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domingo, dezembro 07, 2014

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO 2014


Kairós (em grego καιρός) é uma palavra da língua grega antiga que significa “o momento oportuno”, "certo" ou “supremo”. Na mitologia, Kairós é filho de Chronos (Deus do tempo e das estações).

Os gregos antigos possuíam duas palavras para a moderna noção de "tempo": chronos e kairos. Enquanto a primeira era usada no contexto de tempo cronológico, sequencial e linear, ao tempo existencial os gregos denominavam Kairos e acreditavam nele para enfrentar o cruel e tirano Chronos. Enquanto o primeiro é de natureza quantitativa, Kairos possui natureza qualitatitva. Em grego antigo e moderno, kairós (em grego moderno pronuncia-se kerós) também significa "tempo climático", como a palavra weather em inglês.
Na estrutura linguística, simbólica e temporal da civilização moderna, geralmente emprega-se uma só palavra para significar a noção de "tempo". Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto o primeiro referia-se ao tempo cronológico ou sequencial (o tempo que se mede), este último é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece: a experiência do momento oportuno. O termo é usado também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, como o "tempo de Deus", enquanto khronos é de natureza quantitativa, o "tempo dos homens".
A FIGURA DE JOÃO BATISTA
Mesmo que a figura de João Batista, neste Ano Litúrgico B, apareça já no 2º Domingo do Advento — com uma nítida ligação à preparação da 1ª vinda de Jesus, no Natal — convido todos a refletirmos as leituras na perspectiva da preparação da 2ª vinda de Jesus Cristo. Aquilo que o evangelista Marcos descreve no Evangelho vale tanto para a 1ª vinda, preparando-nos assim para o Natal, como para a 2ª vinda de Jesus Cristo. No caso da 2ª vinda de Jesus Cristo vale a pena sublinhar que o Senhor vem ao nosso encontro pelos caminhos do mundo, pelas estradas da vida onde caminhamos e onde vivemos no nosso cotidiano. 
Por isso, entende-se o simbolismo usado por João Batista convidando-nos a preparar caminhos que possam comportar os passos e a caminhada de Jesus entre nós. Caminhos que não sejam marcados pelo pecado, pela agressão, pela raiva, mas que sejam planos; planos e planificados no amor. 
Jesus, em sua 2ª vinda, nos encontrará nos caminhos do amor, da fraternidade e da alegria de viver na solidariedade com todos, especialmente com os mais necessitados. Os caminhos da fraternidade, são os caminhos planos, sem vales e sem montanhas. 
A PROFECIA DE ISAIAS
A mesma dinâmica simbólica do caminho, descrita por Marcos, encontra-se na 1ª leitura, na profecia de Isaias, com o mesmo convite de João Batista: aterrar vales, derrubar colinas e montanhas, endireitar curvas para que a vida humana possa encontrar-se com a vida divina. Em ambas as mensagens, de Isaias e de João Batista, o tema que ilumina a nossa reflexão é o mesmo: o encontro com Jesus acontece num processo de construir novos caminhos, de refazer estradas, de criar possibilidades de encontros, aterrando vales e derrubando montanhas.
Do ponto de vista social, visualizamos todo esse esforço no trabalho feito pela Igreja, seja a nossa Igreja Católica como outras Igrejas Evangélicas, criando caminhos de paz, de harmonia entre as pessoas; caminhos de solidariedade... é com os ingredientes de solidariedade, amor, paz, alegria que derrubamos montanhas de preconceitos, aterramos vales de distâncias.

PREPARAR OS CAMINHOS PESSOALMENTE
A mesma proposta de preparar os caminhos do Senhor precisa ser considerada do ponto de vista pessoal. 
A preparação dos caminhos é, para cada um de nós, uma proposta de conversão, de mudança de vida, de reorientação de metas e de objetivos para a vida de cada de um de nós. Através do simbolismo do caminho em vista da preparação da 2ª vinda do Senhor, que vem ao nosso encontro, eu e você somos convidados a nos perguntar: — seguindo o caminho onde caminho agora, neste momento de minha vida; eu estou indo ao encontro de Jesus? 
Seguindo os caminhos de minha vida atual, eu vou chegar aonde? É bom que aproveitemos este último mês de 2014 para uma boa confissão e, quando se fala de boa confissão, inclui-se também o “propósito”, que faz parte da celebração penitencial do Sacramento da Confissão, com a disposição de viver de outro modo; de caminhar em outras estradas. Vamos, portanto, iniciar o mês de dezembro, que encerra 2014, fazendo um retrospecto de nossa caminhada, considerando onde o caminho no qual caminhamos atualmente e, principalmente, no modo como caminhamos, nos conduzirá.
Aproveitemos também este momento celebrativo para avaliar nossa vigilância e como nos preparamos, através de nosso viver, para o encontro definitivo do Senhor, quando ele virá no final dos tempos. Que o Senhor envie seu Santo Espírito para iluminar nossas mentes e abra nossos olhos para vivermos na vigilância, de quem espera a vinda do Senhor, em sua 2ª vinda. Amém!

Liturgia.pro


"Rorate Caeli", o mais sublime canto gregoriano de preparação para o Natal

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