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quinta-feira, junho 01, 2017

MÊS DE JUNHO, MÊS DE ANCHIETA!


Neste mês de junho começamos uma série de postagens sobre São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil e padroeiro da Capela da Estrada da Canoa. Desejoso de fazer mais conhecido o jesuíta que sem dúvida alguma teve importância relevante na história do Brasil, lembro que foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco e que em 2015 ganhou o título de Patrono do Brasil abaixo apenas de Nossa Senhora Aparecida. 
No dia 09 de junho teremos a visita de Dom Luiz Henrique, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro que celebrará a Eucaristia em Vila Canoa às 19 horas, e para tal festividade a cada dois dias faremos uma postagem sobre a vida de José de Anchieta preparando-nos assim para sua festa.

Começamos hoje dia 01 de junho repassando o resumo da Carta de São Vicente postagem feita pela rádio Vaticana em março de 2017.

Padre Marcos Belizário Ferreira
Pároco da Paróquia São Conrado e das Capelas Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora Aparecida e São José de Anchieta.



CARTA DE SÃO VICENTE ESCRITA POR SÃO JOSÉ DE ANCHIETA


A carta foi escrita por Anchieta aos 26 anos, a pedido de seus superiores, e é a primeira descrição da Mata Atlântica de que se tem conhecimento, detalhando a diversidade e o exotismo de nossa fauna e flora e seu uso pelos indígenas e pelos primeiros brasileiros.

A carta de São Vicente traz também informações preciosas sobre os costumes e a língua de nossos índios, sobre plantas medicinais e importantes elementos de nossa culinária.

Padre Josafá Siqueira é jesuíta como Anchieta. Reitor da Pontifícia Universidade Católica do RJ desde 2010, foi um dos idealizadores da Agenda Ambiental da PUC-Rio, lançada em 2009, e também do novo curso de graduação em Ciências Biológicas, o primeiro no Brasil com ênfase em Ciências Ambientais.

Pe. Josafá ressalta alguns aspectos de referência na Carta de São Vicente. O primeiro é a ‘visão integradora’ que o documento oferece. 

“A Carta de Anchieta é importante porque é extremamente diferente da de Pedro Vaz de Caminha; é um marco da biogeografia brasileira, porque nos dá uma visão muito integradora da realidade que ele encontrou naquele momento aqui no Brasil. Ao mesmo tempo em que ‘acorda’ para determinadas temáticas, ele nos faz questionar sobre a importância que nós temos hoje de resgatar a visão tão sistêmica e tão integradora que ele teve naquele momento”.

“A Carta de Anchieta é não só um referencial para nós católicos, nem só para nós, jesuítas, ou cristãos... é uma referência mais aberta, para todos. Anchieta nos apresenta uma visão que seria o ‘ideal’ para o mundo moderno: uma visão integradora, onde as questões ambientais estão profundamente relacionadas com as questões sociais. Isto aparece fortemente na Carta. Ela permite ver que os elementos da natureza (plantas, animais, clima) estão profundamente associados aos usos e costumes dos povos tradicionais, indígenas”.

“Anchieta foi extremamente feliz, neste sentido, na visão integradora que pôde realmente mostrar o quanto é importante termos uma relação mais proximal com a Criação, no conceito mais cristão da palavra”.