Páginas

sexta-feira, setembro 30, 2016

PAPA FRANCISCO NA GEÓRGIA



Cidade do Vaticano (RV) -“Deixemo-nos de novo olhar pelo Senhor Jesus, deixemo-nos ainda atrair pelo seu convite a pôr de lado tudo o que nos impede de ser, juntos, anunciadores da sua presença.” Foi a exortação do Papa Francisco em seu segundo discurso em terras georgianas, no encontro com Sua Beatitude Elias II, Catholicós e Patriarca de toda a Geórgia. Marcado por grande cordialidade, o encontro teve lugar na sede do Patriarcado Ortodoxo da Geórgia.

Francisco quis recordar, já no início de seu discurso, que o Patriarca Elias inaugurara uma página nova nas relações entre a Igreja Ortodoxa da Geórgia e a Igreja Católica, ao realizar a primeira visita histórica ao Vaticano dum Patriarca georgiano.

O Papa lembrou que com tal gesto foi possível revigorar os laços de grande significado que existem entre as duas Igrejas desde os primeiros séculos do cristianismo. Após ressaltar também o carácter de colaboração e receptividade recíprocas que caracterizam esta relação, o Santo Padre disse ter chegado como peregrino e amigo a esta terra abençoada, quando, para os católicos, está no seu ponto alto o Ano Jubilar da Misericórdia.



O Pontífice recordou ainda a visita de João Paulo II ao país – o primeiro dos Sucessores de Pedro – num momento muito importante, ou seja, no limiar do Jubileu do ano 2000:

“Viera reforçar os ‘vínculos profundos e fortes’ com a Sé de Roma e lembrar a grande necessidade que havia, no limiar do terceiro milênio, da ‘contribuição da Geórgia, esta antiga encruzilhada de culturas e tradições, para a edificação (…) duma civilização do amor’.”

Agora, acrescentou, “a Providência divina faz-nos encontrar novamente e, face a um mundo sedento de misericórdia, unidade e paz, pede-nos que os vínculos entre nós recebam novo impulso, renovado ardor”.

Assim a Igreja Ortodoxa da Geórgia, enraizada na pregação apostólica e de modo especial na figura do apóstolo André, e a Igreja de Roma, fundada sobre o martírio do apóstolo Pedro, têm a graça de renovar hoje, em nome de Cristo e da sua glória, a beleza da fraternidade apostólica.

Tendo lembrado que Pedro e André eram irmãos, Francisco fez uma premente exortação:

-“Deixemo-nos de novo olhar pelo Senhor Jesus, deixemo-nos ainda atrair pelo seu convite a pôr de lado tudo o que nos impede de ser, juntos, anunciadores da sua presença”.

Após citar o grande poeta georgiano Rustaveli, reiterou que “verdadeiramente o amor do Senhor eleva-nos, porque nos permite subir acima das incompreensões do passado, dos cálculos do presente e dos medos do futuro”.

“O povo georgiano testemunhou, ao longo dos séculos, a grandeza deste amor. Nele encontrou a força para se levantar de novo depois de inúmeras provações; nele se elevou até aos cumes duma beleza artística extraordinária”, disse ainda o Pontífice.

Em seguida, Francisco lembrou uma figura luminosa de santidade, filha daquela terra caucásica:

“A gloriosa história do Evangelho nesta terra deve-se de modo especial a Santa Nino, que é comparada aos Apóstolos: ela espalhou a fé sob o sinal particular da cruz feita de lenho de videira. Não se trata duma cruz desnudada, porque a imagem da videira, para além do fruto que sobressai nesta terra, representa o Senhor Jesus. Na verdade, Ele é ‘a videira verdadeira’ e pediu aos Apóstolos para permanecerem fortemente enxertados n’Ele, como ramos, para dar fruto.”

Dirigindo-se diretamente ao Catholicós e Patriarca de toda a Geórgia, o Papa disse:

“E para que o Evangelho dê fruto também hoje, é-nos pedido, caríssimo Irmão, que permaneçamos cada vez mais firmes no Senhor e unidos entre nós. A multidão de Santos, que conta este país, encoraja-nos a colocar o Evangelho em primeiro lugar, evangelizando como no passado, e mais do que no passado, livres das amarras dos preconceitos e abertos à perene novidade de Deus.”

“Que as dificuldades não sejam impedimentos, mas estímulos para nos conhecermos melhor, compartilharmos a seiva vital da fé, intensificarmos a oração de uns pelos outros e colaborarmos com caridade apostólica no testemunho comum, para glória de Deus nos céus e ao serviço da paz na terra.

O Papa concluiu afirmando que o povo georgiano gosta de comemorar os valores mais queridos, brindando com o fruto da videira. A par do amor que eleva, é reservada um papel particular à amizade.

“Desejo ser amigo sincero desta terra e deste povo querido, que não esquece o bem recebido e cujo tratamento hospitaleiro se alia com um estilo de vida genuinamente esperançoso, mesmo no meio das dificuldades que nunca faltam. Também este caráter positivo se enraíza na fé, que leva os georgianos, à volta da própria mesa, a implorar a paz para todos, lembrando até os inimigos. (RL)





SÃO JERÔNIMO



Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase:“Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!



Fonte:http://www.cancaonova.com/

quarta-feira, setembro 28, 2016

SÃO MIGUEL, SÃO GABRIEL E SÃO RAFAEL



A Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões, Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro. Esses três arcanjos, de acordo com a teologia católica, estão ao redor de Deus e Lhe servem como mensageiros. 

Miguel, que significa "Ninguém é como Deus", ou "Semelhança de Deus" é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. É citado três vezes na Sagrada Escritura. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. 



Gabriel, seu nome significa "Deus é meu protetor" ou "Homem de Deus" . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Foi ele quem fez o maior anúncio da história: a encarnação do Filho de Deus. 



Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "Cura de Deus" ou teve a função de acompanhar o jovem Tobias, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. 



A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providência. 

Reflexão: Uma coisa é certa: os anjos estão presentes do primeiro ao último livro da Bíblia. São citados em mais de 300 passagens. Apresentam-se sob diversos nomes, estão diante de Deus, ora sozinhos, ora em fileiras, quando não em miríades. Por isso São Gregório Magno pôde afirmar: "A existência dos anjos é atestada por todas as páginas da Sagrada Escritura". 


Ó Deus, que entre todos os anjos escolhestes Arcanjos para anunciar seus mistérios de amo, concedei-nos que ao celebrarmos na terra a sua memória sintamos a sua proteção celestial. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. 


Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


terça-feira, setembro 27, 2016

ANO MARIANO



Nesta quarta-feira, 21 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou ato oficial de lançamento do Ano Mariano, com uma celebração na sede da entidade, em Brasília (DF). A cerimônia contou com a participação da presidência da CNBB, membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), organismos vinculados à Conferência e colaboradores que atuam na sede. 

Na ocasião, com a ajuda dos colaboradores, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi entronizada no auditório da CNBB e posta no centro do espaço. Leituras bíblicas, cantos, textos reflexivos e uma mensagem do papa Francisco foram meditados, lembrando a devoção à rainha e padroeira do Brasil. 

De acordo com o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, o período convida os brasileiros a voltarem o coração para Nossa Senhora. “É um ano para celebrar, para comemorar, para louvar a Deus, mas também para reaprender com Nossa Senhora como seguir Jesus Cristo, como ser cristão hoje”, enfatizou.

O bispo falou também sobre as expectativas para o Ano. “Nós esperamos muito que o Ano Mariano possa ser de intensa evangelização com Maria, contando com a sua proteção, seguindo os seus exemplos, mas sendo essa Igreja em saída, essa Igreja misericordiosa, que a exemplo de Nossa Senhora vai ao encontro dos irmãos para compartilhar a alegria do Evangelho de Jesus Cristo – alegria da fé em Cristo”, disse.

No final, dom Sergio exortou para que o Ano Mariano seja vivido intensamente por toda a Igreja no Brasil. “Que este momento seja para a evangelização, para a missão, tendo presente o exemplo, as lições que Nossa Senhora nos deixa, mas também recorrendo com confiança a sua intercessão materna”, finalizou o bispo.
Ano Nacional Mariano 

O Ano Nacional Mariano foi proclamado pela CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas Águas do Rio Paraíba do Sul. A iniciativa será celebrada a partir do dia 12 de outubro até o dia 11 de outubro de 2017.

Em carta enviada aos bispos de todo o Brasil, a presidência da CNBB considera a celebração dos 300 anos “uma grande ação de graças” e recorda que todas as dioceses do país se preparam, desde 2014, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora, que percorre cidades e periferias. 

Confira, abaixo, a mensagem na íntegra:


Mensagem à Igreja Católica no Brasil

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, a iniciar-se aos 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.

Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco).

A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus.

O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).

Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano.

A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida nos ajude a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!


 Dom Sergio da Rocha                                                  Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de Brasília-DF                                    Arcebispo de S. Salvador da Bahia-BA
Presidente da CNBB                                                  Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário-Geral da CNBB


segunda-feira, setembro 26, 2016

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM



As leituras de hoje põem em contraste dois polos: o tempo e a eternidade . Isto nós podemos notar no evangelho por meio de Lázaro, que primeiro é posto por Deus neste mundo e, depois, apesar de sua riqueza, permitido na eternidade. Igualmente se vê e isto na primeira leitura , em que os ricos samaritanos vivem em orgias e luxo, esquecendo o juízo futuro de Deus. Somente a fé viva em Cristo oferece uma garantia segura para se viver dignamente no tempo e conquistar a eternidade com Deus. 


O verdadeiro personagem da parábola é o rico egoísta , sendo assim o objetivo da parábola é: o uso iníquo da riqueza; não tanto o fato de ser rico, mas quanto ao uso que se faz das riquezas. O rico da parábola não usou das riquezas para fazer amigos (evangelho do 25 Domingo do Tempo Comum), nem tão pouco para ajudar, mas para insultar os pobres. 


Cristo não condena nunca a posse pura e simples dos bens materiais. Mas pronuncia palavras muito severas contra os que usam dos seus bens materiais de modo egoísta, sem atenderem às necessidades dos outros. O Sermão da Montanha começa com as palavras: "Bem-aventurados os pobres de espírito". E, no termo do balanço do juízo final, como se lê no Evangelho de São Mateus, Jesus diz as palavras que bem conhecemos: Tive fome e não Me destes de comer, tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava nu e não Me vestistes; enfermo e na prisão, e não fostes visitar-Me (Mateus 25, 42-43).

A parábola do rico e de Lázaro deve estar continuamente presente na nossa memória; deve formar a nossa consciência. Cristo pede que sejamos abertos aos nossos irmãos e às nossas irmãs que estão em necessidade: pede aos ricos, aos de boa posição, aos que se encontram economicamente beneficiados, que sejam abertos aos pobres, aos subdesenvolvidos e aos prejudicados. Cristo reclama uma abertura que é mais que atenção benévola, mais que atos simbólicos ou de ativismo desprendido, mas que deixam o pobre, indigente como antes, se não mais ainda.

Toda a humanidade deve pensar na parábola do rico e do mendigo. A humanidade deve traduzi-la em termos contemporâneos, em termos de economia e de política, em termos de todos os direitos humanos, em termos de relações entre o "Primeiro" e o "Terceiro Mundo". Não podemos estar ociosos, enquanto milhares de seres humanos morrem de fome. Nem podemos ficar indiferentes, enquanto os direitos do espírito humano são espezinhados, enquanto se faz violência à consciência humana em matéria de verdade, de religião e de criatividade cultural.


Não podemos estar ociosos alegrando-nos com as nossas riquezas e a nossa liberdade, se, em qualquer lado, o Lázaro do século XXI jaz à nossa porta. A luz da parábola de Cristo, a riqueza e a liberdade trazem especial responsabilidade. A riqueza e a liberdade criam especial obrigação. E assim, em nome da solidariedade que nos une, todos simultaneamente, numa comum humanidade, proclamo de novo a dignidade de cada pessoa humana: o rico e Lázaro são ambos seres humanos, ambos criados à imagem e semelhança de Deus, ambos igualmente remidos por Cristo a alto preço, ao preço do sangue precioso de Cristo (1 Pedro 1, 19).


Celebração da entrega da Bíblia para as crianças da catequese.

" Para nós,a Bíblia é luz que ilumina nossa vida, nossas escolhas,nossos caminhos. É Deus mesmo, que nos fala nos dias de hoje! Que essa Palavra seja luz na vida de cada um de vocês" Que seja um presente a cada momento de alegria, de agradecimento e também de dúvidas e dificuldades"






















Deus eterno e todo poderoso, que pusestes o bispo São Conrado à frente do vosso povo,
como pastor e guia na fé, amparai-nos por sua intercessão com vossa solicitude de Pai. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

sábado, setembro 24, 2016

SÃO COSME E SÃO DAMIÃO



Tudo o que se conhece sobre a vida e martírio dos santos Cosme e Damião é fruto de devota fantasia e de narrações lendárias e floridas. Sofreram o martírio em Ciro (na Síria), mas não conhecemos a época. Provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV. A data de 27 de setembro corresponde provavelmente à dedicação da basílica que o Papa Félix IV (526-530) mandou construir em honra deles no Foro Romano; e é ainda meta mais de turistas que de devotos, pelo esplêndido mosaico que lhe decora a ábside.

A rica e esplêndida família florentina dos Médici, que por muitos anos dirigiu os destinos da operosa cidade, escolheu a ambos como padroeiros, por causa do nome. Que se trate de dois irmãos é ima simples opinião, fundada sobre a lenda muito difundida sobre os dois mártires a partir do século V. Através desta, ficamos sabendo que os dois irmãos curavam “todas as enfermidades, não só das pessoas, mas também dos animais, fazendo tudo gratuitamente”.

Não pelos seus serviços gratuitos mas pela sua profissão, foram escolhidos como patronos dos médicos e dos farmacêuticos. Uma única vez, prossegue a lenda, Damião, contrariando a regra de caridade, aceitou a remuneração de uma mulher por ele curada, de nome Paládia, e isto provocou uma severa bronca da parte do irmão, que protestou não querer ser sepultado ao lado dele, após a morte. Deve ter havido testemunhas do fato, porque após a decapitação deles, os cristãos pensaram em sepultar seus corpos um pouco longe um do outro. Mas um camelo, assumindo voz humana, bradou em alta voz para unirem os dois irmãos, porque Damião, aceitando o modesto honorário oferecido por Paládia, fizera-o em nome da caridade para não humilhar a pobre senhora.

O prodígio não deve ter maravilhado os presentes, que talvez tenham assistido ao martírio dos dois irmãos: condenados à lapidação, as pedras voltavam contra os perseguidores; foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com setas, mas “os dardos voltavam para trás e feriam a muitos, porém os santos nada sofriam”. Foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos e somente assim os dois mártires, juntamente com outros três irmãos, puderam prestar seu testemunho a Jesus Cristo.


sexta-feira, setembro 23, 2016

SÃO PIO DE PIETRELCINA



Recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário. Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”.

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!



Fonte: http://santo.cancaonova.com/santo/sao-pio-de-pietrelcina-alivio-para-os-sofrimentos-de-seus-fieis/

quinta-feira, setembro 22, 2016

A RELIGIÃO DA PALAVRA, POR DOM FERNANDO RIFAN



No próximo domingo, dia 27, celebraremos o dia nacional da Bíblia, dedicado a despertar e promover entre os fiéis o conhecimento e o amor dos Livros Sagrados, a Palavra de Deus escrita, redigida sob a moção do Divino Espírito Santo, motivando-os para sua leitura cotidiana, atenta e piedosa e, ao mesmo tempo, premunindo-os contra os erros correntes com relação à Bíblia mal interpretada.

“Na Igreja, veneramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma ‘religião do Livro’: o cristianismo é a ‘religião da Palavra de Deus’, não de ‘uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’” (Verbum Domini – Bento XVI -, 7)

É de São Jerônimo, o grande tradutor dos Livros Santos, a célebre frase: “Ignorar a Sagrada Escritura é ignorar o próprio Cristo”. Portanto, o conhecimento e o amor às Escrituras decorrem do conhecimento e do amor que todos devemos a Nosso Senhor.

O ponto central da Bíblia, convergência de todas as profecias, é Jesus Cristo. O Antigo Testamento é preparação para a sua vinda e o Novo, a realização do seu Reino. “O Novo estava latente no Antigo e o Antigo se esclarece no Novo” (Santo Agostinho).

Dizemos que a Bíblia é um livro divino e humano: inspirada por Deus, mas escrita por homens, por Deus movidos e assistidos enquanto escreviam.
A Bíblia não é um livro só, mas um conjunto de 73 livros, redigidos por autores diferentes em épocas, línguas, estilos e locais diversos, num espaço de tempo de cerca de mil e quinhentos anos. Sua unidade se deve ao fato de terem sido todos eles inspirados por Deus, seu autor principal e garantia da sua inerrância.

Mas a Bíblia não é um livro de ciências humanas. Por isso a Igreja Católica reprova a leitura fundamentalista da Bíblia, que teve sua origem na época da Reforma Protestante e que pretende dar a ela uma interpretação literal em todos os seus detalhes, o que não é correto.

Além disso, a Bíblia não é um livro fácil de ser lido e interpretado. São Pedro, falando das Epístolas de São Paulo, nos diz que “nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (II Pd 3, 16).

Por isso, o mesmo São Pedro nos adverte: “Sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pd 1, 20-21). Assim, o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita (a Bíblia Sagrada) ou transmitida oralmente (a Sagrada Tradição) foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, que disse aos Apóstolos e seus sucessores “até a consumação dos séculos”: “Ide e ensinai a todos os povos tudo o que vos ensinei... quem vos ouve a mim ouve”.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney





quarta-feira, setembro 21, 2016

SÃO MATEUS EVANGELISTA



A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: “Segue-me” deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!

Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: “Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem.” e ainda:“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”

Com Judas, porém, ficou o encargo de “caixa” da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.

São Mateus, rogai por nós!

segunda-feira, setembro 19, 2016

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM





Para entendermos a passagem do Evangelho de hoje temos que fazer a seguinte observação: Jesus usou a palavra "mamon" 

"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro."

Respeitando a tradução do nosso Lecionário melhor seria dizer "vós não podeis servir a Deus e a mamon". Sendo assim para entendermos melhor a mensagem de hoje segue a explicação da palavra "mamon" e a nossa homilia.


Mamon


Mamon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. A própria palavra é uma transliteração da palavra hebraica "Mamom" (מָמוֹן), que significa literalmente "dinheiro". Como ser, Mamon representa o terceiro pecado, a Ganância ou Avareza, também o anticristo, devorador de almas, e um dos sete príncipes do Inferno. Sua aparência é normalmente relacionada a um nobre de aparência deformada, que carrega um grande saco de moedas de ouro, e "suborna" os humanos para obter suas almas. Em outros casos é visto com uma espécie de pássaro negro (semelhante ao Abutre), porém com dentes capazes de estraçalhar as almas humanas que comprara.

História

Na era pré-cristã eram cultuados muitos deuses. Mamon, contudo, não era o nome de uma divindade e sim um termo de origem hebraica que significa dinheiro, ou bens materiais. No Evangelho, a palavra é utilizada quando afirma que não é possível servir simultaneamente a Deus e a Mamon (Lucas 16:13). O termo, no texto original, também é citada no Evangelho de Mateus:

“ Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem corroem e onde ladrões não minam nem roubam: Para onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.» (Mateus 6:19-24) ”

Desta forma Mamon acabou por tornar-se, ao longo da história, e devido as diversas traduções da Bíblia, a representação de uma entidade maligna ou demônio.

Literatura

Para Milton, em sua obra Paraíso Perdido, Mamon é um demônio que constrói para Satã um palácio com veios de ouro ardente. Goethe, na primeira parte de Fausto, utiliza a palavra em ambos os sentidos de "ouro" e de "entidade demoníaca".

Somerset Maugham na sua obra "Maquiavel e a Dama" refere ser possível servir a Deus e a Mammon quando, no enredo, o Papa e seu filho conseguem matar dois membros da família Orsini (Itália) - Pagolo Orsini e o Cardeal Orsini - seus inimigos pessoais beneficiando assim dos favores de César Bórgia e ao mesmo tempo eliminando dois inimigos da Igreja.




Dinheiro como meio

Qual a finalidade dos bens? Sem dúvida proporcionar uma vida com dignidade e bem-estar. E o que fazem muitas pessoas com o dinheiro? Trabalham para acumular. Tornam o acúmulo o grande objetivo da vida. Aqui, a pergunta inevitável: Conseguem se realizar desse modo? Poucos, ou ninguém.

Exploração. Buscam ter mais a qualquer preço. Para alertá-los são necessários os profetas. Existem hoje? Você poderia ser um deles? Por que não? Amós era um camponês pobre de Judá, no sul do país. Lá pelo ano 760 a.C. assumiu a difícil missão de ser profeta no norte do país, em Israel, no tempo do rei Jeroboão II. Qual era a situação econômica do país? Ruim. Não estava mais em situação favorável há algum tempo. Os líderes e os comerciantes faziam o que era inconcebível aos olhos de Deus: exploravam os pobres. Deus passou, então, a alertar contra isso através de Amós. E hoje, você conhece alguém bem sucedido que não é um explorador?

Ganância. Qual era a ambição dos comerciantes da época de Amós? O lucro indevido. Para tanto, vendiam até o refugo dos cereais e violavam a balança. Para eles, não importavam as festas religiosas, a lua nova e o sábado, oportunidades em que todos celebravam e descansavam. Era perda de lucros. Para Amós, essa atitude decretava o fim do povo eleito. Eles se perguntavam: “Quando vai passar o Sábado, para abrirmos oarmazém, para diminuir as medidas, aumentar o peso e viciar a balança, para comprar os pobres pordinheiro, o necessitado por um par de sandálias, e vender o refugo do trigo?” (Am 8,5-6). Hoje também acontece estas coisas, ou algo equivalente?

Hoje a situação não mudou muito. Apenas os modos: pagam-se baixos salários, exigem-se horas extras que não são pagas, humilham-se os funcionários, os chefes cobram de forma impositiva tratando subordinados como coisas, aumenta-se o lucro, mas nada dele é repartido com os que produzem. Há patrões que exploram. E os que exploram os patrões? Uns cometem a injustiça tanto quanto os outros.

Endeusamento do dinheiro. Jesus não ensinou que o dinheiro não presta e que não precisamos dele. Ou ensinou? Pelo contrário, até pediu que cumprisse sua destinação: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). Observou bem? Jesus não está se colocando contra o dinheiro, mas a favor de uma economia que gera a vida. “Então o problema não é o dinheiro?” pode estar pensando você. Não. Os bens não são em si negativos, e sim, o seu uso desequilibrado. O problema é que quando uns acumulam e outros ficam sem nada.

Mãos puras. Os bens tornam-se ídolos que oprimem, geram fome, desemprego, falta de moradia. E os que exploram e também participam de cultos, que dizer deles? Ambiguidade incompatível. Cultivam falsa espiritualidade, permeada de mentiras, de incoerência. Quem acumula bens e espezinha a dignidade dos outros, seus bens são obtidos injustamente. Muitos falam com Deus e adoram o deus dinheiro conquistado com mãos sujas de idolatria, de apego a bens terrenos, de ressentimento com os outros. Quero, pois, queos homens orem em todo lugar, levantando as mãos puras, superando todo ódio e ressentimento (1Tm 2,8).

Bens. Enfim, essa é a situação generalizada frente aos bens. Eles nos foram dados para nos servir e não para que lhes sirvamos. O dinheiro é meio; não pode ser fim. Serve à nossa realização aqui na terra, enquanto caminhamos com os olhos fitos no céu. Fitos no céu; não só na terra. Se nos fixamos apenas na terra e não olhamos para o céu, nos perdemos. Tenho os olhos fixos no Senhor, pois ele livra do laço omeu pé (Sl 25,15).

É preciso, pois, acumular tesouros para o futuro. Não adianta tesouros que nos serão tirados na hora da morte e nos despacharão nus, sem nada.

Não vale a pena lutar só por estes bens. Vale?












sábado, setembro 17, 2016

VOTO DECISIVO,POR DOM FERNANDO RIFAN




Estamos próximos das eleições municipais, que decidirão o futuro do nosso município. Não pense que o seu voto não é importante, que é apenas um a mais, que não resolverá nada, que tanto faz votar nesse ou naquele candidato! O seu voto é decisivo. Você é responsável pelo nosso futuro. Vote conscientemente, como bom cidadão.

Por isso, nós, Bispos do Estado do Rio de Janeiro, usando como epígrafe a frase do profeta Isaías (32, 17): “A paz é fruto da justiça”, emitimos uma nota sobre as Eleições Municipais de 2016, que diz assim: 
“Seu voto para escolher o Prefeito e Vereadores é importante e decisivo para o futuro.
Depende de você que o seu município seja governado por pessoas que desejem o bem de todos. Não troque seu voto por favorecimentos pessoais, benefícios materiais, promessas ilusórias, etc. Escolha candidatos que:
- tenham ficha limpa: não sejam corruptos nem multipliquem seus bens pela corrupção;
- sejam bons administradores, porque quem não cuida bem de seu patrimônio não tem condições de representar o povo na Prefeitura nem na Câmara Municipal;
- respeitem e promovam a família;
- valorizem a educação das crianças, adolescentes e jovens, o ensino religioso nas escolas, a liberdade religiosa, o lazer sadio e o atendimento melhor à saúde;
- defendam sempre a vida e sejam contra o aborto e as drogas;
- promovam o cuidado da casa comum, respeitando o equilíbrio da natureza: florestas, rios, saneamento básico e a construção de moradia em lugares sem risco;
- apresentem projetos concretos para a digna mobilidade humana;
- comprometam-se com estratégias eficazes para segurança e paz da sociedade e estimulem um desenvolvimento que gere oportunidades de trabalho.
O futuro do seu município está em suas mãos!”
Reflita sobre cada uma dessas qualidades, para que possa fazer uma boa escolha. Analise os candidatos, seu passado, seus projetos, suas características, etc. 
Não seja corrupto: não venda o seu voto. Não corrompa o candidato perguntando o que ele vai lhe dar em troca do seu voto. Pense mais no bem da cidade e da população do que no seu bem próprio. Você se beneficiará de um bom governo e de uma boa legislatura.
Você também é responsável pela sua cidade e município. Pela sua limpeza, seu trânsito, suas construções, sua saúde, sua educação, seu respeito pelos concidadãos. Faça a sua parte e estará contribuindo para o bem de todos. Seja honesto e cumpridor dos seus deveres. Não se espelhe em maus exemplos de desonestidade, mesmo que sejam de pessoas ditas importantes. Faça o bem a todos, sem distinção, com amor e honestidade. Faça a sua parte e não espere pelos outros. Assim o mundo, a começar de nosso município, será melhor.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney



sexta-feira, setembro 16, 2016

DOMINGOS MONTAGNER



Domingos Montagner (São Paulo, 26 de fevereiro de 1962 — Canindé de São Francisco, 15 de setembro de 2016) foi um ator, teatrólogo e empresáriobrasileiro. Iniciou sua carreira em teatros e circos, através do curso de interpretação de Myriam Muniz. Em 1997, ele formou o grupo La Mínima, ao lado de Fernando Sampaio, e ganhou o Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2003, fundou o Circo Zanni, do qual foi diretor artístico.

Começou sua carreira na TV, três anos depois, mas ganhou notoriedade nacional, dentre outros, ao interpretar o Capitão Herculano, na telenovela "Cordel Encantado" (2011) e João Miguel, em "Sete Vidas" (2016). No cinema, fez participação no longa Gonzaga: De Pai pra Filho (2012), de Breno Silveira.

Em 2016, interpretou o personagem Santo, na telenovela Velho Chico, transmitida pela Rede Globo, seu último trabalho. Em um intervalo entre as gravações, afogou-se no próprio rio São Francisco, tema principal da novela.

Biografia e carreira

Nasceu no bairro paulistano do Tatuapé numa família descendentes de italianos. Sua carreira artística começou no circo, na companhia de seu teatro La Mínima, em 1980. Em 1990, ingressou no teatro como palhaço.

Sua primeira telenovela foi Cordel Encantado da Rede Globo. Na televisão fez poucas participações, como o seriado Força Tarefa e A Cura. Também participou do seriado Divã, em que fez Carlos, o amante da protagonista Mercedes, vivida pela atriz Lília Cabral.

Em 2012, viveu o presidente Paulo Ventura na minissérie O Brado Retumbante. No mesmo ano, interpretou em Salve Jorge o guia turístico Zyah, que se apaixona por Bianca, personagem de Cléo Pires. Em 2013, viveu o ativista Mundo em Joia Rara.

Em 2014, foi escalado para ser o protagonista de Sete Vidas, no papel de Miguel, um homem que descobre ter sete filhos, após ser doador de esperma.

Sua última atuação foi em 2016, na telenovela Velho Chico, onde fazia o personagem Santo.

Morte

No dia 15 de setembro de 2016, durante o horário de almoço das gravações de Velho Chico, o ator mergulhou no Rio São Francisco, na Região de Canindé de São Francisco, em Sergipe, todavia acabou por não retornar à terra firme. A atriz Camila Pitanga estava nadando com Montagner e viu o amigo desaparecer nas águas, arrastado por uma forte correnteza, passando a gritar por ajuda. Logo depois, uma lancha veio resgatá-la. O ator ficou desaparecido durante quatro horas, até seu corpo ser encontrado submerso e já sem vida.