Nascida
no norte da Itália em 16 de dezembro de 1865, na cidadezinha de Vigolo Vattaro,
Amabile Lúcia Visintainer era a segunda filha do casal Antônio Napoleone
Visintainer e Anna Pianezzer. No ano de 1875, muitos habitantes dessa região
imigraram para o Brasil em busca de melhores condições. Também a família de
Amabile seguiu o caminho da imigração, fixando-se no estado de Santa Catarina,
no sul do Brasil. Quando tinha 22 anos de idade, sua mãe faleceu, colocando a
jovem Amabile na posição de cuidar da casa e dos irmãos mais novos, coisa que
ela fez até o pai contrair novo casamento. Mesmo com todos os afazeres
domésticos, Amabile encontrava tempo para se dedicar à função de catequista na
paróquia e à visita aos doentes. No ano de 1890, com uma amiga – Virgínia Rosa
Nicolodi – começou a cuidar de uma doente de câncer em fase terminal; nessa
ocasião nasce a ideia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada
Conceição. Após a morte da doente, elas se transferem para a cidade de Nova
Trento, e o bispo diocesano as acolhe e aprova canonicamente a nova
Congregação. Amabile faz os votos e recebe o nome de Paulina. Madre Paulina,
como será chamada por todos aqueles que a conheceram, foi eleita pela sua
comunidade a Superiora Geral. No ano de 1903 deixa Nova Trento e ruma para São
Paulo, fixando-se no Bairro do Ipiranga. Aí se dedicará a cuidar de idosos que
haviam sido escravos, de órfãos e das filhas de ex-escravos pobres. No período
que fora Superiora Geral, sua congregação conheceu um rápido florescimento de
vocações: por ocasião de sua morte, havia 45 casas da Congregação espalhadas em
cinco Estados brasileiros. Madre Paulina, com sua vida de dedicação ao próximo
deixou clara a mensagem de total disponibilidade à Igreja e aos mais
necessitados, vivendo em grau heroico as virtudes da Fé, Esperança e Caridade.
Ao morrer, com 76 anos, era grande sua fama de santidade. São João Paulo II a
canonizou no dia 19 de maio de 2002.
Fonte: Aleteia