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segunda-feira, janeiro 08, 2018

SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR


Deixar a comodidade 

"Levante-se, acende as luzes, Jerusalém!" É assim que se inicia a 1ª leitura que acabamos de ouvir. Um convite para que a cidade de Jerusalém levante-se, deixe o comodismo, deixe a inércia e acenda as luzes. É uma cidade que estava apagada e precisa brilhar. Palavras que nos fazem imaginar um povo acomodado e vivendo às escuras. Jerusalém, no contexto desta celebração, não é, propriamente falando, um lugar geográfico, mas é o povo de Deus que vive em alguma comunidade no meio da grande sociedade. Isto quer dizer que aqui, a nossa comunidade é Jerusalém. Por isso, a profecia de Isaías é dirigida à nossa comunidade. É uma sacudida na nossa comunidade para que saia do comodismo e comece a brilhar no meio da grande sociedade, desta cidade, onde vivemos. Uma comunidade cristã não pode ser acomodada e nem viver na penumbra e muito menos na escuridão. Toda comunidade cristã precisa brilhar. 


Iluminar a comunidade com a luz do Evangelho 

Tanto o “levantar-se” como o “acender luzes” na comunidade, indicam dinamismo. Comunidades vivas são comunidades que brilham, que têm luz. Indicam também uma tarefa: que a comunidade deve ser dinâmica; ser ativa. O salmo responsorial propõe três indicações de como uma comunidade se torna dinâmica e iluminada: praticando a justiça, sendo solidário com os pobres e promovendo a paz. Quando isso acontece, todos os povos da terra, diz a 1ª leitura e canta o salmista, ficarão encantados com o brilho da luz que existe na comunidade. Eis o empenho que a nossa comunidade recebe na celebração da Epifania: o compromisso de promover a justiça, a solidariedade com os pobres e cultivo da paz. É assim que a nossa comunidade brilhará. O brilho da comunidade, portanto, acontece pelo favorecimento da vida onde a vida está ameaçada de ser escurecida.


Acolher os estranhos 

Tem ainda um quarto compromisso que precisa ser considerado para se acender a luz do Evangelho na comunidade: o acolhimento dos estranhos, o acolhimento dos estrangeiros, daqueles que não nasceram na comunidade, mas que aqui vieram para conviver conosco. Os Reis Magos eram estranhos na comunidade de Jerusalém e suas perguntas colocaram preocupações em Herodes e nos políticos da cidade. Quando a luz divina é acesa na comunidade, a vinda dos estranhos, a vinda de gente que nunca vimos por perto, não deverá causar medo ou preocupação, mas causar alegria, porque eles estão sendo atraídos pela luz do Evangelho vivido na comunidade. Percebe-se bem isso quando a comunidade anuncia alguma atividade em favor dos mais pobres. Aparece gente de todo lado. Este é o momento para evangelizar, para acender nessa gente a luz do Evangelho. Levantemo-nos de nosso comodismo para brilhar como comunidade iluminada pelo Evangelho em nossa cidade Amém!




Padre Marcos fez a imposição do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo a um policial e sua família  na missa da Epifania, 10 horas.