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terça-feira, agosto 26, 2014

CNBB NO ENCONTRO DIOCESANO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS - ALAGOAS

O DOCUMENTO 100 DA CNBB, “COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA”, PROPÕE REFLEXÃO E AÇÕES PRÁTICAS PARA UMA CONVERSÃO PASTORAL DA PARÓQUIA.
Após, aproximadamente, dois anos de estudo, os bispos reunidos na 52ª Assembleia Geral, no mês de maio, aprovaram o texto para publicação como Documento oficial da Igreja no Brasil.
O Documento 100 “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” é composto de seis capítulos, são eles: Sinais dos Tempos e Conversão Pastoral, Palavra de Deus, Vida, Missão nas Comunidades, Surgimento da Paróquia e sua Evolução, Comunidade Paroquial, Sujeito e Tarefas da Conversão Paroquial.

Logo no início é apresentada análise da realidade paroquial. Na sequência traz, também, reflexão histórica e teológica sobre a paróquia. Segue abordando a dimensão de comunidade, a partir da conversão paroquial e pastoral, com ideias do significado da paróquia.

Ao final do documento, são apresentadas propostas práticas para conversão da paróquia, ou seja, as proposições pastorais. São pistas de ações que tratam da acolhida e vida fraterna, iniciação à vida cristã, leitura orante da palavra, liturgia e espiritualidade; incluindo o funcionamento da paróquia, seus conselhos, organização e manutenção.
A valorização e incentivo da participação do laicato e os ministérios leigos são indicados no documento. Orienta-se, também, a atenção e acolhida às famílias que residem em condomínios e conjuntos residenciais populares, na tentativa de estabelecer proximidade e integração na comunidade. Outro aspecto contido nas pistas de ações é incentivo às paróquias para utilizar dos recursos da mídia e novas formas de comunicação e relacionamento nas atividades de evangelização.

A comunidade acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta.
Ao mesmo tempo em que se constata, nesta mudança de época, uma forte tendência ao individualismo, percebe-se igualmente a busca por vida comunitária.
Esta busca nos recorda como é importante a vida em fraternidade. Mostra também que o Espírito Santo acompanha a humanidade suscitando, em meio às transformações da história, a sede por união e solidariedade.

Constatamos também o rápido crescimento das comunidades virtuais, tão presentes na cultura juvenil atual. Estes fatos abrem o coração do discípulo missionário a novos horizontes de concretização comunitária.
“As paróquias têm um papel fundamental na evangelização e precisam tornar-se sempre mais comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários de Jesus”.
A busca sincera por Jesus Cristo faz surgir a correspondente busca por diversas formas de vida comunitária. Articuladas entre si, na partilha da fé e na missão, estas comunidades se unem, dando lugar a verdadeiras redes de comunidades.

Entre elas, encontram-se as Comunidades Eclesiais de Base e outras formas de novas comunidades, cada uma vivendo seu carisma, assumindo a missão evangelizadora de acordo com a realidade local e se articulando de modo a testemunhar a comunhão na pluralidade.

Comunidade implica necessariamente convívio, vínculos profundos, afetividade, interesses comuns, estabilidade e solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores. Um dos maiores desafios consiste em iluminar, com a Boa Nova, as experiências nos ambientes marcados por aguda urbanização, para os quais vizinhança geográfica não significa necessariamente convívio, afinidade e solidariedade. 
Outro grande desafio encontra-se nos ambientes virtuais, onde a rapidez de comunicação e a liberdade em relação às distâncias geográficas tornam-se grandes atrativos. Estas situações configuram desafios para a ação evangelizadora, na medida em que nada substitui o contato pessoal.

O Espírito sopra onde quer e nenhuma concretização comunitária possui o monopólio da ação deste mesmo Espírito. Nenhuma deve chamar para si a primazia sobre as demais, pois todos os membros do corpo, possuem igual valor. 

O caminho para que a paróquia se torne verdadeiramente uma comunidade de comunidades é a criatividade, o respeito mútuo, a sensibilidade para o momento histórico e a capacidade de agir com rapidez.

A Igreja se faz presente nas diversas realidades, vai ao encontro dos afastados, promove novas lideranças e a iniciação à vida cristã acontece no ambiente em que as pessoas vivem.

COMUNIDADES SÃO ESCOLAS DE DIÁLOGO INTERNO E EXTERNO. SÃO PONTOS DE PARTIDA PARA O ANÚNCIO DO DEUS DA VIDA, QUE ACOLHE, REDIME, PURIFICA, GERA COMUNHÃO E ENVIA EM MISSÃO.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
2011 - 2015


CNBB

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