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quarta-feira, dezembro 23, 2015

BELÉM ,CIDADE ONDE JESUS NASCEU





AGORA ajunta-te em tropas, ó filha de tropas; pôr-se-á cerco contra nós; ferirão com a vara na face ao juiz de Israel.

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.

E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do SENHOR, na excelência do nome do SENHOR seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra.

E este será a nossa paz; quando a Assíria vier à nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens.

Esses consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim nos livrará da Assíria, quando vier à nossa terra, e quando calcar os nossos termos.

E o remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do SENHOR, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda a filhos de homens.

E o restante de Jacó estará entre os gentios, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre.

A tua mão se exaltará sobre os teus adversários; e todos os teus inimigos serão exterminados.

E sucederá naquele dia, diz o SENHOR, que eu exterminarei do meio de ti os teus cavalos, e destruirei os teus carros.

E destruirei as cidades da tua terra, e derrubarei todas as tuas fortalezas;

E exterminarei as feitiçarias da tua mão; e não terás adivinhadores;

E destruirei do meio de ti as tuas imagens de escultura e as tuas estátuas; e tu não te inclinarás mais diante da obra das tuas mãos.

E arrancarei os teus bosques do meio de ti; e destruirei as tuas cidades.

E com ira e com furor farei vingança sobre os gentios que não ouvem.

Miquéias 5 1-15




Belém (em árabe: بيت لحم; transl.: Bayt Laḥm, lit. "Casa do Pão"; em hebraico: בית לחם; transl.: Beit Lehem, lit. "Casa do Pão"; em grego clássico: Βηϑλεέμ;transl.: Bethlehém; em latim: Bethlehem) é uma cidade palestina localizada na parte central da Cisjordânia, com uma população de cerca de 30 000 pessoas. É a capital da província de Belém, no Estado da Palestina, e um centro de cultura e turismo no país.[2] [3] Localiza-se a cerca de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, a uma altitude de 765 metros acima do nível do mar. Belém fica próxima às cidades de Beit Jala e Beit Sahour, assim como dos campos de refugiados de Aida eAzza.

Belém é, para a maior parte dos cristãos, o local onde nasceu Jesus de Nazaré. A cidade é habitada por uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo, embora seu tamanho tenha se reduzido nos últimos anos, devido à emigração.

A cidade também é a terra natal do rei Davi, e o local onde ele foi coroado rei de Israel. Foi saqueada pelos samaritanos em 529 d.C., durante sua revolta, porém foi reconstruída pelo imperador bizantino Justiniano II. Belém foi conquistada pelo califado árabe de Omar (Umar ibn al-Khattāb), em 637, que garantiu a segurança para os santuários religiosos da cidade. Em 1099 os cruzados capturaram e fortificaram Belém, e trocaram o seu clero, ortodoxo grego, por outro, latino; estes, no entanto, foram expulsos depois que a cidade foi capturada por Saladino, sultão do Egito e da Síria. Com a chegada dos mamelucos, em 1250, as muralhas da cidade foram destruídas, sendo reconstruídas apenas durante o domínio do Império Otomano.



Os otomanos perderam a cidade para os britânicos durante a Primeira Guerra Mundial, e ela foi incluída numa zona internacional sob o Plano de Partilha das Nações Unidas para a Palestina.

A Jordânia ocupou a cidade durante a guerra israelo-árabe de 1948, ocupação esta seguida pela de Israel, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Atualmente, Belém é uma cidade estrangulada pelo muro de segurança israelense. Israel controla as entradas e saídas de Belém, embora a administração cotidiana esteja sob a supervisão da Autoridade Nacional Palestina desde 1995, após a realização dos acordos de paz de Oslo.

A população de Belém é constituída de cristãos e muçulmanos, que têm coexistido pacificamente durante a maior parte de sua história. Atualmente a população é majoritariamente muçulmana, mas a cidade ainda abriga uma das maiores comunidades de cristãos palestinos. O contingente de cristãos, que correspondia a cerca de 90% do total em 1948, tem decrescido drasticamente e hoje corresponde a 30%. Esse declínio é atribuído à falta de perspectivas da economia, dado que muitas famílias de agricultores cristãos perderam suas terras, para a construção de assentamentos judeus.

Em 1867, um visitante americano descreve a cidade como tendo uma população de 3.000 a 4,000, dos quais, cerca de 100 eram protestantes, 300 eram muçulmanos e "os demais pertenciam às Igrejas Latina e Grega, com alguns poucos armênios".Outro relato do mesmo estima a população cristã em 3.000 pessoas; os muçulmanos seriam apenas 50.

Em 1948, 85% dos habitantes eram cristãos, a maioria deles pertencente à Igreja Ortodoxa Grega e à Igreja Católica Romana, e 13% eram muçulmanos sunitas. Em 2005, a proporção de residentes cristãos caiu dramaticamente - para algo em torno de 40% a 50%. A única mesquita na Cidade Velha é a Mesquita de Omar.

Belém foi identificada com a antiga Efrata, já citada na Bíblia (Gênesis 35:16; Gênesis 48:27; Rute 4:11), e é chamada de Belém Efrata em Miqueias 5:2. Localizada na zona montanhosa de Judá, a cidade também era designada como Belém de Judá (Juízes 17:7; Mateus 2:5; I Samuel 17:12), possivelmente para distingui-la de Belém deZebulom (Josué 19:15), e "a cidade de Davi" (Lucas 2:4).

A cidade é mencionada pela primeira vez no Tanakh e na Bíblia como a cidade mais próxima ao local onde a matriarca abraâmica Raquel teria morrido, sendo então enterrada "no caminho de Efrata, que é Belém" (Gen. 48, 7) O Túmulo de Raquel, segundo a tradição, encontra-se na entrada da cidade. De acordo com o Livro de Rute, o vale a leste da cidade é onde Rute de Moabe respigou os campos e retornou à cidade com Naomi. Belém é também tida tradicionalmente como a terra natal deDavi, o segundo rei de Israel, e o lugar onde ele foi coroado por Samuel (I Samuel 16:4-13), e foi no poço da cidade que três de seus guerreiros pegaram a água levada a ele, quando teve se esconder na caverna de Adulão. (Samuel 23:13-17) Ocupada, por algum tempo, pelos filisteus, foi fortificada por Roboão e repovoada quando da volta do Exílio.

Belém é mencionada também por ser o local de nascimento de Jesus Cristo (Mateus 2:1-6; Lucas 2:4-15; João 7:42), cumprindo-se, então a profecia messiânica: «E tu Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum o menor dentre os principais lugares de Judá. Porque é de ti que há de sair o Chefe, que há de pastorear o meu povo, Israel.» (Miqueias 5:2)Dois relatos do Novo Testamento descrevem Jesus como tendo nascido em Belém. De acordo com o Lucas 2:4, os pais de Jesus viviam em Nazaré, porém viajaram para Belém para o censo de 6 d.C., e Jesus teria nascido ali antes que a família voltasse para Nazaré.

O relato do Evangelho de São Mateus insinua que a família já vivia em Belém quando Jesus nasceu, e posteriormente se mudou para Nazaré (Mat 2, 1-23). Mateus ainda relata que Herodes, o Grande, ao receber a notícia de que um "Rei dos Judeus" acabara de nascer em Belém, ordenou que todas as crianças com dois anos ou menos na cidade e nas redondezas fossem mortas. O pai terreno de Jesus, José, é alertado sobre isto num sonho, e foge com sua família para o Egito, retornando apenas depois da morte de Herodes. Ao receber outro aviso, em outro sonho, no entanto, José foge novamente com sua família, desta vez para a Galiléia, para viver em Nazaré.

Os primeiros cristãos interpretaram um dos versos do Livro de Miqueias (Miq 5, 2) como uma profecia do nascimento do Messias em Belém. Muitos estudiosos modernos questionam se Jesus teria nascido realmente em Belém, sugerindo que os diferentes relatos dos Evangelhos teriam sido inventados para apresentar o seu nascimento como a realização desta profecia, implicando assim uma ligação com a linhagem do rei Davi. O Evangelho de São Marcos e o Evangelho de São João não incluem relatos sobre o nascimento de Jesus, ou qualquer indício de que ele tenha nascido em Belém, referindo-se a ele apenas como sendo de Nazaré. Num artigo escrito em2005 para a revista Archaeology, o arqueólogo israelense Aviram Oshri indicou a ausência de evidências de habitações na área durante o período em que Jesus teria nascido.

A antiguidade da tradição do nascimento de Jesus em Belém é atestada pelo apologista cristão Justino, o Mártir, que declarou em seu Diálogo com Trifão (circa 155-161) que a Sagrada Família teria se refugiado numa caverna nos arredores da cidade.Orígenes de Alexandria, escrevendo por volta do ano 247, referiu-se a uma caverna na cidade de Belém, que os habitantes locais acreditavam ser o local de nascimento de Jesus. Esta caverna poderia ser uma que foi anteriormente local destinado ao culto de Tammuz.

A UNESCO inscreveu Local do nascimento de Jesus: a Igreja da Natividade e a Rota de Peregrinação, Belém como Patrimônio Mundial por "ser um local identificado com a tradição Cristã como o local de nascimento de Jesus Cristo, desde o Século II...O local ainda inclui conventos e igrejas Latinas, Gregas Ortodoxas, Franciscanas e Armênias"

Fonte: Wikipedia