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quinta-feira, julho 31, 2014

SANTO INÁCIO DE LOYOLA - PRESBÍTERO E FUNDADOR DA COMPANHIA DE JESUS


Santo Inácio de Loyola nasceu em 1491, na casa torre dos senhores de Loyola, em Azpeitia, norte da Espanha. Era o décimo terceiro filho do casal e entrou aos l9 anos como pajem na corte do Rei Fernando V. Dotado de temperamento ardente e belicoso, a carreira das armas o seduziu. No cerco de Pamplona foi gravemente ferido na perna. Durante longa convalescença, por falta de livros de cavalaria, que o apaixonavam, deram- lhe para ler a Vida de Jesus Cristo e dos santos. Tal leitura foi para ele uma revelação. Compreendeu que a Igreja também possuía sua milícia, a qual, sob ordens do representante de Cristo, luta para defender na Terra os interesses sagrados do Deus dos exércitos.

CAVALEIRO DE CRISTO E DA IGREJA MILITANTE
Na célebre abadia de Montserrat, Inácio depõe a espada aos pés da Santíssima Virgem e sua alma generosa, outrora seduzida pela glória mundana, não mais aspira senão pela maior glória do grande Rei que doravante servirá. 
Na noite da Encarnação, a 25 de Março, depois da confissão de suas faltas, fez a vigília de armas e pela Mãe de Jesus é armado cavaleiro de Cristo e da Igreja militante, sua esposa. Será em breve general da admirável Companhia de Jesus, suscitada pela Providência para combater o protestantismo, o jansenismo e o paganismo renascente. A fim de conservar em seus filhos a intensa vida interior que supõe a atividade militante à qual os destina, Santo Inácio lhes dá uma forte hierarquia e lhes ensina, em magistral tratado aprovado pela Igreja, seus Exercícios Espirituais que têm santificado milhares de almas.

TUDO PARA A MAIOR GLÓRIA DE DEUS
O lema que santo Inácio escolheu para sua milícia foram: Ad Maiorem Dei Gloriam — Para a Maior Gloria de Deus. Eis toda a sua santidade. E o fim da Criação, o fim da elevação do homem ao mundo sobrenatural, o fim dos preceitos do Evangelho em que almas generosas renunciam às coisas lícitas para se ocuparem mais livremente dos interesses de Deus e para lhe darem essa totalidade de glória acidental, cujo uso pelos homens, de coisas ilícitas, O havia privado. A 13 de julho de 1556 morre Santo Inácio, pronunciando o nome de Jesus. Sua Companhia, espalhada pelo mundo inteiro, contava então dez províncias e cem colégios.
HOMEM DE DECISÕES EXTREMAS
Sobre a vida de Santo Inácio de Loyola, cujos aspectos constituem um conjunto sobremodo arquitetônico e rico, poder-se-ia tecer inúmeros comentários. Entretanto, gostaria de ressaltar um lado que me parece ser a nota mais bela de sua existência, o ponto pelo qual ele brilhou especialmente no firmamento da Igreja. Refiro-me à sua força de vontade e de decisão que o fazia tomar, em todas as suas atitudes, a posição mais extrema, mais aguda, aquela que chegava ao fim último, sem meios termos.
Tomemos em consideração, por exemplo, o conhecido episódio de sua perna quebrada no cerco de Pamplona. Não se pode conceber algo de mais tremendo do que um homem, então mundano e voltado para as honras terrenas, ao se ver na contingência demarcar para o resto da vida em virtude de um erro ortopédico, decidir mandar quebrar de novo o osso imperfeitamente consolidado para que a perna ficasse em ordem. E isto porque, pelos cânones da elegância naquele tempo, um fidalgo capenga seria malvisto na corte e teria sua carreira política e militar prejudicada.
Ora, Inácio de Loyola encarou de frente o futuro que essa deficiência lhe traçava. 

Pesou tudo em sua crueza: “Quero viver na corte, desejo seguir a carreira militar. Se eu ficar coxo de uma perna, não brilharei entre meus pares,não dançarei, não terei valor algum como soldado. Ora, devo lutar, devo luzir na corte. Se não me livrar dessa carência física,minha vida está rateada. Então, vamos quebrar de novo esta perna!” Imaginemos agora um cirurgião munido dos instrumentos e métodos ortopédicos daquele tempo, desferindo pancadas sobre um osso mal jungido, rompendo-o e ligando-o de novo. O que isso significava de dolorido e dramático, só quem o sofreu pode saber!

Em seguida, os longos dias e as horas intermináveis de inércia num leito, aguardando a consolidação do osso e a recuperação dos movimentos da perna, seriam horrivelmente enfadonhos para aquele homem superativo, afeito a batalhas e grandes realizações.
Vê-se nessa atitude a decisão extrema do homem que mediu tudo e resolveu aceitar um sacrifício momentâneo em prol de seu futuro brilhante. Excluindo-se os motivos meramente mundanos que o levaram a essa situação, percebe-se naquele Inácio de Loyola o senso da preeminência do definitivo sobre o efêmero, uma fibra de alma para enfrentar tudo que fosse preciso e uma capacidade de olhar os problemas de frente que nos deixam admirados.
SANTIDADE LEVADA ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS
O mesmo vigor de espírito, a mesma força de decisão e de vontade ele empregará no momento de se converter e abraçar o chamado de Deus. Homem mundano e militar vaidoso, esquecido das coisas do Céu, sente-se tocado de modo irresistível pela graça e, como procedera em relação ao defeito físico, medita nas suas lacunas morais: "Tenho de encarar de frente as verdades eternas, o Céu, o inferno, a salvação ou a condenação. Recebi graças, compreendi como o ser autêntico católico significa dedicar-se ao serviço de Deus, a amá-Lo sobre todas as coisas nesta Terra e na eternidade. Não ser assim é procurar apenas a felicidade transitória do mundo, mas também o infortúnio e a injúria a Deus. Essa é a verdade, e tenho de encará-la.
Devo tirar todas as consequências que daí pendem para mim, Inácio de Loyola, e estas consistem em seguir a voz da graça que me pede, à vista dessas considerações, uma completa mudança de vida, vivendo ao contrário do que até agora vivi, construindo para mim uma existência feita de abnegação, de humildade, mas, sobretudo, de coerência. Serei coerente até o fim na verdade que considerei e abracei por inteiro".

Pouco depois, ele funda a Companhia de Jesus, obra minúscula, constituída de meia dúzia de discípulos, com a intenção de deter a avalanche da reforma protestante pela Europa do século XVI. Santo Inácio decide realizar essa coisa extraordinária: uma ordem militar, no sentido mais elevado da palavra, para opor barreiras ao inimigo da Igreja. Mais uma vez, é a eterna coerência levada às últimas consequências. Ele empreende a obra jesuítica, levanta diques à Revolução e, afinal de contas, consegue salvar e preservar vastos territórios do mundo católico.

TRATADO DA COERÊNCIA HUMANA
Esse espírito coerente levado até o fim, esse tratado da genuína coerência humana se acha expresso nos célebres Exercícios Espirituais escritos por Santo Inácio.
 Da primeira à derradeira linha, tudo neles não é senão o ver os problemas de frente, sem nenhuma mitigação covarde.
Poder-se-ia distinguir, nos Exercícios Espirituais, duas gamas de coerência levadas ao último ponto: uma, que é o pólo de todas as outras coerências, exprime-se pelo direito soberano de Deus, de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santa Igreja Católica, de serem amados sobre todas as coisas pelos homens; a segunda se traduz pela desconfiança a nosso próprio respeito, pela consideração da maldade de toda criatura humana concebida no pecado original, pela falta de lealdade que cada um tem para consigo mesmo e nossa desonestidade em assumirmos os bons propósitos — o que, tudo, deve ser visto igualmente de frente e até o fim.

Na junção dessas duas gamas de coerência temos uma obra característica da alma de Santo Inácio. Encontra-se ali uma super-coerência que só as almas autenticamente virginais possuem, e constitui para nós um indizível modelo de pureza de intenção, aliada à pureza do corpo.

PEDIR A GRAÇA DE SERMOS COERENTES NA SANTIDADE
Assim sendo, para concluir esses comentários, creio oportuno invocarmos a intercessão de Santo Inácio de Loyola, rogando a ele nos obtenha a graça de o imitarmos nessa sua extraordinária coerência. Que tenhamos, como ele, a coragem de vermos nossos defeitos de frente, por piores e desagradáveis que sejam, e, como ele, tenhamos a coerência sem meios termos para abraçar a verdade inteira, a virtude completa, o caminho da santidade levado até as últimas consequências.
Claro está, sem a graça divina nada alcançamos. Sem a infalível proteção de Maria Santíssima, dificilmente vencemos nossa maldade e nossas fraquezas. 
Porém, rezando e confiando nesse patrocínio de nossa Mãe celeste, nossas defecções e debilidades serão sobrepujadas e obteremos de Deus os dons necessários para correspondermos à plenitude do que Ele deseja de nós.
Pode mesmo parecer milagroso que alguém, considerando suas misérias, chegue ao grau de virtude de Santo Inácio de Loyola. Pois devemos pedir esse milagre da misericórdia divina, uma vez que a todos os homens são franqueadas as graças necessárias para alcançarem a perfeição. Seja essa a nossa ardente súplica ao grande Santo Inácio de Loyola. (Os Santos comentados/ Monsenhor João Clá Dias, EP)
Alma de Cristo
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me afaste de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me e mandai-me ir para vós para que, com os vossos santos, vos louve por todos os séculos dos séculos.
Amém.

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terça-feira, julho 29, 2014

SANTA MARTA - 29/07/2014


Ela não é um místico que se eleva até Deus, mas um crente que está atento à palavra concreta que Deus lhe dirige, e a procura pôr em prática.

Lázaro é o chefe de família que acolhe Jesus, Palavra de Deus feita carne, e se deixa transformar por ela. O amor de Jesus fê-lo regressar da morte à vida. E Lázaro, com as suas irmãs, souberam corresponder ao amor de Jesus, acolhendo com entusiasmo, delicadeza e generosidade em sua casa: “Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. 

Ofereceram-lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Então, Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume.” (Jo 12, 1-3).

Marta e Maria têm cuidados assíduos por Nosso Senhor e pelos apóstolos. Assistem-nos nas suas necessidades. Recebem-nos e cuidam deles em Betânia. Nosso Senhor encontra lá o seu repouso, a sua consolação. Volta para lá à noite, depois das suas pregações no templo e é envolvido de cuidados. 
Marta e Maria são fiéis a Jesus nas suas provações. São vítimas com Ele. Seguem-no até ao Calvário, partilham as suas dores. 
São humilhadas e insultadas com Ele e por Ele. Madalena não conhece temor nem hesitação. Está ao pé da cruz com a santa Virgem e São João. É regada com o sangue de Jesus. 

Recolhe este sangue precioso. Sepulta Jesus. Leva o sudário e os perfumes. O grande sábado mantém-na afastada do sepulcro, mas volta lá na primeira hora depois do sábado. 
Procura o seu Jesus crucificado. Madalena e as santas mulheres são os nossos modelos para procurarmos Jesus. Procuremo-lo sempre, procuremo-lo por toda a parte. 

Procuremo-lo, não para fruirmos já, para dele recebermos graças gratuitas e extraordinárias, mas para compreendermos o seu amor, para imitarmos o seu exemplo, para nos imolarmos com ele. 

O anjo diz às santas mulheres: "Não temais, procurais Jesus crucificado". Nós também já nada temos a temer, se procurarmos Jesus crucificado. Não nos podemos enganar, se seguirmos Jesus até ao Calvário, na humildade e na imolação. 
Podemos encontrar a ilusão nas consolações espirituais, não temos que a temer na obediência e no sacrifício, no humilde serviço de Jesus e na fidelidade à nossa regra de vida. 
As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. 
Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. 

Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. 
Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.
Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará".

Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus". E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.
Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar santa Marta como a Padroeira dos Anfitriões, dos Hospedeiros, dos Cozinheiros, dos Nutricionistas e Dietistas.


SANTA MARTA DE BETÂNIA, HOSPEDEIRA DO SENHOR, HOJE O POVO DA ALIANÇA CANTA UM HINO EM TEU LOUVOR. TUA CASA FOI O ABRIGO ONDE O MESTRE REPOUSOU. NO CALOR DE UM LAR AMIGO, ELE AS FORÇAS RENOVOU.

PÃO E VINHO LHE SERVISTE, QUANDO TUA IRMÃ, MARIA, VIDA ETERNA EM ALIMENTO DOS SEUS LÁBIOS RECEBIA.
RECLAMASTE A SUA AUSÊNCIA JUNTO A LÁZARO DOENTE, PROCLAMANDO ASSIM A FÉ NO SEU VERBO ONIPOTENTE.

DELE ESCUTAS A PROMESSA: TEU IRMÃO RESSURGIRÁ. E PROCLAMAS: TU ÉS O CRISTO, DEUS CONOSCO EM TI ESTÁ.
NO MILAGRE TESTEMUNHAS SEU PODER E SEU AMOR: TEU IRMÃO RETORNA À VIDA, À PALAVRA DO SENHOR. 

SANTA MARTA ROGAI POR NÓS!!
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segunda-feira, julho 28, 2014

100 ANOS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


O conflito iria terminar somente quatro anos depois, em novembro de 1918, e foi classificado como a guerra das guerras, pela dimensão da tragédia, pelo uso de tecnologias modernas na ação de matar e por ter deixado quase 9 milhões de mortos entre os combatentes. Não há estatísticas confiáveis sobre civis mortos diretamente como consequência da guerra, mais os que morreram como efeito colateral do conflito, mas estima-se que superem 10 milhões de pessoas.

Completando agora um século desse evento trágico, é importante que as gerações de hoje e as do futuro sejam informadas das causas, do desenrolar das ações e das consequências apavorantes que conflitos dessa magnitude impõem sobre a humanidade. O horror que se abateu sobre a Europa diretamente e sobre todo o planeta indiretamente colocou em xeque a própria lógica da existência da vida e a questão de se a humanidade seria capaz de viver e sobreviver sob a paz, apesar das diferenças de interesses entre as nações. 

O horror sanguinário e a dimensão da matança na Primeira Guerra Mundial foram consequência também da genialidade humana, que havia menos de três décadas acabara de inventar a eletricidade e o motor a combustão interna. Essas invenções deram curso ao que se convencionou chamar de “segunda revolução tecnológica”, que mais adiante daria ao mundo progresso sobre a produtividade econômica e sobre a melhoria do bem-estar médio. Infelizmente, o progresso tecnológico contribuiu para a morte e para o tamanho da catástrofe durante a guerra.
As causas dessa guerra são várias, entre as quais as tendências de domínio e de conquista de potências europeias, como o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro, o Império Otomano, o Império Russo, o Império Britânico, a Terceira República Francesa e a Itália. Faltavam organismos mundiais capazes de mitigar o ímpeto colonizador dos impérios. 

Atualmente, por mais que os organismos mundiais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), estejam passando por crise de credibilidade e de eficácia, eles se constituem na possibilidade de que as divergências políticas entre nações possam ser resolvidas pela política e pela diplomacia, evitando-se tanto quanto possível a solução por meio da guerra.

Outra lição importante é que a liberdade das nações e o direito à autodeterminação dos povos constituem dois dos maiores valores humanos, pelos quais os países – pequenos e grandes, fortes e fracos – terão a garantia de que nações poderosas não usarão a força para tomar-lhes território ou submeter-lhes a qualquer tipo de dominação. Trata-se de objetivos difíceis e sempre muito frágeis, mas que devem ser perseguidos com pertinácia e esforço supranacional como meio de evitar catástrofes da magnitude vista na Primeira Guerra Mundial.  Dos efeitos dessa guerra nasceu a Liga das Nações, que se tornou a organização precursora da ONU, formada justamente na esperança de que outros conflitos dessa dimensão pudessem ser evitados. 
No Angelus o Papa Francisco recorda o centésimo aniversário da eclosão da Primeira Guerra Mundial, que causou milhões de mortes e imensa destruição. Este conflito, que o Papa Bento XVI definiu como "massacre inútil", resultou, após quatro longos anos, em uma paz mais frágil.  "Amanhã será um dia de luto em memória desta tragédia. Enquanto lembramos este trágico acontecimento, espero que não se repitam os erros do passado, mas se leve em conta as lições da história, fazendo prevalecer as razões da paz através do diálogo paciente e corajoso.
Em particular, hoje meus pensamentos vão para três ‘zonas críticas’: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às pessoas e às autoridades daquelas regiões a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a tenacidade do diálogo e da negociação com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa. Lembremo-nos que tudo está perdido com a guerra e nada se perde com a paz.

Irmãos e irmãs, nunca a guerra! A guerra nunca! Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!"
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domingo, julho 27, 2014

"TEMOS QUE BUSCAR O ESSENCIAL E ABRIR MÃO DO ACIDENTAL" - XVII DTC - ANO A


Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira no XVII DTC - A
Jesus conta duas breves parábolas. Em ambos os relatos, o respectivo protagonista se encontra com um tesouro sumamente valioso ou com uma pérola de valor incalculável. Ambos reagem do mesmo modo: vendem tudo o que têm e se fazem com o tesouro ou a pérola. É, sem dúvida, o mais sensato e razoável que podem fazer.
O Reino de Deus está “oculto”. Muitos não descobriram ainda o grande projeto de Deus para um mundo novo. Mas é um mistério inacessível. Está “oculto” em Jesus, em sua vida e em sua mensagem. Uma comunidade cristã que não descobriu o Reino de Deus, não conhece bem a Jesus, não pode, seguir seus passos.

A descoberta do Reino de Deus muda a vida de quem o descobre. Sua “alegria” é inconfundível. Encontrou o essencial, o melhor de Jesus, o que pode transformar sua vida. Se nós cristãos não descobrimos o projeto de Jesus, na Igreja não haverá alegria.
Os dois protagonistas das parábolas tomam a mesma decisão: “vendem tudo o que têm”. Nada é mais importante do que “buscar o Reino de Deus e sua justiça”. Tudo o mais vem depois, é relativo e há de ficar subordinado ao projeto de Deus.
Esta é a decisão mais importante a ser tomada na Igreja e nas comunidades cristãs: libertar-nos de tantas coisas acidentais para comprometer-nos com o Reino de Deus. Despojar-nos do supérfluo. Esquecer-nos de outros interesses. Saber “perder” para “ganhar” em autenticidade. Se o fizermos, estaremos colaborando na conversão da Igreja.
Como buscar a Deus?

Certamente, cada um deve partir de sua própria experiência. Não se deve copiar os outros, nem fazer nada forçado nem postiço. Cada um conhece seu próprios desejos e misérias, seus vazios e seus medos. Cada um sabe de sua “necessidade” de Deus. Sua voz não cala nunca. Não grita com os lábios, mas sussurra ao coração.
Precisamente por isso não basta buscar a Deus por fora: nos livros, nas discussões ou no debate. Um coisa é “discutir religião” e outra bem diferente é buscar a Deus com coração sincero. A própria pessoa se dá conta quando está fugindo de Deus e quando está buscando a Deus de verdade. Santo Agostinho dizia assim: “Não te disperses. Concentra-te em tua intimidade. A verdade reside no ser humano interior”.

Buscar a Deus exige esforço, mas encontrar-se com Ele não é nunca resultado de um voluntarismo fanático, nem de uma perigosa ascese. Deus é um dom, e o importante é acolhê-lo com “simplicidade de alma”.
O mais acertado não é buscar a Deus apoiando-se só nas nossas próprias intuições. Há muitas formas de enganar-se ou de andar dando voltas sobre nós mesmos, sobre nossos sentimentos e idéias. Por isso é melhor compartilhar e contrastar a própria experiência com alguém que possa guiar-nos a partir de sua vivência de Deus. Esse mútuo compartilhar pode ser o melhor estímulo para continuar buscando a Deus.

Em sua parábola do “Tesouro Escondido no Campo”, Jesus fala do homem que, “cheio de alegria”, vende tudo o que tem para comprar o tesouro. Buscar a Deus não gera tristeza nem amargura; ao contrário, gera alegria e paz, porque a pessoa começa a descobrir onde está a verdadeira felicidade.

A alegria na vida do discípulo não está em renunciar a isso ou aquilo, mas em encontrar o tesouro valioso, pelo qual vale a pena mudar de vida. A vida cristã, neste sentido, fundamenta-se na alegria de encontrar o tesouro do Evangelho. Feliz é quem encontra este tesouro; quem descobre o Evangelho. 

Quando a vida cristã é feita na tristeza, ai não existe discipulado. Se algum cristão vive carrancudo, não é discípulo e nem discípula de Jesus. O discípulo e discípula podem ter seus momentos ruins, mas estes não dominam a vida, pois sua força está na alegria de conhecer e viver de acordo com o Evangelho. O discípulo e discípula de Jesus são pessoas que têm alegria interior e fazem desta alegria a força e o sentido de suas vidas.
 Por isso, os discípulos e discípulas de Jesus vendem tudo, até mesmo às alegrias do mundo, porque encontraram uma alegria maior. Que o Senhor nos ajude a encontrar este grande tesouro, que já conhecemos, mas que ainda precisamos descobrir cada vez mais para dar mais sentido à nossas vidas. Amém!

Cf. José Antonio Pagola e liturgia.pro

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ACONTECEU - FESTA DA CELEBRAÇÃO DO PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE RIO2013 – ARQRIO



"Foi um sucesso o principal evento das comemorações do primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizado neste sábado, dia 26 de julho, na Catedral de São Sebastião, no Rio de Janeiro.

A presença dos fiéis e, principalmente dos jovens, transformaram o evento numa grande festa de fé, de unidade, de compromisso missionário e de solidariedade.
As primeiras caravanas de fiéis, vindo das diversas paróquias da cidade, puderam receber as réplicas dos símbolos da JMJ, a cruz e o ícone de Nossa Senhora, que estiveram peregrinando pelos vicariatos desde o dia 19 de julho. Ainda, a relíquia de quem deu inicio as jornadas, São João Paulo II, e a imagem de Nossa Senhora Aparecida, doada pelo Santuário Nacional de Aparecida por ocasião da JMJ Rio 2013, agora em peregrinação pela arquidiocese.
Os cantores e bandas convidadas começaram a se apresentar a partir das 13h, animando os presentes com canções de louvor e de adoração. Entre as atividades programadas, aconteceu a “Ação de Amor do Cristo Redentor”, com serviços voltados para a saúde e cidadania. Num clima de muita emoção, houve adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido pelo reitor do Seminário Propedêutico Rainha da Paz, padre Leandro Lênin.

AÇÃO DE GRAÇAS - Por volta de 17h, o cardeal arcebispo Dom Orani João Tempesta entrou na Catedral, acompanhado de seus bispos auxiliares.  Ao mesmo tempo em que era acolhido, também saudava e abençoava os fiéis.
Quando entrou para presidir a Eucaristia, o arcebispo veio acompanhado dos vigários episcopais, de dezenas de presbíteros, diáconos permanentes e seminaristas.
Entre os presentes, o padre Robson de Oliveira, reitor do Santuário Pai Eterno, na cidade de Trindade (GO), que cedeu seu horário para que a RedeVida de Televisão pudesse transmitir a celebração, do Rio, para todo o Brasil. Também foi transmitida pela WebTv Redentor e por uma rede de rádios.
Outro momento de emoção foi a entrada, novamente, da réplica da cruz, trazida por muitos jovens.
Na acolhida, Dom Orani lembrou que a celebração em ação de graças era realizada na memória de Sant’Ana, copadroeira da arquidiocese e, de seu esposo, São Joaquim, o Dia dos Avós.
Também fez o lançamento da campanha “Alimente a esperança”, com arrecadação de alimentos para as crianças e famílias do Haiti, atendidas pela Associação São Francisco de Assis na Providência de Deus, a mesma que administra o Hospital São Francisco, na Tijuca.

COMPROMISSO MISSIONÁRIO
Na homilia, Dom Orani lembrou os momentos marcantes da JMJ que, mesmo depois de um ano, ficou a experiência da universalidade da paz, da fraternidade e da missão. Uma forte experiência que permaneceu aquecendo os corações dos jovens para o acolhimento, a evangelização e a alegria de ser cristão.

Ao recordar as palavras “Ide, sem medo, para servir”, pronunciadas pelo Papa Francisco, na Missa de Envio, na Praia de Copacabana, no dia 28 julho do ano passado, o arcebispo perguntou: “obedecemos ao mandato do Santo Padre, que interpretou a palavra de Jesus, a vontade de Deus?”
“O Papa pediu em ser uma Igreja em saída, de ir e fazer discípulos a todas as nações?”, lembrou. O arcebispo também recordou as palavras do Papa: “Queridos jovens, quando retornarem para suas casas não tenham medo de ser generosos com Cristo, de dar testemunho do Evangelho”.
Dom Orani salientou que é difícil saber o que fez cada um 3,7 milhões de pessoas que estavam na Praia de Copacabana, mas que tem certeza a JMJ deixou exemplos para o Brasil e o mundo.
“O mundo necessita, adaptado as novas realidades, do testemunho deixado pela JMJ. Muita coisa bonita aconteceu. Houve um despertar missionário, com atitudes ousadas e corajosas de evangelizar”, disse.
O arcebispo lembrou que a sociedade atual, antes de primar pelos valores do Evangelho, como o respeito à vida, a família e a liberdade religiosa, prefere as guerras, a intolerância, as difamações e perseguições.
“Nesses momentos de crise de valores”, lembrou o arcebispo, “deve ressoar em nosso coração a experiência que vivemos juntos no tempo da JMJ. Que foi possível, apesar das adversidades, enfrentar as situações, ser um sinal de missão, de viver o acolhimento e a fraternidade”.

“O Senhor nos chamou, colocou em nosso coração a alegria, o dinamismo de tê-lo conhecido. Sem medo, precisamos nos colocar em saída, para servir, para evangelizar. Não podemos deixar de anunciá-lo e proclamá-lo que Ele é o Senhor, o único que pode transformar o mundo. As pessoas necessitam ouvir a boa noticia, a alegria do Evangelho”, concluiu.  por Carlos Moioli - “Precisamos nos colocar em saída,  para servir e evangelizar” 
"Há exatamente um ano nós celebrávamos a XXVIII Jornada Mundial da Juventude. Precedida pela Semana Missionária nas Dioceses do Brasil, ela foi realizada entre os dias 23 a 28 de julho de 2013, nessa amada cidade arquiepiscopal de São Sebastião do Rio de Janeiro. Este encontro foi marcante para toda a Igreja e para a sociedade, pois tivemos a graça de presenciar milhões de jovens reunidos para aprofundar o tema: “Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações”! O público presente à Missa de Envio na praia de Copacabana (último ato central da JMJ) chegou a 3,7 milhões de pessoas.
Em sua primeira mensagem, no dia de sua chegada, no Palácio Guanabara, o Papa Francisco fez o discurso onde podemos ressaltar: “Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade (...) Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso, permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. (...) Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo”!
O mundo novo sonhado por todos acontece quando colocamos em prática os valores do Evangelho. É tempo de esperança e confiança no Senhor que nos conduz. Nada nos desanima, e as dificuldades e crises são ótimas oportunidades para que se possa anunciar ainda mais em quem nós cremos e em quem nós depositamos nossa esperança: Jesus Cristo, nosso Senhor.
O coração agradecido a Deus é também para todas as pessoas, instituições, grupos, comunidades e, principalmente, para os jovens do mundo inteiro que participaram da JMJ 2013, seja com sua presença ou à distância, com suas orações. 
Aliás, esse foi um dos nossos segredos:  
a primeira atitude, depois repetida durante todo o tempo de organização, foi de pedir a oração aos mosteiros, conventos, religiosos, religiosas, povo de Deus.

Além da oração, que foi composta para que o mundo inteiro rezasse, cartas foram expedidas explicitamente pedindo orações. Para nós que cremos, vemos o sinal que nos foi dado pela intercessão de muitos. A todos, meus sinceros agradecimentos! Rezamos por todos. Deus conhece o coração e as intenções de cada um e dará a recompensa!
A experiência da JMJ Rio 2013 permanecerá como um momento importante não só para os católicos, mas para todas as pessoas de boa vontade que viram que um mundo novo é possível! Viram que é possível existirem jovens que querem a transformação da sociedade e sabem respeitar as pessoas e instituições. Viram quais os caminhos de uma “civilização do amor” que buscamos fazer acontecer nestes tempos de escuridão e dificuldades! 
A luz que se acendeu em Copacabana e que, graças às mídias, foi para o mundo todo, continuará acendendo muitas outras regiões do mundo. São João Paulo II, idealizador desse evento, estará intercedendo por nós.
Que Deus abençoe e ilumine a todos!"
por Cardeal Orani João Tempesta - "JMJ: um ano!"

"ALIMENTE A ESPERANÇA – AJUDE O HAITI"

Participe da campanha “Alimente a esperança – Ajude o Haiti”, organizada pela Arquidiocese do Rio com o intuito de arrecadar 10 toneladas de alimentos para serem doadas ao povo haitiano. 
Na Festa de Aniversário de JMJ, voluntários jovens depositaram suas doações aos pés da réplica da Cruz Peregrina presente no local, como forma de incentivar que todos ali presentes fizessem o mesmo gesto de caridade.
Oferecer saúde e cidadania foi também o objetivo da equipe do “Ação de Amor do Cristo Redentor” que atendeu ao público com serviços de imunização, testagem de glicemia distribuição de kits para higiene bucal, prática de atividade física, entre outros. A Secretaria de Saúde e a Secretaria de Ciência e Tecnologia foram parceiros da iniciativa.
As celebrações dentro do projeto Memória e Missão da Arquidiocese do Rio de Janeiro terminam neste domingo, dia 27, com o lançamento do livro oficial da JMJ, no auditório do 2º andar do Ed. João Paulo II, às 17h30.


DOAÇÕES
As doações de alimentos poderão ser entregues em todas as igrejas da cidade e na recepção do próprio Hospital São Francisco, na Rua Conde de Bonfim, 1033, Tijuca. Os recursos financeiros podem ser depositados na conta da Caritas da Arquidiocese do Rio - Banco Bradesco, Agência 0814, Conta corrente 48.500-4. Informações: (21) 2571-4500 / 97366-2522 (com Jaqueline),  de segunda a quinta-feira, das 8h às 18h, e sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo email: alimentaesperanca@alsf.org.br



Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Arcebispo Metropolitano: Cardeal Orani João Tempesta
Direção e Jornalismo Portal ArqRio/TF: Carlos Moioli
Imagens Carlos Moioli / Texto ArqRio – Carlos Moioli e Gisele Barros

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sábado, julho 26, 2014

PAPA EM VISITA PASTORAL À PROVÍNCIA ITALIANA DE CASERTA NO DIA DE SANTANA PADROEIRA DA CIDADE.


Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde deste sábado, 26, o Papa Francisco realizou uma visita pastoral à cidade italiana de Caserta. Partindo do Vaticano de helicóptero às 15 horas, o Pontífice aterrissou no Heliporto da Aeronáutica militar 45 minutos após, sendo recebido por autoridades civis e religiosas. 
Após o encontro com os sacerdotes da diocese, Bergoglio passeou no meio da multidão a bordo do Jeep branco papal. Às 18 horas, presidiu a Missa na Praça diante da Régia da Calábria.

No dia em que a Igreja festeja Santa Ana, padroeira de Caserta, o Papa desenvolveu sua homilia partindo das duas Parábolas propostas 
pelo Evangelho – que tem como protagonistas o trabalhador pobre e o rico mercador -, onde Jesus ensina “o que é o reino dos céus, como ele é encontrado e o que se deve fazer para possuí-lo”. 
O Santo Padre, falou das mudanças de atitude que ocorrem com quem descobre o tesouro, que incluem atenção aos desfavorecidos, respeito pelo ambiente e a negação de diversas formal do mal.

Ao falar sobre “o que é o reino dos céus”, Francisco explicou que Jesus o enuncia desde o início, dizendo “que está próximo”, nunca o fazendo ver diretamente, mas sempre usando parábolas e figuras, como o modo de agir de um 
patrão, de um rei, das dez virgens e preferindo mostrar seus efeitos, como “capaz de mudar o mundo, como o fermento escondido na massa; pequeno e humilde como uma semente”, e assim por diante. “O Reino de Deus – observou o Papa – se faz presente na própria pessoa de Jesus”:
“É Ele o tesouro escondido e a pérola de grande valor. Se compreende a alegria do agricultor e do mercador: a encontraram! É a alegria de cada um de nós quando descobrimos a proximidade e a presença de Jesus na nossa vida. 

Uma presença que transforma a existência e nos torna abertos às exigências dos irmãos; uma presença que nos convida a acolher cada outra presença, também aquela do estrangeiro e do migrante”.
Ao explicar sobre “como se encontra o reino de Deus”, Francisco diz que cada um de nós tem um caminho particular, o que nos recorda que “Deus se deixa encontrar, porque é Ele que nos busca e se deixa encontrar também por quem não o procura”:

“Às vezes Ele se deixa encontrar em lugares insólitos e em tempos inesperados.
 Quando se encontra Jesus se fica fascinado, conquistado, e é uma alegria deixar o nosso modo de viver cotidiano, às vezes árido e apático, para abraçar o Evangelho, para deixar-se guiar pela lógica nova do amor e do serviço humilde e desinteressado”.
Refletindo sobre o terceiro ponto, “o que fazer para possuir o reino de Deus”, o Papa Bergoglio reitera a importância de se colocar “Deus em primeiro lugar na nossa vida”. 

E isto significa ter a coragem de dizer “não ao mal, à violência, à exploração, para viver uma vida de serviço aos outros e em favor da legalidade e do bem comum”. “Quando uma pessoa descobre o verdadeiro tesouro, abandona um estilo de vida egoísta e procura partilhar com os outros a caridade que vem de Deus”:
“Quem se torna amigo de Deus, ama os irmãos, se empenha em salvaguardar a vida e a saúde deles, também respeitando o ambiente e a natureza. 

E isto é particularmente importante nesta vossa bela terra que exige ser tutelada e preservada, exige ter a coragem de se dizer não a toda forma de corrupção e ilegalidade, exige de todos serem servidores da verdade e de assumir em todas as situações o estilo de vida evangélico que se manifesta na atenção ao pobre e ao excluído”.
Por fim, o Papa Francisco encoraja a todos a viver a Festa da Padroeira Santa Ana – a quem gosta de chamar de “a avó de Jesus - livres de todos os condicionamentos, reforçando os vínculos de fraternidade e solidariedade.
Após a conclusão da Missa às 19h45min, o Papa retornou à Roma.


Vatican.va
Jornalismo ArqRio – Carlos Moioli



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