Anteontem, dia 20,
celebramos São Sebastião, grande mártir do princípio do cristianismo, padroeiro
da capital do nosso Estado do Rio de Janeiro.
Foi soldado do exército imperial, chegando a
ocupar o posto de Comandante do Primeiro Tribunal da Guarda Pretoriana durante
o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor
dos cristãos.
Mesmo sendo bom soldado romano, suas atitudes
demonstravam sua fé cristã, e, sendo interrogado, confessou bravamente sua
convicção. Por não aceitar renunciar a Cristo, São Sebastião foi condenado à
morte, sendo amarrado a um tronco de árvore e flechado. Porém, não morreu ali.
Foi encontrado vivo por uma mulher cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu
corpo. Diante do ocorrido, recuperada a saúde, apresentou-se diante do
Imperador e reafirmou sua convicção cristã. E nova sentença de morte veio sobre
ele: foi condenado ao martírio no Circo. Sebastião foi executado, então,
com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte e jogado nos
esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20 de janeiro.
Nesses tempos de grande negação da fé e de
valores espirituais e religiosos, humanos e sociais, São Sebastião torna-se um
grande modelo de ajuda para nós hoje, principalmente aos jovens, envoltos em
grande confusão moral e espiritual. Ele é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo
com as pressões contrárias. Dessa forma, ele continua anunciando Jesus Cristo,
por quem viveu, até os dias de hoje. Ele nos ensina a não desanimarmos com as
flechadas que recebemos e a continuarmos firmes na fé.
Dia 21, celebramos Santa Inês, virgem mártir
dos primeiros séculos da Igreja, protetora das jovens cristãs que querem
guardar a fé e a pureza.
Um mártir não deve ser um estranho para nós.
Ainda em pleno século XXI encontramos irmãos e irmãs nossas que são mortos em
tantos países, outros têm ainda seus direitos civis cassados por serem
cristãos, outros são condenados à prisão ou à morte por aderirem ao
Cristianismo, e ainda são expulsos de suas cidades e suas igrejas queimadas.
Além disso, muitos são martirizados em sua fama, em sua honra e tantas outras
maneiras modernas de “matar” pessoas por causa da fé ou de suas convicções
cristãs.
O martírio sempre foi a marca do
cristianismo. Mártir quer dizer testemunha. Dar testemunho é confessar-se
discípulo de Cristo, pela sua vida e seu proceder, não se envergonhar dele: “Todo
aquele que der testemunho de mim diante dos homens (se declarar por mim),
também eu darei testemunho dele (me declararei por ele) diante do meu Pai que
está no céu” (Mateus 10,32-33). “Recebereis a força do Espírito Santo que virá
sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na
Samaria, até os confins da terra” (At 1,8).
“O sangue dos mártires é semente dos
cristãos” (Tertuliano). “Hoje existem mais mártires que no início da vida da
Igreja, e eles estão por todos os lugares” (Papa Francisco).
Fonte: Dom Fernando Arêas
Rifan