantástica e eu estou neste momento histórico ouvindo os sinos pela primeira vez. É emocionante e belíssimo”, narrou à rádio oficial alemã “Deustche Welle”.

— “A ideia foi recriar um conjunto de sinos tão magnífico quanto aquele que havia antes da Revolução Francesa”, declarou Paul Bergamo à “Deustche Welle”.

— “Os sinos são uma das vozes da catedral porque ecoam a glória de Deus”, acrescentou o reitor-arcipreste da catedral, Mons. Patrick Jacquin.

Segundo Mons. Jacquin, num período de três semanas após a bênção solene, entre 1.000.000 e 1.500.000 pessoas foram visitar, tocar e fazerem-se fotografar junto aos brilhantes sinos.






catedraismedievais.com

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domingo, maio 12, 2013

ASCENSÃO DO SENHOR, MISSA DAS MÃES E COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA


Hoje, Ascensão do Senhor, recordamos mais uma vez a "missão que" temos confiada: 
“Vós sois as testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). A palavra de Deus continua sendo hoje atualidade viva: “Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força (...) e sereis minhas testemunhas” (At 1,8) até os confins do mundo. A palavra de Deus é exigência de urgente atualidade: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).

Nesta Solenidade ressoa com força o convite de nosso Mestre, que —revestido da nossa humanidade— acabada a sua missão neste mundo, deixa nos para sentar-se à destra do Pai e enviar-nos a força do alto, o Espírito Santo.
Mas eu devo perguntar-me: —o Senhor atua por meio de mim? Quais são os sinais que acompanham a minha testemunha? 
Algo me recorda os versos de um poeta: “Não podes esperar até que Deus chegue e te diga 'Eu sou'. Um Deus que declara o seu poder carece de sentido. “Deves saber que Deus sopra por meio de ti desde o começo, e se teu peito arde e nada denota então Deus está agindo nele”. 
E este deve ser o nosso sinal: o fogo que arde em nosso interior, o fogo que —como no profeta Jeremias— não se pode conter: a Palavra viva de Deus. E precisamos dizer: Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com vozes alegres. Deus subiu por entre aclamações, o SENHOR ao som da trombeta. Cantai hinos a Deus, cantai hinos; cantai hinos ao nosso rei, cantai hinos!” (Sal 47,2.6-7).

Evangelho (Lc 24,46-53): Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome será anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. Eu enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto”. 
Então Jesus levou-os para fora da cidade, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. E enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria, e estavam sempre no templo, bendizendo a Deus.
Dom Josep ALEGRE Abade de Santa Mª Poblet (Tarragona, Espanha)
REALIZOU-SE O QUE ESTAVA ESCRITO E PROMETIDO: O MESSIAS PADECEU E RESSUSCITOU PARA QUE EM SEU NOME OBTIVÉSSEMOS O PERDÃO DOS NOSSOS PECADOS.

Cabe a nós divulgarmos essa boa nova, temos que ser suas testemunhas, pois para isso Ele nos prometeu: seremos “revestidos do vigor do alto” (V 49). Só com a tua força Espírito Santo é que podemos vencer as forças do mal. Só o Teu saber poderá me dar sabedoria para suplantar a malícia do mundo.  
 Esperarei todos os dias de minha vida pela ação de Teu Espírito Santo para que possa ser tua testemunha no meio em que vivo. Anunciar que Tu vieste para salvar a todos os que se arrependem de seus pecados e se deixam entregar à Força do Alto. “Sereis minhas testemunhas”. 
Testemunhas de que Jesus veio trazer a felicidade que o Pai planejou para nós. Venceu a morte e pela sua ressurreição obtivemos a vitória sobre a morte e o perdão dos pecados. Dá-me, Senhor, coragem para poder exercer esse ministério de testemunho, sem fraquejar, sem ficar impedido pelo respeito humano, sem tibieza.
Ascensão (Lc 24,50-53 – Jo 20,17 At 01,01-11)

 JESUS NOS DEIXA VISIVELMENTE, MAS CONOSCO ESTÁ PARA SEMPRE PELO SEU ESPÍRITO SANTO.

Vivendo a sua vida de homem, imergiu no amor que preenche os desejos humanos mais autênticos. Ressuscitando, fez entrar todos estes desejos no mundo do amor infinito. É desse céu que se trata hoje, para lá de tudo o que possamos imaginar ou desejar. 

Em cada Eucaristia, acolhemos em nós a presença de Jesus ressuscitado que vem alimentar e fazer crescer o germe da vida eterna. E, no dia da nossa morte, Jesus far-nos-á entrar no “além”, no “céu”, no mundo do amor sem qualquer limite…

PAI, QUE DIRIGES O MUNDO NA TUA LIBERDADE SOBERANA, NÓS TE BENDIZEMOS PELA PRESENÇA DO TEU FILHO JESUS NAS NOSSAS ASSEMBLEIAS E NAS NOSSAS FAMÍLIAS, PELO ENSINAMENTO DA TUA PALAVRA, PELO BANQUETE DA EUCARISTIA E PELO DOM DO TEU ESPÍRITO. NÓS TE PEDIMOS POR TODAS AS COMUNIDADES CRISTÃS: ABRE OS NOSSOS CORAÇÕES AO TEU ESPÍRITO, QUE OS CRISTÃOS SEJAM TESTEMUNHAS DE CRISTO ATÉ AOS CONFINS DA TERRA.



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