A Marcha pela vida, que
marcou os 40 anos da aprovação da lei Roe x Wade - julgamento que legalizou o
aborto nos EUA - aconteceu cinco dias após a posse do presidente Barack Husseim
Obama, notório defensor do aborto. Estima-se que mais de 600 mil manifestantes
tenham participado da Marcha, que contou com o apoio de inúmeras instituições,
inclusive com o do Santo Padre Bento XVI.
MAIS DE 600 MIL MANIFESTANTES NA MARCHA PELA VIDA |
A Marcha pela Vida foi precedida por uma Solene
Vigília na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, com duas
multitudinárias Missas. A primeira, que deu início a toda uma noite de oração,
foi presidida pelo Cardeal Sean O'Malley, Secretário de Atividades Pró-vida da
Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e concelebrada por quatro
Cardeais, 42 bispos 3 395 sacerdotes. Além disso, 80 diáconos, 520 seminaristas
e 13 mil fiéis se uniram a solene liturgia. Uma segunda Santa Missa foi
celebrada ao final da Vigília, e foi presidida pelo Bispo de Dallas, Dom Kevin
Ferrell.
NO CONTROLE E PROIBIÇÃO DA VENDA DE ARMAS |
O Cardeal O'Malley aproveitou sua homilia para
fomentar a esperança dos milhões de cidadãos que clamam pela proteção do
direito à vida desde a concepção. O prelado comparou a luta pró-vida com aquela
dos que lutaram pelo fim da escravidão e destacou as múltiplas ações que foram
realizadas sem desfalecer em favor da vida nas quatro últimas décadas. "O
aspecto mais motivante é que os americanos mais jovens são mais pró-vida do que
nunca", destacou.
A TRAGÉDIA DA ESCOLA SANDY HOOK, MANIFESTAÇÃO PARA O CONTROLE DA VENDA DE ARMAS DE FOGO |
"O Evangelho da vida é imperativo para os
discípulos de Cristo", expressou o Cardeal O'Malley. "Deus nos urge a
ser defensores da vida em meio da cultura da morte".
O também Arcebispo de
Boston lamentou que muitas pessoas justifiquem o aborto como um "mal necessário"
e exortou aos católicos a apoiar as mães que atravessam circunstâncias difíceis
em sua gravidez. O trabalho pró-vida deve estar encaminhado a "mudar os
corações das pessoas, e ajudar aos americanos a entender que o aborto é mal e
não é necessário". O prelado concluiu convidando os fiéis a comunicarem a
verdade com civilidade, empatia e claridade. "Ser compassivo com o
Evangelho da vida trata se de criar uma nova civilização com amor.
Sob baixa temperatura e neve, os pró-vida
percorreram várias ruas até finalmente chegarem à Corte Suprema dos Estados
Unidos. Portando cartazes e proferindo preces espontâneas, as centenas de
milhares de pessoas expuseram claramente o seu sim à vida.
Apesar dos números, a causa abortista vem perdendo
força a cada ano. A Revista Time, na sua edição de 04/01, publicou uma enorme
matéria sobre a derrocada da agenda abortista nos EUA. Conforme a reportagem,
“em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que
em muitos lugares desde a década de 1970”. Além disso, segundo um artigo do
professor de Ciência Política da Universidade Michigan, Michael J. New, a
respeito da cobertura da imprensa americana sobre os 40 anos da aprovação do
aborto - publicado na revista National Revew - a mídia americana não teve como
esconder o pessimismo sobre a causa do aborto, especialmente devido à falta de
engajamento dos jovens. De acordo com jornais como The New York Times e
Washington Post, a juventude americana está cada vez mais pró-vida. A própria
Nancy Keenan, importante feminista já aposentada, admitiu a preocupação quanto
ao futuro do chamado movimento “pró-escolha” devido ao desinteresse dos jovens
pela causa.
Embora a mídia de outros países, como a brasileira,
tenha dado pouca atenção à Marcha pela Vida realizada nos EUA, o Presidente da
Pontifícia Academia para a Vida, Dom Ignacio Carrasco de Paula, acredita que
essa manifestação estadunidense tenha uma importância fundamental para luta
contra o aborto nas demais nações. De acordo com o prelado, eventos como estes
que “estão a favor da vida humana desde a concepção até a morte natural,
converteram-se em uma importante referência histórica para outros católicos ao
redor do mundo”. De fato, o movimento pró-vida tem crescido em inúmeros outros
países. Prova disso foram as majestosas marchas contra o casamento gay
realizadas na França no começo do mês e as marchas contra o aborto na Irlanda,
tidas como as maiores manifestações populares dos últimos 20 anos.
Ao final da Marcha, o presidente do Movimento Pró-vida
americano, Chris Smith, fez um forte discurso dirigido ao presidente Barack
Obama. “Saiba disso”, disse Smith a Obama, “o movimento pró-vida é
composto de pessoas nobres, zelosas, inteligentes e altruístas. É extremamente
poderoso, não violento, cheio de fé, luta pelos direitos humanos e está
crescendo em apoio popular, intensidade, compromisso e esperança. Somos a
geração que vai abolir a lei do aborto”, encerrou o ativista pró-vida.
“UNO-ME
À DISTÂNCIA A TODOS OS QUE SE MANIFESTAM PELA VIDA, E REZO PARA QUE OS
POLÍTICOS PROTEJAM AO NÃO-NASCIDO E PROMOVAM A CULTURA DA VIDA"
DECLAROU
O PAPA BENTO XVI
ATRAVÉS DE SUA CONTA NO TWITTER
Fonte: ACI
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