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segunda-feira, fevereiro 11, 2019

V DOMINGO DO TEMPO COMUM




Estes pescadores tinham, sem dúvida, ouvido falar de Jesus. O seu ensinamento parecia ter autoridade, mas não era um homem do Lago. Não era Ele que ia dar lições a estes três pescadores experimentados. Então, que se passou? Ele devia inspirar confiança, para que Simão lhe emprestasse a sua barca, fazendo dela lugar de pregação e, mais ainda, para que este mesmo Simão obedecesse à sua ordem, uma ordem insensata: lançar novamente as redes, quando a pesca tinha sido infrutífera toda a noite. Diante da prodigalidade da pesca, Simão lança-se aos pés daquele que reconhece como mestre, enquanto ele mesmo se reconhece como homem pecador. Jesus faz um segundo sinal, um segundo milagre: vai fazer de Pedro um outro homem. De pescador de peixes torna-se pescador de homens, torna-se um homem cheio de confiança. Deixando tudo, como Tiago e João, segue Jesus!


Pedro era um pescador profissional. Conhecia o seu ofício. Aquele dia era um dia “não”, um dia de pesca infrutífera. E chega Jesus, carpinteiro, a dizer-lhe o que fazer, para lançar as redes. A primeira atitude de Simão é, naturalmente, de hesitação. Apesar de tudo, manifesta uma atitude de confiança, ao lançar as redes. A palavra e a personalidade de Jesus inspiraram-lhe alguma confiança. Segundo Lucas, Pedro já tinha tido ocasião para experimentar a presença de Jesus junto da sua sogra, doente com febre. A pesca é verdadeiramente milagrosa. Humanamente, não seria possível! Pedro e os companheiros admitem que este jovem rabino tem poderes sobre-humanos. Pelo menos, é um profeta, um enviado de Deus. Mas para Pedro ficam interrogações: a presença de Deus não acontece no Templo, em Jerusalém, onde são necessários ritos de purificação para se aproximar d’Ele? Daí o grito de Pedro: “afasta-Te de mim, que sou um homem pecador!” Em Jesus, Deus sai do Templo, de todos os templos. Vem caminhar na estrada dos homens. Vem ao encontro dos homens, os pequenos, os pescadores e pecadores, independentemente de qualquer purificação. Será isso o mundo ao contrário? Certamente! Jesus vem colocar o mundo face a Deus, numa relação de amor que suprime todas as barreiras e que suscita infinita confiança. Isso continua a ser verdade hoje!

MISSA COM OS DESABRIGADOS E MORADORES DE 
VILA CANOAS