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quinta-feira, janeiro 29, 2015

CURSO ANUAL DOS BISPOS DO BRASIL COM RECITAÇÃO DAS VÉSPERAS, NO OUTEIRO DA GLÓRIA‏


Aconteceu no dia 28 de janeiro de 2015 durante o Curso Anual dos Bispos do Brasil a Visita e Recitação das Vésperas no Outeiro da Glória.
 Dr Fernando Fragoso fez uma resumo da história da Irmandade, e Julieta de Serpa ofereceu a representação teatral da chegada da família Imperial.
Após a visita ao Museu Imperial, o Outeiro ofereceu um lanche aos Bispos que seguiram então para a recitação das Vésperas.

O Coral da Catedral Metropolitana cantou obras do padre José Maurício Nunes Garcia, compositor brasileiro de música sacra que viveu a transição entre o Brasil Colônia e o Brasil Império. É considerado um dos maiores compositores das Américas de seu tempo.
No final todos os Bispos receberam de presente dos provedores, o livro sobre a his­tó­ria da Irman­dade

A CARIDADE E A VERDADE NO DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Na terceira palestra do primeiro dia do Curso Anual dos Bispos do Brasil, 27 de janeiro, realizado no Centro de Formação do Sumaré, 
no Rio Comprido, o prefeito da 
Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, abordou o tema “Diálogo inter-religioso – Significado e valor”, analisando os fundamentos da relação entre as diferentes religiões e as consequências desta aproximação.
CARIDADE
O cardeal distinguiu duas modalidades que se fazem necessárias no diálogo: a caridade e a verdade. 
Ele defendeu que a caridade é, antes de tudo, um valor disponível a todos. É ela que provoca a colaboração entre as religiões e cria “a possibilidade da paz entre as nações, a defesa da natureza e a proteção da vida”. Como consequência, acrescentou o conferencista, estão a liberdade, sobretudo, a religiosa; a justiça, a igualdade, a fraternidade e a eliminação da pobreza e da fome. “O diálogo da caridade abre um horizonte sem limites como é ilimitada a caridade de Deus, difundida nos nossos corações”, afirmou.

VERDADE
Para o Cardeal Amato, a verdade é o segundo valor essencial no diálogo inter-religioso.
É ela que possibilita “a liberdade de confrontar-se sobre os conteúdos das próprias convicções religiosas, no respeito da consciência dos outros e no reconhecimento da sinceridade do interlocutor”, afirmou.
Ele defendeu a diversidade religiosa no diálogo, e afirmou que a finalidade desta relação “não é orientar para uma religião universal, mas convidar as partes a explicar as características essenciais das suas crenças religiosas. Por isso, a verdade é indispensável para um discernimento objetivo da realidade das coisas”.
Recordou que, numa cultura, como a pós-moderna, na qual prevalece a opinião e na qual a verdade parece ser uma miragem evanescente, o diálogo da verdade aparece como um desafio contra-corrente. “Isto implica uma certa mudança na dinâmica do diálogo inter-religioso”.
Ainda de acordo com o conferencista, é esta verdade que o cristão deve empregar quando perguntado sobre as razões de sua fé. Justificou evocando o último capítulo do Evangelho de São João, que afirma: “Este é o discípulo que dá testemunho sobre estes fatos e escreveu-os; e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”.

CRISTO, VERDADE DO CRISTIANISMO
Para pontuar a importância da caridade e da verdade, o conferencista recordou o pensamento de vários padres da Igreja, apresentando o cristianismo como uma religião verdadeira, de diálogo, para todos. Disse que o cristianismo deve, além de dialogar, também compreender e acolher as demais religiões, reconhecendo o caráter de “mandar todos os povos à escola de Jesus, pois Ele é a verdade em pessoa”.
“O cristianismo não foi inventado pelo homem, mas querido pelo próprio Deus. Tem uma origem divina, fruto de uma revelação divina. O cristianismo é uma religião revelada. No cristianismo a pessoa de Jesus ocupa o lugar central. Ele é a identidade do cristianismo”, afirmou.

CORAGEM E TRANSPARÊNCIA
Na opinião do bispo auxiliar do Rio Dom Pedro Cunha Cruz, o Cardeal Amato sublinhou em suas conferências as duas posturas que os cristãos devem ter ao apresentar a verdade da fé, a saber, a caridade e a verdade.
“O cristianismo deve sempre ter como ponto de partida o amor e a defesa da liberdade da pessoa como um todo, pois aí reside a base para a afirmação da justiça, igualdade e fraternidade”.
O segundo aspecto importante no diálogo, explicou Dom Pedro, é o conhecimento da verdade ou dos conteúdos da fé. Não somente conhecer os princípios da fé, mas, sobretudo, respeitar a sinceridade da consciência dos interlocutores.
“Sabemos que o diálogo é sempre difícil, mas temos que compreender os fundamentos e princípios de nossa fé, e convidar nossos irmãos de confissões religiosas diferentes a explicar as características religiosas de suas crenças. A verdade deve ser sempre apresentada com coragem e transparência”, disse Dom Pedro.
Para nós, continuou o bispo auxiliar do Rio, “Jesus Cristo é a suprema verdade, única e suprema, e é isso que distingue o cristianismo das outras religiões. Ele é a verdade do cristianismo”.
Dom Pedro disse ainda que o Cardeal Amato fez uma esclarecedora distinção entre ecumenismo e diálogo inter-religioso, “na qual no primeiro nós buscamos o retorno à unidade eclesial, enquanto que o segundo visa uma apresentação e conhecimento de nossa doutrina, sem esperar que ocorra a referida unidade”.

CONVICÇÕES RELIGIOSAS
Para o bispo auxiliar do Rio Dom Antonio Augusto Dias Duarte, a primeira modalidade para o diálogo inter-religioso é o diálogo da caridade, que tende à construção de uma civilização mais humana, mais reconciliada e mais pacífica.

“É um diálogo da vida, isto é, entre pessoas que pertencem a mesma humanidade, com a mesma dignidade de vida e de pessoa.
Esse diálogo da caridade prima pelo acolhimento, estima e amizade, para que os interlocutores possam colaborar para alcançar a paz entre as nações, para a proteção da vida, da natureza e das suas leis, para a tutela da liberdade de todas as pessoas, sobretudo a liberdade religiosa, para afirmação da justiça, da igualdade e da fraternidade”.
O diálogo da caridade, acrescentou Dom Antonio, “tem um caráter positivo e propositivo, porque é a caridade de Deus e a bondade, a beleza e a ternura”.
A segunda modalidade de diálogo, a verdade, explicou Dom Antonio, “procura aprofundar no conteúdo das próprias convicções religiosas o respeito da consciência dos outros. É um diálogo difícil, e pede aos seus participantes a explicitarem melhor as suas crenças religiosas”.
Da dificuldade dessa dimensão do diálogo, concluiu o bispo auxiliar, “nasceu antes uma estratégia mais voltada para um diálogo diplomático, por causa da complexidade e globalidade da realidade humana e religiosa”.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO E CNBB
Arcebispo Metropolitano: 
Dom Orani Cardeal Tempesta
 ArqRio.org e Testemunho de Fé: Direção e Jornalismo Carlos Moioli
Imagens: Gustavo de Oliveira
Texto: Luis Pedro Rodrigues

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segunda-feira, janeiro 26, 2015

PADRE MARCOS VISITA A FAZENDA ESPERANÇA EM LICHTENSTEIG E O FREI PAULO HANS, EM ST. GALLEN ENCONTRA COM O BISPO MARCUS BÜCHEL, SR FRIDOLIN E CONCELEBRA NA IGREJA DO MONASTÉRIO


A liturgia do III Domingo do Tempo Comum propõe-nos a continuação da reflexão iniciada no domingo passado. Recorda, uma vez mais, que Deus ama cada homem e cada mulher e chama-o à vida plena e verdadeira.
 A resposta do homem ao chamamento de Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.
A primeira leitura diz-nos – através da história do envio do profeta Jonas a pregar a conversão aos habitantes de Nínive – que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. 
A disponibilidade dos ninivitas em escutar os apelos de Deus e em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta adequada ao chamamento de Deus.
No Evangelho aparece o convite que Jesus faz a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho.
A segunda leitura convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” – isto é, que as realidades e valores deste mundo são passageiros e não devem ser absolutizados.
 Deus convida cada cristão, em marcha pela história, a viver de olhos postos no mundo futuro – quer dizer, a dar prioridade aos valores eternos, a converter-se aos valores do “Reino”.
Evangelho (Mc 1,14-20): Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galiléia, proclamando a Boa Nova de Deus: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova”.
Caminhando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e o irmão Então disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 
E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus.
Convertei-vos e crede na Boa Nova
No 3º Domingo do Tempo Comum - Ano B, a Igreja convida-nos a nos converter e, com Jesus nos diz: “Convertei-vos e crede na Boa Nova” Por tanto, devemos fazer o que nós diz Jesus Cristo, corrigindo e melhorando o que seja necessário.
Toda ação humana conecta com o desígnio eterno de Deus sobre nós e com a vocação a escutar Jesus, segui-lo em tudo e para tudo e, proclamá-lo tal como o fizeram os primeiros discípulos, tal como o fizeram e procuramos fazê-lo milhões de pessoas.
Agora é a oportunidade de encontrar a Deus em Jesus Cristo; agora é o momento de nossa vida que empalma com a eternidade feliz ou desgraçada; agora é o tempo que Deus nos oferece para encontrar-nos com Ele, viver como seus filhos e fazer que os acontecimentos diários tenham a carga divina que Jesus Cristo com sua vida no tempo lhes imprimiu.
“A caminho de St Gallen, encontro com Dom Markus bispo de St Gallen que nos deu a relíquia de São Conrado. No encontro agradeci a doação, a visita dos suíços e alemães em novembro de 2014. Entreguei um presente, a foto da nossa paróquia”. Pe Marcos
Não podemos perder a oportunidade presente!: Esta vida mais ou menos comprida no tempo, mas sempre curta, pois “a figura deste mundo passa” (1Cor 7,31). 
Assim, as horas, os dias, os meses e os anos, não são para mal gastá-los, nem para aposentar-se e passá-los sem pena nem glória com um simples “vamos indo”. 
São para viver aqui e agora o que Jesus proclamou no Evangelho salvador: viver em Deus, amando-o todo e a todos.
 E, assim os que amaram Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe; os santos; os que foram fiéis até o fim da vida terrenal puderam escutar: “‘Parabéns, servo bom e fiel! (...): Vem participar da alegria do teu senhor!’” (Mt 25,23).

Convertamo-nos! Vale a pena!: amaremos, e seremos felizes desde agora.


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domingo, janeiro 25, 2015

PADRE MARCOS EM VIAGEM PELA SUIÇA



No período pós-Segunda Guerra Mundial, a cidade conseguiu estabelecer uma significativa evolução urbana e econômica, estendendo sua influência global ao longo das últimas décadas do século XX. 
É hoje considerada a mais alta classificação, estando no mesmo patamar de importantes cidades como Nova York, Londres, Paris, 
Tóquio e Hong Kong. 
Sedia inúmeros bancos,instituições financeiras, organizações e entidades internacionais das mais variadas do mundo.
Está entre as "10 cidades mais poderosas do mundo", estabelecendo-se através de sua intensa atividade econômica, 
cultural, tecnológica e didática. 
 
Em termos de qualidade de vida, foi eleita em 2012 a melhor "grande cidade para se viver"
 no mundo, baseado nas perspectivas da cidade em educação, saúde, segurança pública e desenvolvimento econômico.
A cidade foi destruída no século V pelos alamanos. Converteu-se em cidade imperial em 1218, entrando na Confederação Helvética em 1351 e obtendo grande importância, graças à aquisição de numerosos condados vizinhos e à grande prosperidade do seu artesanato têxtil. Ulrico Zuínglio (foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças), introduziu a reforma protestante em Zurique a partir de 1519. A cidade e o cantão foram governados pela rica burguesia protestante até à reforma liberal de 1830.
Zurique é o centro financeiro da Suíça e uma das bolsas de valores mais importantes da Europa. Zurique é também o mais importante centro de transportes da Suíça. Tem o maior aeroporto do país e da região dos Alpes. Em 2011, foi considerada pela pesquisa anual Mercer Human Resource a cidade com a melhor qualidade de vida do mundo. É também das cidades mais caras do mundo.
Liechtenstein desfrutou de um território incorruptível ao longo da História. As suas fronteiras quedaram-se quase imutáveis desde 1434, quando o Reno estabelecia a fronteira entre o Sacro Império Romano Germânico e os cantões da Suíça.
No século XVII, Lichtenstein perdeu parte dos seus cidadãos na Guerra dos Trinta Anos. Mais de cem pessoas foram perseguidas e executadas em praça pública.
Lichtenstein tornou-se um estado soberano em 1806, quando ratifica a Confederação do Reno, junto a Napoleão I, após a dissolução do Sacro Império. O condado foi ocupado pelas tropas francesas durante alguns anos, mas recupera a sua independência em 1815 com a Confederação Germânica. 
Em 1978 adere ao Conselho da Europa, em 1990 é aceita na ONU, em 1995 entra para a Área Econômica Europeia e torna-se membro da OMC, (Organização Mundial do Comércio).

wikipedia.org

sábado, janeiro 24, 2015

O ISLAMISMO por Professor Felipe de Aquino

O Islamismo (ou Islã) foi fundado por Maomé (Muhammad-ibn-Abdallag-ibn-Mottalib), que nasceu em Meca (Arábia Central), por volta de 580, e morreu em 632. Desde adolescente, viajava com seu tio comerciante em caravanas pela Arábia, a Assíria e a Mesopotâmia, e teve contato com judeus e cristãos. Foi casado com a viúva Kadija.

Impressionado pela desunião dos homens entre si, mortificava-se e rezava nas montanhas. Diz ele que, certa vez, na “Noite do Destino”, teve uma visão: em sonho, um estranho personagem lhe deu um livro (rolo), o Corão ou Alcorão. Ele, então, sentiu que Deus lhe dava a missão de reformar as crenças, pôr termo à idolatria e às disputas religiosas do povo árabe, indicando a todos o caminho do céu. Diz ele que julgava-se perseguido por espíritos, quando, certa vez, a estranha voz lhe declarou: “Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor”.
Daí para frente, pôs-se a pregar nova forma de religião: o “Islã” ou, em árabe, a Submissão, Dedicação à Vontade de Deus. Maomé apoiava-se na fé em um só Deus, Alá, criticando os cultos pagãos. Isso irritou a aristocracia de Meca, que o perseguiu. Transferiu-se, então, para a cidade de Medina na noite de 16 de julho de 622. Esse acontecimento ficou com o nome de Hidjra ou Hegira, Fuga, e marca o início da era maometana.
Em Medina, Maomé, apoiado pela população, fortaleceu-se e agrupou adeptos. Em 629, conseguiu entrar em Meca e tomou posse do famoso santuário desta cidade, “a Caaba”, donde removeu os ídolos. Nos anos seguintes, foi dilatando o seu poder mediante guerras. Em 08 de junho de 632, morreu; mas já tinha conseguido unir os árabes e lançá-los, unidos, à conquista de numerosas nações com a prática da “guerra santa”, Jihah, em nome de Alá.
Depois da morte de Maomé, os sucessores (califas = lugar-tenentes) conquistaram países vizinhos e distantes da Arábia. O Cristianismo foi altamente prejudicado pela expansão maometana. Os califas Abu Bekr (632-4) e Omar (634-44) conquistaram a Palestina, a Síria, o Egito e a Pérsia. Assim, os patriarcados cristãos de Antioquia (637), Jerusalém (638) e Alexandria (642) ficaram sob a dominação árabe. O Califa Othmam (644-56) mandou invadir também a Armênia, Chipre e o Norte da África (especialmente Cartago, grande centro cristão que caiu em 698). 

As tropas muçulmanas foram avançando para o Ocidente, atravessaram a Espanha de Sul a Norte e chegaram até Poitiers na França. Finalmente, os muçulmanos estabeleceram a sua capital ou a sede do seu Império no califado de Bagdad (750-1258). Na Espanha, ficaram sete séculos e só foram expulsos, em 1492, pelos reis católicos Fernando e Isabel.

DOUTRINA ISLÂMICA
As fontes doutrinárias do Islã são o código sagrado do Corão (em Árabe, recitação, declamação, recitado no culto) e a tradição oral dita Sunna. É uma religião monoteísta, reconhece um só Deus Criador, derivado do monoteísmo judaico-cristão. Maomé nunca se apresentou como o fundador de uma religião nova, e sim como o novo profeta de tradições mais antigas. 
A sua teologia é proveniente da antiga religião árabe, a religião israelita, professada por judeus residentes na Arábia. Daí Maomé tirou a base de sua orientação religiosa: existe um só Deus, que se foi revelando aos profetas da humanidade: Adão, Abraão, Moisés, Jesus Cristo e consumou a sua revelação por meio de Maomé, o maior de todos os profetas. 
Ele via em Jesus Cristo não o Filho de Deus feito homem, mas um profeta eminente. E tomou alguns dados do Cristianismo que conheceu em suas viagens. Venerava a Virgem Maria, “a única mulher que não foi tocada pelo demônio”, diz o Corão.
Maomé se definiu como o continuador da religião de Abraão e de seu filho Ismael ( o povo árabe é descendente de Ismael, filho de Abraão e Agar). Para justificar sua independência religiosa, Maomé atribuiu a judeus e cristãos “o grande erro de terem falsificado os livros sagrados e o monoteísmo de Abraão e Ismael”.


A moral maometana ensina cinco grandes deveres:
1) professar a fé – o maior pecado é a apostasia da fé ou a adesão à idolatria e ao paganismo; a bem-aventurança celeste é prometida àqueles que morrem na guerra santa;
2) orar cinco vezes por dia (ao amanhecer, ao meio-dia, pela tarde, ao pôr do sol, no primeiro quarto da noite), cumprindo-se, de cada vez, as abluções rituais prescritas;
3) jejuar durante o mês inteiro de Ramadã, desde o nascer até o pôr do sol diariamente;
4) dar esmola aos pobres, e também a obrigação de dar hospedagem momentânea seja a quem for e a qualquer hora;
5) peregrinar a Meca uma vez na vida.
O Corão autoriza todo homem a ter quatro esposas legítimas e tantas concubinas escravas quantas seus recursos financeiros lhe permitam. O conceito de guerra santa é central no Islamismo e foi responsável pela rápida propagação árabe nos séculos VII e VIII; morrer em batalha armada torna o maometano “mártir”, ou seja, herói religioso. Aceitam a “predestinação”, que marca para cada pessoa a hora da sua morte; isso muito concorreu para que os discípulos de Maomé se lançassem em guerras.
O Islã defende um regime de governo teocrático (poder exercido em nome de Alá), um poder religioso; como acontece hoje no Irã e no Paquistão.

O Corão foi capaz de inspirar uma piedade intensa e profunda; criou-se uma mística muçulmana, da qual dois grandes expoentes são Al-Hallaj († 922) e Al-Ghazali († 1111). Especialmente a corrente sufita dedicou-se ao cultivo da vida interior. A partir do século XII foram-se formando comunidades de sufitas ou derviches, que seguiam os ensinamentos dos grandes mestres; observavam regras de vida cenobítica, assemelhando-se às congregações religiosas do Catolicismo.
O Islã não aceita a veneração de imagens nem música instrumental, apenas percussão, e não permite sexo antes do casamento. O ano muçulmano é medido pelas 12 revoluções completas da Lua em torno da Terra. Numa média, seu ano é 11 dias menor que o nosso ano solar.
Os muçulmanos sofreram uma cisão, como a que ocorreu entre católicos e protestantes. A divisão foi entre os sunitas e xiitas, que disputam o direito à sucessão de Maomé. Os sunitas representam 90% dos muçulmanos no mundo.

QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE A BÍBLIA E O ALCORÃO?
Você sabia que o Alcorão fala de Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maria? Mas o sentido que os muçulmanos dão a eles é bem diferente do nosso.

ALCORÃO (OU CORÃO) E BÍBLIA SÃO EQUIPARÁVEIS? SIM E NÃO.
Para entender de maneira simples, podemos dizer que entre ambos há conexões e diferenças, tanto no conteúdo como na forma.
Sem pretender esgotar o tema, podemos começar dizendo que ambos são escrituras reveladas. E, em certos aspectos, o conteúdo dessa revelação é similar e constante: adorar um único Deus e submeter-se à sua vontade. Alcorão e Bíblia representam a cristalização da palavra de Deus que "descende" em épocas diferentes até os profetas.

Adão, Noé, Abraão, Moisés, Aarão, Jesus e Maria são figuras que também aparecem no Alcorão, ainda que suas histórias não coincidam exatamente com as do relato bíblico.
A principal diferença entre ambos quanto ao ensinamento se refere a que a figura de Cristo é concebida de maneira muito diferente. No Alcorão, Jesus é considerado um grande profeta, predecessor de Maomé. Em nenhum caso é reconhecido como Filho de Deus.
O Espírito Santo, para um cristão, é o Espírito de Deus, expressão do amor existente entre o Pai e o Filho. No Alcorão, o Espírito é uma emanação divina, mas não faz parte da sua própria natureza.
Para o Islã, o Alcorão é a palavra revelada de Deus. E o profeta Maomé é apenas seu transmissor, porque essa palavra foi ditada integramente pelo próprio Deus. Para o cristão, a Palavra de Deus é uma pessoa, Verbo encarnado em Jesus, Palavra de Deus feita Homem, e não um livro. O Novo Testamento nos transmite essa Palavra viva mediante o testemunho dos apóstolos.

TAMANHO E HISTÓRIA
Os 114 capítulos (suras) do Alcorão foram revelados a Maomé em língua árabe, ao longo de 23 anos.
Em comparação com a Bíblia, sua extensão total equivale a quatro quintos do Novo Testamento.
Ao contrário do texto muçulmano, a Bíblia, como seu nome indica, é um "conjunto de livros", escritos em diferentes línguas (hebraico, aramaico e grego), por autores diferentes, ao longo de cerca de mil anos (900 a.C. – 100 d.C.). Da mesma maneira, reúne gêneros literários muito variados (históricos, orações, poesia etc.). A vinda de Jesus Cristo é o acontecimento que divide a Bíblia em Antigo Testamento (história do povo hebreu) e Novo Testamento (vida, morte e ressurreição de Jesus).
O cristianismo aceita boa parte da Bíblia hebraica como parte da sua história, enquanto os muçulmanos acreditam que o conteúdo de ambos os testamentos desfigura a revelação original.

OUTRA GRANDE DIFERENÇA: COMO SÃO LIDOS
Católicos e muçulmanos se aproximam dos seus textos sagrados de maneira muito diferente.
Um católico vê a Bíblia como história de salvação. O muçulmano vê o Alcorão como "palavra eterna e incriada" e, portanto, que não pode ser alterada no mais mínimo.
Ambos os textos foram traduzidos a inúmeras línguas para tornar seu conteúdo compreensível. No entanto, a diferença radica em que, nos atos de culto, a Bíblia é usada na língua própria de cada povo. O Alcorão só se usa em árabe, língua de Deus. Daí que seja tão importante a recitação do textos em tais atos.
Quanto à interpretação dos textos, também existem diferenças. Para os estudiosos muçulmanos, estes comentários (tafsir) se centram na história do texto. É de vital importância a ordem da revelação de cada sura, ou seja, o contexto em que foi revelada dentro da vida do Profeta, já que influencia poderosamente em sua interpretação. Geralmente, estes comentários incluem várias interpretações possíveis e só os ramos fundamentalistas consideram uma única.
Para realizar estes comentários, foram usados os hadith, o conjunto de tradições nas quais alguns eruditos muçulmanos (ulemas) basearam a história e as leis islâmicas. Um método muito utilizado é o estudo da corrente de narradores (isnad) por meios dos quais a tradição foi transmitida.

Ao contrário disso, a exegese bíblica se centrou em determinar os princípios e normas que devem ser aplicados nesta interpretação. Revelados por Deus, mas compostos por homens, os textos bíblicos possuem dois significados diferentes: o literal e o espiritual. Portanto, é vital sublinhar que sua unidade radica no espírito que a inspirou e sua leitura deve ser realizada no contexto da tradição viva da Igreja.

É muito importante levar em consideração que os católicos precisam ser muito cuidadosos na hora de fazer paralelismos simples entre ambos os textos. Unindo a crença em um só Deus e tendo um tronco comum (Abraão), é preciso insistir em que o conhecimento das suas diferenças é recomendável para não relegar aspectos cruciais da fé. O aspecto fundamental consolida-se na figura de Cristo.

Aleteia.com

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terça-feira, janeiro 20, 2015

MENSAGEM DE PADRE MARCOS DE FONTAINE-LÈS-DIJON

"EU AGRADEÇO A DEUS DE TODO O CORAÇÃO JUNTO COM TODOS OS SEUS JUSTOS REUNIDOS! QUE GRANDIOSAS SÃO AS OBRAS DO SENHOR, ELAS MERECEM TODO AMOR E ADMIRAÇÃO" Salmo 110

"Hoje, 20 de  janeiro de 2015 foi um dia muito especial, pois estive em Fontaine-lès-Dijon  na casa onde nasceu SÃO BERNARDO DE CLARAVAL.  
Na verdade a construção que encontrei  é mais atual, está sobre a antiga casa da família de São Bernardo.
Fui recebido pelo Sr Dominique Jeanpetit (Presidente da Associação São Bernardo de Fontaine-lès-Dijon), ele foi extremamente amável pois abriu as portas da casa e sobretudo da  capela (anexa a residência). 
Como poderão ver celebrei a missa em honra de São Sebastião por razões de comunhão com o Padroeiro do Rio de Janeiro, mas as leituras foram de hoje mesmo e aproveitei o Salmo 110, 1-2 "Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo amor e admiração" e assim falei sobre a importância de São Sebastião e São Bernardo na vida e na história dos cristãos.Os exemplos e a coragem que nos dão os santos e santas.
Assim pois com humildade e respeito beijei o chão onde esta marcado o lugar em que São Bernardo nasceu.
Também aqui em Dijon na mesma Igreja de São Miguel duas alegrias, a primeira o altar lateral de Nossa Senhora da Boa Esperança ou do Manto Azul, onde rezei o Rosário. Depois rezei emocionadíssimo diante dos restos mortais de SANTA ELIZABETH DA TRINDADE, rezei a oração de Vésperas e agradeci pelas vida da santa carmelita que fez sua Primeira Comunhão na Igreja de São Miguel, não posso deixar de lembrar que é importante estar diante dos restos mortais de uma mulher, uma religiosa carmelita tão importante, no ano em que comemoramos os 500 anoso do nascimento de Santa Tereza de Ávila, a grande reformadora do Carmelo.
Queridos rezei por todos! Por todos vocês! 
Deus abençoe , agora sigo para Zurich e depois Saint Gallen, Suiça"

Dijon, 20 de janeiro de 2015
Padre Marcos Belizário Ferreira
Bernardo de Claraval (Bernard de Clairvaux), O.Cist. Bernardo nasceu na década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada, educado, culto, e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.
Após a morte da mãe ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. 
Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante trinta e oito anos.
Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos. Quando Bernardo faleceu, havia 700 monges em Claraval.
Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. 
Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.
Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Em 1153 morreu, no dia 20 de agosto. 
Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.
Seus livros de teologia e de ascética são lidos ainda hoje. Recorde-se "Tratado do amor de Deus" e "O Cântico dos Cânticos", uma terna declaração de amor à Virgem.
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Um de seus pensamentos: "Amar a Deus é ter caridade. Procurar ser amado por Deus é servir à caridade".
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São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174, por Alexandre II, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830, por Pio VIII.

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