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segunda-feira, maio 02, 2016

VI DOMINGO DA PÁSCOA


Se existe uma missão urgente, a qual somos chamados a realizar em nossos dias, esta é a construção da paz. Todo este alarido, todo este medo que toca nossas vidas tão de perto, tem o poder de tirar de nossos corações a paz. Tem o poder de tirar de nosso meio social a paz. Hoje, deixamos de ser uma sociedade feliz porque vivemos na insegurança da falta de paz. É aqui que entra o compromisso evangelizador da Igreja em favor da paz.



A paz, de uma parte, é fonte e, de outra parte, é consequência. Considerando que a paz é cultivada no coração das pessoas, a primeira função da missão eclesial, no que se refere a promoção da paz, consiste em favorecer a criação de mananciais de paz nos corações das pessoas. Existem inúmeros caminhos para isto acontecer, a começar da espiritualidade que, infelizmente, parece estar declinando em muitas comunidades.


A paz social é o fruto imediato da paz cultivada nos corações das pessoas. Se nossos corações estiverem alimentados pelo medo, então seremos uma comunidade covarde e deixaremos que a construção social seja feita por pessoas que não querem a paz, mas a violência que ameaça a vida. Como cristãos, somos chamados a cultivar e a promover a paz em nossos corações para que a paz possa ser cultivada e promovida no meio da sociedade. A paz não se cultiva de fora para dentro, mas a partir de dentro, do coração, para contaminar a sociedade.


Ninguém de nós pensa que se trata de tarefa fácil. Nem mesmo Jesus a entendia deste modo, tanto que no Evangelho deste Domingo, Jesus garante a presença do Espírito Santo para a promoção da paz em nossas vidas pessoais e na comunidade. É o Espírito Santo que nos defenderá do medo de promover a paz e que nos ensinará como deverá acontecer esta promoção.



Este Domingo coincide com a celebração do “Dia do Trabalho”, 1º de maio. Papa Francisco tem repetido inúmeras vezes que a falta de trabalho é uma agressão à dignidade da pessoa humana. Hoje, passando pela crise moral, política e econômica, entendemos que o desemprego é o caminho mais curto que ameaça a paz. Este é um motivo pelo qual devemos estar prontos e disponíveis para fazer de tudo em favor de uma sociedade pacífica e cultivadora da paz.