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sexta-feira, novembro 29, 2024

PREPARAÇÃO DA FESTA DE SÃO CONRADO DE CONSTANÇA










Evangelho de hoje nos apresenta palavras de Jesus que, à primeira vista, podem nos parecer sombrias. Ele fala da destruição de Jerusalém, de calamidades e sinais no céu, e de um futuro marcado por angústia e medo. Mas, no meio dessas palavras que descrevem o caos, Jesus nos entrega uma mensagem de esperança: “Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”

Este é o coração do Evangelho de hoje: mesmo em meio às trevas e às tribulações, a luz de Cristo brilha, apontando para a vitória final do Reino de Deus.

Jesus começa falando da destruição de Jerusalém, que seria cercada e devastada por exércitos inimigos. Este evento histórico realmente aconteceu no ano 70 d.C., quando a cidade foi arrasada pelos romanos. Mas as palavras de Jesus vão além de um fato específico. Jerusalém representa para nós aquilo em que, muitas vezes, depositamos nossa confiança: segurança material, estruturas humanas, riquezas e conquistas.

Jesus nos alerta que nada disso é permanente. Assim como Jerusalém foi destruída, tudo neste mundo é passageiro. Por isso, Ele nos chama a não construir nossas vidas sobre alicerces frágeis, mas sobre o que é eterno: o amor de Deus e a esperança na vida eterna.

Jesus fala de sinais no céu e na terra, de nações angustiadas, de pessoas desmaiando de medo diante do que está por vir. Essas imagens são fortes e podem nos assustar. Mas, atenção: o objetivo de Jesus não é nos paralisar pelo medo, mas nos despertar para a vigilância e para a confiança.

Esses sinais nos lembram que o mundo, em sua forma atual, está destinado a passar. As forças que parecem inabaláveis serão abaladas. Mas para os que confiam em Cristo, isso não é o fim, mas o começo de algo novo e glorioso.

No meio de tudo isso, Jesus nos dá a promessa que transforma nossa visão: “Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória.” Este é o ponto central da nossa fé. Jesus, que sofreu e morreu por nós, voltará em glória para estabelecer definitivamente o Reino de Deus.

Para os que esperam em Cristo, este é o momento da libertação, da vitória, da vida eterna. É a certeza de que toda dor, toda injustiça e todo sofrimento terão fim. Por isso, em vez de desespero, Jesus nos convida a “levantar e erguer a cabeça”. A libertação está próxima! A vitória não pertence ao caos, mas a Cristo.

O Evangelho de hoje nos desafia a refletir: como estamos vivendo diante dessas verdades? Estamos preparados para o momento em que o Filho do Homem voltará? Ou estamos tão distraídos com as preocupações do mundo que esquecemos da eternidade?









terça-feira, novembro 26, 2024

CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO DO CRISMA

 






O sacramento da Confirmação (ou crisma), em comparação com os demais, parece carecer de uma especificidade, de uma finalidade. Basta observar os outros seis Sacramentos para perceber essa aparente falta de sentido.

Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, III Parte, na Questão nº 72, artigo 5, diz o seguinte: "Como o batismo é uma geração espiritual para a vida cristã, assim a confirmação é um crescimento espiritual que faz o homem avançar até a idade perfeita espiritual". Trata-se, portanto, de um crescimento e é por isso que na lista dos sete sacramentos, a crisma está em segundo lugar, não em ordem de importância, mas segundo a natureza.

Existe diferença entre uma pessoa que foi apenas batizada e outra que já recebeu a crisma. Santo Tomás diz que "o sacramento dá confirmação dá ao homem um poder espiritual para determinadas outras ações sagradas, além daquelas para as quais o batismo o qualifica." Deste modo, ao ser batizado, o homem recebe um poder e, ao ser crismado, recebe um poder ainda maior.

"Pois no batismo o homem recebe o poder de realizar o que concerne à salvação pessoal, enquanto vive para si mesmo: mas na confirmação recebe o poder de realizar o que concerne ao combate espiritual contra os inimigos da fé." O poder do sacramento da confirmação confere ao homem uma missão pública, voltada para o outro, para a Igreja.

Finalizando a resposta, Santo Tomás diz: "Como se patenteia pelo exemplo dos apóstolos que, antes de receberem a plenitude do Espírito Santo, estavam no cenáculo "assíduos na oração"; depois, porém, saíram e não temiam confessar a fé publicamente, mesmo diante dos inimigos da fé cristã. Assim, é patente que o sacramento da confirmação imprime caráter." A Confirmação faz com que a pessoa se torne um cristão público, com coragem para enfrentar os principais inimigos da fé: a carne, o mundo e o diabo.

A Crisma dá ao soldado de Cristo mais recursos para enfrentar o inimigo. Santo Tomás afirma que "o combate espiritual contra os inimigos invisíveis cabe a todos. Mas a luta contra os inimigos visíveis, isto é, contra os perseguidores da fé, pela confissão do nome de Cristo, é própria dos confirmados que já chegaram espiritualmente à idade viril."

O Catecismo da Igreja Católica cita este mesmo ensinamento de Santo Tomás para falar da Confirmação. Ele diz no número 1305:

"deve-se dizer que todos os sacramentos são declarações de fé. Mas o batizado recebe o poder espiritual de confessar a fé em Cristo pela recepção dos demais sacramentos; o confirmado, porém, recebe, como por dever de ofício, o poder de professá-la com palavras, publicamente."

Quem recebe o sacramento da Confirmação deve, portanto, professar a fé publicamente. Eis aqui a diferença entre um batizado e um confirmado. A crisma é um verdadeiro Pentecostes para o fiel cristão, pois ela o introduz na vida pública. O Espírito Santo é justamente o auxílio que vem do alto, dando a força necessária para que a pessoa se torne um soldado da estirpe de Cristo.



















segunda-feira, novembro 18, 2024

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM









O Evangelho que acabamos de ouvir é, ao mesmo tempo, um alerta e uma promessa. Jesus nos fala de eventos cósmicos, tribulações e da gloriosa vinda do Filho do Homem. Palavras que nos deixam atônitos, mas também cheias de esperança. Não são palavras de medo, mas de preparação e confiança.

 

O drama do fim: sinais no céu e na terra

Jesus descreve um cenário dramático: o sol se escurece, a lua perde seu brilho, estrelas caem do céu. Essas imagens não são literais; são símbolos de uma transformação profunda. Elas nos falam de como o Reino de Deus não é apenas uma renovação, mas uma revolução total. Tudo aquilo que parecia permanente — como o sol e a lua — será abalado. Jesus nos mostra que o que é terreno e material tem fim. Mas Ele também nos diz que a sua Palavra é eterna.

E isso é um conforto. Porque, quando o mundo parece desabar, quando as tribulações nos cercam, é em Cristo que encontramos estabilidade. Sua promessa não falha

 

A vinda do Filho do Homem

Depois de descrever o caos, Jesus nos dá a visão mais gloriosa: “vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória.” Que cena grandiosa! Essa imagem de Jesus vindo nas nuvens nos lembra que Ele é o Rei, o Senhor do Universo. Ele virá para reunir os eleitos, para restaurar todas as coisas.

Mas atenção! Essa vinda não é um momento para especular. Jesus deixa claro: ninguém sabe o dia ou a hora, nem mesmo os anjos. Por isso, o foco não está em “quando” Ele virá, mas em como estamos vivendo enquanto esperamos. Estamos prontos para recebê-Lo? Estamos vivendo como Ele nos ensinou?


terça-feira, novembro 05, 2024

DIA DE TODOS OS SANTOS






Para além das imagens que podem suscitar uma boa interpretação teológica, a primeira leitura retirada do Livro do Apocalipse (Ap.7,2-4.9-14), nos apresenta a esperança concretizada. João vê a santidade que foi plantada, regada, frutificada e colhida ao longo da história da salvação. As situações concretas da vida cotidiana são, às vezes, carregadas de sofrimento. Feliz é quem permanece fiel em momentos de angústia, de perseguição e crise. Em linguagem apocalíptica, feliz é quem alveja suas vestes no sangue do Cordeiro. Essa expressão significa assumir a veste nova do batismo em situação de perseguição, sofrimento e martírio, a ponto de se identificar com o Cristo crucificado. Os santos são aqueles cuja consciência de pertença a Cristo é tão forte, que os leva a tudo realizar por amor a Deus. O que alimenta as suas ações é o amor; o mesmo amor oblativo que moveu Jesus Cristo na oferta da própria vida na cruz. Os membros desta inumerável multidão não estão mortos, mas vivos. Não são membros de um grupo fechado e elitista.

            Por isto, na segunda leitura (1Jo 3,1-3), ao escrever para uma de suas comunidades, o mesmo São João, lembra aos seus membros e fiéis que pela filiação divina todos recebemos o mesmo chamado. Deus no seu infinito amor, por meio de seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, nos acolheu como filhos! Somo filhos no Filho. Assim entendemos que a santidade consiste em vivermos como filhos e filhas de Deus. Pelo batismo que nos foi dado, recebemos a graça de sermos seus filhos adotivos; chamados a participar da glória eterna. O chamado de revelar ao mundo a santidade de Deus através de nossa própria santificação. Para João, se Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos, não nos pode abandonar. Por isto, em Jesus e na sua Ressurreição, contemplamos já o futuro de todos que pertencem à família divina: seremos semelhantes a Ele.

            Mas como alcançar a santidade?  As bem-aventuranças apresentadas hoje no Evangelho (Mt. 5,1-12) são como que um programa a ser seguido para quem almeja alcançar a coroa da santidade. Elas são um caminho de santidade que sintetiza o rosto do testemunho e do testamento espiritual do próprio Jesus de Nazaré. Cristo é a fonte da santidade dos cristãos. As Bem-aventuranças foram primeiramente vividas por Jesus e, por isso, Ele se tornou o critério pelo qual discernimos se estamos vivendo ou não de acordo com a vontade de Deus. As Bem-aventuranças representam uma vida ética que, quando vivida com seriedade, é capaz de renovar as pessoas e transformar a sociedade, como o demonstra a vida de todos os santos.

            Viver a santidade ou a bem-aventurança é um desafio para almas fortes e generosas. Afinal não é fácil ser pobre em espírito e no coração em um mundo que glorifica o poder, o ter e o domínio sobre os outros. Ser manso em um mundo agressivo e violento; ter e manter o coração puro diante da corrupção e da ganância, buscar alcançar a paz enquanto tanto no mundo declaram a guerra.

            Contudo, contrariamente àquilo que encontramos nas biografias embelezadas por acontecimentos místicos e sobrenaturais, os santos não foram perfeitos. Os santos foram pessoas em caminhada em direção à perfeição que se completa ao se alcançar “a maturidade, a estatura de Cristo em plenitude” (cf: Ef. 4,13).  São e foram peregrinos da vida quotidiana, a maior parte deles realizou feitos heroicos ou prodígios. Com certeza temos alguns que produziram realizações espetaculares na história da Igreja. Mas muitos outros, e podemos dizer na sua maioria, são os santos da simplicidade e vida discreta que viveram a santidade a partir de sua vida em família e nos limites de sua própria vida de fé e que faleceram na discrição da santidade conhecida apenas por Deus. Mas todos unanimemente apresentam um rosto com traços de Cristo. Encontramos em cada um dos santos e santas um mesmo perfil: Vidas que deixaram-se formar, modelar e se transformar por Cristo.

 

1)   A multidão , da Primeira Leiurua , somos nós

2)   Confirmado na Segunda leitura

3)   A santidade de vida se dá no dia a dia








segunda-feira, novembro 04, 2024

DIA DE FINADOS










Queridos irmãos e irmãs, estamos hoje aqui reunidos para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, o dia em que lembramos daqueles que partiram, nossos entes queridos, amigos e irmãos na fé. E neste dia, o Evangelho nos traz as palavras de Jesus sobre a vigilância, sobre a espera e a preparação. É uma passagem que nos fala de prontidão e de esperança, duas atitudes que o cristão deve cultivar com o coração cheio de amor.

Jesus começa com uma imagem muito clara: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” Ora, ele nos pede que estejamos sempre prontos, cingidos, como aqueles que esperam para partir, como quem está preparado para a viagem. Ele nos diz que devemos ter nossas lâmpadas acesas. Mas o que significa essa luz que devemos manter acesa? É a nossa fé, irmãos! A luz que Jesus nos pede para manter acesa é a chama da fé, que nos permite enxergar a vida além da morte, que nos ajuda a ver com os olhos da esperança.

 

Jesus continua com outra imagem poderosa: a de um senhor que volta de uma festa de casamento e encontra seus empregados acordados, prontos para lhe abrir a porta. E ele diz: “Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.” Isso é mais do que uma advertência; é uma promessa. Jesus diz que esses empregados serão servidos pelo próprio senhor. Imaginem só! Um senhor que serve seus empregados? Isso é uma imagem de amor e humildade, e é exatamente assim que Deus nos acolhe na eternidade.

 

Quando lembramos nossos fiéis defuntos, pensamos neles como esses servos fiéis que esperaram com as lâmpadas acesas. Eles viveram suas vidas na fé e na esperança, e agora descansam no Senhor. Eles nos mostram que a vida aqui é apenas uma parte da jornada. A morte, que para muitos parece o fim, é na verdade o momento em que o senhor chega e bate à nossa porta para nos levar para a festa eterna.

 

Mas, como Jesus nos alerta, “o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes.” Essa é uma verdade que às vezes preferimos não pensar. Quem sabe o dia ou a hora? Não sabemos, e essa incerteza nos desafia a viver cada dia como um presente, a aproveitar cada oportunidade de amar, de perdoar, de servir. A vida é breve, e é justamente essa brevidade que a torna tão preciosa.

 

Hoje, ao lembrarmos dos que já se foram, estamos também refletindo sobre a nossa própria vida. Jesus nos chama a viver de forma vigilante, a estar prontos, a ser luz para o mundo enquanto estivermos aqui. Porque, assim como eles partiram, também um dia nós partiremos, e então o Senhor baterá à nossa porta. Que ele nos encontre com as lâmpadas acesas e o coração cheio de amor.

 

Portanto, irmãos, não vivamos como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Não deixemos para depois o amor que podemos dar agora, o perdão que podemos oferecer, a palavra de conforto que podemos dizer. Porque, como nos ensina este Evangelho, é na simplicidade da espera, no pequeno gesto de acender uma lâmpada, que demonstramos nossa fé.

 

Que neste Dia de Finados possamos recordar com carinho aqueles que partiram, confiantes de que eles já estão à mesa com o Senhor, sendo servidos pelo próprio Deus, que os acolheu com amor. E que possamos nós também, em nossa caminhada, manter as lâmpadas acesas, preparados, esperando a hora de nos encontrarmos com Ele, cheios de esperança. Amém.










segunda-feira, setembro 23, 2024

OS OBJETIVOS DA VISITA PASTORAL








OS OBJETIVOS DA VISITA PASTORAL PODEM SER ASSIM DEFINIDOS:

 

Reavivar a comunhão eclesial, o compromisso missionário e a corresponsabilidade pastoral em nossa Arquidiocese;

2. Avaliar a caminhada à luz das orientações, diretrizes, prioridades e projetos pastorais de nossa Arquediocese;

3. Estimular os presbíteros, diáconos e religiosos(as), bem como os cristãos leigos e leigas a assumir a “pastoral de conjunto”, em clima de verdadeira comunhão e participação;

4. Fomentar diálogo com lideranças, organizações e movimentos da sociedade civil. Para que a Visita Pastoral produza os frutos desejados, é preciso que ela seja bem preparada, com a devida antecedência.

A Visita Pastoral é um momento propício para maior encontro e convivência do Bispo com o Pároco. Sejam aproveitados todos os momentos para o contato pessoal e fraterno do Pastor com os outros Presbíteros, Diáconos e Religiosos(as) onde houver; Além das celebrações litúrgicas, devem constar do programa:

Encontro Paroquial com a participação do Conselho Pastoral Paroquial, conselhos das comunidades, equipes de serviço, ministros, pastorais específicas, movimentos apostólicos, associações religiosas e outras entidades eclesiais;

Reunião com o Conselho Econômico Paroquial, para a qual podem também ser convidadas as pessoas ou equipes encarregadas pelas finanças e os responsáveis pelo dízimo das comunidades;

Visita às dependências da Paróquia e à secretaria paroquial para o exame dos livros e arquivos. Fica a critério do Pároco, com o Conselho Paroquial, a programação de encontros (por exemplo, com autoridades, lideranças), ou visitas a lugares, pessoas ou ambientes (Prefeitura, Câmara, Fórum, presídio, hospitais, escolas, fábricas, bairros carentes) ou contatos com alguma experiência pastoral significativa, de acordo com a realidade de cada Paróquia, mediante prévio entendimento com o Bispo.

A Visita Pastoral deve ser um evento marcante na vida da Paróquia e da localidade, como uma das formas privilegiadas de presença pública da Igreja. É recomendável que o encerramento da Visita Pastoral seja com uma grande celebração, envolvendo, sempre que possível, as várias comunidades da Paróquia. Ao final, apresente-se ao Bispo o livro de tombo da Paróquia a fim de que aí seja lavrado o termo da Visita Pastoral.

Após a visita, o Conselho Pastoral Paroquial faça uma avaliação de sua preparação e realização e procure encaminhar as orientações deixadas pelo Bispo. Essa avaliação deverá ser enviada ao Bispo, após a Visita Pastoral. Antes de ser publicado, o programa da Visita Pastoral deve ser submetido à apreciação do Bispo.

 

Fonte: Diocese de São João Del Rei






















quinta-feira, setembro 12, 2024

SANTÍSSIMO NOME DE MARIA










Santíssimo Nome de Maria, Festa do Santo Nome de Maria, ou simplesmente Santo Nome de Maria, é uma festa da Igreja Católica que se celebra no dia 12 de setembro. Foi instituída como festa universal pelo Bendito Papa Inocêncio XI para comemorar a vitória sobre os turcos na Batalha de Viena em 1683. A festa celebra o nome de Maria, mãe de Jesus. Lembro-me bem das festas celebradas em Roma no dia 12 de setembro, numa das duas igrejas gêmeas no Fórum de Trajano que é dedicada ao nome de Maria, e o meu coração se enche de saudade dessas festas.

Inicialmente a festa do Santíssimo Nome de Maria era apenas realizada em Cuenca, na Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro, entretanto em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro.

O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666 os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Posteriormente, em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha. Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria e estendeu a festa para toda a Igreja.

Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz “MERY” que na língua egípcia significa mui amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas, a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Mar amargo, Gota do mar; Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado do nome, mas o que se tornou a partir do momento em que a “Mãe do Redentor” o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre em todas as necessidades.

 


O nome de Maria é um nome de grande força.


O nome de Maria é um nome salvador, sobretudo nos perigos. É também um nome de consolação e de alegria, pois ele dissipa a tristeza na alma que o pronuncia. Pensai em Maria e invocai o seu nome, e não tereis receio de levantar os olhos diante dos vossos semelhantes. Pensai em Maria e invocai seu nome, e sereis aliviado. Temes a morte que rompe e põe fim a tudo? Pensai em Maria e invocai seu nome, e tereis coragem de aceitar esse supremo sacrifício.

O nome de Maria é um nome de grande força. Quaisquer que sejam os inimigos que vos ameaçam, venham eles do Inferno, como o demônio que vos tenta; ou venham do mundo, como os adversários que vos perseguem, invocai o poderoso nome de Maria e a todos vencereis. Quaisquer que sejam vossas próprias fraquezas, provenham elas do orgulho, da inveja, da sensualidade ou da preguiça, confiai vosso coração à solicitude da Virgem, invocai o poderoso nome de Maria, e vos vencereis a vós mesmos.

“Feliz, feliz aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe dulcíssima” – exclamava o redentorista Santo Afonso de Ligório. Também São João Berchmans, da Companhia de Jesus, sempre dizia: “Se amo a Maria, estou certo da minha perseverança e de Deus obtenho tudo o que quiser“.

Maria também é minha Mãe e eu quero amá-la sempre. Ave Maria!

 

Fonte: a12.com


terça-feira, setembro 10, 2024

MISSA DE 7º DIA PELA ALMA DO PADRE DJALMA










O padre é “um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina. Oh como é grande o padre! (…) Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. (…) Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia. Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Quem O colocou ali naquele sacrário? O sacerdote. Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. E se esta alma chega a morrer (pelo pecado), quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a serenidade e a paz? Ainda o sacerdote. Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a Terra, morreríamos: não de susto, mas de amor. (…) Sem o padre, a morte e a paixão de Nosso Senhor não teria servido para nada. É o padre que continua a obra da Redenção sobre a Terra (…) Que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, se não houvesse ninguém para nos abrir a porta? O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens (…) Deixai uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas. (…) O padre não é padre para si mesmo, é o para vós”.

 

Ser padre é expressão de uma convocação particular para uma missão específica a serviço do Povo de Deus. A vocação presbiteral não é mérito pessoal, mas escolha do Senhor: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu é que vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto” (Jo 15,16).

 

Os padres não são padres porque são melhores, mais virtuosos que outros batizados, mas porque escolhidos pelo Senhor para uma missão específica: testemunhar e anunciar o Evangelho. O homem ordenado para o ministério sacerdotal se empenha em viver segundo a forma da Santa Igreja.

 

Reconhecemos e agradecemos a dedicação Mons Djalma  durante 20 anos como Pároco da Paróquia de São Conrado de Constança (1983-2003)

 

 

Padre Marcos Belizário Ferreira

 

Pároco da Paróquia de São Conrado de Constança

 

 

 

Fonte: texto Dom Jaime Spengler

 

Arcebispo de Porto Alegre









quinta-feira, setembro 05, 2024

RECORDANDO HOMENAGEM AO PADRE DJALMA






Jesus foi ao encontro do Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do “Reino”; deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” e de torná-lo uma proposta capaz de renovar e de transformar o mundo. Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi confiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens.

A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo.

+ Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar, aprender os ensinamentos de Jesus – a partir das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida oferecida por amor. É claro que o mundo do século XXI apresenta, todos os dias, desafios novos; mas os discípulos, formados na escola de Jesus, são convidados a ler os desafios que hoje o mundo coloca, à luz dos ensinamentos de Dele.

+ No dia em que fui batizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A minha vida tem sido coerente com esse compromisso?

+ É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” (esses valores que, muitas vezes, estão em contradição com aquilo que o mundo defende e que o mundo considera serem as prioridades da vida). Com frequência, os discípulos de Jesus são objeto da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com frequência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos,

Não poderão mais parar. Devem ir até aos confins da terra. No seguimento dos Apóstolos, os cristãos não podem instalar-se. A Igreja não pode parar nem fixar-se num momento do tempo, muito menos andar para trás. Não basta olhar para o céu para encontrar solução para os problemas. Acabou a nostalgia do passado. Os cristãos devem ser homens do seu tempo, sem medo das novidades. Jesus lança-nos para lá das nossas rotinas, para que inventemos hoje os meios de tornar compreensível a Boa Nova, como os Apóstolos souberam fazê-lo, ao irem para além da Lei de Moisés.