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sexta-feira, novembro 30, 2018

DO ADVENTO AO PRESÉPIO - ESPIRITUALIDADE , SÍMBOLOS E SIGNIFICADO


O ANO LITÚRGICO
divide-se em cinco tempos:

§  Tempo do Advento
§  Tempo do Natal
§  Tempo da Quaresma
§  Tempo Pascal
§  Tempo Comum

O que celebramos nos quatro Domingos que antecedem o Natal do Senhor?


No Tempo do Advento, a liturgia romana celebra a dupla
«Vinda do Senhor»:

§   a primeira, humilde, quando, na plenitude dos tempos (cf. Gal 4, 4), o Filho de Deus, tomando da Santíssima Virgem a condição humana, veio ao mundo para salvar os homens;

§   a segunda, gloriosa, quando no fim dos tempos, virá
«para julgar os vivos e os mortos» (Credo) e introduzir os justos na casa do Pai, onde nos precedeu a Virgem Santa Maria.

Espiritualidade

 Tempo  de  especial  intimidade espiritual  com Deus através do itinerário catequético da Liturgia;

 Tempo de redescoberta do Silêncio;

 Tempo de aprofundamento da Esperança;

 Tempo de contemplação da ação do Espírito Santo;


O que nos ensina a Liturgia?

• Escuta

“O advento é tempo para acolher o Verbo procedente do silêncio.” 

(Sto. Inácio de Antioquia)

• Vigilância 

“O Senhor nos visita continuamente, todo dia, caminha ao nosso lado, é uma presença de consolação” 

(Papa Francisco)

• Sobriedade 

“É preciso aprender a não depender de nossas seguranças, de nossos esquemas demarcados, porque o Senhor vem na hora que não imaginamos. Vem para nos conduzir a uma dimensão mais bonita e maior” 

(Papa Francisco)

         Contemplação

“A primeira visita ocorreu com a encarnação, o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente, o Senhor nos visita continuamente, todo dia, caminha ao nosso lado e é uma presença de consolação; e em fim haverá ainda uma terceira e última vinda, que nós professamos todas as vezes que rezamos o Credo, ‘De novo Ele virá na glória para julgar os vivos e os mortos” 

(Papa Francisco)

• Coração aberto 

“Somos chamados a ampliar o horizonte de nosso coração, a deixarmo-nos surpreender pela vida que apresenta a cada dia suas novidades” 

(Papa Francisco)


“1ª Parte” do Advento, celebramos O Advento da vinda definitiva, que vai do primeiro domingo do Advento ao dia 16 de dezembro, inclusive.

Na “2ª parte”, O Advento natalício, preparação mais imediata, que se estende de 17 a 24 de dezembro. É nestes dias que começam a novena do Natal e as antífonas do “Ó”

Neste tempo não cantamos “Glória”, a sobriedade da liturgia ‘omite’ o canto dos anjos que fazem alegrar o céu e a terra para que possamos saborear mais intensamente essa alegria no Natal.


Como a Igreja “traduz” tudo isto em sinais?




1° Sinal
A cor roxa usada na liturgia

símbolo de um tempo litúrgico onde iremos , com recolhimento, percorrer/aprofundar o caminho para acolher Jesus que vem.


2° Sinal

No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor» 

(Instrução Geral do Missal Romano, n. 305; Cerimonial dos Bispos, n. 236).


3° Sinal
Domingo Gaudete, uso da cor Rosa. 

A liturgia nos convida:
"Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto“
(Fl 4, 4).


4° Sinal
A Coroa do Advento

Origem 

A Coroa do Advento tem a sua origem em uma tradição pagã europeia. No inverno, acendiam-se algumas velas que representavam o "fogo do deus sol" com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. A partir de seus próprios costumes ensinavam-lhes a fé católica.

Forma circular 

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo, o qual nunca deve terminar.

Quatro velas: Simbolizam os quatro Domingos do Advento. No início, a coroa sem luz recorda-nos a experiência de escuridão do pecado. Na medida em que se aproxima o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas, representando assim a chegada, entre nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa a escuridão.

Quanto a cor as velas podem ser:

A) Três roxas e uma rosa: 

A cor roxa é um convite a purificar os nossos corações, para acolher o Cristo que vem. A cor rosa, no terceiro domingo, é um chamado à alegria, pois o Senhor está próximo. Detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

B) Quatro velas nas cores litúrgicas: 

• Roxa - cor penitencial que lembra o perdão concedido a Adão e Eva. 

• Vermelha - expressa a fé de Abraão e demais Patriarcas. 

• Branca - simboliza a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança. 

• Verde - recorda os Profetas que anunciaram a chegada do 
Salvador.

5° Sinal
As grandes figuras bíblicas do Advento

ISAÍAS – profeta da Esperança que desperta no coração do povo a confiança em Deus 

JOÃO BATISTA – Voz que clama no deserto e que aponta o caminho do Senhor

MARIA - A simples ‘jovem do interior’, que carrega no coração toda a esperança de Deus! No seu ventre a esperança de Deus se fez carne, tornou-se homem, se fez história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus a caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. 

(Papa Francisco)

JOSÉ - É o homem que não fala, mas obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filho de Deus. É guardião das fraquezas, de nossas fraquezas: é capaz de fazer nascer muitas coisas bonitas de nossas fraquezas, de nossos pecados. José é o custódio das fraquezas para que se tornem firmes na fé, é o “guardião do sonho de Deus”: o sonho de Deus de nos salvar, de nos redimir. É grande este carpinteiro silencioso, trabalhador e guardião que carrega as fraquezas e é capaz de sonhar. 

(Papa Francisco)

6° Sinal

As atitudes de cada Domingo...


• Vigiai

• Preparai (-vos)

• Alegrai (-vos)

• Confiai

O PRESÉPIO


OLHANDO CADA FIGURA...


Maria e José – Sinal da fidelidade total ao projeto de Deus; Símbolo de um Povo que sabe esperar as ‘surpresas de Deus’; 

Os Anjos – Mensageiros portadores da Boa notícia de Deus para a Humanidade; 

Os Pastores – Símbolo das ‘periferias’, não podiam ser testemunhas em tribunal pois eram tidos como trapaceiros e sujos pois negociavam gado e viviam no meio do gado. São os primeiros a receber o anúncio...o Evangelho nos alerta: “os últimos serão os primeiros!”

Os Magos – não eram reis, eram estudiosos dos astros. Símbolo das nações/continentes conhecidos na época, representam todas as nações pagãs peregrinantes para reconhecer e adorar a Cristo como Salvador.

O Boi/Vaca - evoca as tarefas da lavoura, o trabalho duro e diário; simboliza o pesado jugo do trabalho, que o próprio Cristo quis partilhar connosco: “vinde a Mim todos vós que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei”, dirá depois Jesus.

O jumento - com a sua mansidão, recorda-nos que Jesus, esse Menino deitado entre palhas e feno, aquecido por animais, não vem pela violência, mas pela mansidão e pela paz. “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração”, dirá mais tarde o próprio Jesus. Diante da violência de tantos homens, Jesus apresenta-se como mansidão e paz. A figura do jumento liga também o Natal à Páscoa: será montado num jumentinho que Jesus entrará em Jerusalém, onde será preso e morto.

A vaca e o jumento do Presépio recordam-nos ainda aquela que é a atitude fundamental diante do Presépio: o silêncio! A contemplação! Desprovidos de fala, olham aquela criança deitada na sua manjedoura e aquecem-na com o seu bafo, a sua respiração.

É verdade que normalmente olhamos os animais do Presépio como meras figuras decorativas. Mas eles estão lá também para nos recordar algo importante:

*Desafiar-nos à contemplação deste mistério do nascimento de Jesus; corrigir a nossa tentação a tudo afogarmos com palavras!

*Desafiar-nos à mansidão e bondade para com todos; a renunciarmos à violência, seja ela de que género for; a vermos naquele Menino Deus aquele com quem podemos aprender essa mansidão e humildade.

*Desafiar-nos a compreender que é toda a nossa vida, com os seus trabalhos e dificuldades, que Jesus assume. Filho de José, o carpinteiro, Jesus, Ele próprio, assumirá o trabalho de seu pai. É também pelo nosso trabalho que nos aproximamos de Deus.

*Mas sobretudo, no Presépio, a vaca e o burro recordam-nos constantemente a necessidade de acolhermos Jesus; dizem-nos que a manjedoura em que Ele quer nascer hoje é o nosso coração; recordam-nos sem cessar que o drama do primeiro Natal foi a falta de espaço: as pessoas não tiveram espaço nas suas vidas para receber e acolher o Menino Deus!

O ideal cristão convidará sempre a superar a suspeita, a desconfiança permanente, o medo de sermos invadidos, as atitudes defensivas que nos impõe o mundo atual. Muitos tentam escapar dos outros fechando-se na sua privacidade confortável ou no círculo reduzido dos mais íntimos, e renunciam ao realismo da dimensão social do Evangelho. Porque, assim como alguns quiseram um Cristo puramente espiritual, sem carne nem cruz, também se pretendem relações interpessoais mediadas apenas por sofisticados aparatos, por ecrãs e sistemas que se podem acender e apagar à vontade. Entretanto o Evangelho convida- nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que interpela, com o seu sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria contagiosa permanecendo lado a lado. A verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura.

(Evangelii Gaudium nº 88)

quinta-feira, novembro 29, 2018

NOVO ANO LITÚRGICO, POR DOM FERNANDO ARÊAS RIFAN



DOM FERNANDO ARÊAS RIFAN*

Domingo próximo começa um novo ano litúrgico, com o Advento. Palavra oriunda do latim, significando “vinda”, Advento é o “tempo litúrgico da expectativa do Salvador e símbolo da esperança cristã. A salvação que esperamos de Deus tem igualmente o sabor do amor. Preparando-nos para o mistério do Natal, assumimos de novo o caminho do povo de Deus para acolher o Filho que nos veio revelar que Deus não é só Justiça, mas é também e antes de tudo Amor (cf. 1 Jo 4, 8). 

Em todos os lugares, mas, sobretudo onde reinam a violência, o ódio, a injustiça e a perseguição, os cristãos são chamados a dar testemunho deste Deus que é Amor”.

“O Advento é o tempo para preparar os nossos corações a fim de acolher o Salvador, isto é, o único Justo e o único Juiz capaz de dar a cada um a sorte que merece.

Aqui, como noutros lugares, muitos homens e mulheres têm sede de respeito, justiça, equidade, sem avistar no horizonte qualquer sinal positivo. Para eles, o Salvador vem trazer o dom da sua justiça (cf. Jr 33, 15). Vem tornar fecundas as nossas histórias pessoais e coletivas, as nossas esperanças frustradas e os nossos votos estéreis. 

E manda-nos anunciar, sobretudo àqueles que são oprimidos pelos poderosos deste mundo, bem como a quantos vivem vergados sob o peso dos seus pecados: ‘Judá será salvo e Jerusalém viverá em segurança. Este é o nome com o qual será chamada:

Senhor-nossa justiça’ (Jr 33, 16). Sim, Deus é Justiça! Por isso mesmo nós, cristãos, somos chamados a ser no mundo os artesãos duma paz fundada na justiça” (Papa Francisco, Catedral de Bangui, República Centro-Africana, 29/11/2015).

Celebramos duas vindas de Jesus Cristo ao mundo. A primeira, com a sua encarnação, ocorrida historicamente há cerca de dois mil anos, celebraremos no Natal.

A segunda, em que meditamos no tempo do Advento, é o retorno glorioso no fim dos tempos. Como disse o Papa Bento XVI, “esses dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto -, tocam-se profundamente, porque com sua morte e ressurreição Jesus já realizou a transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do final, é necessário que o Evangelho seja proclamado a todas as nações, disse Jesus no Evangelho de São Marcos (cf. Mc 13,10). 

A vinda do Senhor continua, o mundo deve ser penetrado pela sua presença. E esta vinda permanente do Senhor no anúncio do Evangelho requer continuamente nossa colaboração; e a Igreja, que é como a Noiva, a esposa prometida do Cordeiro de Deus crucificado e ressuscitado (cf. Ap 21,9), em comunhão com o Senhor colabora nesta vinda do Senhor, na qual já inicia o seu retorno glorioso”(Angelus, 2/12/2012).

Há ainda uma terceira vinda de Cristo, também celebrada no Natal. Acontece em nosso coração, pela sua graça. Essa será a grande alegria do Natal: “O encontro pessoal com o amor de Jesus que nos salva... A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Todos os que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento”

(Francisco, Evangelii Gaudium).

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
http://domfernandorifan.blogspot.com.br/

quarta-feira, novembro 28, 2018

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS




Como Mãe, o coração virginal e ao mesmo tempo materno de Maria abraça todos os crentes, todos os homens. O seu amor é um amor inexaurível e universal. Este amor pelo homem, Maria manifesta-o, sobretudo, diz João Paulo lI, na sua "singular vizinhança a ele e a toda a sua história. Nisto consiste o mistério da Mãe" RH, 22). Ela caminha com a Igreja e com a humanidade inteira: faz caminho lado a lado com ambas. Ela é a estrela da manhã que guia os homens para a plenitude do dia que não tem ocaso, em direção à plenitude do Mistério Pascal de Jesus Ressuscitado. Também Ela (N. Sra. das Graças), como Cristo, estará connosco todos os dias até ao fim dos tempos. É a Virgem do bom caminho, a Senhora peregrina no tempo, connosco peregrinos na história.

A Senhora exprime o seu grande amor para com os homens, sobretudo, intercedendo por eles junto d'Aquele que é a fonte inesgotável de todas as graças: o seu Divino Filho. Ninguém, mais do que Ela, está em posição de intervir junto d'Ele, de interceder por nós e de nos obter tudo aquilo de que precisamos para sermos autênticas testemunhas do Evangelho. Do Senhor Ressuscitado Paulo diz que "Ele vive junto do Pai intercedendo por nós" (Rom 8,24). Jesus intercede por nós junto do Pai. Maria intercede por nós junto do Filho.

A Mediação de Maria, sublinha ainda João Paulo II, na Encíclica "Redemptoris Mater", tem essencialmente "um caráter de intercessão" (RMt,21). Este poder de intercessão da Virgem Santíssima funda-se na sua maternidade divina. Jesus disse: "pedi e dar-se-vos-á; batei e abrir-se-vos-á". Se a oração cristã, "feita segundo a vontade de Deus" (1Jo 5,14), é sempre eficaz, muito mais deve ser a oração feita por Aquela que é a Mãe de Deus. Como poderia o Filho negar qualquer coisa à sua amadíssima Mãe? Por essa razão, Maria é chamada "l'omnipotentia suplex", Aquela que tudo pode obter com a sua oração de mediação. (...)

A nenhum faz faltar o sustento da sua proteção e o conforto da sua poderosa intercessão. Esta função maternal de Maria em relação aos homens, "de modo algum ofusca ou diminui a única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece" (LG, 60).

A ação mediadora de Maria não afasta, portanto, os homens de Cristo. Pelo contrário, intercedendo por eles, leva-os a Ele como única fonte de todos os bens da salvação; impele-os a incarnar o seu Evangelho, sem dúvidas nem medo, no quotidiano da própria vida.

Não é fácil reconhecer hoje, no meio de tantas vozes ensurdecedoras, a voz do divino Mestre e fazer dela a norma de toda a existência. Também não é simples superar os obstáculos e resistir às tentações que colocam em risco a própria vida cristã.

Pois bem, é a Senhora das Graças que, com a sua maternal solicitude, ilumina os caminhos dos homens com a luz pascal do Senhor Ressuscitado; é Ela que os conduz, quase pela mão, para Aquele no qual o Eterno Pai "nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor" (Ef 1,4); é Ela que em todas as circunstâncias da vida, especialmente nos momentos mais dificeis, nos repete as palavras ditas aos servos nas bodas de Caná: "fazei tudo o que 'Cristo' vos disser".

Fonte Cardeal José Saraiva Martins 

Portugal, 2012
















Procissão da Capela São José de Anchieta para a Capela Nossa Senhora das Graças



terça-feira, novembro 27, 2018

FESTA DE SÃO CONRADO



Jesus foi ao encontro do Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do “Reino”; deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” e de torná-lo uma proposta capaz de renovar e de transformar o mundo. Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi confiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens. 


A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. 

+ Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar, aprender os ensinamentos de Jesus – a partir das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida oferecida por amor. É claro que o mundo do século XXI apresenta, todos os dias, desafios novos; mas os discípulos, formados na escola de Jesus, são convidados a ler os desafios que hoje o mundo coloca, à luz dos ensinamentos de Dele.
+ No dia em que fui batizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A minha vida tem sido coerente com esse compromisso?
+ É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” (esses valores que, muitas vezes, estão em contradição com aquilo que o mundo defende e que o mundo considera serem as prioridades da vida). Com frequência, os discípulos de Jesus são objeto da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com frequência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos,

Não poderão mais parar. Devem ir até aos confins da terra. No seguimento dos Apóstolos, os cristãos não podem instalar-se. A Igreja não pode parar nem fixar-se num momento do tempo, muito menos andar para trás. Não basta olhar para o céu para encontrar solução para os problemas. Acabou a nostalgia do passado. Os cristãos devem ser homens do seu tempo, sem medo das novidades. Jesus lança-nos para lá das nossas rotinas, para que inventemos hoje os meios de tornar compreensível a Boa Nova, como os Apóstolos souberam fazê-lo, ao irem para além da Lei de Moisés. 








































BENÇÃO DO SALÃO PAROQUIAL CÔNEGO DJALMA RODRIGUES DE ANDRADE