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segunda-feira, abril 25, 2016

V DOMINGO DA PÁSCOA


Os cristãos iniciaram sua expansão numa sociedade em que havia diferentes termos para expressar o que nós chamamos hoje amor. A palavra mais usada era “filia”, que significa o afeto para com uma pessoa próxima e era empregada para falar da amizade , do carinho ou do amor aos parentes e amigos. Também se falava de “eros” para designar a inclinação prazenteira, o amor apaixonado ou simplesmente o desejo orientado para quem nos faz sentir alegria e satisfação . 

Os primeiros cristãos abandonaram praticamente esta terminologia e puseram em circulação outra palavra quase desconhecida , “ágape', atribuindo-lhe um conteúdo novo e original. Não queria que o amor inspirado em Jesus se confundisse com qualquer outra coisa. Daí seu interesse em formular exatamente o “mandamento do amor': Dou-vos um novo mandamento que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. 

O modo de amar de Jesus é inconfundível Ele não se aproxima das pessoas buscando o próprio interesse ou satisfação , sua segurança ou bem-estar . Só pensa em fazer o bem, acolher, dar o melhor que tem , oferecer amizade , ajudar a viver. Assim Ele será lembrado anos mais tarde nas primeiras comunidades cristãs. “Passou toda sua vida fazendo o bem ”.





Por isso seu amor tem um caráter serviçal. Jesus se coloca a serviço dos que são mais necessitados . Dá lugar em seu coração e em sua vida aos que não têm lugar na sociedade nem na preocupação das pessoas. Defende os fracos e pequenos , , os que não têm poder para defender-se a si mesmos , os que não são grandes nem importantes. Aproxima-se daqueles que estão sós e desvalidos , os que não conhecem o amor ou amizade de ninguém .



É comum entre nós amar aqueles que nos apreciam e amam de verdade , ser carinhosos e atentos com nossos familiares e amigos, para depois viver indiferentes com os que sentimos como estranhos e alheios ao nosso pequeno mundo de interesses . No entanto , o que distingue o seguidor de Jesus não qualquer “amor”m mas precisamente esse modo de amar que consiste em aproximar-nos daqueles que podem precisar de nós. Não deveríamos esquecer isto.