No contexto do mês temático de
agosto, dedicado a orações e reflexões sobre a Vocação na Igreja, este Domingo
e o decorrer da semana que lhe segue, é dedicado aos ministérios leigos, com
especial destaque à catequese. Por isso, neste último Domingo celebra-se o
Dia do Catequista. Um Domingo para agradecer aos catequistas, mas também para
refletir sobre o caminho e o processo da catequese na comunidade.
Um dos principais pilares da catequese é a Sagrada Escritura.
Graças a Deus é preciso reconhecer que a Bíblia entrou na catequese e faz parte
da catequese desde os primeiros passos dos catequizandos até os últimos
momentos, quando deixa a catequese. Vejo com alegria que crianças, adolescentes
e jovens chegam à catequese com a Bíblia na mão, manuseando a Bíblia com
facilidade e a lendo com interesse. Bem diferente de alguns encontros com
adultos, em tempos atrás, que para anunciar uma passagem bíblica, o dirigente
da pregação citava a página da Bíblia ou das várias edições bíblicas que
pudessem haver na pregação ou na palestra.
A Bíblia na catequese tem uma proposta bem clara: ser luz e
caminho na vida da pessoa. Por isso, o primeiro passo do catequista é acender
esta luz e começar a mostrar este caminho de vida presente na Bíblia,
especialmente no Evangelho. O processo catequético bíblico vai desde a
apresentação da Bíblia como Palavra de Deus, passa pelo aprendizado do manuseio
da Bíblia até chegar ao estudo e à vivência da Bíblia. Tudo isso é feito por
etapas, considerando a idade e as propostas pedagógicas para cada tempo. A
finalidade desse processo é a conversão ao discipulado. Não apenas conhecer a
Bíblia; a finalidade da Bíblia na catequese é ajudar o catequizando a conhecer
Jesus e fazer com que ele seja Mestre na vida de cada catequizando.
É dentro deste objetivo que está a proposta vocacional do
catequista, no sentido dele ser, antes mesmo de ser catequista, um discípulo e
discípula de Jesus. Esta é a melhor definição de catequista, ao meu ver: um
discípulo e discípula de Jesus que conduz catequizandos nos caminhos da Palavra
de Deus, presente na Bíblia para torná-los discípulos e discípulas do Mestre
Jesus. O catequista não é um professor e nem um especialista em doutrina
religiosa, mas um discípulo e discípula de Jesus. Ou, numa palavra, ele é
testemunho vivo do Evangelho para seus catequizandos.
(Francisco Régis)
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