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terça-feira, janeiro 17, 2023

II DOMINGO DO TEMPO COMUM





Os evangelistas procuram distinguir bem o batismo de Jesus do batismo de João. Não devemos confundi-los. O batismo de Jesus não consiste em submergir seus seguidores nas águas de um rio. Jesus submerge os seus no Espírito Santo. O Evangelho de João o diz de maneira bem clara. Jesus possui a plenitude do Espírito de Deus, e por isso pode comunicar aos seus essa plenitude. A grande novidade de Jesus consiste em ser Ele "o Filho de Deus" que pode "batizar com Espírito Santo".

Este batismo de Jesus não é um banho externo, parecido com o que talvez alguns puderam conhecer nas águas do Jordão. É um "banho interior". A metáfora sugere que Jesus comunica seu Espírito para penetrar, impregnar e transformar o coração das pessoas.

Este Espírito Santo é considerado pelos evangelistas como "Espírito de vida". Por isso, deixar-nos batizar por Jesus significa acolher seu Espírito como fonte de vida nova. Seu Espírito pode potenciar em nós uma relação mais vital com Ele. Pode levar-nos a um novo nível de vida cristã, a uma nova etapa de cristianismo mais fiel a Jesus.

O Espírito de Jesus é "Espírito de verdade" Deixar-nos batizar por Ele é pôr verdade em nosso cristianismo. Não deixar-nos enganar por falsas seguranças. Recuperar sempre de novo nossa identidade irrenunciável de seguidores de Jesus. Abandonar caminhos que nos desviam do Evangelho.

O Espírito de Jesus é "Espírito de amor', capaz de libertar-nos da covardia e do egoísmo de viver pensando só em nossos interesses e nosso bem-estar. Deixar-nos batizar por Ele é abrir-nos ao amor solidário, gratuito e compassivo.

O Espírito de Jesus é "Espírito de conversão" a Deus. Deixar-nos batizar por Ele significa deixar-nos transformar lentamente por Ele. Aprender a viver com seus critérios, suas atitudes, seu coração e sua sensibilidade com aqueles que vivem sofrendo.

O Espírito de Jesus é "Espírito de renovação”. Deixar-nos batizar por Ele é deixar-nos atrair por sua novidade criadora. Ele pode despertar o melhor que há na Igreja e dar-lhe um "coração novo", com maior capacidade de ser fiel ao Evangelho.