Páginas

segunda-feira, dezembro 31, 2012

PAPA ENCERRA O ANO: "A FÉ EM CRISTO NOS PERMITE RECOMEÇAR"


Na homilia, o Papa explicou: “O Te Deum que elevamos ao Senhor esta noite, no final do ano solar, é um hino de agradecimento que se abre com o louvor – ‘A vós, ó Deus, louvamos’ – e termina com uma profissão de confiança – ‘Sois vós minha esperança’. Qualquer tenha sido o andamento do ano, fácil ou difícil, estéril ou cheio de frutos, nós agradecemos a Deus”.

O cristão, recordou o Papa, é um homem de esperança, mesmo e sobretudo diante da escuridão que muitas vezes há no mundo e que não depende do projeto de Deus, mas das escolhas erradas do homem, porque sabe que a força da fé pode mover montanhas.

O Ano da Fé que a Igreja está vivendo quer suscitar no coração de cada fiel uma maior consciência de que o encontro com Cristo é a fonte da verdadeira vida e de uma sólida esperança. A fé em Jesus permite uma constante renovação no bem e a capacidade de sair das areias movediças do pecado e de recomeçar. Esta verdade, que Jesus Cristo veio revelar, é a certeza que nos leva a olhar com confiança para o ano que estamos para iniciar.

A Igreja, que recebeu do seu Senhor a missão de evangelizar, sabe bem que o Evangelho é destinado a todos os homens, em especial às novas gerações, para saciar a sede de verdade que cada um leva no coração e que muitas vezes é ofuscada pelas muitas coisas que ocupam a vida.


"Queridos amigos, na última noite do ano que chega ao fim e diante do limiar do novo, louvemos o Senhor! Em especial, agradecemos pela graça e a verdade que vieram a nós por meio de Jesus Cristo. Nele, está custodiado o futuro de cada homem. Nele se realizam as esperanças da Igreja e do mundo", concluiu Bento XVI.

Após a cerimônia, o Papa foi até a Praça São Pedro para visitar e rezar diante do presépio.

Recorda-se aos nossos ouvintes que a Rádio Vaticano transmitirá nesta terça-feira, 1° de janeiro de 2013, às 9h20 de Roma e 6h20 de Brasília, a Santa Missa na Solenidade de Maria Santíssima.


Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras "Te Deum Laudamus" (A Vós, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.

Texto em Português
A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.
A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.
A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;
A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!
Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.

A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,
A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,
A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!
A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,

Ao Vosso verdadeiro e único Filho, digno objecto das nossa a adorações,
Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.

Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!
Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!
Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes
não Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!

Vós, vencedor do estímulo da morte,
abristes aos fiéis o Reino dos Céus,
Vós estais sentado à direita de Deus,
no glorioso trono do vosso Pai!

Nós cremos e confessamos firmemente
que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.

A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos
a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.
Fazei que sejamos contados na eterna glória,
entre o número dos vossos Santos.

Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,
E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.
Todos os dias Vos bendizemos
E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.
Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia e sempre sem pecado.
Tende compaixão de nós, Senhor,
compadecei-Vos de nós, miseráveis.
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia,
pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.
Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido




Texto em Latim
Te Deum laudamus: te Dominum confitemur.
Te aeternum Patrem omnis terra veneratur.
Tibi omnes Angeli; tibi caeli et universae Potestates;
Tibi Cherubim et Seraphim incessabili voce proclamant:
Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus Deus Sabaoth.
Pleni sunt caeli et terra maiestatis gloriae tuae.

Te gloriosus Apostolorum chorus,
Te Prophetarum laudabilis numerus,
Te Martyrum candidatus laudat exercitus.
Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia, Patrem immensae maiestatis:

Venerandum tuum verum et unicum Filium;
Sanctum quoque Paraclitum Spiritum.

Tu Rex gloriae, Christe.
Tu Patris sempiternus es Filius.
Tu ad liberandum suscepturus hominem,
non horruisti Virginis uterum.

Tu, devicto mortis aculeo,
aperuisti credentibus regna caelorum.
Tu ad dexteram Dei sedes, in gloria Patris.
Iudex crederis esse venturus.

Te ergo quaesumus, tuis famulis subveni:
quos pretioso sanguine redemisti.
Aeterna fac cum sanctis tuis in gloria numerari

Salvum fac populum tuum, Domine, et benedic hereditati tuae.
Et rege eos, et extolle illos usque in aeternum.
Per singulos dies benedicimus te;
Et laudamus Nomen tuum in saeculum, et in saeculum saeculi.
Dignare, Domine, die isto sine peccato nos custodire.
Miserere nostri Domine,
miserere nostri.
Fiat misericordia tua, Domine, super nos,
quemadmodum speravimus in te.
In te, Domine, speravi: non confundar in aeternum

TRADUÇÃO CNBB
INFORMAÇÕES > NEWS.VA

domingo, dezembro 30, 2012

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

HOJE É DIA DA SAGRADA FAMÍLIA! QUANDO DEUS QUIS, NO SEU AMOR, ENVIAR SEU FILHO PARA MORAR ENTRE NÓS, ELE ESCOLHEU UMA FAMÍLIA PARA RECEBER VERBO DIVINO.

Com isso Deus marcou com maior dignidade a família humana e mostrou que esta instituição é essencial para o desenvolvimento da pessoa. A família de Nazaré tornou-se assim o modelo para as famílias cristãs do mundo. A bondade de Maria e a justiça de José deveriam ser as virtudes procuradas pelos pais e mães de família.

LEITURA I – Eclo 3,3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14) - Salmo 127 (128) - LEITURA II – Col 3,12-21 - EVANGELHO – Lc 2,41-52

Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Para quem vivia longe do Templo, lugar onde eram feitos os sacrifícios pelas culpas cometidas, há agora um horizonte novo:
o perdão dos pecados acontece não através de um rito externo, mas de uma atitude traduzida em amor pelos pais, sobretudo quando estes se encontram em estado de carência, como a perda do uso da razão.
 Poderíamos dizer que a casa voltou a ser Templo, como na época das tribos, quando a liturgia era celebrada nas casas ou santuários locais.
O texto do Livro do Eclesiástico se aproxima bastante da novidade trazida por Jesus, que disse: “O que eu quero é a misericórdia, e não o sacrifício”,
 e que afirmou que o Pai rejeita as ofertas sagradas que deveriam ser empregadas na conservação da vida dos pais.
Amar, obedecer e respeitar a fonte da vida que são os nossos pais é amar, respeitar e obedecer a Deus, origem de toda a vida.
 Os pais reproduzem, em parte, o ser de Deus que é doação. Eles não produziram para si, mas para os outros.
Os filhos, por sua vez, chegados à fase adulta da vida, são convocados a não produzir para si, mas para os outros, perpetuando a vida e amparando a dos pais na velhice.
Essa proposta quebra o sistema de sociedade do consumo e do descartável, que só valoriza as pessoas enquanto capazes de produzir.
A Família de Nazaré em nada foi poupada dos infortúnios próprios de todos nós. Imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer pessoa comum, seria enganoso.
Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus comportaram motivo de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocarem para Belém, quando o tempo de dar a luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu . A fuga apressada para o Egito, para 
 escapar da fúria homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto a Sagrada Família. À perspectiva de morte somava-se  de ver como também, a de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem importância Nazaré.
A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações. Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus.
 Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na provação, foi se consolidando.
 Desta forma, tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida, sem se desviar dos caminhos de Deus.

ABENÇOA, SENHOR, AS FAMÍLIAS! AMÉM!
ABENÇOA, SENHOR, A MINHA TAMBÉM!






sábado, dezembro 29, 2012

O NATAL CONTINUA!


MISSA DOS FUNCIONÁRIOS DA MATRIZ DE SÃO CONRADO
   Ainda sob os reflexos do Natal, reflitamos em todas as lições desse maior acontecimento da história da humanidade,razão de nossa esperança e causa de nossa alegria: “O próprio Filho de Deus veio ‘em carne semelhante à do pecado' (Rm 8,3) para condenar o pecado e, após tê-lo condenado, excluí-lo completamente do gênero humano.
Chamou o homem à semelhança consigo mesmo, fez dele 
imitador de Deus, colocou-o no caminho indicado pelo Pai, para que ele pudesse ver Deus e o oferecesse em dom ao próprio Pai” (S. Irineu).
O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali. 
O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção
MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELO ANO DE 2012 PARA OS FUNCIONÁRIOS DA MATRIZ
 que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão.
Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão,
 já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal.
Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas.
 Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem,  por obra do Espírito Santo, e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus.

 Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus.

Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance.

 Jesus é Deus entre nós, o “Emanuel – Deus conosco”.
NATAL DO MENINO JESUS COM OS FUNCIONÁRIOS E SUAS FAMILIAS
Terminadas, pois, as festas natalinas, não podemos nos esquecer da mensagem do Natal.
VISITANDO DONA CARMEM - A MAIS ANTIGA PAROQUIANA DA MATRIZ DE SÃO CONRADO
 E o Natal traz lições para todas as épocas do ano.
São Francisco de Assis inventou o presépio, quer dizer, a representação iconográfica do nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior acontecimento da história da humanidade, 
seu marco divisor, fonte de inspiração para os grandes pintores e manancial de meditação para os místicos.
O Natal fica esquecido e seu protagonista também. Às vezes passamos um Natal materialista, apenas de compras e diversões, celebramos um Natal egoísta, sem nos lembrarmos do irmão faminto e necessitado
DONA CARMEM E PADRE MARCOS - 2012

Com a mesa farta, não nos recordamos dos que não têm sequer um pedaço de pão!
ALAN AUGUSTO E LÍGIA BELIZÁRIO - 2012
Que tal se fizéssemos um Natal contínuo, pensando mais no divino Salvador, na sua doutrina, nas virtudes que nos ensinou, no amor com que nos amou, imitando o seu exemplo, praticando a caridade, consolando uma pessoa triste, levando a um doente uma palavra de conforto, perdoando um inimigo nosso, mostrando gratidão a quem nos fez algum bem, convivendo melhor com nossa família, rezando um pouco melhor...
PADRE MARCOS BELIZÁRIO FERREIRA PÁROCO DA MATRIZ DE SÃO CONRADO

Desse modo a mensagem do Natal vai continuar durante todo o Ano Novo, que assim será abençoado e feliz. FELIZ ANO NOVO!

por Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney



sexta-feira, dezembro 28, 2012

SANTOS INOCENTES


Sem saber com segurança a idade correta do Salvador, Herodes designou a execução dos garotos com menos de dois anos de idade na cidade de Belém, onde o nascimento estava previsto. E assim “Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem”. (Jer 31,15).

Para relembrar esse acontecimento, o Papa Pio V iniciou, no século IV, a celebração dos Santos Inocentes, primeiros mártires por Jesus. Realizada sempre dentro da Oitava de Natal, no dia 28 de dezembro, a solenidade convida a Igreja a refletir sobre a situação de milhões de crianças vítimas da violência e da morte precoce em todo o mundo, entre as quais, os fetos abortados.

A VIDA RESPEITADA
“A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. Há uma enorme diferença ética, moral e espiritual entre a morte natural e a morte provocada. Aplica-se aqui, o mandamento: “Não matarás” (Ex 20,13).”

“Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis. O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso.
“A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. O Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção”.
CNBB em nota “lamenta profundamente” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a interrupção da gravidez em casos de feto com anencefalia.


A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede, que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade.
Com toda convicção reafirmamos que a vida humana é sagrada e possui dignidade inviolável. 

A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida.

CULTURA DE VIDA E ABORTO
Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei (Jr 1,5). Meus ossos não te foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda (Sl 139,15).

PRECEITOS MORAIS E ABORTO
Deus, senhor da vida, confiou aos homens o nobre encargo de preservar a vida, para ser exercido de maneira condigna ao homem. Por isso a vida deve ser protegida com o máximo cuidado desde a concepção. O aborto e o infanticídio são crimes nefandos diagnóstico pré-natal é moralmente licito "se respeitar a vida e a integridade do embrião e do feto humano, e se está orientado para sua salvaguarda ou sua cura individual... Está gravemente em oposição com a lei moral quando prevê, em função dos resultados, a eventualidade de provocar um aborto. Um diagnóstico não deve ser o equivalente de uma sentença de morte".
"Devem ser consideradas lícitas as intervenções sobre o embrião humano quando respeitam a vida e a integridade do embrião e não acar­retam para ele riscos desproporcionados, mas visam à sua cura, à melhora de suas condições de saúde ou à sua sobrevivência individual. Catecismo da Igreja Católica

AO ENCONTRO DOS INOCENTES
Comunidade SANTOS INOCENTES
A cultura pós-moderna valoriza a escolha e a liberdade como bens supremos, mas não dá importância àquilo que dá suporte a esses bens: a vida. Nesse ínterim, há um novo massacre de crianças – mais silencioso e sombrio – desencadeado ainda antes do nascimento. É o que afirma Tânia Regina, fundadora da Comunidade Católica Santos Inocentes.

Em 2002, Tânia recebeu um chamado para fundar a comunidade e trabalhar com mulheres e respectivos familiares que têm o desejo de abortar os filhos por diversas razões, como financeiras, psicológicas e, até mesmo, por vaidade. “Deus nos mostrou que devíamos ser a mão amiga das mulheres grávidas, evangelizando-as para não abortarem”, conta Tânia.

Com sede na cidade de Samambaia, a 35 km de Brasília, o grupo é formado por missionários e recebe 39 crianças diariamente, em regime de creche, dando a elas e às famílias atendimento humano e espiritual.
A Comunidade Santos Inocentes chega até essas mulheres por meio de ligações e distribuição de folhetos nos mais variados locais de missão: ruas, feiras, eventos católicos. Quando uma mulher é encontrada no limiar da escolha entre a continuidade ou não da gravidez, os missionários da comunidade dão início à Operação Resgate, que procura conscientizar sobre as consequências do aborto, o valor da vida humana e o amor de Deus. Se a mulher decide por continuar a gravidez, os missionários providenciam, por meio de doações, o enxoval completo do bebê.

De acordo com Tânia, as mulheres atendidas, em geral, têm mais de 22 anos de idade, baixa escolaridade, são casadas ou possuem uma relação estável e, muitas vezes, são pressionadas pelo companheiro a praticarem o aborto. O acompanhamento é árduo e depende da abertura da gestante, mas os resultados são positivos. “Em mais de 90% dos casos que atendemos, a mãe escolhe pela vida da criança”, relata. Mesmo nos casos em que a mulher opta pelo aborto, a comunidade tenta prosseguir o acompanhamento.


ENXUGANDO AS LÁGRIMAS DE RAQUEL
Criado nos Estados Unidos em 1984, o Projeto Raquel funciona como um ministério de cura para a mãe que praticou o aborto e para as pessoas próximas a ela. A rede de voluntários do projeto é composta por leigos, padres, diáconos, religiosos, psicólogos e profissionais da área médica especialmente treinados, que têm a tarefa de se unirem a estas pessoas no processo de arrependimento, luto, confissão e amizade com Cristo.

No Brasil, o Projeto Raquel chegou em 2011, a pedido de Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. As arquidioceses de São Paulo e Salvador foram as primeiras a receberem o projeto. 

Neste ano foi a vez de Brasília e Rio de Janeiro.
“Por meio da fé, compaixão e perdão, esse projeto ajuda as mulheres a superarem o trauma do aborto que carregam por anos a fio”, afirma Sônia Ragonha, coordenadora nacional do Projeto Raquel. Assim como acontece na Comunidade Santos Inocentes, as mulheres são ouvidas e acompanhadas.
Feito de forma sigilosa, os atendimentos são realizados, em boa parte, a senhoras na faixa entre 45 e 60 anos de idade, casadas e com filhos. Entre os casos se destaca o de uma senhora de 72 anos, que carregou a culpa do aborto durante muito tempo, mas obteve a cura com o acompanhamento. “Além da culpa, elas trazem sentimentos de ansiedade e depressão. Também têm dificuldade de relacionamento e medo de ter outro filho. Mas com o acompanhamento psicológico e espiritual elas conseguem superar o trauma, e tomam um posicionamento em respeito a vida em todos os sentidos”

Contatos:
Comunidade SANTOS INOCENTES: (61) 3359-2867 / 3652 - www.santosinocentes.org.br/
Projeto Raquel: (11) 2578-4175

ORAÇÃO
Senhor Jesus, que por nós Te fizeste homem, que por nós morreste e ressuscitaste, Tu és o nosso único advogado junto do Pai quando pecamos e nos afastamos de Ti. Muitas vezes quebramos a Aliança contigo, e outras tantas a restabeleceste, sem Te cansar, manifestando a riqueza da tua bondade e do teu perdão. Não deixes de ser o nosso defensor. Sê também o defensor da nossa humanidade que massacra tantos inocentes, crianças, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres.
Tu, que experimentaste a situação dos refugiados, tem compaixão dos milhões de homens e mulheres que, ainda nos nossos dias, têm que abandonar as suas terras, os seus países, para escaparam às diferentes formas de perseguição, às guerras, aos massacres, aos genocídios.
Pela tua Incarnação, pela tua Morte e Ressurreição, concede ao nosso mundo a graça de encontrar o caminho da justiça e da paz. Amém

quinta-feira, dezembro 27, 2012

SÃO JOÃO APÓSTOLO E EVANGELISTA


“FELIZ O APÓSTOLO A QUEM FORAM REVELADOS OS SEGREDOS DO REINO E QUE ESPALHOU POR TODA A TERRA AS PALAVRAS DA VIDA”.

São João Evangelista (6-103) foi um dos doze apóstolos de Cristo. O mais jovem deles. Junto com seu irmão Thiago, foi convidado a seguir Jesus em suas peregrinações. É o autor do quarto e último Evangelho Canônico, pertencente ao Novo Testamento, o "Evangelho segundo João". 

Escreveu a primeira, a segunda e a terceira Epístola de João. Foi o "discípulo amado" de Jesus. Foi o único apóstolo que acompanhou Cristo até a sua morte. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, confiou Maria aos seus cuidados. Arqueólogos encontraram no Egito, fragmentos de um papiro, em grego, que pertence ao Evangelho de João. A maior parte do Evangelho relata a vida de Jesus até a sua morte.

São João Evangelista (6-103) nasceu em Batsaida na Galileia. Filho do pescador Zebedeu e de Maria Salomé, uma das mulheres que auxiliaram os discípulos de Jesus . João e seu irmão mais velho Tiago, foram convidados a seguir Jesus, logo depois dos apóstolos Pedro e André.

João, Thiago, Pedro e André, foram os quatro privilegiados que participaram do círculo mais íntimo de Jesus. Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo e a angustia de Jesus no Jardim das Oliveiras. João e Thiago foram os únicos apóstolos que receberam de Cristo a autorização para sentar à direita e o outro à esquerda durante a última Ceia. Jesus disse "do cálice que eu beber, vos bebereis".

São João Evangelista em sua peregrinação esteve em Amtioquia, por ocasião do Concílio dos Apóstolos. E após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa evangelização. Mudou-se para Éfeso, onde dirigiu muitas Igrejas e foi em Éfeso que escreveu o quarto Evangelho, o último dos Evangelhos Canônicos. Escreveu também as Epístolas, três cartas com mensagens sobre a vida eterna e a vida da comunhão com Deus através da fé em Cristo.

De acordo com os Atos dos Apóstolos, o quinto livro do Novo Testamento, quando João acompanhou Pedro na catequese dos samaritanos, foi convencido por Paulo a desistir da imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano foi exilado na ilha de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o último livro da Bíblia, onde narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as tribulações da Igreja e o seu triunfo final.

O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre com base no mistério da encarnação.

Os primeiros fragmentos do quarto Evangelho foram encontrados em papiros no Egito, e muitos estudiosos acreditam que João tenha visitado essa região. Aparece representado por Michelangelo na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma. Morreu em 103, na cidade de Éfeso, onde foi sepultado.

ORAÇÃO
"Ó Deus todo-poderoso, nós vos pedimos que o Verbo feito carne, que São João anunciou com seu evangelho, habite sempre em nós por este mistério que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!"


SANTO ESTEVÃO DIÁCONO E PROTOMÁRTIR


Santo Estêvão, Padroeiro dos Diáconos, morreu por volta do ano 35 d.C., a origem de seu nome vem do grego Stephanós e que traduzido para o aramaico é Kelil que significa “coroa”, por ter sido o primeiro a morrer pela fé é representado com a coroa de martírio da cristandade. É celebrado no Ocidente no dia 26 de dezembro e no dia 27 no Oriente. Étienne Trocmé (historiador do cristianismo) acredita que Santo Estêvão pertencia aos helenistas, grupo que pregava uma mensagem mais radical.

Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir.

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo.

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo".

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras.

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.

ORAÇÃO: Glorioso Santo Estêvão, diácono cheio do Espírito Santo, animador das Comunidades, nós vos pedimos que intercedas a Deus por nós, para que consigamos a graça de uma verdadeira conversão a Jesus Cristo e seu projeto. Concedei-nos sabedoria e coragem para renovar nossas comunidades, tornando-as uma Igreja a serviço do Reino. Dai-nos força para participarmos sem medo da construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, vivenciando, assim, a paz tão desejada. Guardai nossas famílias de todos os males para que nossos lares sejam verdadeiras igrejas domésticas, onde o Evangelho é anunciado e vivenciado. Tudo isso vos pedimos, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém!

Santo Estêvão Mártir - Edições Paulinas







terça-feira, dezembro 25, 2012

BENÇÃO “URBI ET ORBI” - PAPA BENTO XVI NATAL 2012


Cidade do Vaticano (RV) – Na Solenidade do Natal do Senhor, o Papa dirigiu a tradicional Mensagem natalina aos fiéis da sacada central da Basílica de São Pedro, o ‘balcão da benção’. Após a leitura da Mensagem, Bento XVI concedeu a benção “Urbi et Orbi” com a indulgência plenária e fez os votos de ‘Bom Natal’ em 65 línguas. 
Esta é a ocasião em que, falando aos fiéis de Roma e do mundo inteiro, o Pontífice habitualmente aponta as situações que mais o preocupam, chamando a atenção da comunidade internacional para as realidades de maior sofrimento.
No dia em que Deus se fez carne, o Papa explicou a todos que “se realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade”, e lançou um sinal de otimismo, afirmando que “a nossa esperança vence o medo de nos fecharmo-nos: a Verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz!”.
“Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos refugiados e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito”.
Em seguida, Bento XVI pediu que “a paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos israelenses e palestinos a coragem de por fim a tantos anos de lutas e divisões para empreender, com decisão, o caminho das negociações”.
Falando sobre a situação no Egito, disse esperar que “os cidadãos construam juntos sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa”.
Entrando no continente asiático, o Papa pediu que os governantes da República Popular da China valorizem a contribuição das religiões, para que possam contribuir na construção de uma sociedade solidária.
A realidade africana também foi focada por Bento XVI: “Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas. Que o Redentor proporcione auxílio e conforto aos refugiados do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quênia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto”. 
Finalmente, acenando à América Latina, lembrou suas virtudes humanas e cristãs e pediu ao Menino Jesus “que sustente aqueles que se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra e revigore os governantes em seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade”. 
Concluindo, Bento XVI recordou que “o amor e verdade, a justiça e a paz encontraram-se e encarnaram no Filho de Deus nascido de Maria, em Belém. Seu nascimento é uma semente de vida nova para toda a humanidade”. E auspiciou que “o amor, a verdade, a justiça e a paz sejam acolhidos e germinem em todas as terras”.

LEIA NA ÍNTEGRA

MENSAGEM DE NATAL DO PAPA BENTO XVI
25/12/2012


“VERITAS DE TERRA ORTA EST! – A VERDADE GERMINOU DA TERRA”
(SL 85, 12).

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boas-festas de Natal para todos vós e vossas famílias!

Os meus votos de Natal, neste Ano da Fé, exprimo-os com as palavras seguintes, tiradas de um Salmo: «A verdade germinou da terra». Realmente, no texto do Salmo, a frase está no futuro: «A verdade germinará da terra»: é um anúncio, uma promessa, acompanhada por outras expressões que, juntas, ecoam assim: «O amor e a verdade vão encontrar-se. / Vão beijar-se a justiça e a paz. / A verdade germinará da terra / e a justiça descerá do céu. / O próprio Senhor nos dará os seus bens / e a nossa terra produzirá os seus frutos. / A justiça caminhará diante dele / e a paz, no rasto dos seus pés» (Sal 85, 11-14).

Hoje cumpriu-se esta palavra profética! Em Jesus, nascido da Virgem Maria em Belém, - encontram-se realmente o amor e a verdade, beijaram-se a justiça e a paz; a verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu. Com feliz concisão, explica Santo Agostinho: «Que é a verdade? O Filho de Deus. Que é a terra? A carne. Interroga-te donde nasceu Cristo, e vê por que a verdade germinou da terra; (...) a verdade nasceu da Virgem Maria» (En. in Ps. 84, 13). E, num sermão do Natal, afirma: «Assim, com esta festa que acontece cada ano, celebramos o dia em que se cumpriu a profecia: "A verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu". A Verdade, que está no seio do Pai, germinou da terra, para estar também no seio de uma mãe. A Verdade que segura o mundo inteiro germinou da terra, para ser segurado pelas mãos de uma mulher. (...) A Verdade, que o céu não consegue conter, germinou da terra, para se reclinar numa manjedoura. Para benefício de quem Se fez assim humilde um Deus tão sublime? Certamente sem nenhum benefício para Ele mesmo, mas com grande proveito para nós, se acreditarmos» (Sermones 185, 1).

“Se acreditarmos…”. Que grande poder tem a fé! Deus fez tudo, fez o impossível: fez-Se carne. A sua amorosa omnipotência realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade. E, no entanto, este mesmo Deus não pode entrar no meu coração, se não abro eu a porta. Porta fidei! A porta da fé! Poderíamos ficar assustados com a possibilidade desta nossa omnipotência invertida; este poder que o homem tem de se fechar a Deus, pode meter-nos medo. Mas, eis a realidade que afugenta este pensamento tenebroso, a esperança que vence o medo: a verdade germinou! Deus nasceu! «A terra produziu o seu fruto» (Sal 67, 7). Sim! Há uma terra boa, uma terra saudável, livre de todo o egoísmo e entrincheiramento. Há, no mundo, uma terra que Deus preparou para vir habitar no meio de nós; uma morada, para a sua presença no mundo. Esta terra existe; e também hoje, no ano de 2012, desta terra germinou a verdade! Por isso, há esperança no mundo, uma esperança fidedigna, mesmo nos momentos e situações mais difíceis. A verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz.

Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos prófugos e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito.

A paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos Israelitas e Palestinianos a coragem de por termo a tantos, demasiados, anos de lutas e divisões e empreender, com decisão, o caminho das negociações.

Nos países do norte de África, em profunda transição à procura de um novo futuro – nomeadamente o Egipto, terra amada e abençoada pela infância de Jesus –, que os cidadãos construam, juntos, sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa.

A paz germine no vasto continente asiático. Jesus Menino olhe com benevolência para os numerosos povos que habitam naquelas terras e, de modo especial, para quantos crêem n’Ele. Que o Rei da Paz pouse o seu olhar também sobre os novos dirigentes da República Popular da China pela alta tarefa que os aguarda. Espero que, no desempenho da mesma, se valorize o contributo das religiões, no respeito de cada uma delas, de modo que as mesmas possam contribuir para a construção duma sociedade solidária, para beneficio daquele nobre povo e do mundo inteiro.

Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas, nomeadamente entre os cristãos. O Redentor proporcione auxílio e conforto aos prófugos do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quénia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto.

Jesus Menino abençoe os inúmeros fiéis que O celebram na América Latina. Faça crescer as suas virtudes humanas e cristãs, sustente quanto se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra, revigore os governantes no seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade.

Amados irmãos e irmãs! Amor e verdade, justiça e paz encontraram-se, encarnaram no homem nascido de Maria, em Belém. Aquele homem é o Filho de Deus, é Deus que apareceu na história. O seu nascimento é um rebento de vida nova para toda a humanidade. Possa cada terra tornar-se uma terra boa, que acolhe e faz germinar o amor, a verdade, a justiça e a paz. Bom Natal para todos!

BENEDICTUS PP XVI

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“...GLÓRIA A DEUS NO MAIS ALTO DOS CÉUS E PAZ NA TERRA ÀS PESSOAS DE BOA VONTADE. JESUS CHEGOU ATÉ NÓS, TRAZENDO-NOS A SALVAÇÃO”.

Neste grande dia do Natal de nosso Senhor Jesus Cristo, somos convidados a perceber que o Menino da gruta de Belém, sendo Luz para toda a humanidade, não se impõe, mas convida, convoca, chama e quer ser aceito na liberdade e no amor.
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Por que temes com a vinda do Senhor? Ele não veio para julgar ninguém. Não nasceu para condenar. Por isso ele apareceu como criancinha e não como um rei potente; pode ser encontrado na manjedoura, não no trono.
 
Ele não veio armado para punir. Ele está aí franzino para ficar junto de nós e nos libertar! Celebra, pois, a chegada do teu maior AMIGO!

Canta Aquele que foi sempre, no sono e na vigília, esperado e ansiado, o guarda de Israel, o consolo da humanidade, o alento do nosso coração.


Ele chegou, finalmente! Chegou para nunca mais nos deixar. É este o mistério do Santo Natal! Tenhamos cuidado de não parar nas aparências, de não ficarmos somente na meiga cena do Menino, com a Virgem e São José.
Este Menino é o Emanuel, o Deus-conosco! Este Menino veio como sinal de contradição, pois diante dele ninguém pode ser indiferente: ou se o acolhe, ou se o rejeita. 

 “A Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-la.Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 
PADRE MARCOS COM A MÃE, LÍGIA BELIZÁRIO
Mas, a todos os que a acolheram, deram a capacidade de se tornarem filhos de Deus…”

Pois bem: acolhamo-la, a Palavra que se fez Menino, Filho que nos foi dado!


Se o acolhermos de verdade, na pobreza do dia-a-dia, no esforço de uma vida santa, então poderemos cantar com o salmista:
“Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!”

Vamos todos! Sejamos testemunhas da graça deste dia, da novidade desta festa.
E cumpram-se em nós as palavras da Escritura na leitura da missa de hoje: 
“Como são belos, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação e diz a Sião: o teu Deus reina! 
O Senhor consolou o seu povo! O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; 
todos os confins da terra hão dever a salvação que vem do nosso Deus”. 
SEJAMOS MENSAGEIROS DESSA PAZ, DESSA BOA NOVA, SEJAMOS TESTEMUNHAS DO MENINO, IRRADIEMOS A GRAÇA DO SANTO NATAL! AMÉM.