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domingo, maio 17, 2015

ASCENSÃO DO SENHOR JESUS - 17/05/2015


A Ascensão do Senhor nos faz compreender com o coração que o Cristo que por nós se fez homem, como um de nós viveu e por nós morreu, ele mesmo, agora, com a sua humanidade glorificada, está à Direita do Pai.

A Festa de hoje – que, de certo modo já nos prepara para o encerramento do Tempo da Páscoa, com o Santo Pentecostes, no próximo Domingo, nos convida a colocar os pés nas estradas do mundo – na nossa família, no nosso trabalho, entre os nossos amigos, na vida social… pés nas estradas do mundo para proclamar o Senhorio de Cristo. Lembrai-vos hoje da sua promessa, lembrai-vos da sua missão: “Recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas até os confins da terra!”
Homilia de Padre  Marcos Belizário Ferreira
A solenidade da Ascensão, celebrada quarenta dias depois da Páscoa, conclui a série de aparições de Jesus ressuscitado. Na oração da coleta desse dia, rezamos: “Ó Deus, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória”. 

CELEBRAMOS A VITÓRIA DE JESUS CRISTO SOBRE O MAL E TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES E SOBRE A MORTE. DESSA VITÓRIA TODOS SOMOS HERDEIROS, PELOS MÉRITOS DE CRISTO.

Essa vitória de Cristo nos faz compreender que o mal e a morte não têm mais poder, eles foram vencidos pelo Senhor ressuscitado dentre os mortos. 
O trecho dos Atos dos Apóstolos, de hoje, é de capital importância para compreender a mensagem da ascensão do Senhor. Ao longo de quarenta dias, depois da ressurreição, o Senhor apareceu aos discípulos e os instruiu pelo Espírito Santo. 

O Senhor continua presente e a falar com os seus, mas agora não de viva voz e em carne e osso, podemos dizer, mas pelo Espírito Santo (cf. At 1,2). O Espírito Santo torna o Cristo presente aos seus discípulos e atual as suas palavras. 

Agora, é através do Espírito Santo que o Senhor continua a revelar o desígnio salvífico de Deus. O relato da ascensão não se oferece ao nosso olhar; trata-se de uma profissão de fé: ressuscitado dos mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu onde está sentado à direita do Pai. 
O relato tem por finalidade ser um apoio para a intelecção da fé e o aprofundamento do mistério da ressurreição. O passivo divino usado para dizer da elevação de Jesus indica que é o Pai quem o elevou. 

A NUVEM QUE ENVOLVE O RESSUSCITADO É, PARA A TRADIÇÃO BÍBLICA, SÍMBOLO DA PRESENÇA DE DEUS QUE ACOMPANHA O SEU POVO
(Ex 13,22). 

A nuvem que envolve o Senhor é um modo de dizer que Jesus ressuscitado entra no mistério de Deus, no que é seu, antes da criação do mundo. 

Os dois mensageiros celestes são um apoio para compreender que, agora, com seu corpo glorioso, o Senhor não é encontrado no alto, mas na nossa própria humanidade, em todos os lugares e situações, no cotidiano da existência humana. 
É pela fé que vemos e encontramos o Senhor, em meio às vicissitudes da história. Pela fé a elevação de Jesus Cristo não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença. A ascensão é, para nós cristãos, o momento a partir do qual, ao invés de ficar olhando o céu, devemos cumprir a missão que o Senhor ressuscitado nos confiou, a saber, a de sermos testemunhas do seu amor (cf. At 1,8). 
Na conclusão do evangelho de Marcos, depois de confiar aos discípulos a missão de expandir o evangelho por toda a terra, Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Mas essa missão tão grande não pode ser realizada a não ser com a força que Deus mesmo concede (cf. Mc 16,20).