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sábado, maio 03, 2014

SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA - 52ª AG CNBB 2014

A 52ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB, INICIOU NO DIA 02/05 MAIS UM DIA DE TRABALHO. O DIA COMEÇOU COM A CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA ÀS 7:30H NO ALTAR CENTRAL DO SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA - SP

“Jesus quando alimenta cerca de cinco mil pessoas com apenas cinco pães é o suficiente, mesmo com o pouco que temos, pouco de amor e compaixão, o pouco de bens materiais, o pouco de disponibilidade, o pouco do tempo para acabar com a fome seja a do coração ou a do corpo. 
O problema é colocar esse pouco que temos nas mãos do Senhor e não dar de volta sempre nossas mãos gananciosas para segurar”.

Durante a celebração Dom Giovanni falou da necessidade de multiplicar a caridade indo ao encontro dos mais necessitados.
“Quantas pessoas que estão sozinhas, doentes, tristes, abandonadas iriam encontrar consolo e conforto se déssemos um pouco do nosso tempo e coração ficando perto deles? Precisamos multiplicar a caridade, estender a compaixão. Ir ao encontro daqueles que precisam de ajuda”.
“Jesus nos pede para levantar os olhos junto com ele para poder perceber aqueles que precisam da nossa ajuda, aqueles que sofrem, aqueles que têm fome”.
Citando o Papa Francisco que sempre pede a todos que é necessário ir às periferias falou do papel dos pastores da Igreja a partir do exemplo de Jesus.
“Jesus nos pede para levantar os olhos junto com ele para poder perceber aqueles que precisam da nossa ajuda, aqueles que sofrem, aqueles que têm fome”.

Encerrando sua homilia pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que sua presença maternal sirva de estímulo para uma vivência da caridade sem limites para o bem dos homens e mulheres de todo o mundo.

NO TERCEIRO DIA 52ª AG DA CNBB, OS TRABALHOS CONTINUARAM NO CENTRO DE EVENTOS PADRE VÍTOR COELHO DE ALMEIDA.


DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS É CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO, DIZ DOM ERWIN KRAUTLER
“A situação indígena é uma questão crucial no Brasil”. Desta forma, o bispo de Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler, apresentou o assunto aos participantes da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, em Aparecida (SP). Antes, na coletiva de imprensa, o bispo conversou com os jornalistas sobre o assunto.
De acordo com dom Erwin, a demora na demarcação de terras indígenas é um desrespeito à Constituição. “A Constituição de 1988 determinou um prazo de quinze anos para esta demarcação em todo o território nacional. Nem a metade destas áreas foram ainda demarcadas. Muitas estão em processo ou engavetadas. Este é o motivo das hostilidades entre os que ocupam ilegalmente estas áreas e os povos indígenas”, disse.

O presidente do Cimi explicou que não se pode acusar os agricultores,  já que a grande maioria deles foi assentada em áreas indígenas pelo Estado. “O governo nada ou pouco faz para dirimir esse conflito. É algo sério e está acontecendo muito derramamento de sangue”, alertou. Por este motivo, ele considera que a demarcação de terras indígenas deve ser feita em caráter de urgência.
Dom Erwuin explicou também a visão do Cimi a respeito das indenizações. “Os agricultores devem ser indenizados. E que não seja apenas sobre as benfeitorias.”. Ele também destacou que é preciso que as famílias sejam reassentadas em outras terras e que se deve ter uma atenção especial aos idosos. “É preciso ressarcir o suor derramando durante décadas”.

O bispo também denunciou uma campanha anti-indígena que está deflagrada em todo o território nacional e reafirmou a posição contrária à aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 215, em que a bancada ruralista deseja retirar do Poder Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas. “Esse trabalho exige estudos etnológicos, antropológicos, cartográficos e outros. Não é questão de votar. Isso é um absurdo. No fim das contas, seria uma afronta, um retrocesso vergonhoso diante da opinião pública mundial, se o Brasil permitir que os povos indígenas sejam, por meio destas manobras, eliminados da face da terra”.

"QUEREMOS QUE FAÇA VALER A CONSTITUIÇÃO DE 88"
O valor do índio no Brasil é visto somente por um âmbito que não soma riquezas.
“Se o índio é visto pela questão econômica. Pelo crescimento do PIB, pelos índices de crescimento econômico ela não terá espaço no Brasil. Mas se é visto pela questão social e de direito como está na lei do direito a saúde, a educação para todos, etc. então ele terá lugar, será considerado uma riqueza, porque contribui com sua sabedoria milenar”, enfatizou.
Durante a apresentação dos assuntos abordados hoje pelos bispos também foi destacado o cronograma para a preparação da comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba.
Dom Erwin Kräutler - Presidente do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) 

“Queremos envolver todas as igrejas, dioceses do Brasil nessa celebração, para isso estamos propondo uma visita de Nossa Senhora a 
todas as capitais durante esse triênio, vamos dizer assim, até o grande jubileu. Pedimos aos bispos que agendem essa visita de Nossa Senhora”, contou.
Além da visita de Nossa Senhora às capitais dom Darci falou da parceria com o Santuário de Nossa Senhora de Fátima que também irá comemorar em 2017 um grande Jubileu, os 100 anos das Aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Nesse mês de maio, a Imagem de Nossa Senhora de Fátima chegará ao Santuário Nacional de Aparecida, e em maio de 2015 a imagem de Nossa Senhora Aparecida será também entronizada no Santuário de Fátima.
Para abrir o ano jubilar está programada para 12 de outubro de 2016 a inauguração do campanário do Santuário Nacional com um monumento assinado por Oscar Niemeyer.
Dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida (SP) - CNBB


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