Dois anos após
sua eleição, o primeiro papa latino-americano da história, Francisco, se
tornou um fenômeno de massas por seus gestos e abertura, mas seu projeto de
reformas gera resistências internas crescentes.
Eleito no dia 13
de março de 2013 após a surpreendente renúncia de Bento XVI, Francisco assumiu
a direção espiritual de mais de 1,2 bilhão de católicos com um estilo novo,
fresco e simples, o que lhe valeu o título de uma das personalidades mais
carismáticas do mundo.
Jorge Mario
Bergoglio, a 2 anos de seu pontificado tem sido capaz de ações e declarações
concretas, de palavras que se transformam em ação, no âmbito eclesiástico,
financeiro, social, ético e diplomático.
No setor
econômico modificou IOR (banco vaticano), aplicando com sucesso o encerramento
de contas correntes "opacas" e suspeitas, que no passado fizeram
especulação pouco claras. Estabeleceu um super Secretário de Economia
transformando (Aif) numa espécie banco central do Vaticano, que está favorecendo
um intercâmbio de informação e transparência nas negociações com a
Itália".
Em questões mais
próximas da realidade da Igreja, nomeou um Conselho de Cardeais para a reforma
da Cúria Romana, com a revisão do número de departamentos do Vaticano e a sua
unificação e está trabalhando para renovar a "Pastor Bonum". Fez dom para a Igreja com a primeira exortação apostólica da encíclica "Evangelii Gaudium".
Quanto à relação direta com os fiéis, o Sínodo Extraordinário sobre a família
tem sido o palco para discussão "abrindo" a 360 graus sobre as questões
mais espinhosas: dos sacramentos para os
divorciados e recasados, o matrimonio "misto", do aborto à
eutanásia, a inseminação artificial e o papel das mulheres na Igreja e no
mundo.
Ainda no campo internacional, com criação do novo secretário de Estado
"uma escolha sua", o cardeal Pietro Parolin, levou a sucessos
diplomáticos às vezes surpreendentes: basta pensar na"reconciliação"
entre os EUA e Cuba, a troca de telegramas entre Santa Sé e China durante o
sobrevoo nas viagens apostólicas na Ásia, a oração em comum com líderes
israelenses e palestinos nos jardins do Vaticano para a paz na Terra Santa;
a vigília de oração para o
Oriente Médio, que permitiu evitar uma intervenção bélica na Síria.
A tudo isto, o Papa Francisco não mudou seu modo de ser e de viver diariamente a sua função, "como um Pastor e bispo de Roma.
A tudo isto, o Papa Francisco não mudou seu modo de ser e de viver diariamente a sua função, "como um Pastor e bispo de Roma.
Rejeitou
ouro e veludo, optou por vestir-se de branco e cobrir a cabeça somente com a
"barreta", muitas vezes confundido com os fiéis na Praça de São Pedro
nas suas audiências.
Audiências realizadas sempre, mesmo na chuva, passando
entre os fiéis com o papamóvel descoberto. Não preocupou-se consigo mesmo durante
os alarmes da frente do terrorismo, mas somente com a segurança dos fiéis; Usa
sempre como transporte um carro utilitário simples e anônimo dentro da cidade
de Roma, em suas visitas às paróquias, especialmente aquelas da periferia.
Desde então, ele
se recusou a ir morar nos apartamentos papais no Palácio Apostólico, preferindo
os 75 metros quadrados na residência Domus Santa Marta, atrás da Cúpula, e as
refeições consumidas na cantina, muitas vezes indo sentar-se com a bandeja na
mão ao lado dos funcionários do vaticano.
E diante de tanta simplicidade se tornou respeitado, admirado, amado e seguido
pelo seu povo, O povo De Deus.
Rendemos Graças a Deus, pelos dois primeiros anos de pontificado do papa
que transformou o rosto da Igreja! (RV)
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