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segunda-feira, novembro 18, 2019

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM







1 – A normalidade da vida e o fim do mundo

Como sabemos, no final do Ano Litúrgico e início de um novo Ano Litúrgico, a Palavra convida-nos a refletir sobre final dos tempos. A profecia de Malaquias fala do “Dia do Senhor”, que é o dia do julgamento final e, Jesus, no Evangelho, comenta sobre catástrofes naturais e sobre guerras. Um cenário que explica o fim do mundo pela destruição. A finalidade da Palavra, na Liturgia deste penúltimo Domingo do Tempo Comum, é chamar atenção para o fim de todas as coisas: as pedras e a beleza do grandioso Templo de Jerusalém irão desmoronar. Como devemos nos comportar diante disso? A proposta está na 2ª leitura: trabalhando e ganhando o pão cotidiano. Um bom conselho para acordar e assustar os preguiçosos: “quem não quiser trabalhar, não deve comer”. Não esperamos o fim do mundo na preguiça e no medo, mas trabalhando para ter nosso pão cotidiano.



2 – Dois sinais a se prestar atenção

Jesus garante que todas as coisas terão um fim. Nada é eterno, nada durará para sempre nesta terra. Toda criatura e toda a criação seguem o processo natural do envelhecimento e da morte. Por isso, estamos dentro da normalidade em se tratando do fim de tudo. Mesmo assim, Jesus pede atenção a dois fatos: os sinais pavorosos que aparecerão no céu e, atenção para outro sinal: “antes, porém, que estas coisas aconteçam sereis presos e perseguidos...” O detalhe está em “antes, porém, que estas coisas aconteçam...” As perseguições contra os cristãos também são sinais do fim dos tempos. É um sinal importante porque nos coloca diante de uma escolha: continuar no discipulado ou abandoná-lo pelo medo das perseguições. Se os sinais de destruição acontecem fora de nós, a perseguição atinge a vida pessoal exigindo opção pessoal: de que lado ficarei?



3 – Sinais para atemorizar ou para esperançar? 

Como lidamos com isso? Ficamos atemorizados ou favorece o crescimento na esperança. A última frase de Jesus, no Evangelho, é uma Palavra para fazer crescer a esperança: “vós não perdereis um só fio de cabelo de vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”. Não é preciso fugir de casa ou se esconder em algum lugar onde Jesus aparecerá no juízo final, ou viver com a Bíblia debaixo do braço, ou pior ainda, crer numa data do fim do mundo. Nada disso: basta apenas viver na fidelidade ao Evangelho. Jesus não fala no final do mundo para nos atemorizar, mas para chamar atenção e nos preparar para aquela hora. É permanecendo firmes na Palavra, no ensinamento do Evangelho, que ganharemos a vida eterna. Amém!