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sexta-feira, abril 22, 2016

VOU CORRER, VOLTO JÁ, TE AMO MUITO




A melhor obervação de ontem foi de um cidadão comum, entrevistado pela TV, disse ele: 

“e nós estávamos preocupados com os assaltos, roubos...e agora, roubaram vidas! De quem é a responsabilidade ?”

Mesmo que digam que a responsabilidade é da construtora, e é mesmo, na verdade a responsabilidade maior é do prefeito que deveria estar atento, gestando com sua equipe cada centímetro da cidade .

Sinceramente não há condições de continuar assim. Moramos numa cidade cenográfica, uma cidade de papel, fragilizada pela incompetência total de pessoas que não foram e não estão preparadas para administrar (desde muitos anos).

Percebi que o povo carioca, moradores de São Conrado e arredores, depois de muitas observações negativas a respeito da ciclovia, em forma de passarela sobre o costão da Av. Conrado Niemeyer, mudou, significa, as observações negativas foram substituídas pelo uso da ciclovia Tim Maia . Inocentes, todos eles, que se deixam levar por coisas muito simples, diante de necessidades diversas muito mais importantes. 

Para que serve a ciclovia se estamos completamente sobre uma outra "via" construída nas ondas da corrupção, e do descaso? Um país sem governo, um Estado falido e uma prefeitura enlouquecida, deslumbrada e sem condições de gestar uma megalópole.


E olhando os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, não me sinto absolutamente seguro de que poderão também eles exercerem cargos em que vidas humanas estão sob  suas responsabilidades .

Lamento, na função de pároco da Igreja Matriz de São Conrado as mortes  abortadas dos senhores Ronaldo Severino e Eduardo Marinho e peço a Deus que por meio do seu Santo Espirito console e preencha o vazio deixado por eles em suas famílias. 


Padre Marcos Belizário Ferreira




Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

Muitas veredas, um só caminho

Este é o caminho, caríssimos, onde encontramos nossa salvação: Jesus Cristo, o pontífice de nossas oferendas, nosso defensor e arrimo nas fraquezas.

Por ele nossos olhos se voltam para as alturas dos céus; por ele contemplamos, como num espelho, o rosto puríssimo e sublime de Deus; por ele abrem-se os olhos de nosso coração; por ele a nossa inteligência, insensata e obscurecida, desabrocha para a luz; por ele quis o Senhor fazer-nos saborear a ciência imortal, pois sendo ele o esplendor da glória de Deus, foi colocado tão acima dos anjos quanto o nome que herdou supera o nome deles (cf. Hb 1,3.4).

Combatamos, portanto, irmãos, com todas as forças, sob as suas ordens irrepreensíveis.

Consideremos os soldados, que combatem sob as ordens dos nossos comandantes. Quanta disciplina, quanta obediência, quanta submissão em executar o que se ordena! Nem todos são chefes supremos, ou comandantes de mil, cem ou cinquenta soldados, e assim por diante; mas cada um, em sua ordem e posto, cumpre as ordens do imperador e dos comandantes. Os grandes não podem passar sem os pequenos, nem os pequenos sem os grandes. A eficiência depende da colaboração recíproca. 

Sirva de exemplo o nosso corpo. A cabeça nada vale sem os pés, nem os pés sem a cabeça. Os membros do corpo, por menores que sejam, são necessários e úteis ao corpo inteiro; mais ainda, todos se harmonizam e se subordinam para salvar todo o corpo. 

Asseguremos, portanto, a salvação de todo o corpo que formamos em Cristo Jesus, e cada um se submeta ao seu próximo conforme o dom da graça que lhe foi concedido. 

O forte proteja o fraco e o fraco respeite o forte; o rico seja generoso para com o pobre e o pobre agradeça a Deus por ter dado alguém que o ajude na pobreza. O sábio manifeste sua sabedoria não por palavras, mas por boas obras; o humilde não dê testemunho de si mesmo, mas deixe que outro o faça. Quem é casto de corpo não se vanglorie, sabendo que é Deus quem lhe dá o dom da continência. 

Consideremos, então, irmãos, de que matéria somos feitos, quem éramos e em que condições entramos no mundo, de que túmulo e trevas nos fez sair aquele que nos plasmou e criou, para nos introduzir no mundo que lhe pertence, onde nos tinha preparado tantos benefícios antes mesmo de termos nascido. 

Sabendo, pois, que recebemos todas estas coisas de Deus, por tudo lhe demos graças. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

(Cap.36,1-2;37-38: Funk 1,107-109)         (Séc.I)