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segunda-feira, agosto 28, 2017

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM



A pergunta de Jesus não nos pede simplesmente nossa opinião, mas nos interpela principalmente sobre a nossa atitude diante dele. E essa atitude não transparece só em palavras , mas sobretudo em nosso seguimento concreto de Jesus . Como escreveu algum teólogo : “a breve proposição : eu creio que Jesus é o Filho de Deus” significa algo completamente diferente , se ela é pronunciada por Francisco de Assis ou por um dos atuais ditadores da América do Sul ou em qualquer parte do Mundo . O Deus desses homens não é o mesmo, ou, pelo menos , o Deus que cada um invoca para dirigir sua conduta'.

As palavras de Jesus pedem uma opção radical : ou Jesus é para nós um personagem a mais, ao lado de muitos outros da história, ou Ele é a Pessoa decisiva que nos traz a compreensão última da existência , a orientação decisiva para nossa vida e nos oferece a esperança definitiva.

A pergunta “e vós , quem dizeis que Eu sou?” Adquire então um conteúdo novo. Não é mais apenas uma questão sobre Jesus, mas sobre nós mesmos. Quem sou eu? Em quem eu creio? A partir de que oriento a minha vida? A que se reduz a minha fé?

Todos temos de lembrar sempre de novo que a fé não se identifica com as fórmulas que pronunciamos . Para compreender melhor o alcance “do que eu creio”, é necessário verificar como vivo , a que aspiro , em que me comprometo.

Por isso , a pergunta de Jesus, mais do que um exame sobre nossa ortodoxia, deveria ser um apelo a um modo de vida cristão. Não se trata evidentemente de dizer ou crer qualquer coisa sobre Cristo , mas também não é fazer solenes profissões de fé ortodoxa , para viver depois muito longe do espírito que essa mesma proclamação de fé exige e traz consigo .