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sábado, agosto 16, 2014

CARDEAL TEMPESTA CONVOCA IGREJA NO RIO A REZAR PELA PAZ NO IRAQUE


 A orientação partiu do arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, nesta sexta-feira, 15 de agosto, que enviou uma carta a todos os presbíteros da arquidiocese.

Onde houver um irmão sofrendo, é Cristo que esta sofrendo nele (cf Mt 25, 40).
Unido ao Santo Padre, em sua paternal solicitude, venho solicitar o empenho de todos os sacerdotes, diáconos e batizados para que, no próximo domingo, em que celebramos a Assunção de Maria, se reze pela paz naquela região do Iraque, mas também em todas as demais, inclusive em nosso querido Rio de Janeiro.
Todas essas angustias ofendem gravemente a Deus e a humanidade. Assim nos lembrou o Papa Francisco, no Angelus do ultimo domingo. Tenhamos, portanto, no coração suas palavras: “Não se pratica o ódio em nome de Deus! Não se faz guerra em nome de Deus!” Em nome do Deus Amor, praticam-se o amor, a solidariedade e a oração.

Rezemos, pois, em todas as igrejas e residências. Rezemos pelos irmãos do Iraque e por todas as demais angustias que vêm sobre a humanidade. Rezemos uns pelos outros e unamo-nos cada vez mais na busca das soluções que estiverem ao nosso alcance".


EM KAREMLASH, SUDESTE DE MOSSUL 
Padre Paolo, sacerdote em Karemlash, vilarejo de cerca 8 mil habitantes ao sudeste de Mossul,  região que não existem mais traços cristãos, porque todos foram despejados com a chegada da milícia do EI (Estado Islâmico), conta que: -“Deixamos Karemlash antes que chegassem os extremistas islâmicos - peguei os registros da paróquia, o crucifixo e fugi. Como eu, os cristãos do vilarejo se distanciaram com carros, alguns para Erbil, outros para cidades do país onde tinham familiares que poderiam acolhê-los.
 Quando o exército curdo se retirou, compreendemos que estaríamos sem proteção.
E em outros vilarejos de Piana, o povo estava sozinho, sem ninguém que os protegesse, sendo assim, todos fugiram”.

Os cristãos que foram expulsos de suas casas pediram para retornar.
Mas os islâmicos impuseram condições: pagamento de taxa, conversão à religião deles e combater junto com eles pela causa islâmica. Condições totalmente absurdas”.
ASSISTÊNCIA PARA TODOS OS REFUGIADOS
Se por um lado não existem certezas sobre o fato de voltar para casa, por outro existe ao menos a segurança de receber uma assistência contínua e constante da Igreja Católica Caldeia por parte dos cristãos refugiados em Erbil e ao redor. “As Igrejas estão lotadas - explica o pároco - e foram também transformados em dormitórios diversos estabelecimentos que ainda não estão prontos, mas habitáveis. 
Buscamos garantir para cada pessoa: comida, serviços de saúde e higiene. Garantias mínimas para sobreviver em condições aceitáveis. Temos notícias de grupos de refugiados que são hóspedes em casas de amigos e parentes, mas se encontram no caos, com 30-40 pessoas dentro de casa. São necessários mais espaços públicos para permitir que todos os refugiados se estabeleçam em lugares habitáveis e recebam assistência”.

Próximo aos voluntários e sacerdotes o padre Paolo conta que o arcebispo de Erbil foi pessoalmente ajudar os refugiados. “Dom Warda serve conosco os alimentos, visita as famílias dos cristãos e coordena a assistência. A Igreja faz o possível, mas a situação é difícil. Precisamos dar o que comer a milhares de pessoas. É duro, precisamos de novos espaços públicos para serem usados ​​no resgate. As pessoas precisam de ajuda”.

O PAPA FRANCISCO PEDIU POR CARTA AO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, BAN KI-MOON, QUE FAÇA O QUE ESTIVER A SEU ALCANCE PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA CONTRA AS MINORIAS RELIGIOSAS NO NORTE DO IRAQUE, ANUNCIOU O VATICANO.


"As experiências trágicas do século XX e compreensão mais elementar da dignidade humana obrigam a comunidade internacional, em particular em virtude das regras e mecanismos do direito internacional, a fazer todo o possível para parar e prevenir qualquer violência sistemática contra minorias étnicas e religiosas", afirma o Papa na mensagem datada de 9 de agosto."Os ataques violentos que estão se estendendo por todo o norte do Iraque não pode senão despertar as consciências de todos os homens e mulheres de boa vontade para cumprir ações concretas de solidariedade, para proteger os que são agredidos e ameaçados pela violência e para assegurar a assistência necessária aos inúmeros refugiados, assim como também a volta a suas cidades e seus lares", alerta o pontífice argentino.

Francisco reitera sua "proximidade espiritual", assim como sua "preocupação e de toda a Igreja católica pelo intolerável sofrimento daqueles que apenas desejam viver em paz, harmonia e liberdade na terra de seus antepassados"."Com o mesmo espírito, eu escrevo ao senhor Secretário-Geral da ONU e coloco ante o senhor as lágrimas, os sofrimentos e os gritos desesperados dos cristãos e das minorias religiosas da amada terra do Iraque", conclui.


CRISTÃOS EM MA'LOULA FORAM CRUCIFICADOS POR SE RECUSAREM A SE CONVERTER AO ISLAMISMO
De acordo com os meios de comunicação árabes, "uma freira síria declarou à agência de notícias do Vaticano 
que alguns cristãos em Ma'loula foram crucificados por se recusarem a se converter ao islamismo ou pagar jizya" (tributo a ser pago pelos cristãos para viverem em terras muçulmanas, estabelecido no Alcorão 9:29).

Salvem os mártires da Síria e do Iraque! Que Deus os glorifiquem no céu.

Rezemos por nós, e por aqueles que ainda enfrentam a perseguição religiosa.



Zenit.org/Aleteia/ArqRio


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