“Dou-vos
um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros”. Que bela novidade! Como se
fosse Jesus a inventar o amor! Os homens e as mulheres não esperaram que Jesus
viesse para saber um pouco o sentido da palavra “amor” e do verbo “amar”!
Aliás, o mandamento de “amar o seu próximo como a si mesmo” encontra-se já no
Livro do Levítico. Então, como compreender esta “novidade”? O próprio Jesus
dá-nos a chave: “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. Só olhando
Jesus saberemos como Ele nos amou. A sua própria vida é uma prática desta
palavra. E isto vai para além daquilo que, humanamente, podemos fazer. Ele
diz-nos para perdoar setenta vezes sete, isto é, sem colocar qualquer limite ao
perdão. “Amai os vossos inimigos e rezai pelos vossos perseguidores”… “Pai,
perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”… São João escreve que “tendo amado
os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”, isto é, até à plenitude do
amor cuja Fonte é o seu Pai. Sim, a maneira de Jesus nos amar ultrapassa a
nossa maneira de amar. Neste sentido, o amor que Ele nos convida a viver entre
nós é mesmo novo! Mas há mais! Porque as exigências de um tal amor podem
parecer desmedidas, fora do nosso alcance, e deixar-nos no desespero: nunca
chegaremos aí! Ora, é preciso compreender bem o “como Eu vos amei”. Jesus não
nos diz: “Eu amei-vos. Agora, desenrasca-vos, fazei esforço para Me imitar!”
Ele diz-nos: “Como Eu, que vos amo e vos dou o amor infinito do Pai, deixai-vos
amar, como uma criança que se deixa tomar nos braços da sua mãe e do seu pai.
Vinde até Mim. Àquele que vem até Mim, não o abandonarei. Então, poderei
derramar sobre vós a força do próprio Amor que é Deus. Assim, encontrareis a
força para ir para além das capacidades humanas, podereis, dia após dia,
aprender a amar-vos como Eu vos amo”. Sim, Senhor, quero ir para junto de Ti,
porque tens as palavras da vida eterna!
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