sexta-feira, julho 31, 2015

“ NINGUÉM VAI AO PAI, SENÃO POR MIM” (JO 14, 6) – A MISSÃO POPULAR CONTINUA EM SÃO CONRADO - RJ


“Criaste-nos, Senhor, para Ti e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti.”

O coração da pessoa humana foi feito para procurar e amar a Deus. E o senhor facilita esse encontro, pois ele também procura cada pessoa através de inúmeras graças, de atenções cheias de delicadeza e de amor. Santo Agostinho
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Tal declaração tem a sua origem na pergunta de Tomé o qual, ao não compreender tudo o que Jesus afirmara acerca de Seu regresso ao Pai, lhe perguntara: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como é que sabemos o caminho?” (Jo 14,5). 

O apóstolo pensava num caminho material, mas Jesus indica-lhe um espiritual, tão sublime que se identifica com a Sua Pessoa: “Eu sou o caminho”; e não lhe mostra apenas o caminho, mas também a meta- “a verdade e a vida” - à qual conduz e que é também Ele mesmo. 
Jesus é o caminho que conduz ao Pai: “Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14,6); é a verdade que O revela: “Quem Me viu, viu o Pai” (Jo 14,9); é a vida que comunica aos homens a vida divina: “Assim como o Pai  tem a vida em Si mesmo” , assim a tem o Filho e dá-a “àquele que quer” (Jo 5, 26. 21). “Eu estou no Pai e o Pai está em Mim” (Jo 14,11).

 Sobre esta fé em Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, caminho que conduz ao Pai e igual em tudo ao Pai, fundamenta-se a vida do cristão e a de toda a Igreja.
Assim como o Mestre passava longas horas em oração individual, também o apóstolo reconhece a necessidade de alcançar forças novas na oração pessoal, feita em íntima união com Cristo, pois só assim será eficaz o seu ministério e poderá levar ao mundo a palavra e o amor do Senhor.

O Senhor está conosco todos os dias, nós não estamos sozinhos, não somos órfãos, nós não fomos abandonados; pelo contrário, a presença amorosa de Deus se faz presente em nós. 
Jesus está entre nós pela Sua Palavra, a Palavra viva de Deus é a presença d’Ele entre nós. Jesus está entre nós na Eucaristia, é Seu Corpo e Seu Sangue. Jesus está entre nós quando nos reunimos em Seu nome, quando dois ou três estão reunidos em Seu nome, Ele se faz presente entre nós.

O Senhor está presente na comunidade e na família que se reúne para glorificar o Seu nome, está presente no meio do Seu povo; o Senhor caminha conosco na nossa solidão, na nossa oração pessoal, quando invocamos o Seu nome, a Sua presença está entre nós. 

E assim como o Senhor está em nós e entre nós, precisamos levá-Lo aos outros, pois Ele nos ordena a fazer discípulos entre todos os povos.
A nossa missão é sermos discípulos e formar discípulos do Senhor! O discípulo é aquele que faz parte da escola de Jesus e aprende com Ele; e tudo o que aprende do Senhor ensina aos outros, forma os outros. 

É a vida nova, que o Senhor trouxe para nós, precisamos levá-la aos outros. Nós somos batizados na autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo; somos mandados ao mundo para formar outros discípulos.
Faça discípulos em sua casa, na sua família, faça discípulos entre os seus; onde quer que você esteja seja um missionário, seja audacioso em anunciar e proclamar que Jesus é o Senhor da nossa vida! 
Ele que subiu ao toque da trombeta, Ele está no meio de nós, conduzindo nossos passos para permanecermos sempre em Sua presença até a nossa vida eterna junto com Ele.


ORAÇÃO
Senhor,
que chamaste os apóstolos
para serem pescadores de homens
e construtores dum mundo novo,
chama também agora os jovens
para os diversos serviços
e ministérios da Igreja.
Alarga os seus horizontes
ao mundo inteiro
e fá-los ouvir as súplicas
de tantos irmãos e irmãs
que anseiam por luz e verdade.
Santifica-os pelo teu Espírito
e comunica-lhes
a tua sede de redenção
para que respondam ao teu apelo
e sejam sal e luz
até aos confins da terra.
Amém.


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domingo, julho 26, 2015

IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA - PRESENÇA MISSIONÁRIA DA ESPERANÇA EM SÃO CONRADO


Ano da Esperança
“Cristo é nossa esperança”. É o Ano da Esperança, contemplado pelo 11º Plano de Pastoral de Conjunto, que tem colocado a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em permanente estado de missão.
Presença Missionária da Esperança
A Imagem de Nossa Senhora Aparecida cuja replica está em peregrinação por todas as dioceses do Brasil, em preparação à celebração dos 300 anos do encontro da imagem histórica no Rio Paraíba, esteve presente como grande intercessora também no bairro de São Conrado.
 História
No ano de 1717, três pescadores, levados por necessidades históricas e econômicas, saíram a pescar, numa época escassa de peixes. Por ação misteriosa de Deus, chegando ao “Porto de Itaguassu”, a primeira coisa que caiu em suas redes foi o corpo de uma imagem quebrada, na altura do pescoço.
 Num segundo lance de rede, pescaram a cabeça da mesma imagem. Juntando as duas partes viu-se que se tratava da Senhora da Conceição. Depois do encontro da Imagem, a pesca de peixes foi abundante e os pescadores intuíram a presença e ação de Deus naquele singular evento

Por assim ter aparecido, o povo chamou-a de “Aparecida”, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada Rainha em 1904, e Padroeira do Brasil em 1930.
 Devoção a Nossa Senhora Aparecida
A imagem ficou na casa de Filipe Pedroso por 15 anos. Ali, os amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. 
Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. 
Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as luzes se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem. Construíram um pequeno oratório em Itaguaçu, que em pouco tempo já não comportava o grande número de fieis que para lá acorria.

Nossa Senhora Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil
O Papa Pio XI decreta Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil no dia 16 de julho de 1930. A Lei Federal nº 6.802 (30/06/1980) decreta oficialmente o dia 12 de outubro como feriado nacional, dia de devoção à santa. Esta Lei Federal também reconhece Maria como sendo a protetora do Brasil.  
Oração a Nossa Senhora Aparecida
Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades.
Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não se consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado.
Animado com esta confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha Mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte. 
Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes, da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar. 
Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.

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“A PLENITUDE DO AMOR É O AMOR DE DOAÇÃO” - XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM 2015


Evangelho (Jn 6,1-15): Naquele tempo Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou seja, de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos doentes. Jesus subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 
Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha a ele, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes possam comer?”.  Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pouquinho a cada um”. Um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso para tanta gente?”.
 Jesus disse: “Fazei as pessoas sentar-se”. Naquele lugar havia muita relva, e lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram, disse aos discípulos: “Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”. Eles juntaram e encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que comeram.
À vista do sinal que Jesus tinha realizado, as pessoas exclamavam: «Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo». Quando Jesus percebeu que queriam levá-lo para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho para a montanha.
 
O Evangelho deste domingo, nos levar a compreender que na Eucaristia há uma continuidade e uma harmonia admirável entre a realidade material e a graça espiritual.  Jamais entenderá este sacramento quem nunca teve experiência do alimento humano, da fome e da nutrição, do repartir o pão e do comer juntos.
 Alguns dos que testemunharam a multiplicação dos pães e dos peixes têm consciência de que Jesus é o Messias que devia vir para dar ao seu Povo a vida em abundância e querem fazê-lo rei (vv. 14-15). Jesus não aceita. Ele não veio resolver os problemas do mundo instaurando um sistema de autoridade e de poder; mas veio convidar a todos a viver numa lógica de partilha e de solidariedade.
Homilia de Padre Marcos Belizário
O episódio da multiplicação dos pães gozou de grande popularidade entre os seguidores de Jesus. Todos os evangelistas o relatam. Certamente comoviam-se ao pensar que aquele homem de Deus se havia preocupado em alimentar uma multidão que estava com fome e não tinham o que comer.

Segundo a versão de João, quem pensou primeiro na fome daquela multidão que acorreu para ouvi-lo, foi Jesus. Essa gente precisava comer. É preciso fazer alguma coisa para eles. Assim era Jesus. Vivia pensando nas necessidades básicas do ser humano.
Filipe o faz ver que não têm dinheiro. Entre os discípulos, todos são pobres: não podem comprar pão para tanta gente. Jesus sabe disso. Os que têm dinheiro não resolverão o problema da fome no mundo. É preciso algo mais do que dinheiro.
Jesus vai ajudá-los a vislumbrar um caminho diferente. Antes de tudo é necessário que ninguém reserve o que é seu para si mesmo, se há outros que passam fome. Seus discípulos terão de aprender a pôr à disposição dos famintos o que tenham, mesmo que sejam apenas “cinco pães e dois peixes”.
A atitude de Jesus é a mais simples e humana que podemos imaginar. Mas quem nos ensinará a compartilhar?, se só sabemos acumular? Que vai libertar-nos de nossa indiferença diante dos que morrem de fome? Será que existe algo que pode fazer-nos mais humanos? Será que um dia acontecerá esse “milagre' da verdadeira solidariedade entre todos?
Jesus pensa em Deus, Não é possível crer nele como Pai de todos e viver deixando seus filhos e filhas morrer de fome. Por isso Ele toma os alimentos que foram recolhidos no grupo, “levanta os olhos ao céu e pronuncia a ação de graças”. A terra e o que ela produz para alimentar-nos, tudo isso estamos recebendo de Deus. Esse dom do Pai é destinado a todos os seus filhos e filhas. Se vivemos privando os outros do que necessitam para viver, é que esquecemos isso. Este é o nosso grande pecado.
Ao compartilhar o pão da Eucaristia, os primeiros cristãos se sentiam alimentados por Cristo ressuscitado, mas ao mesmo tempo lembravam o gesto de Jesus e compartilhavam seus bens com os mais necessitados. Sentiam-se irmãos. Ainda não haviam esquecido o espírito de Jesus.
Na Oração do Pai Nosso, em sua segunda parte, o próprio Senhor Jesus nos ensina a pedir: “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje”.   
O Pai, que nos dá a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida.  A presença dos que têm fome por falta de pão, no entanto, revela outra profundidade deste pedido.  
O drama da fome no mundo convoca os cristãos para uma responsabilidade efetiva em relação a seus irmãos, tanto nos comportamentos pessoais como em sua solidariedade com a família humana.  Este pedido de pão que fazemos na Oração do Pai Nosso não pode ser isolado de uma frase dita por Jesus na parábola do Juízo Final: “Tive fome e me destes de comer” (Mt 25,35).

Mas, devemos também lembrar que “o homem não vive apenas de pão, mas de tudo aquilo que procede da boca de Deus” (Dt 8,3; Mt 4,4).  Há também na terra não apenas a fome de pão, mas também a fome de ouvir a palavra de Deus (cf. Am 8,11).  Assim, devemos lembrar também do Pão da Vida: a palavra de Deus a ser acolhida na fé, o Corpo de Cristo a ser recebido na Eucaristia. 

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JMJ RIO2013 - FIÉIS CARIOCAS CELEBRAM O SEGUNDO ANIVERSÁRIO


Na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, o Setor de Juventude em parceria com a Comissão de Pastoral promoveram as "Vigílias Missionárias", que aconteceram, simultaneamente, em todos os vicariatos.
 Uma juventude em missão na caridade e na alegria de servir! Assim os jovens da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro testemunham sua missionariedade e relembram, com emoção e carinho, as palavras do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude Rio2013 (JMJ Rio2013).
 Depois de participarem das “Vigílias Missionárias” nos sete vicariatos territoriais, nem mesmo o cansaço ou o tempo chuvoso tirou da juventude arquidiocesana o desejo de louvar e agradecer a Deus pelos dois anos da vinda do Papa à Cidade Maravilhosa.
 Neste domingo, 26 de julho, não só os jovens, mas todos os fiéis da Igreja no Rio – famílias acolhedoras, crianças, adultos e idosos –, participaram também do 13º JOLEO (Jovens Orantes da Leopoldina), no Instituto Pio XI, em Ramos, para recordar e atualizar as exortações do Santo Padre durante seus discursos no evento que reuniu mais de 3,5 milhões de pessoas no Rio de Janeiro.
A programação  recordou as atividades realizadas na JMJ Rio2013, os jovens tiveram a oportunidade de se confessar, receber aconselhamentos, ouvir pregações e rezar em unidade pela paz e pela juventude de todo o mundo.
Além disso, também  participaram de atividades que recordaram o palco da JMJ Rio2013, na Praia de Copacabana, com shows, atividades culturais, flash mob, e outras surpresas que foram preparadas pela organização do evento.
Na 13º JOLEO a Adoração ao Santíssimo Sacramento, foi conduzida pelo padre Silvio Klebson, que preparou os corações dos jovens para a Celebração Eucarística presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.
As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. 
O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.


A XXVIII Jornada Mundial da Juventude aconteceu de 23 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro, Brasil.

 Pela primeira vez, esse evento da Igreja Católica ocorreu em um país cuja língua portuguesa é majoritária, e pela segunda vez em um país da América do Sul - o primeiro encontro no subcontinente foi na Argentina em 1987.

A escolha da cidade brasileira foi feita pelo então Papa Bento XVI em 2011, no encerramento da Jornada Mundial da Juventude daquele ano.

Com a renúncia do papa Bento XVI em fevereiro de 2013, o evento foi conduzido pelo seu sucessor, Papa Francisco. 

Foi o primeiro encontro do novo papa com a juventude católica e também o primeiro evento internacional do seu pontificado.


Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Arcebispo Metropolitano: Cardeal Orani João Tempesta
ArqRio: Direção e Jornalismo: Carlos Moioli

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MISSA EM COMEMORAÇÃO AO 60 ANOS DA REALIZAÇÃO DO CONGRESSO EUCARÍSTICO INTERNACIONAL


Um Congresso Eucarístico é uma demonstração pública de Fé na Presença Real da Santíssima Eucaristia, com manifestações de ensinamento e adoração. Através de serviços litúrgicos, celebrações religiosas públicas, precedidas por missões especializadas, reuniões de estudo, e todo um aparato solene, a revelar o grande valor de uma celebração organizada ao mais alto nível, um Congresso Eucarístico, reveste-se de um significado espiritual, evangelizador e didático do maior valor, pelo que se considera da maior necessidade em todos os tempos.

Um Congresso Eucarístico pode ser realizado:
A nível Diocesano ou Interdiocesano, em que são chamados a participar, todo o clero e fiéis da(s) Diocese(s) organizadora(s). Pode ser também Nacional, em que ficam envolvidos, todo o clero e fiéis de uma nação inteira. Aqui intervém a CNBB para organizar e se responsabilizar junto com a Diocese que acolhe. No Brasil, o próximo será em 2016 em Belém do Pará para comemorar 400 anos da cidade. Em âmbito Internacional, em que deve haver a organização da Santa Sé sempre há também grande representação dos países do mundo católico.

O primeiro Congresso Eucarístico Internacional, começou com uma proposta de Marie Marthe Tamisier de Touraine, sob a organização e dos esforços de Mons. Louis Gaston de Segur, com a co-participação do industrial Philibert Vrau. Teve a aprovação do papa Leão XIII (1879-1903) e realizou-se na Universidade de Lille, França, com a presença de 800 pessoas da França, da Bélgica, da Holanda, da Inglaterra, da Espanha e da Suíça.
Os Congressos nasceram "para acender em todos o fogo celeste que Cristo trouxe à terra e que quer acender, sobretudo por meio da Eucaristia", afirmava o papa Leão XIII aos organizadores do 1° Congresso Eucarístico Internacional.
É um objetivo que as mais recentes orientações da Santa Sé concretizam em três direções: Uma catequese mais intensa - sobre a Eucaristia, especialmente enquanto mistério de Cristo, vivo e operante na Igreja; Uma participação mais ativa - na sagrada liturgia, que promova a religiosa escuta da Palavra de Deus e o sentido fraterno da comunidade; Uma busca atenta de iniciativas e uma cuidadosa realização de obras sociais - que favoreçam a promoção humana e a devida comunhão de bens, inclusive temporais, a exemplo da comunidade cristã primitiva, de modo que a mesa Eucarística seja o centro difusor do fermento do Evangelho. (Aliás esse gesto ficou marcado para sempre em nossa Arquidiocese, pois sempre em Corpus Christi, junto com a celebração do Mistério Eucarístico recolhemos os alimentos para os pobres).
Este enunciado deixa facilmente perceber que um Congresso Eucarístico não se pode resumir apenas a uma semana de palestras, de adorações ao Santíssimo, celebrações festivas da Eucaristia, encontro e convívio de pessoas de muitas nações, raças e cores, nem a um acontecimento passageiro, ainda que grandioso e espetacular, nem a alguns milhares de pessoas com possibilidade de se deslocarem a qualquer parte.

O fundamental dum Congresso Eucarístico consiste antes numa caminhada evangelizadora que as pessoas e as comunidades são chamadas a fazer, para que a Eucaristia se torne "mistério de fé", "mistério de doação", e "fonte de Liberdade".
Em 1955 a cidade do Rio de janeiro foi sede do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. 

Porém, logo de início, surge uma curiosidade. Na época, não havia onde receber os milhares de fiéis que viriam de todo o mundo, dos estados brasileiros e da própria cidade para assistir a esse acontecimento. Aqui foi utilizado o aterro do Flamengo que estava acontecendo. “A primeira fase do aterramento foi entre a Rua Santa Luzia e o Passeio Público. Assim essa região foi transformada na Praça do Congresso. Ali, em confessionários improvisados, fiéis de todo mundo podiam contar seus pecados e receber a absolvição”. Para o Congresso, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida veio do Santuário de Aparecida do Norte de trem.

A fé arrastou multidões para o local, com capacidade prevista para 1 milhão e 220 mil pessoas. Durante uma semana, a cidade se voltou para os mistérios divinos, acompanhando as procissões, a chegada de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, dos cardeais, dos peregrinos de inúmeros países com suas vestimentas tradicionais. Ou seja, um espetáculo de louvor religioso ao qual ninguém ficou indiferente, mesmo os que professavam outra fé.
“Na abertura do Congresso, o presidente Café Filho fez uma saudação aos peregrinos. No dia 24 de julho, o Papa Pio XII mandou uma mensagem, por rádio, aos fiéis reunidos no Rio. 
O representante de Sua Santidade foi o Cardeal Dom Bento Aloisi Masella, que veio de navio da Itália, desembarcando na Praça Mauá.” Na ocasião era Arcebispo do Rio de Janeiro o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara. As gravações de voz e os textos desse Congresso se conservam até hoje. Esse Congresso foi um marco em nossa história!

Ao completar os 60 anos da celebração deste grande Encontro mundial da Eucaristia, relembro uma frase do Papa Pio XII que me marcou ao ler sua mensagem que na época foi via a rádio: “E vós em particular, os que no céu da pátria vedes brilhar o Cruzeiro, aceso pelo Criador, como a lembrar-vos constantemente que sois “Terra de Santa Cruz”, povo à sombra da cruz nascido, organizado em nação à volta do altar e do trono eucarístico, que na Eucaristia encontrastes as melhores energias para “fazer cristandade” e para assegurar com feitos memoráveis a integridade de pátria e a unidade da fé, que vos encontrais aí, na
 Cidade de São Sebastião, fundada ao pé do altar do Senhor, e, quase antes de nascer, salva para a fé católica mais pelo valor haurido na comunhão, que pela força das armas, vós singularmente deveis voltar a vossos lares, decididos a ser paladinos do Rei eucarístico sempre e por toda a parte, tanto na vida individual como na familiar, tanto na social e civil como na vida pública; para que o Redentor e Rei divino, não só de direito, mas de fato, reine em quantos corações palpitam do Amazonas ao Prata, estabelecendo em todos o seu reinado de paz e amor, de justiça e santidade, que só assim será, mesmo temporalmente, segundo as divinas promessas, reino de “Ordem e Progresso” , de tranquilidade e concórdia e prosperidade verdadeiras” (Discurso do Papa Pio XII em ocasião do Congresso Eucarístico do Rio de Janeiro- 24/07/1955).

Ao relembrar esta data tão querida de todo o povo carioca convido para participar da Eucaristia no dia 26 deste mês na Praça Paris. Queremos louvar ao Senhor por esse belo momento e agradecer pelos dons e nos comprometer para o futuro. 

O nosso predecessor D. Sebastião Leme já tinha criado o Santuário de Adoração Perpétua na Igreja de Santana. Por isso uma feliz continuidade com todo esse movimento Eucarístico, e mesmo para nos preparar para o próximo Congresso Eucarístico Nacional convido toda a nossa Igreja Arquidiocesana a não se descuidar, que na Igreja da Adoração Perpétua, no Santuário de Santana, no Centro do Rio de Janeiro, durante as vinte e quatro horas de todos os dias, Jesus Eucarístico está exposto esperando pela nossa adoração. Venite adoremos!

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

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“AVÓS DE JESUS; PAIS DE NOSSA SENHORA” - SÃO JOAQUIM E SANT’ANA


Constata o Papa que, graças aos progressos da medicina, a vida prolongou-se, mas nossas sociedades não se organizaram suficientemente para deixar espaço aos idosos, com o justo respeito e a concreta consideração pela sua fragilidade e dignidade. 

Quando jovens, somos levados a ignorar a velhice, como se fosse uma enfermidade da qual nos devemos manter à distância; depois, quando envelhecemos, especialmente se somos pobres, doentes e sós, experimentamos as lacunas de uma sociedade programada sobre a eficácia que, consequentemente, ignora os idosos. Mas os idosos são uma riqueza, não podem ser ignorados!
No Ocidente, os estudiosos apresentam nosso século como o século do envelhecimento, pois os filhos diminuem e os anciãos aumentam. Este desequilíbrio é um grande desafio. Uma cultura do lucro insiste em fazer com que os idosos pareçam um peso, pois não só não produzem, mas chegam a ser uma carga, e devem ser descartados. Há algo de vil neste habituar-se à cultura do descartável. E nós nos habituamos a descartar as pessoas. 

Queremos remover o nosso elevado medo da debilidade e da vulnerabilidade; mas agindo deste modo, aumentamos nos anciãos a angústia de serem mal tolerados e até abandonados.

Na tradição da Igreja, assim como em povos de nosso tempo com respeito cultivado aos mais velhos, existe uma bagagem de sabedoria que sempre sustentou a proximidade aos anciãos e seu acompanhamento. A raiz está na Sagrada Escritura.

 Esta tradição está arraigada na Sagrada Escritura: "Não desprezes alguém na sua velhice, pois nós também ficaremos velhos. Não te escape o que contam os velhos, pois eles o aprenderam de seus pais: deles aprenderás a inteligência e a arte de responder na hora oportuna" (Eclo 8, 7.11-12).
"Nós, idosos, somos todos um pouco frágeis. No entanto, alguns são particularmente débeis, muitos vivem sozinhos, marcados por uma enfermidade. Outros dependem de curas indispensáveis e da atenção dos outros. Daremos por isso um passo atrás, abandonando-os ao seu destino? 

Uma sociedade sem proximidade, onde a gratuidade e o afago sem retribuição começam a desaparecer, é uma sociedade perversa. Fiel à Palavra de Deus, a Igreja não pode tolerar estas degenerações. Uma comunidade cristã em que a proximidade e a gratuidade deixassem de ser consideradas indispensáveis perderia juntamente com elas também a sua alma. Onde não há honra pelos idosos não há porvir para os jovens". 

E o Papa estimulou os sentimentos adequados a serem cultivados, a gratidão, o apreço e a hospitalidade, que levem as pessoas idosas a se sentirem parte viva da família e da comunidade.
Para ele, devemos despertar o sentido comunitário de gratidão, de apreço e de hospitalidade, que levem o idoso a sentir-se parte viva da sua comunidade, pois são homens e mulheres, pais e mães que antes de nós percorreram o nosso próprio caminho, estiveram na nossa mesma casa, combateram a nossa mesma batalha diária por uma vida digna. 

O idoso somos nós: daqui a pouco ou daqui a muito tempo, inevitavelmente, embora não pensemos nisto.

Ensina o Papa que o Senhor nos chama a segui-lo em todas as fases da vida. Para ele, a velhice é uma vocação! Ainda não chegou o momento de se resignar. Para ele, trata-se de delinear uma espiritualidade das pessoas idosas, e não faltam testemunhos de santos e santas idosos!

 No mês de outubro, pela primeira vez, simultaneamente, um casal de pais de família será canonizado, durante o Sínodo da Família. Trata-se dos pais de Santa Teresinha de Lisieux, Luís e Zélia Martin, exemplo de santidade vivida no matrimônio, que educaram os filhos no caminho da santidade. Em tempos de família em crise, justamente a santidade de um casal que percorreu exemplarmente os passos da fidelidade à própria vocação se torna um presente da Igreja ao mundo!

Ainda o Papa, falando sobre a família, oferece uma imagem muito bonita, tirada o Evangelho de São Lucas (Cf. Lc 2, 25-39): é a imagem de Simeão e Ana. Certamente eram idosos, o velho Simeão e a profetisa Ana, que tinha oitenta e quatro anos, uma mulher não escondia a sua idade! Todos os dias esperavam a vinda de Deus, havia muitos anos. Este era o seu compromisso: esperar o Senhor e rezar. Ao encontrarem Maria, José e o Menino, eles reconheceram o Menino e descobriram uma nova força, para uma renovada tarefa: dar graças e testemunhar este Sinal de Deus. 
Dar graças, interceder, purificar o coração pela oração! É a recomendação do Papa aos idosos. Precisamos de anciãos que orem, pois a velhice nos é oferecida precisamente para isto. A oração dos idosos é bonita! E como é bonito o encorajamento que o ancião consegue transmitir ao jovem em busca do sentido da fé e da vida!

 "Esta é verdadeiramente a missão dos avós, a vocação dos idosos! Como gostaria de uma Igreja que desafia a cultura do descartável com a alegria transbordante de um novo abraço entre jovens e idosos! E é isto, este abraço, que hoje peço ao Senhor", concluiu o Papa Francisco.

Confio à proteção de São Joaquim e de Sant'Ana o tesouro que são os avós na Igreja e na sociedade.
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ORAÇÃO
Senhor Deus de nossos pais, que concedestes a São Joaquim e Sant’Ana a graça de darem a vida à Mãe de vosso Filho Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!

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