Páginas

quarta-feira, abril 30, 2014

SÃO JOÃO XXIII E SÃO JOÃO PAULO II

Homilia do Santo Padre na missa de canonização de João XXIII e de João Paulo II
No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que São João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.
Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite – como ouvimos –, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. 
Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. 
 Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.

Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. 
E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28).

Por isso, no Corpo de Cristo Ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é Amor, Misericórdia, Fidelidade. 
Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: "pelas suas chagas, fostes curados" (1 Ped 2, 24; cf. Is 53, 5).
São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado.

Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus.
Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.
Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava "uma esperança viva", juntamente com "uma alegria indescritível e irradiante" 1Ped 1,3.8. 

A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. 
A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. 
Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.
Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que ouvimos na segunda Leitura. 
É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.
E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. 

João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos.
Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. 
Na convocação do Concílio, São João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo.
Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. 
Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu.

Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. 
QUE AMBOS NOS ENSINEM A NÃO NOS ESCANDALIZARMOS DAS CHAGAS DE CRISTO, A PENETRARMOS NO MISTÉRIO DA MISERICÓRDIA DIVINA QUE SEMPRE ESPERA, SEMPRE PERDOA, PORQUE SEMPRE AMA.
Copyright - Libreria Editrice Vaticana
(27 de Abril de 2014) © Innovative Media Inc.




---

terça-feira, abril 29, 2014

SANTA CATARINA DE SENA

Nascida em Siena, na Itália, por volta de 1347, "Catarina ouvira o chamamento de Deus desde a mais tenra infância, numa idade em que, normalmente, só se pensa em brincar". 

Passava sua infância aproveitando o silêncio e a solidão de sua casa para rezar e, em segredo, flagelar seus ombros com uma corda, por amor a Deus.

"O desejo de isolamento e as lendas dos padres do deserto, que tanto lhe ocupavam a imaginação, levaram-na a sonhar com um gruta solitária onde pudesse esconder-se para entreter-se exclusivamente com Deus". 
De fato, um dia, cruzando o portão de sua cidade, Catarina saiu à procura de uma dessas grutas onde se escondiam os eremitas. Achando uma, entrou e, pondo-se de joelhos, rezou fervorosamente. Nessa experiência, aconteceu-lhe de "ser levantada do solo e flutuar livremente sob a abóbada". A humilde criança, "temendo tratar-se de uma tentação do diabo para impedi-la de rezar, redobrou de ardor e de firmeza na oração".

A pequena Catarina não se preocupava com as coisas com que normalmente dispendiam seus familiares. Ainda com sete anos, ansiando entregar-se exclusivamente a Deus, sem nenhuma ligação com o mundo aborrecedor dos homens, Catarina suplicou à Virgem Maria que a conservasse casta, a fim de tornar-se esposa de Jesus. "Amo-O com toda minha alma – dizia a Nossa Senhora – e prometo a Ele e a Ti jamais aceitar outro esposo".

Para fugir de seus pais, que queriam vê-la casada, Catarina cortou sua longa cabeleira, sem lhes dizer uma palavra. Para castigá-la, a mãe impediu-a de ter um quarto próprio, pondo-a para viver com o irmão Stefano.

 Mas nem isso a podia afastar de seu Bem-Amado. "Durante o dia, enquanto Stefano se atarefava no porão diante dos caldeirões da tinturaria, Catarina tinha o aposento só para ela; e à noite Stefano dormia como uma pedra, sem se aperceber das longas vigílias que a irmã passava em oração, a mil léguas deste mundo terrestre". 

Mais tarde, depois de uma experiente vida de oração, Catarina aconselhava aos seus filhos: "Construí uma cela no fundo de vossa alma e de lá não vos afasteis mais". Parecia prefigurar a bela analogia feita por Santa Teresa de Ávila, ao comparar a alma a um castelo em cujo centro está Jesus.
Visitada em sonho por São Domingos de Gusmão, Catarina tomou a firme resolução de tornar-se "mantelata" – como eram chamadas as leigas da ordem dominicana. Quando comunicou a decisão aos familiares, as reações foram as mais negativas possíveis. O seu virtuoso pai, no entanto, acalmou a todos, com maturidade: "Deixem-na inteiramente livre para servir a seu Esposo e rezar assiduamente por nós. 

Jamais teríamos sido capazes de proporcionar-lhe tão gloriosa aliança. Não nos lamentemos, pois, se, ao invés de tomar por esposo um homem mortal, ela se entregar ao Deus feito homem, que é eterno".

Voltando a ter um quarto só para si, Catarina entregou-se com assiduidade à vida de penitência. Consciente de que, como ela mesma escreveu mais tarde, "a satisfação se dá pelo amor, pelo arrependimento e pelo desprezo do pecado" e que "os gestos finitos são insuficientes para punir ou satisfazer, sem a força da caridade", unia às suas severas mortificações corporais e a seus rigorosos jejuns um amor filial a Jesus.

Admitida, então, na Ordem Terceira de São Domingos, não demorou muito para que sua vida de virtudes atraísse as pessoas à sua volta. Em torno dela, nota o Papa Bento XVI, "foi-se constituindo uma verdadeira família espiritual. Tratava-se de pessoas fascinadas pela respeitabilidade moral desta jovem mulher de elevadíssimo nível de vida, e por vezes impressionadas também pelos fenômenos místicos aos quais assistiam, como os frequentes êxtases.

 Muitos se puseram ao seu serviço e sobretudo consideraram um privilégio ser orientados espiritualmente por Catarina.

 Todos carinhosamente chamavam Catarina de "dolcissima mamma", pois se consideravam seus filhos espirituais.
Ao lado de uma sólida vida interior, Santa Catarina de Siena desempenhou um papel fundamental na história da Igreja, ao pedir ao Papa Gregório XI o fim do terrível "grande cisma do Ocidente". 

Ela exortou o Sumo Pontífice a sair do exílio em Avinhão e voltar para Roma, a fim de devolver a unidade ao povo católico. Fê-lo por amor à Igreja, ao Papa – a quem chamava de "doce Cristo na terra" – e aos sacerdotes – que ela tinha em altíssima conta, mesmo consciente de suas faltas humanas. Sobre esses, ela escrevia, repetindo palavras do próprio Senhor:
"Os ministros são ungidos meus. A respeito deles diz a Escritura: 'Não toqueis nos meus cristos' (Sl 105, 15). (...) Se me perguntares por que a culpa dos perseguidores da santa Igreja é a maior de todas e, ainda, por que não se deve ter menor respeito pelos meus ministros por causa de seus defeitos, respondo-te: porque, em virtude do sangue por eles ministrado, toda reverência feita a eles, na realidade não atinge a eles, mas a mim.

 Não fosse assim, poderíeis ter para com eles o mesmo comportamento de praxe para com os demais homens. Quem vos obriga a respeitá-los é o ministério do sangue. Quando desejais receber os sacramentos, procurais meus ministros.

Não por eles mesmos, mas pelo poder que lhes dei. Se recusais fazê-lo, em caso de possibilidade, estais em perigo de condenação. (...) Mas também o desrespeito. Afirmo-te que devem ser respeitados pela autoridade que lhes dei, e por isso mesmo não podem ser ofendidos. Quem os ofende, a mim ofende. Disto a proibição: 'Não quero que mãos humanas toquem nos meus cristos'!" 

Com seus ensinamentos, Catarina não só pedia a volta do clero à pureza dos costumes, mas também o respeito devido aos sacerdotes pelo caráter que receberam no sacramento da Ordem. Quando se procura os sacerdotes para receber os sacramentos ou quando se beija as suas mãos ungidas, não se faz isso "por eles mesmos", mas pelo poder que Deus lhes deu de trazer à humanidade a Eucaristia e a remissão dos pecados.

Ao fim de sua vida, a santa de Siena configurou-se inteiramente a Nosso Senhor, sendo coroada com os santos estigmas. Ela – "que era capaz de não tomar, durante cinquenta e cinco dias, outro alimento senão uma hóstia" – converteu-se em um milagre vivo de Deus. Por isso, ainda em 1461, menos de um século depois de seu nascimento para o Céu, foi canonizada pelo Papa Pio II.
"Nunca, ao longo da sua breve existência, se rompeu o seu contato com Aquele que a chamava pelo nome", escreveu Daniel-Rops. E, agora, na Pátria Celeste, nada mais pode romper os laços tão estreitos que unem o seu coração ao Sagrado Coração de Jesus. 

Que a sua intercessão nos torne fiéis e perseverantes na oração e na penitência e fortaleça os nossos laços com a Igreja triunfante, de cuja plenitude pretendemos, com a graça de Deus, participar.
Santa Catarina de Siena, rogai por nós!


Fonte > Christo Nihil Praeponere

MISSA EM SUFRÁGIO DA ALMA DE PADRE MARCOS ANTONIO DUARTE


Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Aquele que é o Vivente continua a ser para sempre o Crucificado e que Sua história de sofrimento não foi anulada com a ressurreição, mas que foi completada e tornada definitiva por ela.
 Esse reconhecimento ajuda-nos a lançar um olhar completamente novo sobre a realidade e opera em nós uma profunda conversão do coração.
O ressuscitado traz sempre os sinais da Sua humilhação e da Sua rejeição, de modo que está para sempre solidário e próximo dos rejeitados, dos humilhados e dos pobres que nada contam: 
“Todas as vezes que fizestes isto a um só destes irmãos mais pequenos, foi a Mim que o fizestes”(Mt 25,40). Jesus fica para sempre na mesma disponibilidade de amor que assinalou o dom de Si na Cruz. Ele então oferece-nos o dom da comunhão e da paz, que torna a fraternidade eclesial um sinal visível de Seu Amor.
Como no Evangelho de ontem, II Domingo da Páscoa, vimos que no centro do local onde estão reunidos os discípulos, está Jesus com as suas chagas: Ele conserva-as ainda no Seu corpo, não porque são Suas para sempre.
 Elas são o sinal do amor do Pastor que se oferece sem medida e do amor do Pai que dá o seu Filho. 
São por isso o “sinal” que Deus oferece à nossa fraqueza para nos conquistar e atrair a Si. Não devemos portanto ir procurar a outro lado, mas sim orientar a nossa vida para a contemplação daquele amor ferido de Deus para o acolhermos e fazê-lo nosso na alegria e na paz.

 E esta procura não pode fazer-se senão na comunidade cristã.
A história de Cristo torna-se o caminho de salvação aberto também para nós e o paradigma no qual podemos modelar continuamente a nossa vida cristã: a escuta da palavra abre-nos o caminho da sequela e nós temos a responsabilidade de a acolher e de deixar-nos converter por ela.
 A fé no Ressuscitado e no poder do seu Espírito torna os crentes atentos e capazes de discernimento para perceber esses sinais e leva-os à maturidade de uma adesão plena a Cristo. 
A obediência confiante à Palavra do Ressuscitado é capaz de mudar os corações dos discípulos e os tornar instrumentos transparentes da ação salvífica do Senhor.
Nenhuma palavra humana consegue preencher o vazio que sentimos com a ausência daqueles que amamos. Somente Deus pode nos consolar com sua palavra de esperança: “Eu sou a Ressurreição e a Vida, aquele que crê em mim, viverá eternamente.” Nós, por isso mesmo, não acreditamos na morte, cremos na vida,  e  esta vida tem um nome, uma face, um coração que bate por nós: Jesus Cristo. N’ele, descobrimos que a morte não é o fim, “Ela é uma curva na estrada da vida” (Pascal). Um dia, todos juntos, estaremos no Senhor, pois o céu, que é o encontro daqueles que se amaram com Aquele que nos ama, mais do que um lugar, é uma pessoa: Jesus, vencedor da morte e Senhor da vida!


---

segunda-feira, abril 28, 2014

II DOMINGO DA PÁSCOA 2014 - 27/04/2014


Sem sua presença viva, a Igreja se converte num grupo de homens e mulheres que vivem “numa casa com as portas fechadas, por medo dos judeus”.

Com as “portas fechadas” não se pode ouvir o que acontece lá fora. Não é possível captar a ação do Espírito no mundo. Não se abrem espaços de encontro e diálogo com ninguém.
 Apaga-se a confiança no ser humano e crescem os receios e preconceitos. Mas uma Igreja sem capacidade de dialogar é uma tragédia, pois os seguidores de Jesus são chamados a atualizar o eterno diálogo de Deus com o ser humano.
 O “medo” pode paralisar a evangelização e bloquear nossas melhores energias. O medo nos leva a rejeitar e condenar. Com medo não é possível amar o mundo. 
Mas, se não o amamos, não o olhamos como Deus o olha. E, se não o olharmos com os olhos de Deus, como comunicaremos a Boa Notícia?
Se vivermos com as portas fechadas, quem deixará o redil para buscar as ovelhas perdidas? Quem se atreverá a tocar algum leproso excluído? Quem se sentará à mesa com pecadores ou prostitutas?
 Quem se aproximará dos esquecidos pela religião? Os que querem buscar o Deus de Jesus nos encontrarão com as portas fechadas.
Nossa primeira tarefa é deixar entrar o ressuscitado através de tantas barreiras que levantamos para defender-nos do medo.

QUE JESUS OCUPE O CENTRO DE NOSSAS IGREJAS, GRUPOS E COMUNIDADE. QUE SÓ ELE SEJA FONTE DE VIDA, DE ALEGRIA E DE PAZ.

Que ninguém ocupe seu lugar, que ninguém se aproprie de sua mensagem. Que ninguém imponha um modo diferente do seu.
Já não temos mais o poder de outros tempos. Sentimos hostilidade e a rejeição em nosso entorno. Somos frágeis.

MAIS DO QUE NUNCA, PRECISAMOS ABRIR-NOS AO SOPRO DO RESSUSCITADO PARA ACOLHER SEU ESPÍRITO SANTO.
COMO É QUE SE CHEGA À FÉ EM CRISTO RESSUSCITADO?
João responde: podemos fazer a experiência da fé em Cristo vivo e ressuscitado na comunidade paroquial, que é o lugar natural onde se manifesta e irradia o amor de Jesus. Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios (está fora) e que não faz caso do testemunho da comunidade, nem percebe os sinais de vida nova que nela se manifestam.  Tomé acaba, no entanto, por fazer a experiência de Cristo vivo no interior da comunidade. Porquê? Porque no “dia do Senhor” volta a estar com a sua comunidade. 

É uma alusão clara ao Domingo, ao dia em que a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.


ORAÇÃO
Nós Te damos graças por este primeiro dia da semana, que se renova todos os oito dias depois da Páscoa de Jesus, e pelo Sopro do teu Espírito Santo, que renova as nossas comunidades na Eucaristia.
Que a tua paz esteja sempre conosco. Sopra o teu Espírito, que Ele guie a nossa fé e que nós possamos confessar-Te: Meu Senhor e meu Deus.


---

domingo, abril 27, 2014

"CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO DO CRISMA" PRESIDIDA POR DOM PEDRO CUNHA CRUZ


Deste modo toda a Igreja cresce e se santifica, pois a pessoa torna-se sinal da presença e da ação do Espírito de Deus.
A pessoa que renasceu no Batismo é enriquecida com o DOM DO ESPÍRITO SANTO, e, marcada por esse sacramento, fica perfeitamente unida à Igreja e assume o compromisso de espalhar e defender a fé por palavras e atos, como testemunha de Cristo no mundo. Somos chamados, como cristãos crismados, a viver a vida de união e de comunhão na Igreja. 
“Deus é bom e sua misericórdia é eterna. Alegremo-nos nele e exultemos, pois nos convida, na Eucaristia, a superar o medo e acolher o Dom da Paz”
A LITURGIA DO 2º DOMINGO DA PÁSCOA NOS APRESENTA A COMUNIDADE DE HOMENS NOVOS QUE NASCE DA CRUZ E DA RESSURREIÇÃO DE JESUS: A IGREJA. 
A SUA MISSÃO CONSISTE EM REVELAR AOS HOMENS A VIDA NOVA QUE BROTA DA RESSURREIÇÃO.

 At 2,42, 44, 47
“Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, 
na fração do pão e nas orações.” “...Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum.” “... Louvavam a Deus eram estimados por todo o povo. E cada dia, o Senhor acrescentava o seu numero mais pessoas que seriam salvas”.
Salmo 117 (118)
“Dai graças ao Senhor porque Ele é bom! Eterna é a sua Misericórdia”.
 “A pedra que os pedreiros rejeitaram,  Tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravi­lhas Ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!”
1 Pedro 1,3,8,9
“Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
 que, na sua grande 
misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos,  para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem desaparece, reservada nos Céus para vós  que pelo poder de Deus sois guardados, 
mediante a fé, para a salvação que se vai revelar nos últimos tempos”. 
“...Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele. E isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa,  porque conseguis o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas”.

João 20,19-31 - Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
 estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse lhes: “A paz esteja convosco”. 
Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse lhes de novo:“A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós”. Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser lhes-ao perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos”.
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram lhe os outros discípulos:
“Vimos o Senhor”. Mas ele respondeu lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei”. 
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou Se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. Tomé respondeu Lhe: “Meu Senhor e meu Deus!”
Disse lhe Jesus: “Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto”. Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Ungidos pelo Espírito e alimentados no banquete eucarístico, nos tornamos imagens do Cristo Senhor, para anunciar ao mundo a certeza da salvação, e dar, na Igreja, o testemunho da fé redentora.
 O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes. Tal efusão imprime na alma um carácter indelével e traz consigo um crescimento da graça baptismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a fé cristã.
Pelo Batismo, o Espírito Santo nos concede a vida e pelo Crisma nos dá os seus dons para chegarmos a perfeição.

A Confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar a perfeição, segundo a vontade do Pai. "Sede Santos, como vosso Pai do céu é Santo."
O ESPÍRITO SANTO NO NOSSO CORAÇÃO É O PRÓPRIO CRISTO QUE SE TORNA PRESENTE EM NÓS
“Confirmação ou Crisma, que é entendida em continuidade com o Batismo, ao qual está ligada de modo inseparável. 
Estes dois sacramentos, junto com a Eucaristia, formam um único evento salvífico que se chama “iniciação cristã”, na qual somos inseridos em Jesus Cristo morto e ressuscitado e nos tornamos novas criaturas e membros da Igreja.
 “Crisma”, palavra que significa “unção”. E, de fato, através do óleo chamado “Sagrado Crisma” somos confirmados, no poder do Espírito, em Jesus Cristo, o qual é o único e verdadeiro “ungido”, o “Messias”, o Santo de Deus. O termo “Confirmação” recorda-nos então que este Sacramento leva a um crescimento da graça batismal: 
UNE-NOS MAIS FIRMEMENTE A CRISTO; CUMPRE A NOSSA LIGAÇÃO COM A IGREJA; DÁ-NOS UMA ESPECIAL FORÇA DO ESPÍRITO SANTO PARA DIFUNDIR E DEFENDER A FÉ, PARA CONFESSAR O NOME DE CRISTO E PARA NÃO NOS ENVERGONHARMOS NUNCA DA SUA CRUZ .
(Catecismo da Igreja Católica, n. 1303).


Bianca, Carlos, Dyana, Fabiana, Helena
John, José Rogério, Lauriene, Lucas, Marcella, Maria Eduarda Correia, Maria Eduarda Farias, Marina, Matheus, Nayara, Paula, Pedro, Thomaz, William



--