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sábado, junho 08, 2013

“APARECEU NO MEIO DE NÓS UM GRANDE PROFETA: DEUS VISITOU O SEU POVO” - X DOMINGO DO TEMPO COMUM

Cristo vencedor da morte nos estende a sua mão, animando-nos a sair da nossa prostração, indiferença e falta de fé. Hoje trazemos a esta Eucaristia todos os que choram e necessitam de compaixão.
Cedo ou tarde chega a crise que rompe nossa segurança. Vivíamos tranquilos, sem problemas nem preocupações. Tudo parece assegurado para sempre. De repente uma doença grave, a morte de um ente querido, a crise conjugal... Por que não há felicidade duradoura? Uma coisa é clara: meus desejos não têm limites, mas eu sou frágil e limitado, No fundo, não estou desejando algo que supera tudo o que conheço?
São muitas as pessoas que experimentam algo disto mais de uma vez na vida, embora depois não falem disso nem saibam como explicá-lo aos outros. Mas estas crises acontecem e são importantes, porque criam um espaço para fazer-nos perguntas, libertar-nos de enganos e arraigar melhor nossa vida no essencial.

Jesus nos é apresentado como fonte de esperança no meio das crises. No relato de Lucas se nos diz que Jesus se encontra com um cortejo fúnebre nas imediações de Naim. Seu olhos se fixam numa mulher dilacerada pela desgraça: uma viúva só e desamparada que acaba de perder seu único filho. Jesus lhe diz apenas duas palavras: “NÃO CHORES”. Sempre é possível a esperança. Inclusive diante da morte.
QUE TRANSFORMAÇÃO QUANDO A PESSOA DESCOBRE QUE A ÚNICA COISA QUE INTERESSA A DEUS SOMOS NÓS: QUE ELE NÃO PENSA EM SI MESMO, MAS EM NOSSO BEM, QUE A ÚNICA COISA QUE LHE DÁ GLÓRIA É NOSSA VIDA VIVIDA EM PLENITUDE!

No evangelho de hoje Lucas nos descreve um enterro na pequena aldeia de Naim. Ao ver a mãe viúva que perdeu seu filho único, Jesus se comove e lhe diz:
 “Não chores”. Ao comprovar a intervenção vivificadora de Jesus e ver o jovem cheio de vida, as pessoas, que captam o que aconteceu, exclamam: “Deus visitou seu povo”. Deus não quer que o ser humano chore.
Alguém me disse em certa ocasião: “Que bom se Deus fosse como você apresenta, mas será Ele assim?” Não, Deus não é como eu procuro apresentá-lo. Deus é sempre maior e melhor do que tudo o que nós seres humanos possamos balbuciar. Só o conheceremos quando nos encontrarmos com Ele após a morte.
Cf O Caminho aberto por Jesus; José Antonio Pagola, Ed Vozes , páginas 133-134