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quarta-feira, agosto 26, 2015

SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO

“Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Região de Cartago, na África, filho de Patrício, pagão, e Mônica, cristã fervorosa. Segundo narra ele próprio, Agostinho bebeu o amor de Jesus com o leite de sua mãe. Infelizmente, porém, como acontece muitas vezes, a influência do pai fez com que se retardasse o seu batismo, que ele acabou não recebendo na infância nem na juventude.

 Estudou literatura, filosofia, gramática e retórica, das quais foi professor. Afastou-se dos ensinamentos da mãe e, por causa de más companhias, entregou-se aos vícios. Cometeu maldades, viveu no pecado durante sua juventude, teve uma amante e um filho, e, pior, caiu na heresia gnóstica dos maniqueus, para os quais trabalhou na tradução de livros.

Sua mãe, Santa Mônica, rezava e chorava por ele todos os dias. “Fica tranquila”, disse-lhe certa vez um bispo, “é impossível que pereça um filho de tantas lágrimas!” E foi sua oração e suas lágrimas que conseguiram a volta para Deus desse filho querido transviado.
Agostinho dizia-se um apaixonado pela verdade, que, de tanto buscar, acabou reencontrando na Igreja Católica: “ó beleza, sempre antiga e sempre nova, quão tarde eu te amei!”; “fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto, enquanto não descansa em Vós!”: são frases comoventes escritas por ele nas suas célebres “Confissões”, onde relata a sua vida de pecador arrependido. Transferiu-se com sua mãe para Milão, na Itália.

 Dotado de inteligência admirável, a retórica, da qual era professor, o fez se aproximar de Santo Ambrósio, Bispo de Milão, também mestre nessa disciplina. Levado pela mãe a ouvir os célebres sermões do santo bispo e nutrido com a leitura da Sagrada Escritura e da vida dos santos, Agostinho converteu-se realmente, recebeu o Batismo aos 33 anos e dedicou-se a uma vida de estudos e oração.

Ordenado sacerdote e bispo, além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios já produzidos em dois mil anos da História da Igreja. Escreveu numerosas obras de filosofia, teologia e espiritualidade, que ainda exercem enorme influência. Foi, por isso, proclamado Doutor da Igreja. 

De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: 
“É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo”. Sua vida demonstra o poder da graça de Deus que vence o pecado e sempre, como Pai, espera a volta do filho pródigo.
Sua mãe, Santa Mônica, é o exemplo da mulher forte, de oração poderosa, que rezou a vida toda pela conversão do seu filho, o que conseguiu de maneira admirável. Exemplo para todas as mães que, mesmo tendo ensinado o bom caminho aos seus filhos, os vêm desviados nas sendas do mal. A oração e as lágrimas de uma mãe são eficazes diante de Deus. E a vida de Santo Agostinho é uma lição para nunca desesperarmos da conversão de ninguém, por mais pecador que seja, e para sempre estarmos sinceramente à procura da verdade e do bem”. Dom Fernando Rifan

Santa Mônica
«Como o sol que brilha no alto dos céus, assim é a beleza da mulher virtuosa, como ornamento da sua casa»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
Feliz o homem que tem uma mulher virtuosa, porque será dobrado o número dos seus dias. A mulher forte é a alegria do seu marido: ele passará em paz os anos da sua vida. A mulher virtuosa é uma sorte excelente: é o prêmio dos que temem o Senhor. Rico ou pobre, o seu coração será feliz e o seu rosto mostrar-se-á sempre alegre. A graça da esposa diligente alegra o seu marido e fortalece-o a sua sabedoria. É um dom do Senhor a mulher sensata e silenciosa: nada se compara à mulher bem educada. A mulher santa e honesta é uma graça inestimável e não tem preço uma alma casta. Como o sol que brilha no alto dos céus, assim é a beleza da mulher virtuosa, como ornamento da sua casa. Palavra do Senhor.

Oração: Senhor nosso Deus, consolação dos que choram, Vós que atendestes misericordiosamente as lágrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho, concedei-nos, pela intercessão da mãe e do filho, que saibamos chorar os nossos pecados para alcançar a graça do vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo – Amém.
  
 Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja
«Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós» 
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para conosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigênito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus.
Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito. Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito. E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditamos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele. Palavra do Senhor.

Oração: Renovai, Senhor, na vossa Igreja o espírito com que enriquecestes o bispo Santo Agostinho, para que, animados pelo mesmo espírito, tenhamos sede só de Vós, única fonte de sabedoria, e só em Vós, origem do verdadeiro amor, descanse o nosso coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo – Amém.

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Secretariado Nacional de Liturgia - Leccionário Santoral
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