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quarta-feira, julho 31, 2013

MILHÕES DE PEREGRINOS PARTICIPARAM DA MISSA DE ENVIO DA JMJ, EM COPACABANA

Muitos dos peregrinos passaram a noite no local, para onde foram no sábado, quando também aconteceu a peregrinação da Central do Brasil até o bairro da Zona Sul do Rio.
Antes do início da missa, o público participou de um gigantesco "flashmob", fazendo uma coreografia ao som do hino da JMJ. Eles dançaram por mais de dois minutos.
O público que estava nas areias de Copacabana dançou junto com os coreógrafos, que mostravam os passos pelos telões. Alguns bispos que estavam no palco também dançaram. 


“IDE, SEM MEDO, PARA SERVIR”, DISSE PAPA FRANCISCO NA MISSA DE ENVIO DA 
JMJ RIO2013
Buscar doar-se aos outros e evangelizar sem medo foi a missão que o Papa Francisco destinou a todos os jovens durante a homilia da Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) neste domingo, 28. "Não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho, a sua fé", disse.
De acordo com o Santo Padre, O Senhor convida os jovens a serem discípulos em missão! “Ide, sem medo, para servir”, ensinou. "Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!", completou.
Papa Francisco disse ainda que o Senhor envia os jovens às outras pessoas para que possam levar o Cristo a todos, inclusive aos que parecem mais distantes e mais indiferentes. "O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor", explicou.
É necessário ainda não ter medo de anunciar o Evangelho. Papa Francisco lembrou que o profeta Jeremias também teve medo, mas Deus o fortaleceu. "Não tenham medo! Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: ‘Eu estou com vocês todos os dias’". Para anunciar o nome de Jesus, Paulo teve coragem de testemunhar pessoalmente o amor de Deus.
“Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor”, disse em outro trecho da homilia. O Papa Francisco disse ainda que, para servir, é necessário cantar ao Senhor Deus um canto novo. “Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço”, ressaltou.
O Santo Padre pediu pela Igreja da América Latina para que o anúncio ressoe com uma força renovada.
O exemplo de Papa Francisco será seguido por todos, de acordo com Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013. “Nós também vamos contigo. Iremos contigo às ruas, às periferias, aos excluídos! (..) Agora chegou o momento de dizer, Papa Francisco: Envia-nos! A JMJ nos pede: ‘sejam missionários!’ E nós, com certeza, Santo Padre, iremos responder: ‘Eis-nos aqui, envia-nos’”, disse em discurso de saudação ao Santo Padre. 

“A Jornada Mundial da Juventude é a Nova Evangelização em prática!”, destacou Dom Orani. Segundo ele, os frutos da JMJ Rio2013 ficarão presentes entre os pobres, doentes, necessitados, e os jovens, protagonistas de um mundo novo, junto com toda a sociedade serão construtores da Civilização do Amor sonhada por Jesus.
Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, Queridos jovens!
«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.
 Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
De forma especial, queria que este mandato de Cristo -”Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada.
A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!
 Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»?
 Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco! «Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade.
 Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

 A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.
São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. 
Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo.
 Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.

A grande expectativa dos peregrinos era o anúncio da localidade da próxima JMJ, que será em Cracóvia na Polônia!
Trechos do discurso de despedida do Papa Francisco
28/07/2013

Dentro de alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração. 
Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha. Tenho a certeza de que Cristo vive e está realmente presente no agir de tantos e tantos jovens e demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades.”
“O meu pensamento final, minha última expressão das saudades, dirige-se a Nossa Senhora Aparecida. Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. 
Pedi a Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura, alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na solidariedade.”
“O Papa vai embora e lhes diz “até breve”, um “até breve” com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe!”







PAPA FRANCISCO - DIA 27/07 - PEREGRINAÇÃO, ADORAÇÃO E VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS


A peregrinação faz parte da Jornada Mundial da Juventude. Nela, os jovens buscam superar os desafios da caminhada como cansaço, sol e chuva para se encontrar com o Papa na vigília.
 No percurso, algumas ruas do centro do Rio de Janeiro foram fechadas para que os peregrinos pudessem andar com tranquilidade, os jovens tinham sinal verde para caminhar pelas ruas onde, costumeiramente, trafegam os carros.
Praia de Copacabana lotada no começo da tarde do dia 27 de Julho.
Chegada do Papa Francisco em Copacabana no fim da tarde de sábado para Vigília de Oração.
DISCURSO DO SANTO PADRE
 “Queridos jovens,
Acabamos recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: 'Francisco, vai e repara a minha casa'. E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: 'Repara a minha casa. Mas qual casa?' Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.
Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o senhor precisa de vocês. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações, que fala a vocês.
Acredito que podemos aprender algo com o que aconteceu nos últimos dias. Tivemos que cancelar o evento em Guaratiba. Será que o Senhor não quer nos dizer que o verdadeiro campo da fé, não é um lugar geográfico, mas sim nós mesmos? Sim. É verdade, cada um de nós e de vocês. Eu e vocês todos aqui, somos discípulos missionários. O que quer dizer isso? Que nós somos o campo da fé de Deus.
Partindo do campo da fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.
Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo. Algumas sementes caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9).
O próprio Jesus explicou o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é semeada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23).
Hoje, de modo especial, Jesus está semeando, tornando-nos o campo da fé. Deus faz tudo, mas vocês têm que permitir que Ele trabalhe nesse crescimento. Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada, pois nos deixamos tumultuar por tantos apelos superficiais? E eu lhes pergunt: ‘sou um jovem atordoado ou um jovem com pedras no terreno? Terei eu o costume de jogar dos dois lados, ficar de bem com Deus e com o Diabo? Receber as sementes de Deus e manter os espinhos? Acolher Jesus com entusiasmo, mas ser inconstantes e diante das dificuldades não ter a coragem de ir contra a corrente; ou somos como o terreno com os espinhos?
Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, ouvimos esses testemunhos. A pessoa diz que não é terra boa: 'sou cheio de espinhos, Santo Padre'. Mas mantenham sempre um pedacinho de terra boa. Eu sei que vocês querem ser terra boa. O cristão quer ser isso, um cristão de verdade, não cristãos de fachada, mas sim autênticos. Sei que querem ser cristãos autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento.

Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. É assim ou estou errado? Se é assim, façamos o seguinte. Todos em silêncio, olhando para dentro e cada um fale com Jesus que quer receber a semente. Olhe: 'Jesus, tenho pedras, tenho espinhos, mas tenho esse canto de boa terra'. Semeie. E em silêncio, permitem que Jesus plantem sua semente em boa terra.
Cada um sabe o nome da semente que foi plantada agora. E Deus vai cuidar dela.
Segundo: o campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que 'joguemos no seu time'. 
Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Algo maior que a Copa do Mundo!
Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. É o que Jesus oferece. Mas ele nos cobra um ingresso. Jesus pede que treinemos para estar 'em forma', para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, dando testemunhos de fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta.
Pergunte a Jesus: 'O que quer que eu faça? O que quer da minha vida?' Isso é treinar. Conversem com Jesus. E se cometerem um erro, um deslize, não temam. 'Jesus, olha o que eu fiz, o que faço agora?' Mas sempre fale com Jesus, nos bons e maus momentos, não tema. Assim vai se treinando o diálogo com Jesus. E também através dos sacramentos; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Esses são os treinamentos: a oração, os sacramentos e o serviço ao próximo. Vamos repetir: oração, sacramentos e ajuda aos demais.
Terceiro: o campo como canteiro de obras. Como vemos aqui, como tudo isso foi construído. Os jovens caminharam e construíram juntos. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se 'sua a camisa' procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Fizeram assim como São Francisco: construir e reparar a Igreja.
Querem construir a Igreja? Estão animados? E amanhã vão se esquecer que disseram 'sim'? Todos somos parte da Igreja. Nos transformamos em construtores da Igreja e protagonistas da História. Sejam protagonistas, não fiquem na fila da História. Joguem sempre na linha de frente, no ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. 
Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós somos uma pedrinha da construção. Se faltar essa pedrinha, quando chover, vai alagar tudo. E devemos construir uma grande Igreja. Não construir uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: 'Ide e fazei discípulos entre todas as nações'! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus!
Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Repitam isso. Agora é com vocês. 'Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo'. Quero que pensem nisso.
No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Não deixam que outros sejam protagonistas, sejam vocês. Vocês têm o futuro nas mãos. Por vocês, é que o futuro chegará. Peço que vocês também sejam protagonistas, superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às questões políticas que se colocam em diversas questões do mundo. Envolvam-se num mundo melhor. Não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Jesus não ficou preso dentro de um casulo. Saiam às ruas como fez Jesus.
 Mas, fica a pergunta: por onde começar? A quem vamos pedir que se comece isso ou aquilo? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, por onde começaríamos a mudar, e ela respondeu: você e eu! Ela tinha muita garra e sabia por onde começar. Repito as palavras de Madre Teresa: começamos por mim e por você. Faça essa mesma pergunta: se tenho que começar por mim mesmo, por onde devo começar? Abra seus corações para que Jesus lhes fale.
Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu 'sim' a Deus: 'Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra' (Lc1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.
Assim seja!"



domingo, julho 28, 2013

PAPA FRANCISCO - DIA 27/07 - JMJ RIO2013


Durante a missa, em uma catedral lotada, o Papa Francisco comoveu centenas de religiosos, que foram chamados a buscar novas vocações, principalmente entre os mais pobres. Ele usou a homilia para mostrar sua visão de evangelização. O principal recado foi: “para ‘semear’ a palavra de Deus, é preciso ir às ruas e encontrar os outros, começando pelos excluídos, pela periferia. Evangelizar é vocação de todos”.

O Papa afirmou que é nos núcleos mais pobres que é preciso buscar Cristo. "É nas favelas, nas comunidades carentes, onde é preciso ir buscar e servir a Cristo. Devemos ir a eles como o sacerdote se aproxima do altar: com alegria", declarou.
O auxílio aos jovens, por parte dos bispos e sacerdotes, para que "arda em seus corações o desejo de serem missionários de Jesus" também foi enfatizado por Francisco, que acrescentou que muitos jovens poderão se sentir um pouco assustados perante esse convite, pensando que ser missionários significa abandonar seu país, a família e os amigos. 

Neste ponto, o Papa lembrou que seu sonho era ser missionário no Japão, mas que Deus lhe mostrou que sua missão estava em sua terra.
"Ajudemos os jovens a perceber que ser discípulos missionários é uma consequência de ser batizados, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde se há de evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos", afirmou.
Francisco voltou a enfatizar a importância de a Igreja agir para servir e transmitir o Evangelho. "Não podemos ficar enclausurados na paróquia, em nossa comunidade, quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho. Não é um simples abrir a porta para acolher, mas sair por ela para buscar e encontrar. Pensemos com decisão na pastoral desde a periferia, começando pelos que estão mais afastados, os que não costumam frequentar a paróquia. Também eles estão convidados à mesa do Senhor."
Francisco denunciou mais uma vez a cultura da exclusão, a "cultura do descarte" da sociedade atual, na qual não há lugar, "para o idoso nem para o filho não desejado, e não há tempo para ficar com aquele pobre à beira do caminho".
"Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas estão reguladas por dois 'dogmas': a eficiência e o pragmatismo. Queridos bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas, tenham a coragem de ir contra a corrente. O encontro e a amparada de todos, a solidariedade e a fraternidade, são os elementos que fazem nossa civilização verdadeiramente humana", destacou.


O Papa Francisco pediu neste sábado (27), em encontro com representantes da sociedade civil no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, "diálogo construtivo" para enfrentar o presente. 
O encontro das crianças com o Santo Padre no Teatro Municipal

"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade", afirmou o pontífice.
O FUTURO
"O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir"
DIÁLOGO
Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade"
ESTADO LAICO
"Será fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas, que desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia. Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas"

No final do dia o Papa seguiu no papamóvel para a Vigília de Oração que reuniu milhares de  participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na Praia de Copacabana.





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PAPA FRANCISCO - DIA 26/07 - JMJ RIO2013

Centenas de pessoas se aglomeravam no portão da Quinta da Boa Vista


"O papa foi muito generoso e nos deixou muito à vontade. Ele realmente é o santo padre do povão", diz. O jovem fez mistério sobre o que falou o pontífice no encontro, mas garante que Francisco foi compreensivo e soube escolher bem suas palavras
Confissão de cinco jovens, três brasileiros, entre os quais o servidor público , um venezuelano e um italiano.
O servidor público conta ter decidido se tornar um católico praticante há cerca de um ano e meio, quando começou a planejar sua ida ao Rio de Janeiro, para a 
Padres confessam católicos na 
Feira Vocacional da JMJ
na Quinta da Boa Vista 
Jornada, e diz que não acreditou quando soube que havia sido escolhido para se confessar com o papa.
"Liguei novamente para a organização da Jornada e chequei no site para ver se havia alguém com o nome da pessoa que havia me ligado."

ANGELUS  NO PALÁCIO SÃO JOAQUIM
O Papa lembrou a importância de se rezar o Angelus todos os dias: "uma belíssima expressão popular da fé é a oração do Angelus. É uma oração simples de recitar em três momentos do dia que marca o ritmo de nossas atividades cotidianas: de manhã, ao meio dia e no entardecer. Mas é uma oração importante e convido a todos a recitar a Ave Maria".
E recordou: "Hoje a Igreja celebra a jornada dos pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: os santos Joaquim e Ana. Na casa deles, veio ao Mundo, Maria, trazendo com ela o extraordinário mistério da Imaculada Conceição, cresceu Maria, acompanhada pelo amor e a fé que eles professavam; na casa deles, ela aprendeu a escutar o Senhor e a seguir a Sua vontade. Os Santos Joaquim e Ana fazem parte de uma corrente que transmitiu o amor por Deus, no ambiente da família, até chegar a Maria que acolheu no seu ventre o Filho de Deus o doou ao mundo, doou Jesus a nós"!
O papa destacou o ambiente familiar como como lugar privilegiado para a transmissão da fé. Olhando para esse ambiente, o Papa fez questão de dizer: "hoje, na festa de São Joaquim e Santa Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós.  Quanto são importantes na vida da família para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para toda sociedade! E como é importante o diálogo entre as gerações, sobretudo dentro da família.  O Documento de Aparecida nos recordou: 'as crianças e os anciãos construíram o futuro dos povos; as crianças porque levarão avante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria da vida'. Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro para se conservar e alimentar!".

VIA SACRA  COM MILHARES DE PESSOAS  EMOCIONA NA PRAIA DE COPACABANA
Emoção, lágrimas e contrição fizeram parte da noite desta sexta-feira, 26, durante a via sacra na praia de Copacabana. Na avenida Atlântica, palcos foram montados para encenação das 14 estações da via sacra. As apresentações foram acompanhadas pelos participantes nos telões instalados na praia.

Via Sacra, um dos atos centrais da Jornada Mundial da Juventude, registrou nesta sexta-feira (26), segundo a organização do evento, público de 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. 

O evento, que contou com a presença do papa Francisco, era um dos mais esperados da JMJ.
A tema refletido na Via-sacra foi um trecho do Evangelho de São Mateus que diz: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). O texto utilizado na meditação da Via Dolorosa de Cristo foi escrito pelos padres dehonianos José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj) e João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj).
A Via-sacra é um ato composto por 14 estações, sendo que 13 delas foram encenadas ao longo de cerca de um quilômetro do canteiro central da Avenida Atlântica e, a última, no palco central.
Cada uma das estações teve um tema relacionado às questões da juventude no mundo contemporâneo: 
“jovem missionário”, “jovem convertido”, “jovem de comunidade de recuperação”, “jovem falando em nome das mães”, “seminarista”, “religiosa que luta pela vida”, “casal de namorados”, “jovem falando pelas mulheres que sofrem”, “estudante cadeirante”, “jovem das redes sociais”, “presidiário ou jovem da pastoral penal”, “jovem com doença terminal”, “jovem deficiente auditivo” e “jovens da África, América do Norte, da América Latina e do Caribe, da Europa, da Ásia e da Oceania”.



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