Páginas

domingo, julho 13, 2014

MOSTEIRO DE SÃO BENTO - 11 de julho

NO DIA 11 DE JULHO, A COMUNIDADE MONÁSTICA DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO, NO RIO DE JANEIRO CELEBROU A MEMÓRIA DE SEU FUNDADOR, MODELO E INSPIRADOR.


A missa em ação de graças, foi presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, que marcou o início da segunda parte da restauração da igreja abacial.
“SÃO BENTO PROMOVE A DINÂMICA DO SILÊNCIO.
O SILÊNCIO TEM QUE SER A POSSIBILIDADE DO HOMEM DE SE RECUPERAR A SI MESMO E SE COLOCAR DIANTE DO SILÊNCIO DE DEUS”. DOM FILIPE.

Em entrevista ao Jornal Testemunho de Fé,  Dom Filipe da Silva, abade beneditino fala sobre a  espiritualidade de São Bento, a vivência de sua Regra.

A figura de São Bento, do século sexto, é singular não só na história da Igreja, mas na história universal. Em Roma, fundou o primeiro mosteiro e escreveu a sua Regra. Nessa trajetória, não trilhou apenas um caminho espiritual, mas um caminho que teve implicância social, religiosa e educacional. Ele ultrapassou o limite do espiritual, do religioso e a vida da Igreja, invadindo através da espiritualidade a vida e os diversos ambientes da vida social. Em volta dos mosteiros surgiram cidades, vocações e escolas. Considerado e proclamado padroeiro da Europa, a ação dos mosteiros foram importantíssimos para a preservação da produção clássica. Os mosteiros influenciaram ainda as cidades que nasceram no entorno, despertando o olhar do seu tempo para o silêncio, a oração e o recolhimento.
A Regra de São Bento é essencial ao homem do nosso tempo. O homem do século 21, da pós-modernidade, está imerso em um ambiente de barulho, de correria, no vai e vem do ir e vir. Ninguém tem tempo, e isso é muito danoso para a vida emocional. São Bento promove a dinâmica do silêncio. Não é ficar calado ou a ausência de qualquer ruído. 

O silêncio tem que ser a possibilidade do homem de se recuperar a si mesmo e se colocar diante do silêncio de Deus. Ele é um grande silencioso, não no sentido de ser indiferente ao homem, mas que em Deus silêncio, paciência, oração, tudo isso é pleno. O silêncio que São Bento propõe é justamente o silêncio que procura o encontro.

O mosteiro foi criado em 1590, ou seja, há 425 anos. A igreja começou um pouco depois. Há certa controvérsia nas datas, mas provavelmente entre 1613 e 1615, o que deve ter se arrastado por volta de 100 anos. Foi construída aos poucos e sem os recursos de hoje, tudo feito manualmente. A igreja tem o estilo barroco, que é rebuscado.
Sobre a Restauração
O processo de restauração é também de manutenção. Na primeira etapa foram apenas contemplados a capela-mor, a capela do Santíssimo e o altar de Santo Amaro. O processo da segunda etapa constituiu-se das capelas laterais: Nossa Senhora do Pilar, São Caetano, Imaculada Conceição, São Lourenço, Santa Gertrudes e São Brás. Também a nave central, as paredes, e o forro que nunca foi mexido. 

A obra tem previsão de 12 a 14 meses. É um trabalho quase artesanal. Na verdade, não tem nada caindo e nem ruim, é um trabalho de manutenção, de retirar a poeira e a ação do tempo. É um trabalho minucioso, delicado e paciente. A segunda etapa é conclusiva.
Na celebração do dia 11 de junho, damos  início a segunda etapa do processo de restauração, e em agradecimento a Deus e aos patrocinadores, disse Dom Filipe.

Durante todo o dia, o mosteiro ficou aberto para as liturgias e bênçãos de medalhas. 



Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Arcebispo Metropolitano: Cardeal Orani João Tempesta
Testemunho de Fé: Direção e Jornalismo: Carlos Moioli
WEBTV Redentor / Imagens: Gustavo de Oliveira
Mosteiro de São Bento - www.osb.org.br