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quinta-feira, abril 16, 2015

PAPA EMÉRITO BENTO XVI COMPLETA 88 ANOS


O Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927 (Sábado Santo), e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições economicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.

Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilometros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido «mozarteano», que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
O período da sua juventude não foi fácil. A fé e a educação da sua família prepararam-no para enfrentar a dura experiência daqueles tempos, em que o regime nazista mantinha um clima de grande hostilidade contra a Igreja Católica. O jovem Joseph viu os nazistas açoitarem o pároco antes da celebração da Santa Missa.
Precisamente nesta complexa situação, descobriu a beleza e a verdade da fé em Cristo; fundamental para ele foi a conduta da sua família, que sempre deu um claro testemunho de bondade e esperança, radicada numa conscienciosa pertença à Igreja.
Até o mês de Setembro de 1944 esteve arrolado nos serviços auxiliares anti-aéreos.
Recebeu a Ordenação Sacerdotal em 29 de Junho de 1951.

Um ano depois, começou a sua atividade de professor na Escola Superior de Freising.
No ano de 1953, doutorou-se em teologia com a tese «Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho». Passados quatro anos, sob a direção do conhecido professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, conseguiu a habilitação para a docência com uma dissertação sobre «A teologia da história em São Boaventura».
Depois de desempenhar o cargo de professor de teologia dogmática e fundamental na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising, continuou a docência em Bonn, de 1959 a 1963; em Münster, de 1963 a 1966; e em Tubinga, de 1966 a 1969. A partir deste ano de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde ocupou também o cargo de Vice-Reitor da Universidade.
De 1962 a 1965, prestou um notável contributo ao Concílio Vaticano II como «perito»; viera como consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colonia.
A sua intensa atividade científica levou-o a desempenhar importantes cargos ao serviço da Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional.
Em 25 de Março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de München e Freising. A 28 de Maio seguinte, recebeu a sagração episcopal. Foi o primeiro sacerdote diocesano, depois de oitenta anos, que assumiu o governo pastoral da grande arquidiocese bávara. Escolheu como lema episcopal: «Colaborador da verdade»; assim o explicou ele mesmo: «Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar – embora com modalidades diferentes –, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade».
Paulo VI criou-o Cardeal, do título presbiteral de “Santa Maria da Consolação no Tiburtino”, no Consistório de 27 de Junho desse mesmo ano.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de Agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu Enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guayaquil (Equador) de 16 a 24 de Setembro. No mês de Outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
Foi Relator na V Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada em 1980, que tinha como tema «Missão da família cristã no mundo contemporâneo», e Presidente Delegado da VI Assembleia Geral Ordinária, celebrada em 1983, sobre «A reconciliação e a penitência na missão da Igreja».
João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de Novembro de 1981. No dia 15 de Fevereiro de 1982, renunciou ao governo pastoral da arquidiocese de München e Freising. O Papa elevou-o à Ordem dos Bispos, atribuindo-lhe a sede suburbicária de Velletri-Segni, em 5 de Abril de 1993.
Foi Presidente da Comissão encarregada da preparação do Catecismo da Igreja Católica, a qual, após seis anos de trabalho (1986-1992), apresentou ao Santo Padre o novo Catecismo.
A 6 de Novembro de 1998, o Santo Padre aprovou a eleição do Cardeal Ratzinger para Vice-Decano do Colégio Cardinalício, realizada pelos Cardeais da Ordem dos Bispos. 
E, no dia 30 de Novembro de 2002, aprovou a sua eleição para Decano; com este cargo, foi-lhe atribuída também a sede suburbicária de Óstia.
Em 1999, foi como Enviado especial do Papa às celebrações pelo XII centenário da criação da diocese de Paderborn, Alemanha, que tiveram lugar a 3 de Janeiro.
Desde 13 de Novembro de 2000, era Membro honorário da Academia Pontifícia das Ciências. 
O Papa Francisco ofereceu a Missa matutina na Casa Santa Marta ao Papa emérito dizendo:
"Quero recordar que hoje é o aniversário do Papa Bento XVI. Eu ofereci a missa por ele e também convido a todos a rezarem por ele, para que o Senhor o ajude e lhe dê muita alegria e felicidade".

CNBB PARABENIZA BENTO XVI PELO SEU ANIVERSÁRIO

A Sua Santidade Bento XVI
Papa Emérito

Santidade,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em sua 53ª. Assembleia Geral, no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira de nosso País, deseja expressar a Vossa Santidade os mais vivos cumprimentos pelo aniversário natalício ocorrido hoje, e também, antecipadamente, manifestar-lhe os mesmos sentimentos de felicitações pelo aniversário da eleição pontifícia de Vossa Santidade a ser celebrado no próximo domingo, dia 19. Elevamos a Deus, pela materna intercessão da Beatíssima Virgem Maria, a Mãe Aparecida, nossas mais fervorosas orações em favor da saúde e bem estar de Vossa Santidade, e, ao mesmo tempo, de ações de graças pelos inestimáveis benefícios que seu pontificado representou para a Igreja e para toda a humanidade, com seu pastoreio seguro, sábio e marcado pela santidade.
Queremos também, Santidade, solicitar de sua parte, orações pela nossa Conferência Episcopal que, reunida nestes dias de 15 a 24 de abril, desenvolve extensa pauta, incluindo as eleições da nova Presidência, das várias Comissões Episcopais, e os delegados para o CELAM e para o próximo Sínodo dos Bispos. Também devemos aprovar as Diretrizes Gerais para a Ação evangelizadora da Igreja no Brasil, para o próximo quadriênio (2015-2019) e um estudo sobre “Os Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”, recordando inclusive os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Além disso, outros temas serão desenvolvidos sempre na busca de melhor servir ao Povo de Deus que caminha em nossas Igrejas Particulares.
A proximidade espiritual de Vossa Santidade nos é muito cara nesta Assembleia, bem como em todas as outras ocasiões, recordando sua inesquecível presença em nosso País, destacadamente neste Santuário de Aparecida, quando aqui esteve para a abertura da V Conferência  Geral do Episcopado Latino Americano, em maio de 2007, ocasião que ficou indelevelmente assinalada no coração dos brasileiros.
Feliciter! Tempora bona habeas! Ad multos annos!

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB


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