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domingo, dezembro 16, 2012

“ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR!” - III DOMINGO DO ADVENTO "GAUDETE"


“O SENHOR TEU DEUS ESTÁ NO MEIO DE TI, COMO PODEROSO SALVADOR. POR CAUSA DE TI, ELE ENCHE-SE DE JÚBILO, RENOVA-TE COM O SEU AMOR, EXULTA DE ALEGRIA POR TUA CAUSA, COMO NOS DIAS DE FESTA”.

Magnífico hino de júbilo a Sião, um cântico de esperança de salvação dirigido ao “resto” (cf. v. 13) que pela sua fidelidade sobreviverá às tremendas calamidades que o profeta anuncia.
MISSA NO CONDOMINIO VILLAGE 
EM SÃO CONRADO 
DIA 15 DE DEZEMBRO 2012
Uma leitura cristã (lectio divina) do belíssimo texto enquadra-se às mil maravilhas nesta quadra litúrgica; por um lado, condiz com o tom de alegria deste Domingo, por outro, faz pensar nas palavras de Gabriel à Virgem Maria (cf. Lc 1, 28.30.48); daí que condiz bem com este texto a tradução da saudação angélica “avé!” por “alegra-te!”.
“Alegrai-vos sempre no Senhor”. A alegria é uma nota típica desta epístola (cf. 1, 3.18.25; 2, 2.17.18.28-29; 3, 1; 4, 1.10) 

e da vida do cristão. É uma virtude para viver “sempre”, pois não tem o seu fundamento em nada de efêmero, mas “no Senhor”, na certeza de que Deus é Pai providente, que “está próximo” – “no meio de ti” (cf. 1ª leitura); é uma alegria sobrenatural.

O fundamento desta alegria. “O Senhor, Rei de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal.”

A alegria que devemos buscar fundamenta-se na nossa filiação divina. O Senhor libertou-me. Compete-me agora aceitar jubilosamente este dom que Ele me oferece.

O filho pródigo é um exemplo claro de como devemos procurar esta alegria. O filho mais novo da Parábola procurou-a na libertinagem dos sentidos, começando por se afastar da casa paterna. Mas à medida que o tempo passa, ele começa a perceber que só tem duas alternativas: regressar aos braços do Pai ou morrer de fome, de tristeza e no abandono.
MISSA NO CONDOMINIO 
VILLAGE EM SÃO CONRADO 
DIA 15 DE DEZEMBRO 2012
A esta certeza da fé há de juntar-se – para que a alegria se torne efetiva – um esforço pessoal generoso para corresponder ao Amor do Pai. A filiação divina foi-nos dada sem qualquer merecimento da nossa parte; o esforço generoso é confiado a cada um de nós.

Neste sentido, podemos dizer que a alegria está dentro de nós, porque é a presença misteriosa do Senhor que a torna possível.
À medida que se arrebata Deus do coração das pessoas, vai-se eclipsando a tristeza, porque, sem Ele, não há verdadeira alegria possível.

Ela deve ser reconquistada diariamente num esforço pela conversão pessoal, indispensável para que nos aproximemos d’Ele.
O apelo à alegria tem como alicerce esta certeza da fé: Deus ama-nos e reside no meio de nós com uma proposta de salvação e de felicidade para todos os que O acolhem. Esta verdade provoca uma imensa alegria no coração dos crentes.

Damos sempre – na família, no trabalho e na convivência social – testemunho dessa alegria? Ou deixamo-nos levar por um tom pessimista ao falar das dificuldades com que nos enfrentamos?

Será que as nossas comunidades – a família, a paróquia, o mudo de trabalho em que nos movemos –são espaços onde se nota a alegria pelo amor e pela presença de Deus?
 presbiteros.com.br


PAPA BENTO XVI HOMILIA DO DOMINGO GAUDETE
“A ALEGRIA QUE É PROMETIDA NO TEXTO PROFÉTICO CHEGA A SEU TERMO EM JESUS, QUE NO VENTRE DE MARIA, A FILHA DE SIÃO, VEM HABITAR EM MEIO A NÓS.”

Na segunda leitura, Bento XVI destaca a necessidade de nos alegrarmos pela proximidade de Deus, “que veio a nós e quer compartilhar conosco a nossa condição humana”. E, citando o apóstolo Paulo, afirma que a única coisa que pode nos separar do amor de Deus é o pecado: 

“Somente o pecado nos afasta de Deus, mas isto é um fator de separação que nós mesmos introduzimos na nossa relação com Deus. Porém, mesmo quando nós nos afastamos, Ele não deixa de nos amar e continua a ser próximo com a sua misericórdia, com a sua disponibilidade em perdoar e a nos acolher no seu amor. 
Por isto, não devemos nunca nos angustiar, pois podemos sempre expor ao Senhor nossas angústias, nosso pedidos e necessidades, as nossas preocupações, acompanhadas de orações e súplicas. E isto já é um grande motivo de alegria.” E isto deve ser feito sempre acompanhado do agradecimento”, frisa o Santo Padre.
Papa bento xvi em visita pastoral à Paróquia romana de São Patrício, no bairro Colle Prenestino, na periferia de Roma, para celebração da Missa do Terceiro Domingo do Advento.
Ressaltando a necessidade da acolhida e gratidão a Deus pelos dons recebidos, diz o Santo Padre: “quem acolhe os dons de Deus de modo egoísta, não encontra a verdadeira alegria; por outro lado, quem acolhe os dons de Deus, os dons recebidos para amá-lO com sincera gratidão e para comunicar aos outros o seu amor, estes tem o coração verdadeiro e pleno de alegria”.
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