“SALVAI-NOS, SENHOR NOSSO DEUS, REUNI VOSSOS FILHOS DISPERSOS PELO
MUNDO, PARA QUE CELEBREMOS O VOSSO SANTO NOME E NOS GLORIEMOS EM VOSSO LOUVOR”.
(Sl
105,47)
Neste 4º domingo do Tempo Comum, dia 1º de fevereiro, a Paróquia São
Conrado recebeu Dom Lessa, Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju,
que presidiu a
Celebração Eucarística às 10h.
Nosso pároco pe Marcos que retornou da Europa no
dia anterior ficou muito contente e acolheu Dom Lessa com algumas palavras de
agradecimento, recordando o tempo em que
Dom Lessa era pároco da Matriz de São Conrado. Foi uma manhã alegre em que Dom
Lessa também pode se reencontrar com antigos paroquianos.
“A Palavra de Deus se torna Verbo no nosso caminho para o céu”
Dom Lessa em sua homilia afirmou que o amor de Jesus nos ajuda a caminhar
rumo a Pai em que o momento da morte
será a nossa ressurreição com uma nova vida gloriosa.
Evangelho (Mc 1,21-28): Entraram em Cafarnaum. No sábado, Jesus foi à
sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois
ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na
sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava:
“Que queres de
nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de
Deus!”. Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!”. O espírito impuro sacudiu o
homem com violência, deu um forte grito e saiu. Todos ficaram admirados e
perguntavam uns aos outros: “Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!”. E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia.
Missa das 19h de
01 de fev /2015
Homilia de Pe
Marcos Belizário Ferreira
No IV Domingo do
Tempo Comum
Jesus não foi um profissional especializado em comentar a Bíblia ou
interpretar corretamente seu conteúdo. Sua palavra, clara, direta, autêntica,
tem uma força diferente, que o povo sabe captar imediatamente.
O que sai dos lábios de Jesus não é um discurso. Tampouco uma instrução.
Sua palavra é um chamado, uma mensagem viva que provoca impacto e abre caminho
no mais profundo dos corações.
O povo fica admirado “porque ele não ensina como os escribas, e sim com
autoridade”. Esta autoridade não está ligada a nenhum título ou poder social. Não
provém da doutrina que ele ensina. A força de sua palavra é ele mesmo, sua
pessoa, seu espírito, sua liberdade.
Jesus não é um “vendedor de ideologias”, nem um repetidor de lições
aprendidas de antemão. É um mestre de vida que coloca o ser humano diante das
questões mais decisivas e vitais.Um profeta que ensina a viver.
É duro reconhecer que, frequentemente , as novas gerações não encontram
“mestres de vida” que elas possam escutar. Que autoridade podem ter as palavras
dos dirigentes civis ou religiosos, se não estão acompanhadas de um testemunho
claro de honestidade e responsabilidade pessoal?
Nossa sociedade precisa de homens e mulheres que ensinem a arte de abrir
os olhos , de maravilhar-se diante da vida e interrogar-se com simplicidade
sobre o sentido último da existência . Mestres que, com seu testemunho pessoal,
semeiem inquietude , transmitam vida e ajudem a considerar honestamente as
interrogações mais profundas do ser humano.
Somente aquele que deixa a Palavra divina, especialmente o Evangelho,
penetrar em sua vida, liberta-se do mal e pode se dispor ao seguimento de
Jesus, pelo discipulado. É com essa disposição, de acolher o ensinamento de
Jesus feito com autoridade, que compreendemos melhor a 2ª leitura. Neste ano,
por determinação de Papa Francisco, comemora-se o “Ano da Vida Religiosa”. No
texto de hoje, Paulo não está menosprezando a vida matrimonial em vista da
santidade; apenas está dando destaque para um modo radical de seguir Jesus e
viver totalmente envolvido em seu Evangelho, que é a vida consagrada.
Nem todos
podem e nem todos conseguem viver a radicalidade do Evangelho pela vida
consagrada, mas mesmo assim, Paulo faz o convite e propõe este estilo de vida
de unicamente seguir o Senhor. Um convite especialmente dirigido aos jovens
para consagrar suas vidas a Deus. Hoje, este seguimento acontece na vida
sacerdotal, na vida religiosa, na vida monástica, em mosteiros, em congregações
e no serviço sacerdotal diocesano. São modos radicais de ouvir e seguir a
Palavra de Jesus que é falada com autoridade.
Por isso, vou resumir para
concluir com três palavras para guardarmos desta reflexão: discernimento diante
dos profetas de hoje, purificação para acolher o Evangelho e, provocação para
viver a radicalidade do Evangelho na vida consagrada, consagrando-se totalmente
a Deus. Amém!
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