SER RAINHA DA PAZ IMPLICA “PODER” DE GERAR A PAZ, IMPLICA ESTAR EM CONDIÇÕES DE CONSTRUIR AQUELE TECIDO DE JUSTIÇA, RESPEITO MÚTUO E AJUDA FRATERNA EM QUE O BEM-ESTAR PESSOAL E SOCIAL POSSA VIGORAR.
Ser rainha da paz implica “poder” de gerar a paz, implica estar em condições de construir aquele tecido de justiça, respeito mútuo e ajuda fraterna em que o bem-estar pessoal e social possa vigorar.
Maria é rainha nesse sentido, porque é mãe do redentor, daquele que antigas visões proféticas chamaram de “príncipe da paz” (Is 9,5), daquele que “é nossa paz porque fez de dois um só povo... e veio anunciar a paz” (Ef 2,14)
Jesus quis que Maria participasse de sua paixão e morte e lhe estivesse vizinha no Calvário, onde se derrotava definitivamente a raiz do mal: em sua dor de mãe enfeixa-se toda a dor do mundo gerada por egoísmo, orgulho e violência, dor que seria vã se não pudesse entrar na paixão redentora de Jesus.
Paz não apenas nas relações entre os povos e entre as pessoas, na família e na sociedade, mas também nas relações consigo mesmo.
Maria é rainha e mestra dessa paz fundamental: ensina-nos a reencontrar e construir em nós o equilíbrio de nosso ser tão frequentemente à mercê de forças instintivas, a vencer nossos fechamentos egoístas em nós mesmos, a colocar-nos a serviço dos irmãos e irmãs e entender o valor de nossa pessoa e a riqueza dos talentos que recebemos.
Ensina-nos Maria a descobrir os vestígios de bem, de bondade e de amor, os vestígios de infinito e eterno que levam a partir de nosso íntimo à plena afirmação de nossa personalidade.
Dessa atitude nasce a paz pessoal que se derrama sobre todos.
Sempre retorna a Igreja a oração a Maria, Rainha da Paz, sobretudo nos momentos mais trágicos da história.
O cristão encontra, ao invocá-la sob esse título, força e coragem para construir a paz e dedicar a vida para que ela aconteça para todos.
Assim fizeram os mártires de ontem e de hoje, assim viveram pessoas bem perto de nós nestes tempos cruéis. Assim nos ensinam e a isso nos convidam vozes vindas dos Santuários Marianos presentes no mundo inteiro. É preciso crer na paz. É preciso crer que no coração do homem abriga, apesar de sua dureza, também germes de amor vindos do coração de Deus.
É preciso crer que Maria educa como mãe seus filhos a construir a paz, a entregar-se ao serviço dos mais necessitados, para fazer deste mundo lugar digno de moradia de filhos e filhas de Deus.
Assim fizeram os mártires de ontem e de hoje, assim viveram pessoas bem perto de nós nestes tempos cruéis. Assim nos ensinam e a isso nos convidam vozes vindas dos Santuários Marianos presentes no mundo inteiro. É preciso crer na paz. É preciso crer que no coração do homem abriga, apesar de sua dureza, também germes de amor vindos do coração de Deus.
Cf. Basadonna – Santarelli, Ladainhas de Nossa Senhora, Editora Loyola
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