segunda-feira, dezembro 30, 2024

FELIZ 2025

 









Receita para um ano novo de paz

Para que você tenha um ano novo de paz, é preciso que você desamarre os laços que o impedem de caminhar rumo ao perdão. Desfaça os nós da prepotência e revista-se de humildade. Dê o primeiro passo e acredite que o perdão revigora a alma e devolve a paz ao coração angustiado.

 

Não tenha medo de recomeçar. Nem sempre é fácil deixar aquilo que nos aprisiona. Liberte-se das prisões que criou para si mesmo. Olhe ao seu redor e veja que, na liberdade madura, você pode ser mais feliz do que sendo prisioneiro de seus pecados. Liberdade conquista-se com responsabilidade; e a maturidade é o fruto das escolhas bem realizadas. Abra os cadeados que o impedem de ver a vida com mais otimismo. Despeça-se do mau humor. Viva com mais leveza e pare de achar o lado ruim das pessoas e das situações. Chegou o momento de viver a vida com mais gratidão. Mais um ano mal-humorado será insuportável para você mesmo.

 

Fuja das trevas e caminhe na luz. Um novo ano é sempre uma nova oportunidade de buscar a luz. Deixe-se iluminar pelo bom exemplo das pessoas. Busque amizades que agreguem valor a sua vida. Despeça-se das situações que ofuscam sua visão. Você foi criado para iluminar-se. Seja luz! Brilhe amando! Ilumine semeando esperança!

 

Acredite que sempre é tempo de praticar gestos de bondade. Não espere o momento ideal para ajudar alguém. Faça de cada situação uma oportunidade única para praticar o bem. Faça de cada dia deste novo ano o tempo de amar. Faça a diferença! Acredite na força do amor partilhado.

 

Pequenos gestos fazem grandes diferenças

Seja misericordioso. Acolha a todos com um sorriso verdadeiro e um abraço fraterno. Pequenos gestos fazem grandes diferenças quando praticados com amor. Seja ponte que une e não muro que separa. Ajude os necessitados e cada dia deste ano novo será um Natal permanente. Visite os enfermos e celebre a liturgia da caridade, no altar de cada leito de dor. Ofereça sua bondade sem esperar retorno. Quem semeia com amor colhe sorrisos de gratidão.

 

A oração é alimento da alma e fortaleza na vida

Ore mais. A oração é alimento da alma e fortaleza na vida. Em cada oração, unimo-nos mais profundamente ao coração de Deus. Mesmo em meio às lágrimas e dificuldades, busque o auxilio e a segurança d’Aquele que nunca nos abandona. Em Deus somos acolhidos no amor e na misericórdia. Nosso Pai celestial jamais abandona um filho necessitado. Seja na dor ou na alegria, busque Deus com amor. N’Ele somos amados eternamente.


quinta-feira, dezembro 26, 2024

MISSA DO DIA DO NATAL DE JESUS








DEUS ENTRE NÓS

O evangelista João, ao falar-nos da encarnação do Filho de Deus, não nos diz nada de todo esse mundo tão familiar dos pastores, do presépio, dos anjos e do Menino Deus com Maria e José. João nos convida a penetrar nesse mistério a partir de outra profundidade.

Em Deus estava a Palavra, a Força de comunicar-se própria de Deus. Essa Palavra pôs em marcha toda a criação. Nós mesmos somos fruto dessa Palavra misteriosa. Essa Palavra agora se fez carne e habitou entre nós.

Tudo isto continua a parecer-nos muito belo para ser verdade: um Deus feito carne, identificado com nossa fraqueza, respirando nosso alento e sofrendo nossos problemas. Por isso continuamos buscando a Deus nos céus, quando Ele está aqui embaixo, na terra, bem perto de nós.

Uma das grandes contradições dos cristãos é confessar com entusiasmo a encarnação de Deus e esquecer depois que Cristo está no meio de nós. Deus desceu ao mais profundo de nossa existência, e a vida continua parecendo-nos vazia. Deus veio habitar no coração humano e sentimos um vazio interior insuportável. Deus veio reinar entre nós e parece estar totalmente ausente em nossas relações. Deus assumiu nossa carne e continuamos sem saber viver dignamente o carnal.

Também entre nós se cumprem as palavras de João: "Veio aos seus e os seus não o receberam". Deus busca acolhida em nós, mas nossa cegueira fecha as portas a Deus. E, no entanto, é possível abrir os olhos e contemplar o Filho de Deus "cheio de graça e de verdade". Quem crê, sempre vê algo. Vê a vida envolta em graça e em verdade. Tem em seus olhos uma luz para descobrir, no fundo da existência, a verdade e a graça desse Deus que plenifica tudo.

Estamos ainda cegos? Vemos só a nós mesmos? Nossa vida reflete só as pequenas preocupações que levamos em nosso coração? Deixemos que também hoje nosso coração se sinta penetrado por essa vida de Deus quer habitar em nós.

 












terça-feira, dezembro 24, 2024

ENTÃO É NATAL



 


ENTÃO É NATAL

24 de dezembro de 2024

 

Paróquia São Conrado de Constança




                                    Dom Fernando Arêas Rifan*


    

O primeiro Natal, do qual celebramos a memória, foi realmente alegre e feliz. Que alegria e que felicidade! Nasceu Jesus, o Messias prometido desde o Paraíso perdido, esperado pelos Patriarcas desde Adão, razão de ser do povo eleito, o Salvador da humanidade, o Senhor feito homem. E os anjos anunciaram aos pastores essa felicidade. A aparição da estrela misteriosa fez renascer a felicidade no coração dos Magos que vieram do Oriente.

Mas como pode ter sido feliz um Natal cheio de sofrimentos? Segundo a filosofia, felicidade é o estado constituído pelo acúmulo de todos os bens com a ausência de todos os males (Cícero, Tusculanes V,10 – Boécio, De Cons. Phil. III, p.2, 2-4). Então, como poderemos chamar feliz um Natal onde houve desprezo, rejeição – Jesus nasceu numa estrebaria por falta de lugar para Ele nas casas e nas hospedarias, lágrimas, gritos, morte, luto – Herodes, perseguindo Jesus, mandou matar as crianças de Belém – fuga, desterro, pobreza, sacrifícios? Realmente, felicidade perfeita, na definição filosófica, só se encontrará no Céu, na Jerusalém celeste, onde Deus “enxugará toda a lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas de antes passaram” (Apoc. 21,4).

É a grande lição do Natal: como se pode ser feliz no desterro, na dor, no desprezo, no luto, até com lágrimas, aqui na terra. Aqui, a felicidade consiste em ter Jesus, em estar com Jesus, em amar Jesus de todo o coração, com a esperança de tê-lo perfeitamente um dia no Céu.

Aqui, o que faz a felicidade é a esperança: "alegres pela esperança, pacientes na tribulação" (Rom 12,12). O cristão é otimista pela esperança. É feliz porque espera. Mesmo quando sofre. Mesmo no meio dos sofrimentos, angústias e dores, pode-se ter a felicidade. Por isso, o primeiro Natal foi cheio de felicidade. A pobre estrebaria de Belém era o Céu. Ali faltava tudo e não faltava nada. Ali estava a felicidade que a todos encheu de alegria: Jesus.

São Francisco de Assis  inventou o presépio, quer dizer, a representação iconográfica do nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior acontecimento da história da humanidade, seu marco divisor, fonte de inspiração para os grandes pintores e manancial de meditação para os místicos.

O presépio de Belém é o princípio da pregação de Jesus, o resumo da sua boa nova, o Evangelho. Dali, daquele pequeno púlpito, silenciosamente, ele nos ensina o desprezo da vanglória desse mundo, o valor da pobreza e do desprendimento, o nada das riquezas, a necessidade da humildade, o apreço das almas simples, a paciência, a mansidão, a caridade para com o próximo, a harmonia na convivência humana, o perdão das ofensas, a grandeza de coração, a pureza de alma, enfim, todas as virtudes cristãs, que fariam o mundo muito melhor, se as praticasse.

É por isso que o Natal cristão é festa de paz e harmonia, de confraternização em família, de troca de presentes entre amigos, de gratidão e de perdão. FELIZ NATAL!


sábado, dezembro 07, 2024

DÍZIMO NA IGREJA CATÓLICA









Dom Antonio de Assis Ribeiro

Bispo auxiliar de Belém do Pará (PA)

 

 

No mês de novembro a Igreja no Brasil estimula os seus féis a uma especial reflexão sobre o dízimo. A palavra dízimo quer dizer a décima parte de alguma coisa, ou dez por cento. Na Bíblia o dízimo é a décima parte dos bens que cada família produzia e que era ofertada a Deus em sinal de gratidão. Cada família entregava aos sacerdotes dez por cento dos produtos da terra para a manutenção do templo e dos serviços religiosos (cf. Ne 10,38-39; Tb 1,8; Ml 3,10).

 

Há umas questões básicas que pressupõe o dízimo: fé, gratidão, generosidade, senso de corresponsabilidade, consciência da dimensão econômica da evangelização… Por isso a CNBB assim define o dízimo: “O dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume, corresponsavelmente, sua sustentação e a da Igreja. Ele pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização” (CNBB, Doc. 106, N.6)

 

Uma resposta de gratidão e sinal de corresponsabilidade

 

Sim, o dízimo para a Igreja é um gesto de gratidão a Deus por tantos benefícios recebidos. A devolução do dízimo nasce do coração sensível.  O dízimo é um ato de amor a Deus e aos irmãos. É uma resposta de fé e de corresponsabilidade pela evangelização, pois a esta tem uma dimensão econômica.

 

Muitos se questionam sobre a quantia dos 10%. Quanto a isso é importante se perguntar sobre medida da própria gratidão. A gratidão não tem medida! Cada um é chamado, antes de tudo, a avaliar-se! Deus não gosta de nada forçado e nem de medidas mesquinhas!

 

Biblicamente eram dez por cento o que os fiéis judeus davam para a manutenção das despesas do templo e manutenção dos sacerdotes. Mas o Dízimo é uma questão de generosidade: “dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria”. Não se trata de uma questão matemática, mas moral, espiritual! É desse modo que Paulo reflete com a comunidade de Corinto (cf. 2Cor 9,7). O importante é que o dizimista se sinta livre e corresponsável dando fielmente a sua contribuição mensal. “Quem é generoso progride na vida” (Prv. 11,25).

 

Quem deve ser dizimista?

 

Todas as pessoas que participam da vida da Igreja e tem uma fonte de renda são convidadas a serem dizimistas. Ninguém, nessa condição, está dispensado de manifestar sua gratidão a Deus para a promoção da fé.

 

A obrigação do dízimo vem da generosidade do próprio coração. Se o fiel católico se sente parte integrante da Igreja, então não está dispensado de contribuir para que ela seja sempre viva, forte, atuante e tenha todos os meios necessários para que a Palavra de Deus chegue aos mais afastados. O dízimo e manifestação da consciência da partilha!

 

Onde é aplicado esse recurso do dízimo?

 

Os recursos financeiros provenientes das paróquias não pertence ao pároco e nem mesmo em nenhuma forma de percentual. Isso não existe para a Igreja Católica. O pároco não tem um percentual sobre o dízimo arrecadado. Isso é importante saber! Então reflitamos para onde vai o seu dízimo.

 

O dizimo deve ser entregue mensalmente porque as despesas ordinárias da manutenção da Igreja são pagas todos os meses. O recurso do dízimo é aplicado nas seguintes despesas: no pagamento de funcionários, encargos sociais, assinaturas de subsídios e revistas, energia elétrica, água, telefone, internet, material de limpeza, manutenção das estruturas físicas e técnicas, despesas pastorais (eventos), formação, manutenção dos sacerdotes, material litúrgico (toalhas, velas, flores, papel, vinho, hóstias…), transportes, partilha com a (Arqui)diocese, ações missionárias, Caridade, etc. Visto que todos os meses temos contas a pagar, então todo mês cada fiel é chamado a colaborar para que tudo seja pago. A Igreja é nossa!

 

A partir dessas diversas despesas podemos perceber que o dízimo tem muitas dimensões: administrativa, religiosa, eclesial, ética, missionária, caritativa. Lamentavelmente muitas paróquias, por causa da frágil corresponsabilidade dos fieis, tem muita dificuldade para avançar na evangelização por falta de recursos. Isso é muito grave!

 

A necessidade da transparência e fidelidade

 

No início de cada mês a liderança da pastoral do dízimo, em nome do Pároco, deve prestar contas à comunidade dos valores recebidos e onde foram aplicados. Onde não há transparência há dúvidas administrativas. A prestação de contas é um direito dos fieis e uma forma de fidelização. É muito bom quando sabemos e vemos onde está sendo empregado o dízimo devolvido com espírito de fé.

 

A coordenação da pastoral do dízimo, juntamente com o COPAE e o CPP devem continuamente serem informados sobre a situação econômica da paróquia, pois dela dependem os novos investimentos pastorais.

 

O dízimo, devolvido com amor, faz-nos mais generosos e isso agrada a Deus. Faz-nos mais desapegados dos bens terrenos; faz-nos menos egoístas. Isso é sinal de amor. Nesse sentido, o dízimo quando manifesta a bondade do coração do fiel, contribui diretamente para nossa salvação.

 

Lembremo-nos do que Jesus cristo declarou: “Quem der ainda que seja apenas um copo de água fria a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, eu garanto a vocês: não perderá a sua recompensa» (Mt 10,42). O dizimista, portanto, é um fiel que assume um compromisso de vida cristã baseado na generosidade.



O dízimo e bênçãos de Deus

 

Na Bíblia Sagrada encontramos referências sobre a relação entre dízimo e bênçãos. Deus usa de muitas formas para derramar sobre nós suas bênçãos e a seu tempo vai recompensar todos aqueles que fizeram o bem e foram generosos neste mundo.

 

Por meio do profeta Malaquias, Deus diz: “Tragam o dízimo. Façam essa experiência comigo. Vocês vão ver se não abro as portas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (Ml 3,10). “A ti, Senhor, pertence o amor, porque tu pagas a cada um conforme as suas obras» (Sl 62,13; Prov. 24,12). “O Senhor retribui a oferta e Ele, em troca, lhe dará sete vezes mais” (Eclo 35,7-10).

 

Com o dízimo dos fieis a Igreja se fortalece e as possibilidades de fazer o bem e divulgar a Palavra de Deus aumentam. Por isso a sua participação é muito importante! Manifeste que você é uma pedra viva da Igreja e por ela se sente corresponsável.

 

Certo, é que a Igreja é obra de Deus, e o seu Senhor vai retribuir a todos aqueles que foram generosos para com ela: “Eis que venho em breve, e comigo trago o salário para retribuir a cada um conforme o seu trabalho” (Ap 22,12).


sexta-feira, dezembro 06, 2024

SÃO CONRADO DE CONSTANÇA - O MÍSTICO









Para a glória da Santa Missa relatamos aqui como se fez a consagração da Capela de Einsiedeln, na Suíça, e como Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo celebrou o Santo Sacrifício com grande solenidade: "Oitenta anos depois da morte de Meinrado, o santo eremita, um piedoso solitário de nobre família, Eberardo, foi pedir a São Conrado, Bispo de Constança, a graça de consagrar a capela de São Meinrado. O virtuoso bispo anuiu-lhe ao pedido.

Na Festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de Setembro de 940, devia realizar-se a consagração. Mas, indo para a capela, a fim de entregar-se à oração, o santo bispo ouviu os coros dos Anjos cantar as antífonas e os responsórios da consagração. Entrou e viu a capela cheia de Anjos, e, no meio deles, Nosso Senhor, que, revestido de paramentos episcopais, procedia à consagração do santuário. À vista disso, Conrado caiu em santo êxtase, sem entretanto nada perder de sua atenção. Viu e ouviu Nosso Senhor pronunciar as palavras da Igreja e desempenhar-lhe as cerimônias em igual festa. Os apóstolos, os Anjos e uma multidão de Santos o assistiam. A Mãe de Deus, a quem o altar e a capela eram dedicados, aparecia em cima do altar, mais brilhante que o sol, mais resplandecente que o fulgor do relâmpago.

Terminada a consagração, o Senhor começou a Missa Solene, depois da qual toda a corte celeste desapareceu, deixando Conrado em transportes de alegria. Reconheceu sobre as cinzas que cobriam o solo as marcas dos pés do Salvador e sobre as paredes os traços das unções. De manhã, o clero veio buscar o bispo para fazer a sagração, porém ele disse: Não posso consagrar este santuário, porque já foi consagrado de maneira misteriosa.

Insistem, forçam-no, quando uma voz celeste se faz ouvir e repete por três vezes: Para, meu irmão, a capela já está consagrada. Mais tarde São Conrado referiu ao Papa Leão VIII sobre este fato extraordinário, cuja veracidade o mesmo papa afirmou num rescrito apostólico, em que proibiu tornar a consagrar a capela e concedeu indulgências especiais aos fiéis, que a frequentasse."

Caro leitor, com certeza irá dizer: Ah se pudesse assistir a igual festa, ver o que viu São Conrado, ouvir o que ouviu! Que prazer, que emoção! Entretanto não está presente, em cada Missa, Nosso Senhor, o grande pontífice? Não nasce, em cada Missa, sobre o altar, e não o cercam os Anjos? Feliz serás, pois, se considerares que te achas no meio de uma tão alta assembleia, que se digna de unir tuas pobres orações às suas, para fazê-las subir até o trono

Fonte: Cochem, Frei Martinho de. A Santa Missa para Leigos: Uma Explicação do Santo Sacrifício da Missa (p. 39). Edições Católicas Independentes. Edição do Kindle.












quarta-feira, dezembro 04, 2024

PREPARAÇÃO PARA A FESTA DE SÃO CONRADO, UNÇÃO ENFERMOS









O que é o Sacramento da Unção dos Enfermos?

O sacramento da Unção dos Enfermos traz a graça divina aos fiéis que estão passando por enfermidades graves ou fragilidade devido à idade avançada. 5 Este sacramento é frequentemente administrado a pessoas que enfrentam doenças sérias, procedimentos cirúrgicos importantes ou fragilidade devido à idade avançada, com o objetivo de trazer conforto espiritual, cura e fortalecimento. 6

A Unção dos Enfermos é realizada por meio da imposição das mãos do sacerdote sobre a pessoa doente, acompanhada da unção com o óleo consagrado, conhecido como “óleo dos enfermos.” 7 Esse rito sacramental busca a cura, tanto física quanto espiritual, bem como a preparação para a passagem para a vida eterna, caso seja o momento final da vida do enfermo. 8 A graça conferida por esse sacramento auxilia a pessoa a unir sua dor à de Cristo para o bem da Igreja e de toda a humanidade. 9

Vale ressaltar que este sacramento não é apenas para situações de perigo de morte iminente, ele também pode ser ministrado a qualquer pessoa que esteja sofrendo de doença grave ou debilidade física significativa. 10 Além de trazer conforto espiritual e físico, a Unção dos Enfermos também oferece a oportunidade de reconciliação e perdão dos pecados — se o doente estiver em estado de pecado grave. Dessa forma, este sacramento proporciona não apenas cuidados espirituais, mas também a restauração da relação com Deus.

Sem dúvida, o sacramento da Unção dos Enfermos é uma expressão tangível da misericórdia de Deus e do cuidado pastoral da Igreja para com os doentes. Ele oferece um apoio espiritual profundo para aqueles que enfrentam dificuldades de saúde, lembrando-os da presença amorosa e compassiva de Cristo em meio ao seu sofrimento.

 

Fonte: Minha biblioteca católica












sexta-feira, novembro 29, 2024

PREPARAÇÃO DA FESTA DE SÃO CONRADO DE CONSTANÇA










Evangelho de hoje nos apresenta palavras de Jesus que, à primeira vista, podem nos parecer sombrias. Ele fala da destruição de Jerusalém, de calamidades e sinais no céu, e de um futuro marcado por angústia e medo. Mas, no meio dessas palavras que descrevem o caos, Jesus nos entrega uma mensagem de esperança: “Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”

Este é o coração do Evangelho de hoje: mesmo em meio às trevas e às tribulações, a luz de Cristo brilha, apontando para a vitória final do Reino de Deus.

Jesus começa falando da destruição de Jerusalém, que seria cercada e devastada por exércitos inimigos. Este evento histórico realmente aconteceu no ano 70 d.C., quando a cidade foi arrasada pelos romanos. Mas as palavras de Jesus vão além de um fato específico. Jerusalém representa para nós aquilo em que, muitas vezes, depositamos nossa confiança: segurança material, estruturas humanas, riquezas e conquistas.

Jesus nos alerta que nada disso é permanente. Assim como Jerusalém foi destruída, tudo neste mundo é passageiro. Por isso, Ele nos chama a não construir nossas vidas sobre alicerces frágeis, mas sobre o que é eterno: o amor de Deus e a esperança na vida eterna.

Jesus fala de sinais no céu e na terra, de nações angustiadas, de pessoas desmaiando de medo diante do que está por vir. Essas imagens são fortes e podem nos assustar. Mas, atenção: o objetivo de Jesus não é nos paralisar pelo medo, mas nos despertar para a vigilância e para a confiança.

Esses sinais nos lembram que o mundo, em sua forma atual, está destinado a passar. As forças que parecem inabaláveis serão abaladas. Mas para os que confiam em Cristo, isso não é o fim, mas o começo de algo novo e glorioso.

No meio de tudo isso, Jesus nos dá a promessa que transforma nossa visão: “Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória.” Este é o ponto central da nossa fé. Jesus, que sofreu e morreu por nós, voltará em glória para estabelecer definitivamente o Reino de Deus.

Para os que esperam em Cristo, este é o momento da libertação, da vitória, da vida eterna. É a certeza de que toda dor, toda injustiça e todo sofrimento terão fim. Por isso, em vez de desespero, Jesus nos convida a “levantar e erguer a cabeça”. A libertação está próxima! A vitória não pertence ao caos, mas a Cristo.

O Evangelho de hoje nos desafia a refletir: como estamos vivendo diante dessas verdades? Estamos preparados para o momento em que o Filho do Homem voltará? Ou estamos tão distraídos com as preocupações do mundo que esquecemos da eternidade?









terça-feira, novembro 26, 2024

CELEBRAÇÃO DO SACRAMENTO DO CRISMA

 






O sacramento da Confirmação (ou crisma), em comparação com os demais, parece carecer de uma especificidade, de uma finalidade. Basta observar os outros seis Sacramentos para perceber essa aparente falta de sentido.

Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, III Parte, na Questão nº 72, artigo 5, diz o seguinte: "Como o batismo é uma geração espiritual para a vida cristã, assim a confirmação é um crescimento espiritual que faz o homem avançar até a idade perfeita espiritual". Trata-se, portanto, de um crescimento e é por isso que na lista dos sete sacramentos, a crisma está em segundo lugar, não em ordem de importância, mas segundo a natureza.

Existe diferença entre uma pessoa que foi apenas batizada e outra que já recebeu a crisma. Santo Tomás diz que "o sacramento dá confirmação dá ao homem um poder espiritual para determinadas outras ações sagradas, além daquelas para as quais o batismo o qualifica." Deste modo, ao ser batizado, o homem recebe um poder e, ao ser crismado, recebe um poder ainda maior.

"Pois no batismo o homem recebe o poder de realizar o que concerne à salvação pessoal, enquanto vive para si mesmo: mas na confirmação recebe o poder de realizar o que concerne ao combate espiritual contra os inimigos da fé." O poder do sacramento da confirmação confere ao homem uma missão pública, voltada para o outro, para a Igreja.

Finalizando a resposta, Santo Tomás diz: "Como se patenteia pelo exemplo dos apóstolos que, antes de receberem a plenitude do Espírito Santo, estavam no cenáculo "assíduos na oração"; depois, porém, saíram e não temiam confessar a fé publicamente, mesmo diante dos inimigos da fé cristã. Assim, é patente que o sacramento da confirmação imprime caráter." A Confirmação faz com que a pessoa se torne um cristão público, com coragem para enfrentar os principais inimigos da fé: a carne, o mundo e o diabo.

A Crisma dá ao soldado de Cristo mais recursos para enfrentar o inimigo. Santo Tomás afirma que "o combate espiritual contra os inimigos invisíveis cabe a todos. Mas a luta contra os inimigos visíveis, isto é, contra os perseguidores da fé, pela confissão do nome de Cristo, é própria dos confirmados que já chegaram espiritualmente à idade viril."

O Catecismo da Igreja Católica cita este mesmo ensinamento de Santo Tomás para falar da Confirmação. Ele diz no número 1305:

"deve-se dizer que todos os sacramentos são declarações de fé. Mas o batizado recebe o poder espiritual de confessar a fé em Cristo pela recepção dos demais sacramentos; o confirmado, porém, recebe, como por dever de ofício, o poder de professá-la com palavras, publicamente."

Quem recebe o sacramento da Confirmação deve, portanto, professar a fé publicamente. Eis aqui a diferença entre um batizado e um confirmado. A crisma é um verdadeiro Pentecostes para o fiel cristão, pois ela o introduz na vida pública. O Espírito Santo é justamente o auxílio que vem do alto, dando a força necessária para que a pessoa se torne um soldado da estirpe de Cristo.



















segunda-feira, novembro 18, 2024

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM









O Evangelho que acabamos de ouvir é, ao mesmo tempo, um alerta e uma promessa. Jesus nos fala de eventos cósmicos, tribulações e da gloriosa vinda do Filho do Homem. Palavras que nos deixam atônitos, mas também cheias de esperança. Não são palavras de medo, mas de preparação e confiança.

 

O drama do fim: sinais no céu e na terra

Jesus descreve um cenário dramático: o sol se escurece, a lua perde seu brilho, estrelas caem do céu. Essas imagens não são literais; são símbolos de uma transformação profunda. Elas nos falam de como o Reino de Deus não é apenas uma renovação, mas uma revolução total. Tudo aquilo que parecia permanente — como o sol e a lua — será abalado. Jesus nos mostra que o que é terreno e material tem fim. Mas Ele também nos diz que a sua Palavra é eterna.

E isso é um conforto. Porque, quando o mundo parece desabar, quando as tribulações nos cercam, é em Cristo que encontramos estabilidade. Sua promessa não falha

 

A vinda do Filho do Homem

Depois de descrever o caos, Jesus nos dá a visão mais gloriosa: “vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória.” Que cena grandiosa! Essa imagem de Jesus vindo nas nuvens nos lembra que Ele é o Rei, o Senhor do Universo. Ele virá para reunir os eleitos, para restaurar todas as coisas.

Mas atenção! Essa vinda não é um momento para especular. Jesus deixa claro: ninguém sabe o dia ou a hora, nem mesmo os anjos. Por isso, o foco não está em “quando” Ele virá, mas em como estamos vivendo enquanto esperamos. Estamos prontos para recebê-Lo? Estamos vivendo como Ele nos ensinou?


terça-feira, novembro 05, 2024

DIA DE TODOS OS SANTOS






Para além das imagens que podem suscitar uma boa interpretação teológica, a primeira leitura retirada do Livro do Apocalipse (Ap.7,2-4.9-14), nos apresenta a esperança concretizada. João vê a santidade que foi plantada, regada, frutificada e colhida ao longo da história da salvação. As situações concretas da vida cotidiana são, às vezes, carregadas de sofrimento. Feliz é quem permanece fiel em momentos de angústia, de perseguição e crise. Em linguagem apocalíptica, feliz é quem alveja suas vestes no sangue do Cordeiro. Essa expressão significa assumir a veste nova do batismo em situação de perseguição, sofrimento e martírio, a ponto de se identificar com o Cristo crucificado. Os santos são aqueles cuja consciência de pertença a Cristo é tão forte, que os leva a tudo realizar por amor a Deus. O que alimenta as suas ações é o amor; o mesmo amor oblativo que moveu Jesus Cristo na oferta da própria vida na cruz. Os membros desta inumerável multidão não estão mortos, mas vivos. Não são membros de um grupo fechado e elitista.

            Por isto, na segunda leitura (1Jo 3,1-3), ao escrever para uma de suas comunidades, o mesmo São João, lembra aos seus membros e fiéis que pela filiação divina todos recebemos o mesmo chamado. Deus no seu infinito amor, por meio de seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, nos acolheu como filhos! Somo filhos no Filho. Assim entendemos que a santidade consiste em vivermos como filhos e filhas de Deus. Pelo batismo que nos foi dado, recebemos a graça de sermos seus filhos adotivos; chamados a participar da glória eterna. O chamado de revelar ao mundo a santidade de Deus através de nossa própria santificação. Para João, se Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos, não nos pode abandonar. Por isto, em Jesus e na sua Ressurreição, contemplamos já o futuro de todos que pertencem à família divina: seremos semelhantes a Ele.

            Mas como alcançar a santidade?  As bem-aventuranças apresentadas hoje no Evangelho (Mt. 5,1-12) são como que um programa a ser seguido para quem almeja alcançar a coroa da santidade. Elas são um caminho de santidade que sintetiza o rosto do testemunho e do testamento espiritual do próprio Jesus de Nazaré. Cristo é a fonte da santidade dos cristãos. As Bem-aventuranças foram primeiramente vividas por Jesus e, por isso, Ele se tornou o critério pelo qual discernimos se estamos vivendo ou não de acordo com a vontade de Deus. As Bem-aventuranças representam uma vida ética que, quando vivida com seriedade, é capaz de renovar as pessoas e transformar a sociedade, como o demonstra a vida de todos os santos.

            Viver a santidade ou a bem-aventurança é um desafio para almas fortes e generosas. Afinal não é fácil ser pobre em espírito e no coração em um mundo que glorifica o poder, o ter e o domínio sobre os outros. Ser manso em um mundo agressivo e violento; ter e manter o coração puro diante da corrupção e da ganância, buscar alcançar a paz enquanto tanto no mundo declaram a guerra.

            Contudo, contrariamente àquilo que encontramos nas biografias embelezadas por acontecimentos místicos e sobrenaturais, os santos não foram perfeitos. Os santos foram pessoas em caminhada em direção à perfeição que se completa ao se alcançar “a maturidade, a estatura de Cristo em plenitude” (cf: Ef. 4,13).  São e foram peregrinos da vida quotidiana, a maior parte deles realizou feitos heroicos ou prodígios. Com certeza temos alguns que produziram realizações espetaculares na história da Igreja. Mas muitos outros, e podemos dizer na sua maioria, são os santos da simplicidade e vida discreta que viveram a santidade a partir de sua vida em família e nos limites de sua própria vida de fé e que faleceram na discrição da santidade conhecida apenas por Deus. Mas todos unanimemente apresentam um rosto com traços de Cristo. Encontramos em cada um dos santos e santas um mesmo perfil: Vidas que deixaram-se formar, modelar e se transformar por Cristo.

 

1)   A multidão , da Primeira Leiurua , somos nós

2)   Confirmado na Segunda leitura

3)   A santidade de vida se dá no dia a dia








segunda-feira, novembro 04, 2024

DIA DE FINADOS










Queridos irmãos e irmãs, estamos hoje aqui reunidos para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, o dia em que lembramos daqueles que partiram, nossos entes queridos, amigos e irmãos na fé. E neste dia, o Evangelho nos traz as palavras de Jesus sobre a vigilância, sobre a espera e a preparação. É uma passagem que nos fala de prontidão e de esperança, duas atitudes que o cristão deve cultivar com o coração cheio de amor.

Jesus começa com uma imagem muito clara: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” Ora, ele nos pede que estejamos sempre prontos, cingidos, como aqueles que esperam para partir, como quem está preparado para a viagem. Ele nos diz que devemos ter nossas lâmpadas acesas. Mas o que significa essa luz que devemos manter acesa? É a nossa fé, irmãos! A luz que Jesus nos pede para manter acesa é a chama da fé, que nos permite enxergar a vida além da morte, que nos ajuda a ver com os olhos da esperança.

 

Jesus continua com outra imagem poderosa: a de um senhor que volta de uma festa de casamento e encontra seus empregados acordados, prontos para lhe abrir a porta. E ele diz: “Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar.” Isso é mais do que uma advertência; é uma promessa. Jesus diz que esses empregados serão servidos pelo próprio senhor. Imaginem só! Um senhor que serve seus empregados? Isso é uma imagem de amor e humildade, e é exatamente assim que Deus nos acolhe na eternidade.

 

Quando lembramos nossos fiéis defuntos, pensamos neles como esses servos fiéis que esperaram com as lâmpadas acesas. Eles viveram suas vidas na fé e na esperança, e agora descansam no Senhor. Eles nos mostram que a vida aqui é apenas uma parte da jornada. A morte, que para muitos parece o fim, é na verdade o momento em que o senhor chega e bate à nossa porta para nos levar para a festa eterna.

 

Mas, como Jesus nos alerta, “o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes.” Essa é uma verdade que às vezes preferimos não pensar. Quem sabe o dia ou a hora? Não sabemos, e essa incerteza nos desafia a viver cada dia como um presente, a aproveitar cada oportunidade de amar, de perdoar, de servir. A vida é breve, e é justamente essa brevidade que a torna tão preciosa.

 

Hoje, ao lembrarmos dos que já se foram, estamos também refletindo sobre a nossa própria vida. Jesus nos chama a viver de forma vigilante, a estar prontos, a ser luz para o mundo enquanto estivermos aqui. Porque, assim como eles partiram, também um dia nós partiremos, e então o Senhor baterá à nossa porta. Que ele nos encontre com as lâmpadas acesas e o coração cheio de amor.

 

Portanto, irmãos, não vivamos como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Não deixemos para depois o amor que podemos dar agora, o perdão que podemos oferecer, a palavra de conforto que podemos dizer. Porque, como nos ensina este Evangelho, é na simplicidade da espera, no pequeno gesto de acender uma lâmpada, que demonstramos nossa fé.

 

Que neste Dia de Finados possamos recordar com carinho aqueles que partiram, confiantes de que eles já estão à mesa com o Senhor, sendo servidos pelo próprio Deus, que os acolheu com amor. E que possamos nós também, em nossa caminhada, manter as lâmpadas acesas, preparados, esperando a hora de nos encontrarmos com Ele, cheios de esperança. Amém.