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segunda-feira, janeiro 28, 2013

A PALAVRA DE DEUS ILUMINA A VIDA DO POVO.


Podemos observar o cuidado na proclamação, a atenção na Assembléia e como já então o povo aclamava a Palavra escutada, tal como a Celebração Litúrgica atual continua a prever. É com esta leitura e o Salmo que se lhe segue que se inaugura a “Mesa da Palavra”, o Ambão, no dia da dedicação de uma nova Igreja.

A Palavra de Deus gera a comunidade: Em torno do palanque – sobre o qual Esdras lê o livro da lei de Deus – estão reunidas todas as pessoas, indistintamente. O texto de hoje salienta, por duas vezes, que a proclamação da palavra é feita “na presença dos homens, mulheres e de todos os que eram capazes de entender”. A Palavra congrega.

A Palavra de Deus torna-se o centro de atenção da comunidade. O texto mostra a comunidade toda prestando atenção ao que esta sendo lido. Para a ocasião, haviam construindo um palanque, no qual é feita a proclamação da Palavra. Toda a comunidade pode ver o livros sendo aberto. A Palavra é ouvida.

A Palavra de Deus suscita reações iguais em toda a comunidade. É interessante notar as expressões corporais da assembléia: todos ficam de pé, todos erguem as mãos e proclamam “AMÉM, amém !”, todos se ajoelham e se inclinam até ao chão diante do Senhor . A Palavra é aclamada e Deus é adorado.

A Palavra de Deus ilumina a vida do povo. Esdras lê o livro da lei de Deus, traduzindo, explicando e atualizando o sentido para a comunidade. Para que se torne vida do povo, alicerce na construção do país, a Palavra necessita de mediações hermenêuticas que atualizem para a caminhada no hoje da comunidade. Esdras explica e interpreta o sentido do Deuteronômio, “para todos compreenderem bem a leitura”. A mediação não depende de uma só pessoa. Esdras se serve também dos levitas que instruíam o povo. É a catequese que ilumina a vida.

A Palavra de Deus suscita partilha dos bens. A reação do povo é estranha: todos começam a chorar. O que provocou tamanha tristeza na comunidade? Talvez a distância entre o que foi lido e a realidade vivida pelo povo, ou a constatação de que tudo está por fazer . Mas a Palavra de Deus não cria comunidade com objetivo de decepcionar o povo que busca a própria identidade e quer reconstruir o país. Pelo contrário, quer ser força, esperança e luz.

Como, portanto, reconstruir a nação, recuperar a memória do passado e conservar a identidade de povo livre?  No versículo 10 de Neemias 8: a partilha dos bens sugerida pela interpretação da Palavra de Deus, leva a comunidade à criação da nova sociedade .




A MAIOR "MARCHA PELA VIDA" DA HISTÓRIA DOS EUA


A Marcha pela vida, que marcou os 40 anos da aprovação da lei Roe x Wade - julgamento que legalizou o aborto nos EUA - aconteceu cinco dias após a posse do presidente Barack Husseim Obama, notório defensor do aborto. Estima-se que mais de 600 mil manifestantes tenham participado da Marcha, que contou com o apoio de inúmeras instituições, inclusive com o do Santo Padre Bento XVI.
MAIS DE 600 MIL MANIFESTANTES NA MARCHA PELA VIDA
A Marcha pela Vida foi precedida por uma Solene Vigília na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, com duas multitudinárias Missas. A primeira, que deu início a toda uma noite de oração, foi presidida pelo Cardeal Sean O'Malley, Secretário de Atividades Pró-vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e concelebrada por quatro Cardeais, 42 bispos 3 395 sacerdotes. Além disso, 80 diáconos, 520 seminaristas e 13 mil fiéis se uniram a solene liturgia. Uma segunda Santa Missa foi celebrada ao final da Vigília, e foi presidida pelo Bispo de Dallas, Dom Kevin Ferrell.
NO CONTROLE E PROIBIÇÃO DA VENDA DE ARMAS
O Cardeal O'Malley aproveitou sua homilia para fomentar a esperança dos milhões de cidadãos que clamam pela proteção do direito à vida desde a concepção. O prelado comparou a luta pró-vida com aquela dos que lutaram pelo fim da escravidão e destacou as múltiplas ações que foram realizadas sem desfalecer em favor da vida nas quatro últimas décadas. "O aspecto mais motivante é que os americanos mais jovens são mais pró-vida do que nunca", destacou.
A TRAGÉDIA DA ESCOLA SANDY HOOK, MANIFESTAÇÃO PARA O CONTROLE DA VENDA DE ARMAS DE FOGO
"O Evangelho da vida é imperativo para os discípulos de Cristo", expressou o Cardeal O'Malley. "Deus nos urge a ser defensores da vida em meio da cultura da morte". 
O também Arcebispo de Boston lamentou que muitas pessoas justifiquem o aborto como um "mal necessário" e exortou aos católicos a apoiar as mães que atravessam circunstâncias difíceis em sua gravidez. O trabalho pró-vida deve estar encaminhado a "mudar os corações das pessoas, e ajudar aos americanos a entender que o aborto é mal e não é necessário". O prelado concluiu convidando os fiéis a comunicarem a verdade com civilidade, empatia e claridade. "Ser compassivo com o Evangelho da vida trata se de criar uma nova civilização com amor.
Sob baixa temperatura e neve, os pró-vida percorreram várias ruas até finalmente chegarem à Corte Suprema dos Estados Unidos. Portando cartazes e proferindo preces espontâneas, as centenas de milhares de pessoas expuseram claramente o seu sim à vida. 
Apesar dos números, a causa abortista vem perdendo força a cada ano. A Revista Time, na sua edição de 04/01, publicou uma enorme matéria sobre a derrocada da agenda abortista nos EUA. Conforme a reportagem, “em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que em muitos lugares desde a década de 1970”. Além disso, segundo um artigo do professor de Ciência Política da Universidade Michigan, Michael J. New, a respeito da cobertura da imprensa americana sobre os 40 anos da aprovação do aborto - publicado na revista National Revew - a mídia americana não teve como esconder o pessimismo sobre a causa do aborto, especialmente devido à falta de engajamento dos jovens. De acordo com jornais como The New York Times e Washington Post, a juventude americana está cada vez mais pró-vida. A própria Nancy Keenan, importante feminista já aposentada, admitiu a preocupação quanto ao futuro do chamado movimento “pró-escolha” devido ao desinteresse dos jovens pela causa.
Embora a mídia de outros países, como a brasileira, tenha dado pouca atenção à Marcha pela Vida realizada nos EUA, o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Ignacio Carrasco de Paula, acredita que essa manifestação estadunidense tenha uma importância fundamental para luta contra o aborto nas demais nações. De acordo com o prelado, eventos como estes que “estão a favor da vida humana desde a concepção até a morte natural, converteram-se em uma importante referência histórica para outros católicos ao redor do mundo”. De fato, o movimento pró-vida tem crescido em inúmeros outros países. Prova disso foram as majestosas marchas contra o casamento gay realizadas na França no começo do mês e as marchas contra o aborto na Irlanda, tidas como as maiores manifestações populares dos últimos 20 anos.
Ao final da Marcha, o presidente do Movimento Pró-vida americano, Chris Smith, fez um forte discurso dirigido ao presidente Barack Obama. “Saiba disso”, disse Smith a Obama, “o movimento pró-vida é composto de pessoas nobres, zelosas, inteligentes e altruístas. É extremamente poderoso, não violento, cheio de fé, luta pelos direitos humanos e está crescendo em apoio popular, intensidade, compromisso e esperança. Somos a geração que vai abolir a lei do aborto”, encerrou o ativista pró-vida.

“UNO-ME À DISTÂNCIA A TODOS OS QUE SE MANIFESTAM PELA VIDA, E REZO PARA QUE OS POLÍTICOS PROTEJAM AO NÃO-NASCIDO E PROMOVAM A CULTURA DA VIDA"

DECLAROU O PAPA BENTO XVI
ATRAVÉS DE SUA CONTA NO TWITTER

Fonte: ACI Digital - gaudiumpress.org - Portal Ecclesia - g1.globo.com – padrepauloricardo.org









domingo, janeiro 27, 2013

NOTA DE SOLIDARIEDADE DA ARQUIDIOCESE DO RJ - TRAGÉDIA EM SANTA MARIA - RS

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou pelo menos 245 mortos na madrugada deste domingo (27), foi o segundo incêndio mais mortal e a quinta maior tragédia da história do Brasil.
O maior incêndio brasileiro aconteceu no Gran Circo Americano, em 17 de dezembro de 1961, que deixou 503 mortos em Niterói (RJ). A tragédia foi provocada por um trapezista que disparou chamas contra a lona do circo, que pegou fogo.
Outras milhares de pessoas ficaram feridas por queimaduras de segundo e terceiro graus ou pisoteadas na correria após o incidente. A maioria das vítimas foram crianças.

O número de vítimas até o momento já é maior que o incêndio no edifício Joelma, em 1974, que deixou 188 mortos e foi o maior incêndio do Estado de São Paulo e agora o terceiro maior do Brasil.
Familiares aguardam anúncio da lista com os nomes das vítimas
do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, que estão
 em atendimento em hospitais da região, neste
 domingo. A tragédia no local deixou mais de 200 mortos
"Essa é uma tragédia brutal para o estado e para o país. Estamos empenhados em dar o apoio necessário para que tenhamos um levantamento completo para poder fazer um inquérito policial de alto nível e prestar esclarecimentos, inclusive em relação às causas do incêndio", salientou. "Esse é um momento de compartilhar a dor e demonstrar solidariedade a essas famílias. É um momento muito duro para todos nós e precisamos dar uma resposta à altura". Tarso Genro - governador do Rio Grande do Sul

O maior incêndio brasileiro aconteceu no Gran Circo Americano, em 17 de dezembro de 1961, que deixou 503 mortos em Niterói (RJ). A tragédia foi provocada por um trapezista que disparou chamas contra a lona do circo, que pegou fogo.

Outras milhares de pessoas ficaram feridas por queimaduras de segundo e terceiro graus ou pisoteadas na correria após o incidente. A maioria das vítimas foram crianças.

O número de vítimas até o momento já é maior que o incêndio no edifício Joelma, em 1974, que deixou 188 mortos e foi o maior incêndio do Estado de São Paulo e agora o terceiro maior do Brasil.


NOTA DE SOLIDARIEDADE
“Eu sei que meu Redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó” (Jó 19,25)
Nossos corações estão abalados com a morte de inúmeros jovens estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, RS, e outras pessoas que estavam no local. A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Coordenação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013 e o Regional Leste 1 da CNBB rezam pelos falecidos, como pelos hospitalizados e os que estão trabalhando com afinco para minorar a dor de todos, como também pelo consolo dos amigos e familiares das vítimas.
Em solidariedade ao acontecimento trágico, transformamos um evento para jovens programado para este domingo a tarde em momento de oração e sufrágio pelas almas dos jovens e outras pessoas falecidas, com caminhada e missa saindo às 15 horas da Igreja da Candelária até a Catedral Metropolitana, onde será celebrada missa às 16 horas com transmissão ao vivo para todo o Brasil pela Rede Vida de Televisão. Pedimos a todos os párocos que nas missas de hoje à noite também rezem por essa intenção.
Sentimo-nos como preparadores da Jornada Mundial da Juventude, evento que reunirá jovens de todo o mundo, tristes por esses jovens e outras pessoas que foram ceifadas de forma trágica da vida. Esperamos que o Senhor Ressuscitado, vencedor da morte, possa ser o consolo e a esperança neste momento de sofrimento e dor.
Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2013
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro
Presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013
Presidente do Regional Leste 1 da CNBB


MENSAGEM DE DOM ORANI À 
DOM HÉLIO ADELAR RUPERT
São Sebastião do Rio de Janeiro, 27 de Janeiro de 2013.
Caríssimo
Dom Hélio Adelar Rupert
Arcebispo de Santa Maria, RS

Caríssimo D. Hélio,
Abraço-o fraternalmente como querido irmão e com isso desejo abraçar todos os familiares e pessoas atingidas pela tragédia desta madrugada. Como pastor da Arquidiocese do Rio e também presidente do Regional Leste 1 da CNBB e do COL da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, venho em meu nome manifestar-lhe como  também de toda a comunidade católica de nossa cidade, a solidariedade ao caro irmão e  às famílias dos jovens falecidos e das inúmeras  vítimas hospitalizadas.
Nossos corações estão abalados  com essa grande tragédia que abalou não só a arquidiocese de Santa Maria, mas também todo Brasil, que ceifou a vida de inúmeros jovens dessa cidade, em especial, dos estudantes da Universidade Federal de Santa Maria. Unimo-nos a todos os familiares e povo de Santa Maria e de tantos outros vitimados neste incêndio. A Arquidiocese do Rio, o Regional Leste 1 e a JMJ Rio2013 nos unimos a todos.
Nesta tarde os jovens do Rio de Janeiro estarão rezando em nossa Catedral Metropolitana pelos falecidos, familiares e amigos, como também pelos hospitalizados e pelos que estão tralhando no socorro de todos procurando minorar a dor. Os jovens daqui do Rio sentem juntos esse momento de dor e abraçam a todos seus irmãos do sul.
O Brasil que se prepara para um grande momento de esperança na juventude com a JMJ Rio 2013 sente a dor da perda de tantos filhos e irmãos, e nós, que aqui nos preparamos para acolher a juventude do mundo sentimos juntos a dor por esse grave momento.
Receba nossa unidade, solidariedade e nossas orações que peço para transmitir a todos os que sentem esse momento de grande perda. Que a certeza do Cristo Ressuscitado ilumine a vida de tantos que passam por esse momento.

Em Cristo,
D. Orani João Tempesta, O. Cist.




ACOLHA O ‘HOJE’ ONDE DEUS TE OFERECE A SALVAÇÃO”. PAPA BENTO XVI

Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de fiéis e peregrinos comparecerem neste domingo à Praça São Pedro para a tradicional Oração Mariana do Angelus. A presença de milhares de jovens da Ação Católica Romana, na sua anual Marcha pela Paz, conferiu à cerimônia um particular colorido e uma diversidade de sons.

Na alocução, que precedeu a Oração mariana, Bento XV refletiu sobre a atualidade da salvação em Jesus Cristo, fazendo uso, diversas vezes, da expressão ‘hoje’, “tão cara ao evangelista Lucas”.

O Santo Padre, tomando dois diferentes trechos do Evangelho de Lucas, da Liturgia deste domingo, explicou que o primeiro é dirigido a “um certo Teófilo, que em grego significa ‘amigo de Deus’ “ e que representa “cada fiel que se abre a Deus e quer conhecer o Evangelho”. “O segundo trecho, por sua vez, nos traz Jesus como ‘a força do Espírito’, que se dirige à Sinagoga de Nazaré” no dia de sábado, e se une aos outros em oração e na escuta das Escrituras.

Prosseguindo sua reflexão, Bento XVI acrescenta que Jesus se levantou e abriu ao acaso as escrituras, justamente onde o Profeta Isaías escreve sobre Ele próprio: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois o Senhor me consagrou pela unção e me enviou a levar a Boa Nova aos humildes”. Para Orígenes – diz Bento XVI - abrir as Escrituras nesta passagem não foi obra do acaso, mas ‘obra da Divina Providência’. E completa, que Jesus, ao terminar a leitura proclamou: ‘Hoje se cumpriu esta escritura que vocês acabaram de ouvir’.

A partir deste ponto, o Papa passa a enfatizar a expressão ‘hoje’ usada por Lucas e que, num sentido mais radical, quer dizer que “Jesus mesmo é o ‘hoje’ da salvação na história, É Ele o Salvador onde se cumpre a plenitude da redenção".

Em seguida, Bento XVI recorda que a expressão ‘hoje’ também nos interpela e nos recorda como devemos viver o domingo “dia de repouso e da família, mas antes de tudo, dia para dedicar ao Senhor, participando da Eucaristia, na qual nos alimentamos do Corpo e Sangue de Cristo e de sua Palavra de Vida”.

O Pontífice recordou em seguida, que o Evangelho deste domingo também nos interroga sobre nossa ‘capacidade de escuta’: “antes de poder falar de Deus e com Deus, é necessário escutá-lo, e a liturgia da Igreja é a ‘escola’ desta escuta do Senhor que fala.

Por fim, Bento XVI ressaltou que “cada momento pode se tornar um ‘hoje’ propício para a nossa conversão. Cada dia pode se tornar o ‘hoje’ salvífico, pois a salvação é uma história contínua para a Igreja e para cada discípulo de Cristo. Acolha o ‘hoje’ onde Deus te oferece a salvação”.

RV

A MÍSTICA CATÓLICA E O DESAFIO INTER-RELIGIOSO

Maria Clara  Lucchetti Bingemer, 
professora do Departamento de Teologia
 da PUC-Rio
A MÍSTICA INTER-RELIGIOSA VAI SE FIRMANDO HOJE COMO NOVA E IMPORTANTE ÁREA DENTRO DAS CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. E ISTO CERTAMENTE TEM GRANDES E SURPREENDENTES REPERCUSSÕES NA EXPERIÊNCIA MÍSTICA CRISTÃ  DOS TEMPOS ATUAIS E NA RELEITURA DAS EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS CRISTÃS DE TODOS OS TEMPOS.
Esperamos que, seguindo estes caminhos, possamos chegar, senão a um novo paradigma, ao menos  talvez  a um paradigma muito antigo e mesmo primordial que hoje, revisitado, se levanta com nova força, novo rosto e chega por novas vias ao  sentimento religioso nosso e de boa parcela do povo de Deus.

Em um momento da história e da vida da Igreja em que se encontram tantas perplexidades e muitas vezes, inclusive, inumeráveis confusões quanto à questão da espiritualidade e da experiência espiritual que seria própria ao cristianismo, cremos que a reflexão que aqui fazemos poderia talvez ajudar ou pelo menos provocar  um aprofundamento desta questão hoje vital: a possibilidade da autêntica experiência de Deus em outras tradições religiosas e a influência que tais experiências tiveram na configuração da experiência mística cristã . 

Sendo todas as experiências autenticamente místicas distintas formas de aproximação do Mistério Fundamental que é Deus,  uma teologia cristã das religiões ou da mística inter-religiosa implicará o reconhecimento da legitimidade destes diversos caminhos ou percursos em direção à comunhão com o mesmo Mistério Fundamental.

   A mística cristã hoje é diretamente interpelada pelas experiências místicas e espirituais de outras religiões. Os numerosos estudos que vão mais e mais aparecendo neste campo comprovam o que acabamos de afirmar.  Mais: pode-se perceber nas experiências e escritos de muitos dos maiores místicos cristãos a presença autêntica e real de intuições, imagens e contornos encontradiços igualmente em outras tradições. Isto não faz com que tal mística deixe de ser cristã ou perca em autenticidade,  mas demonstra que cada pessoa é situada num determinado contexto cultural e recebe a influência deste  sem disto tomar ciência a nível consciente.

 Demonstra igualmente  que a experiência de Deus que se encontra no coração mesmo da identidade da mística cristã não se torna diminuída ou difusa ou menos consistente pela influência que recebe de alhures.  Mas,  pelo contrário,  dá e alcança toda a sua medida ao encontrar elementos de sintonia provindos de seres humanos que provaram profundamente a proximidade e o amor de Deus, ainda que oriundos e filiados a outras tradições religiosas. 

Existe, sem dúvida, algo que apenas a religião do outro, na sua diferença, pode ensinar, ou transmitir: às vezes, um ponto ou uma dimensão que vamos descobrir na nossa experiência religiosa e do qual não nos havíamos dado conta.  Por aí desejaríamos que se desse nosso percurso.

 Queremos destacar, dentro daquilo que afirmamos,  algumas interfaces que acontecem nas experiências de alguns místicos cristãos em confronto com  outras  religiões monoteístas: o Judaísmo e o Islã.   No centro destas três tradições está presente um único Deus e isso nos fornece – parece-nos -  material mais propício e terreno menos movediço  para refletir num campo onde ainda quase tudo está por fazer.  A experiência mística, no fundo, não é senão a experiência do amor  que revolve as profundezas da humanidade pela presença e a sedução da alteridade.  

Quando a alteridade é a religião do outro, há todo um caminho a ser feito em direção a uma comunhão que não suprime as diferenças, enriquecedoras e originais, mas encontra, na sua inclusão, um “novo” no qual se pode experimentar coisas novas do mesmo Deus.

 Essa inclusão, a nosso ver, pode ser percebida de forma mais explícita em termos do entrelaçamento das diferentes experiências místicas das três tradições mencionadas.  Tendo em comum a crença num só Deus e acontecendo igualmente em regiões e culturas onde a proximidade e a convivência facilitam e mesmo convidam à  intersecção, oferecem material de grande interesse para o que aqui nos propomos refletir. 

A experiência de um Deus pessoal e imanipulável, que as três religiões monoteístas ofereceram e oferecem como tesouro aos seus místicos, permite que entre estas três tradições se instaure um aprendizado fecundo, o qual, nos dias de hoje, pode enriquecer e efetivamente enriquece não só a experiência mística cristã em si mesma, como também a reflexão teológica que sobre ela se faz.



A escritora é autora de “Crônicas de cá e de lá” (editora Subiaco), que pode ser encomendado diretamente à escritora pelo e-mail – agape@puc-rio.br – Preço: R$ 20,00.
Copyright 2013 – MARIA CLARA LUCCHETTI 


sexta-feira, janeiro 25, 2013

A CONVERSÃO DE SÃO PAULO

NO DIA 25 DE JANEIRO SE CELEBRA A CONVERSÃO DE SÃO PAULO QUE, DE PERSEGUIDOR TORNOU-SE O MAIOR ANUNCIADOR DO CRISTIANISMO. CONTEMPLAR UMA CONVERSÃO É CONTEMPLAR A MISERICÓRDIA DE DEUS AGINDO NO MUNDO. CONVERSÃO É ATO DE AMOR DO PAI DO CÉU.

Saulo, cidadão romano por privilégio da sua cidade natal, Tarso, era um judeu convicto, formado na escola de Gamaliel, em Jerusalém. Opôs-se decididamente à nova fé que começava a propagar-se na Palestina e arredores.

Clamou pela morte de Estêvão, e tomou parte nela, guardando as capas dos que apedrejavam o protomártir.

Perseguiu violentamente os crentes em Jesus Cristo. O seu nome causava terror nas comunidades cristãs.

 Ao dirigir-se para Damasco para prender os cristãos que lá encontrasse e conduzi-los a Jerusalém, encontrou Jesus ressuscitado. Esse encontro mudou-lhe para sempre a vida, com a sua forma de crer e de pensar. Jesus ressuscitado, que ele perseguia, tornou-se o centro da sua espiritualidade e da sua teologia.

Em Antioquia, Saulo faz a sua primeira experiência de vida cristã. Tornado apóstolo do Evangelho, com o nome de Paulo, Antioquia será também o ponto de partida para as suas viagens missionárias. 

Funda diversas comunidades na Ásia e na Europa. Escreve-lhes cartas que testemunham o seu amor a Jesus Cristo e à Igreja, e nos dão elementos importantes da sua teologia. Como apóstolo verdadeiro e autêntico, Paulo tem sempre o cuidado de voltar a Jerusalém para se confrontar com os outros apóstolos e não correr em vão.

Há muitos séculos que a festa da conversão de São Paulo foi fixada no dia 25 de Janeiro, talvez por causa da data da transladação do seu corpo, que atualmente repousa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma
.

A BASÍLICA
Com o fim das perseguições e a promulgação dos editos de tolerância ao cristianismo, no início do século IV, o imperador Constantino ordenou escavações nos lugares da cella memoriae, onde os cristãos veneravam a memória do apóstolo São Paulo, decapitado entre 65 e 67, sob o império de Nero. Foi sobre esse túmulo, situado na via Ostiense, aproximadamente 2 km fora dos muros aurelianos que cercam Roma, que mandou erguer uma Basílica, consagrada pelo papa Silvestre em 324.

São Paulo Fora dos Muros é um vasto complexo extraterritorial (Motu próprio do papa Bento XVI, 30 de maio de 2005), administrado por um Arcipreste.
Além da Basílica papal, o conjunto compreende uma abadia beneditina muito antiga, restaurada por Odon de Cluny em 936, bastante atuante nos dias de hoje. Os monges beneditinos da antiquíssima abadia, edificada junto ao túmulo do Apóstolo pelo papa Gregório II (715-731), promovem o ministério da Reconciliação (ou Penitência) e a realização de eventos ecumênicos.



Evangelho: Marcos 16, 15-18
Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.”

Paulo não pertenceu ao grupo dos Doze. Mas a Liturgia aplica-lhe também as palavras de Jesus aos Doze, no momento em que subia ao céu: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (v. 15). Paulo, depois da sua experiência de fé e de comunidade, torna-se verdadeiro apóstolo de Jesus. Desde sempre a Igreja entendeu que o mandato missionário do Ressuscitado se dirigia também a ele. Paulo submete-se e obedece. 

Deus quer salvar a humanidade com a colaboração da própria humanidade. Jesus precisa de missionários-testemunhas. A salvação é fruto da pregação e realiza-se pelo ato de fé de quem a escuta: “Quem acreditar e for batizado será salvo” (v. 16). Deus, que nos criou sem nós, não nos salva sem a nossa colaboração.
Os sinais e prodígios que acompanham a pregação dos apóstolos manifestam a presença consoladora de Deus no meio de nós.

 HOJE É O ANIVERSÁRIO DE 459 ANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO, E EM HOMENAGEM À ELA, NOSSOS PARABÉNS A TODOS OS PAULISTANOS!




quarta-feira, janeiro 23, 2013

"HELPO" - NA MELHORIA DA CONDIÇÃO DA POPULAÇÃO E GRUPOS DESFAVORECIDOS DO SUL DO MUNDO

É uma Organização laica e apolítica que leva a cabo programas de apoio continuados, projetos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvimento comunitário, educação para o desenvolvimento e desenvolvimento humano em múltiplos países do hemisfério Norte e Sul do Mundo e que se serve, para a concretização das suas atividades, da colaboração dos seus parceiros, associados, funcionários, padrinhos e voluntários cuja motivação se harmoniza com a Missão, Visão e Valores da Organização.
PACD - Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância
O Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância é um programa levado a cabo pela Helpo que espelha vários dos seus valores e conduz a sua linha de atuação em muitas vertentes. Permite que uma criança continue a viver no seu ambiente familiar juntamente com os seus pais, mas que possa frequentar a escola e aceder à assistência médica, fazendo uma alimentação melhorada, graças ao apoio de um padrinho que acompanha a sua evolução através das informações fornecidas pela sede da Helpo. 
Pietro Fugazza, o padrinho mecenas de origem italiana, fez questão de marcar presença na inauguração da obra que ele próprio e a Helpo permitiram construir, como forma de homenagear a sua antiga professora primária, que deu nome à nova escola!

O apoio prestado por cada padrinho não beneficiará apenas a criança apadrinhada, mas permitirá multiplicar o apoio pelas crianças à sua volta, visto que a distribuição em kits tem uma utilidade, muitas vezes, familiar, e que a mesma é feita por todas as crianças de cada turma.
As intervenções são efetuadas pelos colaboradores da Helpo, voluntários laicos, missionários e instituições, cujo conhecimento acerca da realidade local proporciona o cumprimento dos objetivos que este apoio se propõe atingir. 
Mais uma escola na Ilha de Moçambique Com a ajuda de todos os padrinhos e de um mecenas especial.

É efetuada uma recolha de dados sobre as crianças mais carenciadas de cada uma das comunidades onde trabalhamos, em idade escolar ou inferior, que desejem ser integradas no nosso programa de apoio. Esses dados são posteriormente enviados para a sede da Helpo em Portugal, que deve processá-los para posteriormente propor a quem assim o deseje, que apadrinhe uma destas crianças.
Escola nova em Mahera e um grande obrigado a todos os padrinhos, madrinhas, ao voluntário Joaquim Batista e à empresa GFK

Não só as crianças como as suas famílias, e de um modo geral toda a sua comunidade, acabam por beneficiar do Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância e este é um traço característico da identidade do trabalho da Helpo. 
Não se pretende criar um grupo de crianças privilegiadas, nem se pretende criar desigualdades entre as crianças das comunidades, mas antes proporcionar a todas, um conjunto de oportunidades a que de outra forma não teriam acesso, e procurar ajudar a criar as condições necessárias para que, através de um Desenvolvimento trabalhado e alcançado intrinsecamente, a comunidade consiga atingir um patamar de condição de vida mais digno.
Além de distribuições regulares de bens e serviços de primeira necessidade, e dos projetos de construção, reabilitação e acesso à água, estas famílias podem recorrer a uma assistência permanente prestada em casos de necessidade extraordinária (doença, morte, perda da habitação, abusos, etc.).
Entre os anos de 2005 e 2010 a Helpo apoiou mais de 5000 crianças e suas famílias, distribuídas por várias aldeias em contexto rural:
MAPUTO - Maputo é a capital e a maior cidade de Moçambique, perto da fronteira com a África do Sul e, da fronteira com a Suazilândia
Ngolhosa Nova - 102 crianças

INHAMBANE - A província de Inhambane, está localizada região sul de Moçambique. A sua capital é a cidade de Inhambane, a leste e sudeste pelo Oceano Índico e a sul e oeste pela a província de Gaza.
Chigamane - 178 crianças / Macunhe - 235 crianças
Machoco - 297 crianças / Muchua - 203 crianças
Chochua - 209 crianças / Muhasse - 174 crianças
Chibuene - 219 crianças
NAMPULA - Nampula é a cidade capital da província do mesmo nome, em Moçambique e é conhecida como a Capital do Norte. Está localizada no interior da província e a sua população é, de acordo com o censo de 2007, de 471 717 habitantes.
Teacane - 179 crianças / Momola - 232 crianças
Makassa - 196 crianças / Napacala - 173 crianças
Natchetche - 182 crianças / Saua-Saua - 190 crianças
Natôa - 197 crianças / Matibane - 203 crianças
Niapala - 289 crianças / Namialo - 216 crianças
Munimaka - 164 crianças / 
Ilocone - 80 crianças
Mahunha - 96 crianças / Munimaca (escolinha) - 50 crianças
Marrere - 71 crianças / Orfanato Evanjáfrica - 42 crianças
Orfanato Centro Infantário de Nampula - 14 crianças
Ilha de Moçambique - 421 crianças
PEMBA - Pemba é uma cidade moçambicana, sede de município e capital da província de Cabo Delgado. A província de Cabo Delgado é um subdivisão de Moçambique localizada no extremo nordeste do país
Mirige - 37 crianças / Nacate - 32 crianças
Silva Macua - 82 crianças / Impiri - 239 crianças
Centro de apoio das irmãs Pastorelas - 200 crianças
Mahera - .. crianças
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE -  São Tomé e Príncipe, oficialmente República Democrática de São Tomé e Príncipe, é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (Ilha de São Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, num total de 1001 km², com cerca de 160 mil habitantes. Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.
Sta. Catarina - 89 crianças / S. José - 46 crianças
Saudade - 26 crianças / Bemposta - 21 crianças
Trindade - .. crianças

A nossa forma de atuar divide-se em duas vertentes: 
A assistência humanitária e o desenvolvimento de projetos. Aqui poderá inteirar-se acerca das atividades desenvolvidas no dia-a-dia em prol das crianças apoiadas.
Inserindo-se numa lógica de assistência às crianças apoiadas pela Helpo e procurando suprimir as necessidades mais básicas das mesmas bem como de atuar ao nível da prevenção, a Helpo procede a distribuições regulares às crianças, escolas e creches que apoia, ao mesmo tempo que trabalha na implementação de projetos de desenvolvimento e estruturais, nas comunidades.

Este tipo de ação, promovido sempre através da creche/escola, tem como objetivo aproximar os pais, da comunidade escolar; incentivar a frequência escolar; melhorar as condições de vida e de aprendizagem das crianças.
APADRINHE JÁ
Aos padrinhos da Helpo é oferecida a oportunidade de participarem no Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância, através do apoio individual ou colectivo de crianças, ou de apadrinharem a construção/concretização de um projeto concreto numa comunidade específica. No caso de desejar participar na concretização parcial ou total de um projeto, pedimos-lhe gentilmente que contacte os nossos serviços ou info@helpo.pt – para que possamos facultar-lhe a informação de quais os projetos que pode ajudar a concretizar.” A Helpo pode criar diplomas de agradecimento personalizados, individuais ou colectivos, para ocasiões especiais que se pretendam assinalar através da ajuda prestada à concretização de um projeto.
No caso de desejar apadrinhar uma ou mais crianças, por favor preencha o(s) respectivo(s) formulário(s) de adesão a este projeto, e envie para nós os seus dados juntamente com alguma observação especial que deseje fazer.
A atividade da Helpo teve início em Moçambique, apoiou projetos em países como Angola e Nepal e expandiu-se sucessivamente a outros países, como São Tomé e Príncipe, com uma característica comum: a pobreza.
As zonas de intervenção têm em comum as condições precárias da infância, níveis de desenvolvimento humano desadequados, doenças, e o drama dos órfãos causado pelo flagelo da SIDA 
(Síndrome da imunodeficiência adquirida)
Através do programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância, a Helpo contribui de modo ativo para a melhoria das condições em que se desenvolvem as crianças na infância, promove o acesso à educação de modo a oferecer a esperança de uma vida digna e de um futuro melhor. Graças à participação ativa dos próprios padrinhos no programa, a Helpo tem a possibilidade de construir escolas, poços para a água, favorecer o desenvolvimento local das comunidades rurais e contribuir, deste modo, para a redução da pobreza.

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domingo, janeiro 20, 2013

SÃO SEBASTIÃO HERÓI VALOROSO DA FÉ

Herói valoroso da fé, que com férrea coragem enfrentou por duas vezes o martírio em nome de Cristo.
ORAÇÃO E PROCISSÃO DE SÃO SEBASTIÃO NA COMUNIDADE VILA CANOAS EM SÃO CONRADO - 20/01/2013
São Sebastião (256-288) nasceu na França e logo foi com os pais para Milão, na Itália. Nas terras italianas cresceu na fé cristã e ficou famoso como valente soldado e depois capitão da guarda do imperador Romano.
Os cristãos eram perseguidos na época e muitos foram presos e martirizados, porém as pessoas não sabiam que São Sebastião era cristão 
e assim ele conseguiu ajudar muitas pessoas presas por seguirem o Cristianismo, diminuindo as penas, dando alimento e animando a perseverarem na fé em Cristo, mesmo que isso implicasse o martírio.
Outro feito que conseguiu foi a conversão de vários prisioneiros para o Cristianismo. 
O imperador Diocleciano, ao saber que um dos capitães de sua guarda imperial se convertera ao Cristo, tentou obrigá-lo a renunciar à fé. Fiel ao seu Senhor, Sebastião prefere morrer a traí-lo.
FIÉIS ACOMPANHAM A IMAGEM DE SÃO SEBASTIÃO EM PROCISSÃO RUMO A MATRIZ DE SÃO CONRADO
Diocleciano dá, então, a sentença: amarrá-lo em um tronco e flechá-lo até a morte.
 Recebeu as flechadas e foi abandonado. Contudo, ele é recolhido semimorto por Santa Irene que cuidou dele até que ficasse curado. Sobrevivido às flechas e após recobrar a saúde, São Sebastião foi preso novamente pregando o Cristianismo.

Desta vez, o imperador ordenou o seu martírio definitivo e se assegurou que ele de fato havia morrido. Outra cristã recolhe o corpo do herói da fé e o sepulta com a veneração devida aos mártires, nas catacumbas, que haveriam de ser conhecidas pelo seu nome.
 PADRE MARCOS ABENÇOA O BAIRRO DE SÃO CONRADO NO RIO DE JANEIRO PELA INTERCESSÃO DE SÃO SEBASTIÃO - 20/01/2013
QUEM É E COMO SE APRESENTA A PESSOA, O SER HUMANO TRANSFORMADO EM CRISTO?

"É alguém cujo alimento é fazer a vontade do Pai; alguém que se deixa guiar estavelmente e docilmente pelo Espírito, ainda que este o conduza ao deserto, ao Tabor ou ao Horto das Oliveiras.
O ser humano transformado em Cristo é um homem que ama os irmãos e irmãs até dar a própria vida por eles (a vida, não a morte! Isto é, o próprio tempo, o afeto, a competência, os bens materiais).
O ser humano transformado em Cristo é alguém que se deixou envolver e seduzir apaixonadamente pelo Reino; 
que nada coloca acima do reino; que por ele está disposto a doar tudo sem exigir nenhuma recompensa a não ser a pura e simples amizade com Jesus;
 alguém que não é mais, portanto, um mercenário que espera a paga por qualquer serviço, mas um irmão, uma irmã de Jesus; alguém que, no Reino, trabalha para o bem da família.
ISTO QUE DESCREVI É UM OBJETIVO, UMA META !  Nós deixamos a Deus que nos faça alcançar esta meta quando ele quiser, não sabemos se aqui, ou somente depois da morte. Nós queremos, ao invés, nos deter em examinar o caminho que conduz para a meta, porque estes nos interessa de perto aqui e agora, temos 3 momentos:
PADRE  MARCOS BELIZÁRIO FERREIRA
CONHECIMENTO DE CRISTO: deveríamos conceber uma nova paixão para conhecer Jesus, uma vontade ardente de ouvir falar dele, julgar sem sabor o que não é condimentado com Jesus. 
Isto nos deveria levar a um relacionamento pessoal vivo e verdadeiro com o Mestre: Jesus visto não mais como uma memória histórica ou personagem, mas como uma pessoa para nisso, um amigo, como nós somos amigos dele.
SOFIA COSTA NOBRE – “HELPO”
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL
PARA O DESENVOLVIMENTO
IMITAÇÃO DE CRISTO: O conhecimento de Jesus é em vista da imitação de Jesus; o próprio Pai no evangelho nos convida a seguir Jesus dizendo: Escutai-o! A cruz ocupa um lugar muito especial neste caminho de imitação; é a chave de tudo e há uma relação direta dentre ela e nossa vida em Cristo: Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim (Gl 2,19s). Tornar-se “conformados a jesus na morte” é o caminho para “alcançar a ressurreição dos mortos”, isto é, nossa transfiguração nele”.
EUCARISTIA E ORAÇÃO: Não há progresso em nossa assimilação a Jesus sem oração e sem aquele tipo de oração que Jesus nos mostra: a oração feita com calma, no silêncio e, se possível, sozinho.
 Há pessoas que se queixam que para ser cristão é muito difícil. Que não se consegue. É verdade que não se consegue sem oração.
Não basta uma oração em pedaços, sob a forma de simples jaculatórias, feita enquanto se trabalha ou se caminha; é preciso, ao menos uma vez por dia, um pouco de oração mais demorada que permita a nosso coração tomar contato realmente com Deus".

ORAÇÃO A SÃO SEBASTIÃO
São Sebastião, corajoso missionário em tempos difíceis, testemunha do Evangelho através da própria vida, dedicado amigo dos cristãos perseguidos, protetor contra a violência, as doenças e as guerras!
São Sebastião, padroeiro de nossa cidade, intercedei por nós junto ao Pai a fim de que, inspirados por vosso  testemunho, nos tornemos a cada dia firmes no caminho do bem, perseverantes na prática das virtudes, fiéis mensageiros do amor de Deus, construtores da justiça e da paz, consolo e ânimo dos que sofrem, defensores dos aflitos, solidários na dor e nos tormentos, instrumentos constantes de evangelização. Amém.