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quinta-feira, julho 11, 2013

SÃO BENTO - ITÁLIA, 480-547


Escreveu a célebre Regra, que tem como fundamento “Oração e Trabalho”. Paulo VI proclamou-o Padroeiro da Europa. 

São Bento, patriarca dos monges ocidentais, nasceu em Núrcia, no ano 480. Ainda muito jovem, seduzido e impelido pelo Espírito, abraçou um período de absoluta solidão numa gruta em Subiaco. A sua fama atraiu-lhe discípulos. Organizou para eles a vida cenobítica, inicialmente em doze pequenos mosteiros à volta de Subiaco e, depois, no célebre cenóbio de Monte Cassino.
Escreveu uma Regra que resume sabiamente a tradição monástica oriental, adaptando-a ao mundo latino. Esta escola de “serviço ao Senhor” é construída à volta da Palavra de Deus da Liturgia de louvor realizada em coro, e do trabalho em ambiente de fraternidade, de humilde e obediente serviço. São Bento faleceu com 67 anos de idade, em Monte Cassino, no ano 547.
 São Bento, depois de longo tempo na presença de Deus, a escutar a sua Palavra, vivendo em total desapego do mundo, em completo silêncio e em austera solidão, tornou-se um homem, capaz de orientar outros, que buscavam a Deus.

Só dá fruto quem acolhe no coração e medita a Palavra de Deus, quem se deixa transformar por ela. As comunidades criadas por São Bento caracterizam-se pela busca apaixonada de Deus, pela escuta atenta da Palavra, meditada e guardada no coração.
 Assim descobrem Jesus Cristo como sabedoria do Pai, como o verdadeiro tesouro, ao qual nada se deve antepor. Permanecendo estavelmente unidos a Ele, os discípulos permitem ao Espírito produzir neles os seus frutos. Esses frutos são o melhor prêmio para quem deixa tudo para estar com o Senhor e “permanecer” n’Ele.
 A união de São Bento com Deus explica a sublimidade da sua Regra, exigente e equilibrada, e a sua influência perene na vida de perfeição da Igreja.
Bossuet falou assim da Regra de São Bento:“Suma do cristianismo, resumo douto e misterioso do Evangelho, das instituições dos Santos Padres, de todos os conselhos de perfeição, na qual atingem o seu mais alto apogeu a prudência e a simplicidade, a humildade e o valor, a severidade e a doçura, a liberdade e a dependência, na qual a correção encontra toda a firmeza, a condescendência todo o encanto, a voz de comando todo o vigor, a sujeição todo o repouso, o silêncio a sua gravidade, a palavra a sua graça, a força o seu exercício e a debilidade o seu apoio”.
Chamado por Pio XII “Pai da Europa”, São Bento foi proclamado por Paulo VI patrono do mesmo continente, em 1964.
São Bento teve também a graça de trabalhar pelas almas. Na sua solidão, catequizava os pastores da montanha. Mais tarde, aceitou fazer a educação de alguns jovens piedosos de Roma, que as suas famílias lhe confiavam em Subiaco. Foi entre eles que recrutou São Mauro e São Plácido, seus amáveis discípulos. Sabia falar corajosamente aos grandes e recordar-lhes os seus deveres. 
SANTIFICAÇÃO
De acordo com a tradição, São Bento de Núrsia foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado.
Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efetivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as ofensas que ele recebia.

 São Bento vencia o Tentador utilizando-se do sinal da cruz e da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro.