quarta-feira, janeiro 22, 2025

SÃO SEBASTIÃO E SANTA INÊS










Anteontem, dia 20, celebramos São Sebastião, grande mártir do princípio do cristianismo, padroeiro da capital do nosso Estado do Rio de Janeiro.

Foi soldado do exército imperial, chegando a ocupar o posto de Comandante do Primeiro Tribunal da Guarda Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos.

Mesmo sendo bom soldado romano, suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, sendo interrogado, confessou bravamente sua convicção. Por não aceitar renunciar a Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de árvore e flechado. Porém, não morreu ali. Foi encontrado vivo por uma mulher cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Diante do ocorrido, recuperada a saúde, apresentou-se diante do Imperador e reafirmou sua convicção cristã. E nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no Circo. Sebastião foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20 de janeiro.

Nesses tempos de grande negação da fé e de valores espirituais e religiosos, humanos e sociais, São Sebastião torna-se um grande modelo de ajuda para nós hoje, principalmente aos jovens, envoltos em grande confusão moral e espiritual. Ele é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo com as pressões contrárias. Dessa forma, ele continua anunciando Jesus Cristo, por quem viveu, até os dias de hoje. Ele nos ensina a não desanimarmos com as flechadas que recebemos e a continuarmos firmes na fé.

Dia 21, celebramos Santa Inês, virgem mártir dos primeiros séculos da Igreja, protetora das jovens cristãs que querem guardar a fé e a pureza.

Um mártir não deve ser um estranho para nós. Ainda em pleno século XXI encontramos irmãos e irmãs nossas que são mortos em tantos países, outros têm ainda seus direitos civis cassados por serem cristãos, outros são condenados à prisão ou à morte por aderirem ao Cristianismo, e ainda são expulsos de suas cidades e suas igrejas queimadas. Além disso, muitos são martirizados em sua fama, em sua honra e tantas outras maneiras modernas de “matar” pessoas por causa da fé ou de suas convicções cristãs.

O martírio sempre foi a marca do cristianismo. Mártir quer dizer testemunha. Dar testemunho é confessar-se discípulo de Cristo, pela sua vida e seu proceder, não se envergonhar dele: “Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens (se declarar por mim), também eu darei testemunho dele (me declararei por ele) diante do meu Pai que está no céu” (Mateus 10,32-33). “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, até os confins da terra” (At 1,8).  

“O sangue dos mártires é semente dos cristãos” (Tertuliano). “Hoje existem mais mártires que no início da vida da Igreja, e eles estão por todos os lugares” (Papa Francisco).

 

Fonte: Dom Fernando Arêas Rifan






São Sebastião e Santa Inês