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quinta-feira, dezembro 25, 2014

NATAL DO MENINO JESUS - MISSA DA NOITE - 24/12/2014


Celebramos  a alegria do nascimento do Salvador Jesus Cristo. Nesta noite, renovam-se os desejos para que o mundo seja melhor, a paz venha sobre a terra, os corações reaprendam a amar e o sofrimento não encontre mais morada sobre a terra. Tudo isto nos chega por meio daquele pequeno Menino nascido na gruta de Belém
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Pouco a pouco vamos conseguindo. Já conseguimos celebrar algumas festas cheias de afeto sem conhecer exatamente sua razão de ser. Congratulamo-nos uns aos outros e não sabemos por quê. Anuncia-se o Natal e oculta-se nos o seu motivo. Muitos já não se lembram onde está o coração das festas. Por que não ouvir o “primeiro pregão” do Natal? 
Foi composto pelo evangelista Lucas por volta do ano 80 depois de Cristo.
De acordo com o relato, é noite escura. De repente uma “claridade”envolve com seu resplendor alguns pastores. O evangelista diz que é a “glória do Senhor”. A imagem é grandiosa: a noite fica iluminada. No entanto, os pastores “se enchem de temor”. Eles não tem medo das trevas, mas da luz. Por isso o anúncio começa com estas palavras: “Não temais”.

Não devemos estranhar. Preferimos viver nas trevas. A luz de Deus nos causa medo. Não queremos viver na verdade. Quem nestes dias não puser mais luz e verdade em sua vida não celebrará o Natal.
O mensageiro continua: “Trago-vos a Boa Notícia, a grande alegria para todo o povo”. A alegria do Natal não é uma alegria a mais entre outras. É preciso não confundi-la com qualquer bem-estar, satisfação ou desfrute.

 É um alegria “grande', inconfundível, que vem da “Boa Notícia”de Jesus. Por isso é “para todo o povo”e deve chegar sobretudo aos que sofrem e vivem tristes.

Se Jesus já não uma “boa notícia”, se seu Evangelho não nos diz nada, se não conhecemos a alegria que só nos pode vir de Deus, se reduzimos estas festas a desfrutar cada um seu bem-estar ou a alimentar um prazer religioso egoísta, celebraremos qualquer coisa, menos o Natal.
A única razão para celebrar o Natal: “Nasceu-vos hoje o Salvador”. Este menino não nasceu para Maria e José. Não é deles. É de todos. E o “Salvador” do mundo, O único no qual podemos pôr nossa última esperança. Este mundo que conhecemos não é verdade definitiva. Jesus Cristo é a esperança de que a injustiça que hoje tudo envolve não prevalecerá para sempre.

Sem esta esperança não há Natal. Despertemos nosso melhores sentimentos, desfrutemos o lar e a amizade, nos daremos momentos de felicidade. Tudo isso é bom. Muito bom. Mas ainda não é Natal.
Em meio a congratulações e presentes, entre ceias e barulho, quase oculto por luzes , árvores e estrelas, é ainda possível entrever no centro das festas natalinas “um menino deitado numa manjedoura”. A mesma coisa acontece no relato de Belém. Há luzes, anjos e cantos, mas o centro dessa cena grandiosa é ocupado por um menino numa manjedoura.

A PRESENÇA LIBERTADORA DE JESUS NESTE MUNDO É UMA “BOA NOTÍCIA” QUE DEVIA ENCHER DE FELICIDADE A TODOS OS CRISTÃOS E DIZER-LHES QUE DEUS OS AMA, QUE QUER CAMINHAR COM ELES E QUE QUER OFERECER-LHES A SALVAÇÃO.

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