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quinta-feira, março 12, 2015

"FRANCISCO NÓS REZAMOS POR VOCÊ"


Dois anos após sua eleição, o primeiro papa latino-americano da história, Francisco, se tornou um fenômeno de massas por seus gestos e abertura, mas seu projeto de reformas gera resistências internas crescentes.

Eleito no dia 13 de março de 2013 após a surpreendente renúncia de Bento XVI, Francisco assumiu a direção espiritual de mais de 1,2 bilhão de católicos com um estilo novo, fresco e simples, o que lhe valeu o título de uma das personalidades mais carismáticas do mundo.
Jorge Mario Bergoglio, a 2 anos de seu pontificado tem sido capaz de ações e declarações concretas, de palavras que se transformam em ação, no âmbito eclesiástico, financeiro, social, ético e diplomático.
No setor econômico modificou IOR (banco vaticano), aplicando com sucesso o encerramento de contas correntes "opacas" e suspeitas, que no passado fizeram especulação pouco claras. Estabeleceu um super Secretário de Economia transformando (Aif) numa espécie banco central do Vaticano, que está favorecendo um intercâmbio de informação e transparência nas negociações com a Itália".
Em questões mais próximas da realidade da Igreja, nomeou um Conselho de Cardeais para a reforma da Cúria Romana, com a revisão do número de departamentos do Vaticano e a sua unificação e está trabalhando para renovar a "Pastor Bonum". Fez dom para a Igreja com a primeira exortação apostólica da encíclica "Evangelii Gaudium". 
Quanto à relação direta com os fiéis, o Sínodo Extraordinário sobre a família tem sido o palco para discussão "abrindo" a 360 graus sobre as questões mais espinhosas: dos sacramentos para os divorciados e recasados, o matrimonio "misto", do aborto à eutanásia, a inseminação artificial e o papel das mulheres na Igreja e no mundo.
Ainda no campo internacional, com criação do novo secretário de Estado "uma  escolha sua", o cardeal Pietro Parolin, levou a sucessos diplomáticos às vezes surpreendentes: basta pensar na"reconciliação" entre os EUA e Cuba, a troca de telegramas entre Santa Sé e China durante o sobrevoo nas viagens apostólicas na Ásia, a oração em comum com líderes israelenses e palestinos nos jardins do Vaticano para a paz na Terra Santa;
 a vigília de oração para o Oriente Médio, que permitiu evitar uma intervenção bélica na Síria.
A tudo isto, o Papa Francisco não mudou seu modo de ser e de viver diariamente a sua função, "como um Pastor e bispo de Roma.
 Rejeitou ouro e veludo, optou por vestir-se de branco e cobrir a cabeça somente com a "barreta", muitas vezes confundido com os fiéis na Praça de São Pedro nas suas audiências. 
Audiências realizadas sempre, mesmo na chuva, passando entre os fiéis com o papamóvel descoberto. Não preocupou-se consigo mesmo durante os alarmes da frente do terrorismo, mas somente com a segurança dos fiéis; Usa sempre como transporte um carro utilitário simples e anônimo dentro da cidade de Roma, em suas visitas às paróquias, especialmente aquelas da periferia.
Desde então, ele se recusou a ir morar nos apartamentos papais no Palácio Apostólico, preferindo os 75 metros quadrados na residência Domus Santa Marta, atrás da Cúpula, e as refeições consumidas na cantina, muitas vezes indo sentar-se com a bandeja na mão ao lado dos funcionários do vaticano. 
E diante de tanta simplicidade se tornou  respeitado, admirado, amado e seguido pelo seu povo, O povo De Deus.

Rendemos Graças a Deus, pelos dois primeiros anos de pontificado do papa que transformou o rosto da Igreja! (RV)

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