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sábado, julho 18, 2015

A MISSÃO POPULAR CONTINUA!


Missão nós fazemos porque vemos em nosso salvador, Jesus Cristo, conforme São Lucas, alguém que sempre precisa ir a todos os locais, para anunciar o Reino, a graça, a justiça e a reconciliação. São João nos ensina que Ele se preocupa com as ovelhas que não fazem parte do rebanho, mesmo que seja uma única ovelha perdida, sofrida, para reanimá-la diante da dor e da desesperança, salienta São Lucas em seu Evangelho. 
É este mesmo Jesus que virá, um dia, em sua glória para julgar os vivos e os mortos e seus critérios são muito claros: “eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar”. (Mt 25, 31-46).

JESUS E A IGREJA 
Na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, o Papa Paulo VI “apresenta Jesus Cristo como o grande Evangelizador a uma Igreja Evangelizadora” (EN 6). O testemunho que Jesus deu de si mesmo e que Lucas colheu em seu Evangelho: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4, 43), tem sem dúvida uma grande importância, pois define, numa frase apenas, toda a missão de Jesus: “para isso é que fui enviado” (Lc 4, 43). 
Estas palavras assumem seu significado pleno na Sinagoga de Nazaré, onde Jesus assume a sua Missão: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção; a anunciar a Boa Nova aos pobres me enviou...” (Lc 4, 18). O próprio Jesus foi mesmo, até o fim, “o primeiro e maior dos evangelizadores” (EN 7).

 A Igreja continua a missão de Jesus Cristo no mundo. Ela recebe o mandato de Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura! Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc 16, 15). Mas para ser missionário é preciso antes ser discípulo de Cristo. “Quem se apaixona por Jesus Cristo deve igualmente transbordar Jesus Cristo, no testemunho e no anúncio explícito de sua Pessoa e Mensagem. 
A Igreja é indispensavelmente missionária” (DGAE 30). Vale-nos lembrar as palavras do Papa Paulo VI em 1974: “Nós queremos confirmar, uma vez mais, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa Ressurreição” 
 Assim sendo, a Igreja é Sinal de Cristo no mundo: é sacramento de partida de Cristo, pois Ele volta para o Pai (Jo14, 28) e de permanência de Cristo na Sua Igreja, pela Palavra de Deus, pelos Sacramentos, pelas Orações e pela Caridade Fraterna (At 2, 42). Ela prolonga-O e continua-O. Ela se evangeliza por uma conversão constante, a fim de evangelizar o mundo com credibilidade. No período atual da história, marcado por mudanças de época, a missão assume um rosto próprio, com, pelo menos, três características: urgência, amplitude e inclusão. “A missão é urgente em decorrência da oscilação de critérios. É ampla e includente, porque reconhece que todas as situações, tempos e locais são seus interlocutores” (DGAE 31). 
A missão começa em casa. É lá que primeiramente ouvimos falar de Jesus Cristo. A missão não é só dos Padres ou dos Religiosos. É um trabalho conjunto de todas as pessoas de boa vontade. Nos nossos grupos, movimentos ou dentro do espaço das Igrejas, até falamos de Jesus Cristo. Todavia, nem sempre temos a mesma coragem de falar de Jesus Cristo no trabalho, no esporte, nas conversas de amigos, no dia a dia de nossas vidas. Temos medo ou vergonha dos comentários que possam surgir.

 O Documento de Aparecida nos diz que todos os batizados são “discípulos missionários e devem se empenhar no serviço de construção do Reino de Deus” (DA, 365). Neste redescobrir missionário, emerge, em primeiro lugar, o papel de cada pessoa batizada em todos os lugares e situações em que se encontrar no mundo. Em segundo lugar, “surge à necessidade de pensar estruturas pastorais que favoreçam a realização da atual consciência missionária. A missão deve fazer parte de tudo que fazemos na Igreja. Esta deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais, deixando para trás práticas, costumes e estruturas que não respondem mais a transmissão da fé” (DGAE 34). 

DEUS ABENÇOE VOCÊ E SUA FAMÍLIA!


Documentos da CNBB nº 94 – Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015; Documentos da CNBB nº 88 – Projeto Nacional de Evangelização: o Brasil na Missão Continental; Documento de Aparecida; Documento de Aparecida- Síntese Popular Documentos Pontifícios n 188 – Evangelii Nuntiandi MOSCONI, Luis – Santas Missões Populares. Paulinas, 2008.

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