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segunda-feira, dezembro 14, 2015

III DOMINGO DO ADVENTO, 13 DE DEZEMBRO DE 2015



João Batista proclamava em voz alta o que muitos sentiam naquele momento: é preciso mudar, não se pode continuar assim, é necessário voltar para Deus. De acordo com o evangelista Lucas, alguns se sentiam questionados pela pregação do Batista e se aproximaram dele com uma pergunta decisiva: O QUE DEVEMOS FAZER? 

Por mais apelos de caráter político ou religioso que se ouçam numa sociedade , as coisas só começam a mudar quando há pessoas que se atrevem a confrontar-se com a própria verdade, dispostas a transformar sua vida : o que podemos fazer?



 O Batista tem as ideais muito claras. Não convida as pessoas a ir ao deserto para viver uma vida ascética de penitência, como ele. Tampouco as anima a peregrinar a Jerusalém para receber o Messias no templo . A melhor maneira de preparar o caminho para Deus é, simplesmente , trabalhar por uma sociedade mais solidária e fraterna , menos injusta e violenta. João não fala às vítimas , mas aos responsáveis por aquele estado de coisas. Dirige-se aos que têm “duas túnicas” e podem comer; aos que enriquecem de maneira injusta à custa de outros; aos que abusam de seu poder e de sua força .  

Sua mensagem é diáfana : não vos aproveiteis de ninguém , não abuseis dos fracos , não vivais à custa de outros, não penseis apenas em vosso bem-estar : “Quem tiver duas túnicas, dê um a quem não tem; e quem tiver comida faça o mesmo.” Tudo tão simples. Tudo tão claro. 

 

Aqui termina nosso palavreado . Aqui se revela a verdade de nossa vida. Aqui se põe a descoberto a mentira de não poucas formas de viver a religião. Por onde podemos começar a mudar a sociedade? O que podemos fazer para abrir caminhos para deus mo mundo? Muitas coisas , mas nada tão eficaz e realista como compartilhar com os necessitados aquilo que temos.