Toma uma criança, coloca-a no meio do grupo, abraça-a e convida os
discípulos a acolherem as “crianças”, pois quem acolhe uma criança acolhe o
próprio Jesus e acolhe o Pai (vers. 36-37).
o
gesto de Jesus significa o seguinte: o discípulo de Jesus é grande, não quando
tem poder ou autoridade sobre os outros, mas quando abraça
quando ama, quando serve os pequenos, os pobres, os marginalizados, aqueles que o mundo rejeita e abandona.
No pequeno e no pobre que a comunidade acolhe, é o próprio Jesus (que também
foi pobre, débil, indefeso) que Se torna presente.
Homilia de Padre
Marcos Belizário
O grupo de Jesus atravessa a Galileia a caminho de Jerusalém. Fazem-no
de maneira discreta, sem ninguém tomar conhecimento. Jesus quer
dedicar-se inteiramente a instruir os discípulos.
É muito importante o que Ele quer gravar em seus corações: seu caminho
não é um caminho de glória, êxito e poder. É o contrário: leva à crucificação e à
rejeição, embora termine em ressurreição.
Não entra na cabeça dos
discípulos o que Jesus lhes diz. Eles não querem pensar na crucificação.
Esta não entra
em seus planos nem em suas expectativas. Enquanto Jesus
lhes fala de entrega e de cruz, eles falam de suas ambições: Quem será o mais
importante no grupo? Quem ocupará o posto mais elevado? Quem
receberá mais honras?
Jesus “se
senta”. Quer ensinar-lhes algo que eles nunca deverão esquecer. Chama os Doze, os que estão mais estreitamente associados à sua missão,
e os convida a se aproximarem, porque os vê muito distanciados. Para
seguir seus passos e parecer-se com Ele precisarão aprender duas atitudes
fundamentais.
Primeira atitude: “Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e
o servo de todos”. O discípulo de Jesus deve renunciar a ambições, dignidades,
honras e vaidades. Em seu grupo ninguém deve pretender estar acima dos
demais. Pelo contrário, deverá ocupar o último lugar, pôr-se
no nível dos que não têm poder nem ostentam dignidade alguma. E, a partir dali,
ser como Jesus: “servo de todos”.
Segunda atitude
é tão importante que Jesus a ilustra com um gesto simbólico afetuoso.
Coloca uma criança no meio dos Doze, no centro do grupo, para que aqueles homens ambiciosos se esqueçam de honras e grandezas e fixem seus olhos nos pequenos, nos fracos, nos mais necessitados de defesa e cuidado.
Coloca uma criança no meio dos Doze, no centro do grupo, para que aqueles homens ambiciosos se esqueçam de honras e grandezas e fixem seus olhos nos pequenos, nos fracos, nos mais necessitados de defesa e cuidado.
Depois abraça a criança e lhes diz: “Quem acolhe uma criança como esta
em meu nome, é a mim que acolhe”. Quem acolhe um “pequeno” está acolhendo o
“grande”, o maior, Jesus. E quem acolhe Jesus está acolhendo o Pai que o enviou.
Uma Igreja que olha para os grandes e se associa aos poderosos da terra está pervertendo a Boa Notícia de Deus anunciada por Jesus.
Uma Igreja que olha para os grandes e se associa aos poderosos da terra está pervertendo a Boa Notícia de Deus anunciada por Jesus.
Mc 9,30-37 - Naquele Tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Ele não
queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E
dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o
matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará.” Os
discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles
chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis
pelo caminho?” Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido
quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém
quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Em
seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: “Quem
acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E
quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou.”
OREMOS: Ó Deus, auxiliai sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.
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OREMOS: Ó Deus, auxiliai sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.
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