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quarta-feira, julho 09, 2014

DOIS ANOS DE FALECIMENTO DE DOM EUGÊNIO DE ARAUJO SALES

DOM EUGÊNIO ERA A EXPRESSÃO DE FIDELIDADE A DEUS, À IGREJA, AO PAPA, ÀS AMIZADES, AOS COMPROMISSOS ASSUMIDOS, À FÉ PROFESSADA, AOS PRINCÍPIOS MORAIS, À LITURGIA, À DISCIPLINA CANÔNICA, AOS HORÁRIOS, À ORIENTAÇÃO DOS MÉDICOS...

Dom Eugênio é uma verdadeira página da história da Igreja no Brasil. Seu caminho de vida percorrido como padre e bispo está associado aos marcos do trajeto feito pela comunidade dos discípulos missionários de Cristo neste país. Dom Leonardo Ulrich Steiner
Dom Eugenio deixou uma marca que nunca poderá ser tirada tanto na história do Brasil como na Arquidiocese e em toda a vida cristã” Dom Orani João Cardeal Tempesta

“Dom Eugenio foi um homem de Deus. Ele tinha um relacionamento profundo com Cristo, uma fidelidade imensa à Igreja e um grande amor aos pobres. Lutava pelos fracos e perseguidos, e defendia a justiça.” Dom Karl Josef Romer
CONHEÇA UM POUCO DE SUA HISTÓRIA:
Nascido em 8 de novembro de 1920, em Acari (RN), o cardeal teve o nome entre os candidatos a Papa depois da morte de João Paulo I. Conhecido como o homem do Vaticano no Brasil durante os 30 anos em que esteve à frente da Arquidiocese do Rio, o cardeal continuou sendo querido pelo Papa, mesmo afastado das funções eclesiásticas no estado fazia quase uma década. 
O arcebispo emérito do Rio chegou a ser surpreendido, às vésperas de completar 90 anos, por uma carta de felicitações assinada por Bento XVI. Para Dom Eugenio, o documento não foi sinal de prestígio, mas o reconhecimento de uma vida dedicada à fé.
Em 67 anos de vida dedicada à Igreja, o cardeal foi chamado de líder conservador por ter no início do sacerdócio, ajudado a criar os primeiros sindicatos rurais no Rio Grande do Norte. Um capítulo importante da vida de Dom Eugênio remonta à ditadura, quando atuou de maneira silenciosa, abrigando no Rio mais de quatro mil pessoas perseguidas pelos regimes militares.
Em certo tempo disse que a comunicação é fundamental para difusão do Evangelho. "Eu levei isso muito a sério na minha vida religiosa, instalei rádios, escrevi em jornais, dei muitas entrevistas para TV. Quando eu não podia ir ao local, eu chegava às pessoas pelos meios de comunicação".
Além de ter ser considerado um bom articulador e um defensor incansável da doutrina católica, Dom Eugênio era citado como grande empreendedor. Ao assumir a Arquidiocese, na década de 70, mandou construir nos fundos do Palácio São Joaquim um prédio de dez andares para reunir num só lugar serviços da Igreja espalhados pela cidade. 
Também criou dezenas de pastorais, entre elas a Pastoral Penal, a das Favelas e a do Menor.
Dom Eugênio passou parte da infância no sertão nordestino. A vocação para o sacerdócio surgiu no início dos anos 30, após ser matriculado em colégio marista de Natal. Antes de optar pela Igreja, pensou em ser engenheiro agrônomo. Foi ordenado em 21 de novembro de 1943.

Na quarta-feira, dia 9 de julho o Cardeal Orani João Tempesta, presidiu missa pelos dois anos de falecimento do Cardeal Dom Eugênio de Araujo Salles, na Cripta da Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, no Centro.
A missa foi concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Roque Costa Souza, pelo bispo emérito Dom Karl Josef Romer e por diversos sacerdotes.


(VIDEO) - Na concelebração eucarística presidida por Dom Eugenio durante os funerais de João Paulo II, o Colégio Cardinalício esteve presente. Conforme prescreve a Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis", após a morte do Romano Pontífice, os Cardeais celebrarão as exéquias em sufrágio da sua alma, durante nove dias consecutivos, nos termos do 'Ordo exsequiarum Romani Pontificis', a cujas normas, assim como às do 'Ordo rituum Conclavis', eles se conformarão fielmente (nº 27). A quinta missa dos "Novendiales" foi presidida pelo Cardeal Dom Eugenio Sales no dia 12 de abril de 2005.
CNBB / ARQRIO / VATICAN.VA
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