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quarta-feira, dezembro 31, 2014

FELIZ 2015!


Mensagem de  Padre Marcos Belizário
Guardaremos no coração os fatos que marcaram a nossa vida, a nossa história. Não são poucos os acontecimentos que marcam o nosso existir e que de certa forma dão fim e começo ao que chamo de etapas. Uma etapa concluída dá início a uma nova etapa. Seja um ano de vida, ou a morte e consequente ausência física de alguém que amamos muito; seja o fim de um período na escola ou faculdade e o início de um outro; sejam as doenças sazonais ou aquelas mais graves que surgem quando menos esperamos; seja o calor insuportável com a falta de chuvas ou o vento e a brisa que  nos refrescam e fazem ter um sensação de frescor e alívio … enfim assim 2014 ...2015 …. e outros anos que  chamamos pela contagem dos anos do nascimento de Jesus. Para cada ano, para cada etapa: APREENDEMOS, aprendemos retendo. Guardamos não porque somos um baú ou um “hd externo”, guardamos porque meditamos, debruçamos, e sobretudo nos colocamos diante de Deus e rogamos a sua presença.
Foram então passando os dias de 2014, dias intensos: visita a Kosntanz, terra de Conrado o padroeiro da Paróquia e do bairro, a comemoração do primeiro ano do Pontificado do Papa Francisco, os 100 anos da benção da pedra fundamental da Igreja de São Conrado e nela a visita de Dom Orani, e a explosão do vírus EBOLA e mais de 7 mil mortes na África esquecida pelo Mundo, o estranho desaparecimento do Vôo da Malasya Airlies e a derrubada de um segundo avião da mesma empresa, dentro da aeronave dentre tantos passageiros cuja memória respeitamos estavam importantes cientistas que avançavam cada vez mais para descobrir a cura da AIDS. O violento derramamento de sangue em GAZA, o surgimento do Estado Islâmico e a cruel perseguição aos cristãos e demais irmãos e irmãs. Os 100 anos do inicio da Primeira Guerra Mundial e o começo de tantas outras guerras em 2014, que o Papa chegou a se sentir em meio a uma “terceira guerra Mundial”. A encantadora visita de nossos irmãos suíços e alemães que nos trouxeram a relíquia de São Conrado, ou como disse Dom Edson em sua pedagógica homilia: “a Igreja muda o nome das coisas: mesa ela chama de altar, estante ela chama de ambão, relíquia na verdade: restos mortais”. A nossa Matriz em 2014 passou a ser também guardiã dos restos mortais de São Conrado, o bispo que viveu no Século X e é nosso intercessor. Nossa bela Missa do Galo a recuperação de tão antiga e querida tradição, a via-sacra pelas ruas, os terços nas casas, bodas e jubileus!! 17 celebrações do Sacramento do Matrimônio, dentre as quais a dos nossos queridos Adnael e Maria do Socorro, 104 batizados e 445 celebrações Eucarísticas. 
Agora nos aponta 2015, nele os 500 anos de nascimento de Santa Tereza de Jesus, os 450 anos da fundação da Cidade do Rio de Janeiro, 100 anos do nascimento da maior de todas as cantoras francesas Edith Piaf, 70 anos do fim da II Grande Guerra, 50 anos do fim do Concílio Vaticano II, 30 anos da eleição e da morte de Tancredo Neves, 10 anos da morte de São João Paulo II e 10 anos da eleição do Papa Bento XVI.
Por fim, gostaria de chamar sua atenção para a atitude de Maria, no trecho do  Evangelho que diz: “meditava todas as coisas no seu coração”. Este é um projeto muito interessante, dada sua importância para nossos dias, rodeados de tanto barulho e de tantas propostas falantes. Importante, porque é saudável tirar um tempo, que seja uma vez por semana ou uma vez por mês para meditar como vivemos nossa vida, à luz do Evangelho e da Palavra de Deus. Este poderá ser um projeto para 2015: meditar significa consultar e ouvir seu próprio coração. Quantas pessoas ouvem o que os outros dizem e nunca escutam seu coração que, tantas vezes oferece propostas de vida bem melhores que de muitos conselheiros. Minha última palavra é quanto ao nome que o anjo manda colocar no Menino: “Jesus”. Em hebraico, Jesus se diz “IESHUA” e tem um significado: “Deus salva”. Por isso, se acolhemos Jesus em 2015, nós estaremos acolhendo a salvação divina em nossas vidas. Feliz Ano Novo! Feliz 2015 a você e a toda sua família. Amém


“Ó Deus, que, sem princípio e sem fim, sois o início de todas as coisas, dai-nos viver de tal modo durante este ano que vos consagramos, que gozemos a fartura dos bens materiais e possamos nos distinguir pelas obras de santidade”
 (cf. Missal Romano página 1787, Missa para Diversas Circunstâncias)
Deus abençoe a todos
Padre Marcos Belizário Ferreira , pároco da Matriz de São Conrado

ORAÇÃO
Pelos que estão nos hospitais...
Pelos que sofrem sozinhos, sem companhia...
Pelos agonizantes de hoje...
Pelos casais que não se querem mais...
Pelos pais rejeitados pelos filhos...
Pelos filhos rejeitados pelos pais...
Pelas crianças abandonadas...
Pelos anciãos confinados nos asilos...
Pelas minhas próprias necessidades...
Pelos endividados, desesperados, sem rumo na vida...
Pelos depressivos, angustiados, estressados...
Pelos que pediram minha oração...
Por todos, pelos quais devemos orar...
Por uma intenção particular ...
Pelo Papa Francisco e todo o Clero para que com a Igreja sempre unida possamos nos fortalecer sempre em Jesus e com Jesus, e acolher um novo ano que se inicia.

Feliz 2015 com saúde e Paz!!
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domingo, dezembro 28, 2014

SAGRADA FAMÍLIA, JESUS, MARIA E JOSÉ 2014


Evangelho (Lc 2,22-40): E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor:«Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor». Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor. Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. 
Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo». 
O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição —e a ti, uma espada traspassará tua alma!— e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações».
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
“Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele.
As vezes, a gente ouve algumas pessoas perguntando: por que a Igreja dá tanta importância à família se os padres e as freiras não se casam? Uma pergunta bem estranha, como se padres e freiras não viessem de famílias e, pior ainda, por considerar a Igreja como sendo formada por padres e freiras e não por leigos, que são a maioria na Igreja.
Mas, apesar da pergunta ser estranha, esta merece uma resposta inteligente. O primeiro ponto, pelo qual a Igreja valoriza tanto a família está no fato que Deus escolheu uma família — a família de Abraão, por exemplo — para dela formar um povo novo. Deus prepara um povo novo a partir da família. 
Não é, portanto, a Igreja que escolhe a família para renovar a terra, mas é o próprio Deus que escolhe a família para que a terra seja renovada a partir da família; de famílias que tragam a bênção divina para a terra. Mas, o elemento mais importante e mais central da importância da família para a Igreja está no nascimento de Jesus; nascimento que aconteceu em uma família, formada por José, Maria e Jesus. 
No Natal, Deus não apenas escolheu uma família para começar um povo novo,  mas Deus mesmo escolheu uma família para entrar no mundo. A família, portanto, é a porta pela qual Deus entra no mundo. Assim aconteceu no Natal e assim continua acontecendo em nossos tempos. Por isso, a Igreja valoriza tanto a família, porque por meio dela Deus entra no mundo.
Tem outro elemento muito importante e muito bonito neste fato: a bênção divina é derramada sobre todas as famílias da terra através da Sagrada Família. Se Deus entra no mundo através das famílias, nascendo numa família, ele deixa sua presença na bênção que concede às famílias que o acolhem. Você deve ter ouvido nas pregações do Natal, seja em celebrações como em reflexões nos meios de comunicação da Igreja, o convite para deixar Jesus nascer em sua casa, em sua vida e na sua família. Agora você entende um dos motivos para que este nascimento aconteça em sua vida e também em sua família. Porque de famílias cristãs, de famílias que convivem com Jesus e com Deus, nascerá um mundo novo, uma realidade nova para a terra. 
É das famílias que convivem com Deus que nascerá um tempo novo para toda a terra. Por isso, hoje, a Igreja nos convida a ir ao Presépio não somente para nos sensibilizar com a Sagrada Família, considerando-a bela e graciosa, mas para aprender a imitá-la na convivência com Jesus, para que a presença divina em nossas famílias abençoe todas as famílias da terra”.
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sábado, dezembro 27, 2014

NATAL COM PAPA FRANCISCO


“Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles” (Lc 2, 9). É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do Salvador: como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão. 

A presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria.
Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a "grande luz". Abrindo o nosso coração, temos, também nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo do alto, ilumina o horizonte.
A origem das trevas que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim, o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua imagem e semelhança, esperava. Deus esperava. 

O tempo de espera fez-se tão longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia renunciar, não podia negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13). Por isso, continuou a esperar pacientemente face à corrupção de homens e povos. A paciência de Deus... Como é difícil compreender isto: a paciência de Deus para connosco!
Ao longo do caminho da história, a luz que rasga a escuridão revela-nos que Deus é Pai e que a sua paciente fidelidade é mais forte do que as trevas e do que a corrupção. Nisto consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido; e todos os dias, com paciência. A paciência de Deus!
A profecia de Isaías anuncia a aurora duma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afeto de José, pela maravilha dos pastores. Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento do Redentor, fizeram-no com estas palavras: "Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura" (Lc 2, 12). 
O "sinal" é precisamente a humildade de Deus, a humildade de Deus levada ao extremo; é o amor com que Ele, naquela noite, assumiu a nossa fragilidade, o nosso sofrimento, as nossas angústias, os nossos desejos e as nossas limitações. A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afeto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.
Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convidados a refletir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? "Oh não, eu procuro o Senhor!"– poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?
E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura! Paciência de Deus, proximidade de Deus, ternura de Deus.
A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez.

A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração pedindo-Lhe: "Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito". 
Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa, contemplamos o presépio: nele, "o povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Is 9, 1). Viram-na as pessoas simples, as pessoas dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Contemplemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: "Ó Maria, mostrai-nos Jesus!"
Roma, 25 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)

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