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quarta-feira, maio 07, 2014

"MISSIONARIEDADE E A CARIDADE FAZEM PARTE DA NATUREZA DA IGREJA E A FORÇA DOS MÁRTIRES VEM DO ESPÍRITO E DA VISÃO DE JESUS"

MISSIONÁRIOS E MISSIONÁRIAS QUE, MOVIDOS UNICAMENTE PELA FÉ “ANUNCIARAM O EVANGELHO, LEVARAM EDUCAÇÃO, SAÚDE, ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E CIDADANIA"


O arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani, presidiu a celebração eucarística da manhã de terça-feira, 6 de maio, que foi concelebrada pelos bispos das dioceses que estão na área da chamada Amazônia Legal.

Ao retomar o relato do martírio de Santo Estevão, que está na primeira leitura da liturgia de hoje, dom Sérgio destacou que este foi o primeiro de uma longa lista de mártires cristãos. “É uma realidade sempre atual, assim como a missionariedade e a caridade fazem parte da natureza da Igreja e a força dos mártires vem do Espírito e da visão de Jesus”, disse.
O arcebispo recordou a promessa de Cristo, que dá o Pão da vida. “O convite da Páscoa, tempo em que encontramos o Cristo Ressuscitado, é que nos deixemos conduzir pelo Espírito, e O anunciemos aos homens e mulheres de hoje, com o testemunho, o diálogo e a doação da vida se for preciso. Somos enviados a anunciar a misericórdia de Deus, que ressuscitou Jesus entre os mortos, e isso fazemos servindo a todos”. 
Ele recordou a memória dos missionários e missionárias que, movidos unicamente pela fé, doaram a sua vida pela missão da Igreja na Amazônia. “Anunciaram o Evangelho, levaram educação, saúde, organização política, cidadania”, lembrou. O arcebispo recordou que esta ação só foi possível porque estes homens e mulheres se deixaram conduzir pelo Espírito Santo, especialmente “numa região em que o sopro do Espírito pode ser sentido quase que fisicamente, na exuberância da Criação”.

NA TARDE DESTA QUARTA-FEIRA (07) OS BISPOS DOM EDUARDO PINHEIRO, DOM ENEMÉSIO LAZZARIS E O CARDEAL DOM ORANI JOÃO TEMPESTA ATENDERAM A IMPRENSA PRESENTE NA COBERTURA DA 52ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB E FALARAM SOBRE A APROVAÇÃO DO DIRETÓRIO DE COMUNICAÇÃO, O RUMOS DA JUVENTUDE APÓS A JMJ E A QUESTÃO AGRÁRIA.

O Cardeal Dom Orani, Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), contou sobre a trajetória do Diretório de Comunicação até a sua aprovação em março passado.
“O diretório nasceu em uma das assembleias dos bispos, de uma preocupação principalmente com relação às transmissões de ações litúrgicas. Fiz uma proposta a partir do conhecimento da existência desse diretório em outras línguas e foi aceita pelos bispos. Foram muitas mudanças, foi muito difícil, pois quando chegávamos a um texto muitas questões já haviam mudado”, relata.
Para o cardeal o documento é um estudo que interessa aos comunicadores que trabalham não só em meios católicos, mas a todos.
“O Diretório interessa muito aos que trabalham na comunicação católica, mas também a todos pesquisadores, comunicadores porque é uma opinião da Igreja sobre a comunicação, um documento da CNBB sobre a comunicação depois do Concílio Vaticano II”, destaca.

Sobre a avaliação da Jornada Mundial da Juventude, Dom Orani que esteve em Roma no Domingo de Ramos para a passagem dos símbolos da JMJ aos poloneses, disse que ouviu uma boa avaliação do encontro mundial da juventude realizado no Brasil.
“A nossa avaliação foi muito positiva, escutamos muitos representantes de dioceses de diversos países que nos disseram como os jovens voltaram entusiasmados para seus países, suas dioceses”, contou.
Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude também falou dos rumos da juventude com o balanço da JMJ.
O bispo fez uma ponderação sobre o antes, o durante, o pós JMJ e como os jovens protagonizaram e renderam frutos.
“Antes tivemos a peregrinação dos símbolos na maioria das dioceses, momento em que os jovens se mobilizaram, se organizaram. Durante a JMJ e até uma semana antes tivemos a semana missionária em que muitas dioceses receberam peregrinos, um momento de intercâmbio, respeito e que fez com que os jovens saíssem muito entusiasmados para a JMJ”.
Para os rumos da juventude Dom Eduardo falou do encontro de revitalização da pastoral juvenil que aconteceu depois da JMJ.
“No encontro tivemos 8 conclusões, mas destaco 3 delas a missão, a assessoria e o setor diocesano. A missão de despertar no jovem esse ardor missionário, não só missão na Igreja, mas também na sociedade. 
Dom Eduardo destacando a questão da missão do Jovem falou da abertura das inscrições para o projeto Missão Jovem na Amazônia que abriu o cadastro na última segunda-feira (05) com 70 vagas e já recebeu até hoje (07) 2131 inscrições e mais de 130 mil visualizações na página “Jovens Conectados”.
“Isso é só para ter uma ideia da vibração dos jovens que vai além do que conseguimos imaginar”, finalizou.

O desejo dos jovens de participar de uma atividade missionária está se tornando realidade.
 No mês de dezembro, aproximadamente 60 jovens selecionados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participarão da 1ª Missão Jovem na Amazônia. A iniciativa é organizada por quatro comissões da Conferência (Juventude, Amazônia, Ação Missionária e Missão Continental) e pelas Pontifícias Obras Missionárias.

“É interessante perceber como tudo isso começou. Numa reunião de preparação da Jornada Mundial da Juventude, os próprios jovens apresentaram o desejo de participar de uma experiência missionária”, conta o presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, cardeal Cláudio Hummes. A proposta foi acolhida pelos bispos no primeiro Encontro da Igreja na Amazônia Legal, realizado em outubro de 2013.
As dioceses de Roraima (RR), Coari, Borba e Parintins (AM) foram escolhidas para acolher os jovens nesta primeira edição do projeto, que será realizado em dezembro próximo. “Essa experiência missionária fará com que os jovens se sintam protagonistas da missão, pois eles mesmos serão os missionários”, avalia dom Cláudio.
Os jovens interessados em participar deverão ter entre 18 e 35 anos e poderão fazer a sua inscrição no site www.jovensconectados.org.br “O Papa Francisco deu este estímulo muito grande aos jovens, mas lembrou que este não deve ser um belo passeio, mas que devem ir para servir”, recordou o cardeal. A experiência missionária terá duração de dez dias, precedida de um período de três dias de formação em Manaus (AM). Após a missão, haverá também um encontro de avaliação, realizado na mesma cidade. Cardeal Cláudio Hummes

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